Consequências do Amor escrita por Rah Forever, Reh Lover


Capítulo 35
Capítulo 35 - Uma Festa, Uma Dança


Notas iniciais do capítulo

Oiii gente! ❤

Ficamos sumidas, mas agora estamos de volta, peço desculpas de coração pela demora para atualizar a fic, sei o quanto é chato ter que esperar tanto para ler um capítulo novo.

Obrigada Duda Sabino por ter favoritado ❤

Agradeço as lindas que comentaram no último capítulo: Duh Leon, Blackspace, ViolettaS2, Love Angie, Duda Sabino.

Se gostar, por favor comente, adoramos saber a opinião de vocês sobre os capítulos.

Boa leitura! ❤



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/738479/chapter/35

"You're the perfect melody
The only harmony
I wanna hear
You're my favorite part of me
With you standing next to me
I've got nothing to fear"
(Sad Song - We the things)

 

ANGIE

— Você está atrasada, queridinha. — Jade me corrigiu logo que adentrei a sala dos professores.

Lancei a ela um sorriso simpático e fingido, ela era a última pessoa que eu queria ver hoje. Podia muito bem respondê-la com sarcasmo, mas respirei fundo e decidi não ceder a sua provocação.

Puxei uma cadeira e tratei de me sentar, sem fazer alarde.

Sebastian me lançou um olhar atento, querendo provavelmente saber como eu estava. Sorri em resposta e seu semblante pareceu despreocupar-se.

O fato era que eu já estava cansada de Jade La Fontaine. Já não bastava ela viver incomodando a mim e Sebastian, parecia nunca desgrudar de German, o que claramente me deixava enciumada. Um mês havia se passado e ela ainda era a diretora do Studio.

Eu e German estávamos fazendo o possível para não nos cruzarmos no Studio, mas durante as noites escapávamos um para o quarto do outro e nos permitíamos ser nós mesmos. Para o resto do mundo estávamos separados, mas nunca estivemos tão unidos.

— Bom dia. — A voz que embalava meus sonhos e da qual eu sentira tanta falta nas últimas duas semanas, preencheu a sala. German havia viajado quinze dias atrás e só voltaria hoje, eu estava morrendo de saudades. E pelo jeito Jade também, dado o olhar animado que ela lançou para meu namorado.

Imediatamente meu olhar encontrou-se com o de German, que sorriu abertamente e sentou-se ao meu lado.

— German! Como você está? Senti sua falta! Quer um café, uma água? — Ela mal deixou German responder e virando para mim, ordenou com sua voz mais irritante: — Angie, faça o favor e vá pegar café para mim e German, o meu é com adoçante viu, vê se não se esquece, Anjinha.

— Olha aqui, Jade, eu sou professora não sua empregada. — Respondi, os nervos à flor da pele.

— Quanta grosseria! — Ela se fez de rogada. — Viu como me tratam nesse lugar, German? Foi um horror essas duas semanas sem você aqui!

Se ela repetisse mais uma vez o nome de German…

Percebendo que eu não estava no meu melhor dia, meu namorado interveio:

— Por que não falamos primeiro sobre os assuntos pendentes e deixamos o café para depois? — Pediu.

Todos concordaram, inclusive Pablo e Brenda que tinham acabado de chegar.

A reunião ocorrera sem nenhum imprevisto, apesar das perguntas sem fundamento de Jade, que claramente eram apenas para chamar a atenção de German. Mas apesar disso, conseguimos repassar todos os detalhes da festa que o Studio sediaria aquela noite.

(…)

O restante do dia passou em um rompante, eram tantas coisas a serem organizadas para que a festa fosse um sucesso, mas eu tinha certeza que todo o trabalho duro valeria a pena.

Estava terminando de me arrumar, quando senti meu bebe chutar, algo que nas últimas semanas virara algo natural e especial para mim.

Me olhei no espelho e alisei meu ventre com ternura. Minha barriga crescera tanto, daqui a pouco ficaria complicado esconder minha gravidez mesmo com as roupas largas que eu vinha usando ultimamente.

Sorri ao lembrar de quando o bebê chutara pela primeira vez.

“German e eu estávamos deitados conversando na nossa cama, nossas mãos unidas. Aproveitávamos as últimas horas juntos antes de German viajar a trabalho.

— Você está chateada. — Ele falou, me olhando atentamente.

Suspirei.

— Não estou, German. Não é isso. Só não queria que ficássemos tanto tempo assim separados, mal temos nos visto ultimamente. — Balancei a cabeça. — Desculpe, não quero soar egoísta.

— Meu amor, eu duvido que exista uma célula egoísta em seu corpo. — Ele levou minha mão aos lábios e beijou-a. — Também me incomoda que passemos pouco tempo juntos, mas precisamos acreditar que em breve tudo isso irá se resolver.

— Eu sei, meu amor. Só queria que as coisas fossem diferentes. Mas sei que o mais importante é que estamos juntos agora, eu não tenho mais medo. — Confessei, era fácil ser eu mesma com German, meus sentimentos fluíam com facilidade.

Ele sorriu e eu senti meu coração bater mais forte contra o peito. Era sempre assim e eu não me cansava de me sentir assim, completa, viva.

— Nem eu, meu anjo. Nossos destinos estão entrelaçados agora e para sempre. — Sussurrou e beijou meus lábios com paixão.

Cada beijo era diferente e a cada um deles, eu me sentia mais apaixonada por German Castillo. Mesmo diante das dificuldades impostas a nós, estávamos juntos. Destino ou não, eu não deixaria que nada nos afastasse dessa vez.

O toque de German me deixava cada vez mais inebriada, até que senti meu bebê dar seu primeiro chute.

Imediatamente encerrei o beijo e levei minhas mãos ao ventre.

Preocupado, German logo perguntou:

— O que aconteceu, meu amor? Está sentindo dor? Acho melhor irmos ao hospital.

German já estava de pé, procurando as chaves do carro, provavelmente, quando esclareci:

— Não é nada disso, meu amor. — Sorri, feliz por poder presenciar um momento tão especial da gravidez, eu não via a hora para que isso acontecesse. — O bebe acabou de chutar, German!

German olhou para mim, claramente emocionado. Ele se aproximou de mim, ajoelhando-se a minha frente e tocou minha barriga com devoção, como se estivesse tocando a coisa mais preciosa do mundo, e estava.

Senti outro chute e German riu, tão feliz quanto eu.

— Obrigada, meu amor, por me permitir viver um momento como esse. — Ele disse, suas palavras cheias de orgulho e felicidade e senti outro chute.

— Continue falando, German, o bebê gosta da sua voz.

— Você acha? — Questionou e concordei com a cabeça.

German tocou minha barriga e começou a falar com nosso bebê:

— Você gosta de ouvir a voz do papai, bebê? Como você é esperta, meu amor. Papai esta louco para conhecer você. — Disse e beijou minha barriga com carinho.

— Você disse esperta? — Quis saber. — Você acha que é uma menina?

— Tenho certeza de que é uma menina. — Falou convicto.

Encarei meu namorado.

— E como pode ter tanta certeza assim de que é uma menina, Senhor Castillo? — Brinquei.

— Sinceramente não sei, mas sinto que é uma menininha. Poderia até apostar nisso, Senhorita Carrara. — Sorriu descaradamente, usando seu tom convencido.

— Já que é assim, eu aposto que é um menino. — Devolvi, entrando na brincadeira.

German riu.

— Apostado"

(...)

— Eu estava com tanta saudade. — Passei meus braços ao redor de German, abraçando-o apertado. Estávamos com tantas saudades um do outro, que na primeira oportunidade que tivemos de escapar da festa, saímos escondidos e fomos para o carro de German.

— Eu também senti saudade, amor. Foi tão ruim ficar longe de você. — Ele envolveu minha cintura com os braços, trazendo-me para ainda mais perto.

— A gente não devia ter saído junto da festa, é arriscado. Se a Jade der por nossa falta… — Murmurei contra seu peito.

— Eu sei, tem razão. Mas acho que eu não conseguiria esperar até o fim da noite pra te beijar.

— Nem eu.

Não esperei que ele dissesse mais nada e encostei meus lábios nos seus num beijo cheio de saudade. Nossas bocas se tocando com urgência, com intensidade.

Suas mãos desceram e subiram pela minha coluna, trazendo arrepios à minha pele por causa do tecido tão leve de minha roupa. Era como se suas mãos estivessem tocando diretamente minha pele.

Voltei minha atenção à sua boca e dei uma leve mordida em seu lábio inferior. Ele grunhiu em aprovação e me puxou para o seu colo, minhas pernas se acomodando uma em cada lado de seu quadril.

— Você ainda vai me deixar louco Angeles. — Ele sussurrou em meu ouvido, me fazendo estremecer.

Sua boca desceu da minha orelha em uma trilha de beijos pelo meu pescoço.

— Isso é golpe baixo. — Ele sabia que meu ponto fraco era quando ele beijava a pele sensível do meu pescoço.

— Você nesse vestido é golpe baixo. — Murmurou antes de voltar a grudar sua boca na minha num beijo que me deixou sem fôlego.

Uma de suas mãos subiu pela minha nuca e pousou em meu cabelo, enquanto a outra apertou minha cintura. Desci minhas mãos pelo seu tronco, sentindo a rigidez de seu corpo contra minhas palmas.

Foi quando comecei a abrir os primeiros botões de sua camisa que vi que já estávamos indo longe demais. Por mais que o meu corpo precisasse do dele e meus hormônios estivessem à flor da pele, não era hora pra aquilo, já tínhamos perdido muito tempo fora do Studio.

— German. —Chamei e ele voltou a beijar meu pescoço, fazendo-me estremecer e ter vontade de continuar ali, sem ligar pra se sentiriam nossa falta. — A gente precisa voltar, já estamos demorando demais.

— Queria que não precisássemos. — Ele soltou um suspiro frustrado e apoiou a cabeça no meu ombro.

— Eu também. — Concordei. — É melhor você me soltar, senão não vamos mais conseguir sair desse carro. Esses hormônios da gravidez estão me deixando louca.

Ele riu e soltou minha cintura. Saí de seu colo e me sentei no banco do carona.

— Eu percebi, você quase me atacou Angie.

— Não foi bem assim. — Sorri e encostei minhas costas no banco. — Nós estamos parecendo adolescentes.

— Tem razão. — Ele riu novamente.

Olhei para ele e percebi que sua boca estava borrada com meu batom.

— Tem batom na sua boca.

Abri o porta objetos do carro e peguei um lenço de papel. Me aproximei de German e comecei a limpar seu rosto.

— Alguma novidade dos dias que fiquei fora? — German perguntou, enquanto eu terminava de extrair de seus lábios os resquícios do meu batom.

— Tem sim, como se fosse possível, a Jade ficou mais insuportável ainda. Acredita que ela me trata como se eu fosse empregada dela? — Revirei os olhos. — "Aiii, Anginha, pega um suco verde para mim?" — Imitei a voz de Jade.

German jogou a cabeça para trás e riu da minha imitação.

— Você ri, porque não é você que ela tenta demitir vinte vezes por dia. — Brinquei.

— Quanto a isso, fique tranquila. Não vou deixar que ela faça isso. — Disse e beijou minha testa carinhosamente.

— Meu protetor. — Brinquei e me aconcheguei nos braços de German.

— Eu cuido de quem amo. — Sussurrou no meu ouvido, provocando arrepios por meu corpo todo.

Nossos olhares se encontraram e nos rendemos novamente a um beijo apaixonado.

(…)

GERMAN

Angie dançava com Sebastian, e por mais ciúmes que eu sentisse, estava feliz por ela estar se divertindo. Queria ser eu a guiá-la pelo salão. Queria que o mundo inteiro soubesse que estávamos juntos e felizes.

No momento eu dançava com minha filha, que estava com um sorriso radiante no rosto.

— Agora você não pode negar. — Vilu soltou, após um giro.

— Negar o quê?

— Que você e a Angie estão juntos. — A garota piscou para mim.

Por um momento fiquei sem reação.

— O que te faz pensar isso? — Disfarcei.

Ela bufou.

— É sério que vamos jogar esse jogo, pai? Você acha que eu não ia perceber que tinha algo acontecendo entre vocês dois? Eu percebi os olhares que dão um para o outro quando pensam que ninguém está vendo. Tirando as idas furtivas um ao quarto do outro…

Fiquei de boca aberta, pensei que Angie e eu estávamos dando o nosso melhor ao esconder nosso relacionamento de todos.

— Aí, não precisa me olhar assim, pai. Prometo que o segredo de vocês está a salvo comigo. — Vilu fez que trancou a boca com uma chave e jogou-a fora.— Estou feliz por vocês!

— Obrigada, filha. Desculpe não contarmos antes, queríamos evitar que isso chegasse aos ouvidos da Jade.

— Não se preocupe com isso, pai. O importante é que vocês se resolveram. Acho que esse é um dos melhores dias da minha vida! — Brincou e nós dois rimos.

Quando a dança acabou, Violetta foi dançar com Leon e eu estava saindo da pista, quando Jade me interceptou.

— Ahhh, German, aí está você, seu danadinho! — Ela jogou o cabelo por sobre os ombros. — Está me devendo uma dança!

Eu estava prestes a declinar o convite, quando Jade me puxou para o centro da pista. Sem outra alternativa, acompanhei seus passos, torcendo para música acabar o mais rápido possível.

(…)

ANGIE

Eu fuzilava Jade com o meu olhar. Como ela podia ser tão insuportável, ao nível de qualquer oportunidade dar em cima do meu namorado?

— Bem que você podia tentar disfarçar ao menos, né? — Sebastian falou, humorado como sempre.

— Como se fosse fácil. — Disse. Tudo o que eu mais queria era que German e eu pudéssemos viver nosso amor livremente.

Sebastian me lançou um sorriso compreensivo.

— Angie, não quero soar egoísta, nem nada do tipo, mas você não acha que esta na hora de você e German viverem plenamente seu amor? Sei que acham que se o fizerem vão colocar em risco o Studio, mas vocês lutaram tanto para chegar onde estão, não é justo se esconderem.

— Eu sei, Sebs. Mas meu pai lutou tanto por este lugar também. É meu dever protegê-lo. — Confessei.

— Eu sei, Angie. Mas isso é tão injusto. Tudo o que eu quero é que você esteja feliz, Angelita.

— Ahhh, esse apelido de novo, não! — Brinquei, tapando os ouvidos com as mãos.

— Pare de ser tão dramática. — Sorriu.

Apesar de não poder estar com German, minha noite estava sendo muito agradável. Sebastian tinha o dom de fazer as coisas ficarem mais leves.

— Por falar em assuntos do coração, como está o seu? — Perguntei. Sempre falávamos tanto de mim, que esquecíamos que não era só eu que tinha uma vida amorosa complicada.

— Está indo. — Foi vago.

Por trás do Sebastian brincalhão e descontraído de sempre, tinha algo o incomodando. Eu sabia que ele deixara um amor para trás ao vir para Buenos Aires. Ele mal tocava no assunto.

— Sem notícias, dela? — Quis saber.

— Nenhuma.

— Sinto muito, Sebs. — E sentia mesmo. Pelo jeito, vidas românticas complicadas era de família.

— Não sinta, o destino quis assim. — Ele sorriu para mim, como se já tivesse superado seu passado, mas eu sabia que não. Grandes amores não eram superados da noite para o dia.

Ele suspirou.

— Mas me prometa que você e German serão cuidadosos, relacionamentos em segredo podem acabar mal. — Ele falava por experiência própria.

Tudo o que eu sabia era que Sebastian tinha deixado Elena, sua namorada, para trás ao vir para cá. Eles levavam um relacionamento escondido, já que os pais dela não aceitavam que a filha namorasse um artista. Mas um dia os pais dela acabaram descobrindo e as coisas ficaram péssimas para os dois, eles continuaram a se ver um tempo depois, até que um dia Elena cortou totalmente a ligação com ele. Disse que não queria mais vê-lo, que agradecia o tempo que passaram juntos, mas que estava na hora de cada um seguir seu caminho. E por mais que ele tentasse contato com ela nos últimos meses, não havia obtido resposta alguma.

— Eu prometo. — Prometi, o que pareceu tranquilizá-lo.

— Pronta para mais uma dança? — Perguntou, após a música acabar e outra começar.

— Sempre! — Respondi animada.

NARRADORA

Em um determinado momento, Angie saiu da festa. Percebeu que esquecera seu celular no carro de German e fora pegá-lo.

  Ao chegar ao carro e pegar o que precisava, ela trancou a porta do mesmo e quando virou-se, pensou estar sendo observada, mas como tudo ao redor parecia tranquilo, achou que fosse coisa de sua cabeça e voltou para o Studio.

Logo que retornara encontrou German sorrindo discretamente para ela.

Por um momento as palavras de Sebastian passaram por sua mente e ela decidiu que ela e German mereciam ao menos uma dança.

  Discretamente apontou com a cabeça para fora do Zoom e saiu.

  Minutos depois German a seguira. Ele encontrou-a na sala de canto.

Logo que fechou a porta atrás de si, ele foi até ela e tocou levemente os lábios dela com os seus, um beijo lento e saudoso.

Angie entrelaçou os braços ao redor do pescoço de German, gerando uma proximidade ainda maior entre eles. Não fazia nem duas horas que se viram no carro, mas era como se tivessem ficado meses sem se ver.

  German soltara a presilha de brilhantes que adornava o cabelo de Angie, fazendo com que seus cachos loiros caíssem sobre seus ombros.

Ela deixou que suas mãos passeassem pelo seu tronco até se fixarem ao redor de seu pescoço. Enquanto ele apoiava uma das mãos em sua cintura e a outra em sua nuca trazendo-a mais para perto.

Seus lábios se tocavam na ânsia de aplacar toda aquela saudade dos dias que ficaram separados.

O momento se tornou ainda mais perfeito quando a música que tocara no casamento de Olga e Ramalho invadiu a sala. Aquela havia se tornado a música deles.

— É a nossa música. — Angie separou seus lábios dos de German.

— Sim e seria um desperdício se não a dançassemos. — Ele concordou. — Me concede a honra?

— Claro. — Ela apenas sorriu.

Angie encostou a cabeça no peito de German e ele passou os braços ao redor dela. Eles se moveram lentamente junto com a música.

— Está ansiosa pra amanhã? — German perguntou ao girar a namorada nos braços.

— Demais. — Ela riu. — Preciso saber se está tudo certo com o bebê, ainda tenho medo de perdê-lo depois do que aconteceu.

German parou de balança-los por um momento para olhar Angie nos olhos.

— Eu sei que quase perder o bebê te deixou traumatizada, só Deus sabe o quanto eu temi pelo pior, mas tudo tem estado bem com nosso bebê desde então, não se preocupe meu amor. — Falou ao envolver delicadamente seu rosto em suas mãos.

— Eu sei, mas é que eu já o amo tanto que não consigo pensar no que eu faria se o perdesse. — Ela sentiu uma lágrima rolar pela face.

German enxugou a lágrima e plantou um beijo no local.

Angie se agarrou a ele, precisando que seu abraço afastasse todos os seus temores.

German a envolveu com seus braços, segurando-a com carinho enquanto ela chorava contra seu peito. Ele apenas a segurou por longos minutos, sabia que ela precisava de um tempo para colocar as emoções pra fora, para se acalmar.

— Não pense no que pode dar errado, meu anjo. Nosso bebê é forte, ele já passou pelo pior e ficou bem. — Ele passou uma das mãos num gesto reconfortante pelas costas dela.

— Eu sei. — Ela levantou o rosto de seu peito. — É só que tenho estado tão emotiva ultimamente que fico pensando no quão errado as coisas podem dar. E isso de ter que esconder a gravidez, o nosso relacionamento e o medo de a Jade vender o Studio me deixa mais preocupada e emotiva ainda.

— Nós vamos encontrar um jeito de resolver tudo isso, eu prometo que vou fazer tudo que puder pra impedir que a Jade venda esse lugar. — Ele uniu suas mãos as dela.

— Obrigada por se importar tanto com o Studio, não tenho como agradecer por tudo que tem feito.

— Sabendo o quanto você ama esse lugar eu não poderia deixar de ajudar. Eu prometi que te faria feliz e é o que pretendo fazer pelo resto de nossas vidas.

— Você quer que eu chore ainda mais com essas palavras bonitas. — Ela fungou. — Tenho me sentido tão esgotada nesses últimos dias.

— Você está muito tensa, meu amor, está precisando de um tempo pra relaxar.

— Concordo, toda essa situação me deixa uma pilha de nervos.

— Que tal irmos pra casa?

— Não sei se é uma boa ideia, a noite ainda não acabou, e se algum dos meus alunos precisar de ajuda? — Ela preocupou-se.

— Vai ficar tudo bem, amor. Tenho certeza que o Pablo, a Brenda e os outros professores dão conta do serviço. Você se dedicou demais pra essa noite ser perfeita, precisa descansar um pouco agora.

— Tudo bem, você me convenceu. Só vou avisar a Brenda. Pra Jade não desconfiar de nada, acho melhor você já ir agora, me espera no carro que em dez minutos te encontro.

— Combinado.

(…)

ANGIE

— Nossa, como eu senti falta dessas suas massagens relaxantes. — Suspirei ao sentir suas mãos desfazerem os nós das minhas costas.

— É sempre um prazer lhe ser útil. — Ele depositou um beijo em minha nuca.

— Você é tão engraçado. — Falei com sarcasmo. — Mas agradeço pela massagem, eu estava mesmo precisando.

— Sabe o que acho que você está precisando pra relaxar também?

— O que? — Perguntei, curiosa como sempre.

— De um banho de banheira bem relaxante.

— Com bastante espuma?

— Sim. — Ele riu. — Enchi a banheira de espuma, do jeito que você gosta.

— Já te disse que você é o melhor namorado do mundo? — Me virei e passei meus braços ao redor do seu pescoço.

— Só um milhão de vezes.

— Convencido. — Foi minha vez de rir.

— Agora vai pra banheira tomar seu banho relaxante enquanto eu pego seu roupão e a toalha.

— Sim, senhor. — Brinquei, German só balançou a cabeça com um sorriso curvando os lábios.

Fiz o que ele falou e entrei no banheiro da suíte, me despi e logo entrei na banheira.

Encostei a cabeça em uma das extremidades e deixei meu corpo afundar na água. A água quente foi bem vinda em minha pele, fazendo meus músculos relaxarem.

Em poucos minutos ouvi a porta abrir e German entrar com meu roupão e minha toalha. Ele as pendurou num dos ganchos de roupa do banheiro e se voltou para mim.

— Melhor?

— Com certeza.

— Aproveite seu banho. — Ele depositou um beijo em minha testa e fez menção de sair do banheiro.

— Onde você está indo? Não vai entrar comigo?

Ele se aproximou e se agachou ao meu lado.

— Melhor não, amor.

— Por quê não?

— Porque você precisa relaxar, descansar um pouco.

— Então entre na banheira e faça eu me esquecer das minhas preocupações.

— Angie… — Ele engoliu em seco, a forma com que disse meu nome fazendo-me estremecer.

Encostei meus lábios nos seus e seu autocontrole pareceu se esvair. Ele reivindicou minha boca num beijo profundo, enquanto me puxou contra seu peito sem se importar que eu estivesse molhando sua camisa. Levei minhas mãos à sua camisa e abri os botões o mais rápido que pude.

— Entra comigo. — Pedi, já sem fôlego.

Ele atendeu meu pedido e logo terminou de se despir e se acomodou na banheira comigo.

— Seu desejo é uma ordem. — Ele mordiscou o lóbulo de minha orelha, me fazendo estremecer.

Meus lábios traçaram um caminho de beijos por seu peito até encontrarem sua boca. O beijo se tornou mais urgente, desesperado.

German me puxou para o seu colo e gemi com a proximidade. Senti sua boca descer pelo meu pescoço, provocando o que sabia ser meu ponto fraco.

— German, eu preciso de você…

Ele entendeu que eu precisava de ainda mais proximidade e me posicionou no lugar exato onde nossos corpos se uniriam. Ele segurou minha cintura e me impulsionou para baixo, unindo nossos corpos.

German tomou meus lábios num beijo intenso, cheio de desejo. Uma de suas mãos subiu pelas minhas costas, causando arrepios em minha pele, até minha nuca, enquanto a outra permanecia firme em minha cintura.

Nossos movimentos eram lentos, sem pressa.

— Eu te amo tanto… — Ele sussurrou contra a pele exposta do meu ombro.

— Eu também te amo, com tudo o que sou.

German gemeu ao sentir que eu tinha aumentado a velocidade dos movimentos. Ele passou os braços ao redor de minha cintura e inverteu as posições. Passei minhas pernas ao redor de sua cintura e minhas mãos se cravaram em suas costas.

Ele acelerou os movimentos, me deixando em êxtase. Eu precisava de ainda mais proximidade, então impulsionei minha cintura contra ele, sincronizando nossos movimentos.

— Angie… — Ele gemeu, a respiração entrecortada. — Você ainda vai me levar à loucura.

Senti sua boca provocando meu pescoço, enquanto seu corpo me levava cada vez mais pra perto do ápice. Com mais alguns movimentos, senti meu corpo ceder ao prazer e chamei por German.

Ele arremeteu mais uma, duas, três vezes e seu corpo se juntou ao meu no ápice.

German me puxou para os seus braços e apoiei minha cabeça em seu peito.

Tudo parecia estar uma bagunça ao meu redor, mas eu sabia que se German estivesse comigo, tudo ficaria bem.

(…)

 

*TRADUÇÃO:

Você é a melodia perfeita
A única harmonia
Que eu quero ouvir
Você é a minha parte favorita de mim
Com você ao meu lado
Eu não tenho nada a temer

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostou? Deixe um comentário e nos façam felizes ❤

Até o próximo capítulo, beijinhos ❤



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Consequências do Amor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.