Consequências do Amor escrita por Rah Forever, Reh Lover


Capítulo 25
Capítulo 25 - Um Consolo de um Amor, Uma Visita Inesperada


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde, gente! ❤ Aqui está o próximo capítulo, espero muitooo que vocês gostem! ❤

{ AGRADECIMENTOS }

☆ Muito obrigada a linda Lovely Mary por ter favoritado a fic! ❤ Ficamos muito felizes quando vimos que a fic contava com mais um favoritado ❤

☆ Muito obrigada as lindas que comentaram e nos incentivaram muito a escrever o capítulo:

☆ Duh Leon
☆ Blackspace
☆ ViolettaS2
☆ Love Angie
☆ Germangie17

Adoramos os comentários! ❤

~ ♡ ~♡~♡

Se você também está gostando da fic, não deixe de comentar, favoritar, recomendar e acompanhar, pois isso nos incentiva muito a continuar escrevendo e saber o que vocês estão achando da fic ❤

Pretendemos postar o próximo capítulo com pelo menos mais 6 COMENTÁRIOS ❤

IMPORTANTE: Desculpem a nossa demora para postar, é que os estudos estão bem puxados e daí as vezes fica meio difícil escrever e postar ❤ Muito obrigada por continuarem nos acompanhando! ❤

Beijos e boa leitura! ❤



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               "De que sirve
                       Lo que me rodea
                     Aunque tenga todo
                   Siento un vacio sin ti"

        * De que Sirve - Reik

 

               NARRADORA

Chovera o dia inteiro. Angie desejava ter ido visitar seu pai e o Studio, mas o mundo parecia cair lá fora.

Definitivamente, dias chuvosos não eram os seus favoritos.

Passara a tarde toda ao lado de Vilu, Ludmila e Federico fazendo uma maratona de filmes. Eles tinham sorte que a mansão contava com um excelente gerador de energia, pois ela tinha certeza que a uma hora dessas sua casa estaria sem energia, já que a chuva lá fora parecia torrencial.

Além da preocupação constante com o pai, Angie estava preocupada com Brenda. Ela perdera a conta de quantas mensagens mandara para a melhor amiga e não obteve resposta.

A única pista que a loira tinha sobre o paradeiro da amiga era que a morena comunicara que Pablo a convidara para visitar o Studio no período da manhã. Mas depois disso não tivera mais notícias da amiga.

No momento, Angie encontrava-se sentada na grande cama do quarto de hóspedes, enquanto lia um livro que começara dias atrás.

A leitura da loira foi interrompida quando uma Brenda animada abriu a porta do quarto e entrou no cômodo sorridente.

 

                    ANGIE

— Brenda, onde você esteve a tarde toda? Eu te mandei várias mensagens e você não respondeu nenhuma. — Quis saber, após fechar o livro, depositando-o sob o criado mudo.

— Ah, Angie, me perdoa! — Pediu, sentando-se ao meu lado na cama. — Eu tentei te avisar o que aconteceu, mas não consegui.

— E o que aconteceu? — Perguntei.

— Como você sabe, Pablo me convidou para ir ao Studio e eu aceitei. — Ela sorria enquanto narrava os acontecimentos do dia. — Mais tarde ele me convidou para almoçar, mas antes nós paramos na casa dele para pegar alguns papéis, já que depois ele teria que voltar para o Studio, mas daí começou aquela chuva torrencial e achamos melhor ficarmos abrigados dentro da casa do Pablo mesmo. Nós cozinhamos juntos o almoço, foi ótimo. Eu fiquei tão entretida, que esqueci de te ligar e quando me dei conta disso, já não dava mais para te ligar já que a chuva piorou, a energia acabou, meu celular estava sem bateria e o do Pablo ele esqueceu no Studio. Por sorte ele tinha algumas velas, pois do contrário ficaríamos totalmente no escuro.

Brenda terminou a narração sorrindo. Pelo jeito a tarde dela fora boa, apesar de tudo.

Pelo que me contara, Pablo e ela vinham se falando por meio de mensagens e ligações desde que retornamos a França. Eu estava feliz por eles estarem se dando bem, ambos mereciam ser felizes. Eu torcia para que dessem certo juntos, já que pareciam fazer muito bem um ao outro.

— Pelo jeito a tarde de vocês foi ótima, apesar do tempo. — Pisquei para minha amiga, que corou levemente.

— Foi sim. Pablo me convidou para sair amanhã. — Contou.

— E você aceitou. — Completei sorrindo.

— Aceitei.

Continuamos a conversar até que me lembrei do ultrassom que eu havia marcado para a tarde seguinte.

— Brenda, eu marquei um ultrassom para amanhã a tarde, eu gostaria que você fosse. Eu convidei a Vilu também.

Os olhos de Brenda se iluminaram.

— É claro que eu quero acompanhar vocês! — Disse animada com a ideia. — Estou ansiosa para ver meu sobrinho ou sobrinha pela primeira vez.

— Obrigada por me acompanhar, Brenda. Não sei o que eu faria sem você na minha vida. — Agradeci emocionada. Eu realmente tinha muita sorte de ter Brenda ao meu lado.

Limpei uma lágrima sorrateira que insistiu em rolar.

— Ah, não, Angie. Por favor, não chora, se não eu vou acabar chorando junto. — Pediu.

— A culpa é dos hormônios. — Brinquei.

Sorrimos uma para a outra e nos abraçamos.

Só nos desfizemos do abraço quando Olga veio nos chamar para o jantar.

                        (…)

 

                    ANGIE

— Eu sinto muito, senhorita, mas infelizmente seu pai não resistiu… — O médico falou cuidadosamente.

Eu tentei levar ar para os pulmões, mas naquele momento era difícil até mesmo respirar.

Lágrimas desciam descontroladamente pelo meu rosto, sem que eu pudesse conte-las.

Por que aquilo estava acontecendo? Fazia pouco mais de dois meses que eu sabia que era filha biologica de Antonio, eu queria construir momentos de pai e filha com ele. Queria que ele pudesse conhecer seu netinho ou netinha.

Tudo o que eu mais queria era poder abraçar meu pai e lhe pedir perdão por não ter escutado o que ele queria dizer, mas isso não seria mais possível.

Um grito de dor irrompeu de meus lábios.

Acordei assustada, com o coração pulsando acelerado contra o meu peito.

Uma coberta felpuda encontrava-se ao meu redor, mas ainda assim meu corpo tremia. Não de frio, mas de medo. Medo do meu pesadelo se tornar realidade.

Eu precisava ser forte por mim e pelo meu bebe, mas se o pior acontecesse com o meu pai, eu não saberia como prosseguir.

Tudo o que eu queria era uma noite de sono tranquila, mas pelo que tudo indicava essa noite não seria aquela.

Por que meus sonhos e pesadelos tinham de ser tão reais? Já não bastasse a iminente possibilidade de eu perder Antonio...

Só de pensar em meu pai deitado sozinho naquele quarto de hospital, cheio de agulhas perfurando sua pele e fios e máquinas ao seu redor, senti dificuldade em levar o ar aos pulmões.

Eu precisava sair daquele quarto, antes que eu entrasse em pânico.

 

               NARRADORA

Angie desceu as escadas apressada, precisava de ar puro.

Ela correu até a porta da sala que dava acesso a área de lazer e ao jardim da mansão, e abriu-a.

Logo que conseguiu chegar ao lado de fora, Angie sentiu-se colidar com algo forte.

O impacto fez com que Angie fechasse os olhos.

Braços fortes circurdaram o corpo desestabilizado de Angie, que sentindo o toque protetor, abriu os olhos imediatamente.

— German… — Constatou surpresa.

Ele a encarou, o olhar um misto de preocupação e afeto.

— Você está bem? — Ele quis saber, tocando delicadamente o rosto de Angeles, a procura de uma resposta para o olhar triste e aflito dela.

Ultimamente todo mundo a fazia essa pergunta e ela sempre se esforçava para dizer que sim, estava bem, pois não queria preocupar as pessoas ao seu redor, mas dessa vez ela não conseguiu dar a resposta de sempre.

Vendo German olhando-a de forma tão compreensiva e preocupada, ela não conseguiu mascarar os verdadeiros sentimentos.

— Não. — Foi a única palavra que a loira conseguiu expressar, antes de aninhar-se entre os braços de German e deixar as lágrimas virem.

Angie chorava de encontro ao peito de German, deixando toda a dor extravasar. Porque sentia que era isso o que precisava fazer, deixar todos aqueles sentimentos represados extravasarem.

German abraçava o corpo trêmulo da amada como se fosse a jóia mais preciosa do mundo. Doía ver o quanto Angie estava sofrendo e não poder fazer nada para acabar com a dor dela. Ver o amor de sua vida passar por um momento difícil como aquele e estar de mãos atadas era frustrante para German Castillo.

Era difícil não ver a loira sorrindo, ele daria tudo para ve-la sorridente e feliz como era comum de sua personalidade alegre.

German suspendeu Angie do chão, quando percebeu que a loira já não tinha mais forças para sustentar-se.

Angie não fez nenhuma objeção de ser carregada, sentia o corpo cansado e a cabeça pesada.

German caminhou até a beira da piscina e sentou Angie confortavelmente em uma das cadeiras acolchoadas e reclináveis que ali se encontravam.

Ele sentou-se ao lado dela, cobrindo-os com uma manta que German trouxera consigo quando viera para fora, quase uma hora atrás.

— Obrigada. — Ela murmurou em um suspiro cansado, que não passou despercebido pelo moreno.

Ele volveu o olhar a ela. O que exatamente pertubava a mente de Angeles naquela noite? Ele precisava saber.

— Angie, o que aconteceu? Você estava trêmula e um tanto pálida quando te encontrei.

Angie levantou a cabeça e encarou German. Será que conversar com ele sobre o que a afligia poderia ser bom de alguma forma, tendo em mente que a última conversa que tiveram não terminara muito bem?

— Eu tive um pesadelo. — Contou alisando a manta ao seu redor. — E nele meu pai não resistia e…

Percebendo a dificuldade da loira em terminar a frase, German apenas a abraçou. E era exatamente disso que ela precisava naquele momento.

Ouvir as batidas do coração de German próximas ao seu ouvido, a confortou. Aquele era um som que tinha o poder de acalmá-la.

German depositou um beijo casto sob a cabeleira dourada de Angie, inalando imediatamente o perfume floral de seus cachos agora quase totalmente lisos.

Ele ficou feliz que a loira permitiu que ele ficasse ao lado dela em um momento difícil como aquele, tudo o que ele queria era voltar a fazer parte da vida dela e mostrar que queria faze-la feliz. Mostrar que tinha mudado durante a ausência dela.

— Ah, German… O pesadelo foi tão real. — Confessou, a voz embargada. — Só de pensar em meu pai e no estado em que ele se encontra, às vezes eu penso na real possibilidade de perde-lo, mesmo que eu lute contra esse tipo de sentimento. Se eu perde-lo, eu não vou suportar…

Ela enterrou o rosto na curva entre o ombro e o pescoço de German, não queria que ele a visse chorar novamente. Se sentia tão fraca, não a pessoa forte que afirmavam que ela era.

German acarinhou levemente os cachos de Angie, antes de pedir com um tom de voz aveludado:

— Angie, por favor, olhe pra mim.

Ela balançou a cabeça.

— Eu não quero que você me veja de novo assim. Eu já perdi as contas de quantas vezes chorei nesses últimos dias…

— Por favor, meu anjo. Olhe pra mim. — Tentou novamente.

Angie sorriu brevemente contra o ombro de German ao ouvir o apelido carinhoso com o qual ele gostava de se referir a ela.

A loira afastou-se um pouco do moreno, e fez o que ele pediu.

German não conseguiu reprimir o sorriso que se formou em seus lábios. Essa era uma das poucas vezes que Angie atendera um de seus pedidos sem contestar além do necessário.

— Você sabe que não é vergonha alguma chorar, Angie. Você tem sido forte diante de tudo que vem passando.

— Eu sei, é que eu não me sinto forte, German. Eu tenho tanto medo de não poder ver meu pai saudável de novo. Eu não quero perdê-lo.

— Eu sei que não, nenhum de nós quer perder Antonio. — Explicou enquanto suas mãos encontraram as de Angie e se entrelaçaram. — Por isso temos que seguir em frente acreditando no melhor, mesmo que seja difícil. Temos que acreditar no melhor e deixar que a vida siga o seu fluxo. O Antônio vai ficar bem, você vai ver.

Angie sorriu com as palavras proferidas por German. Ela precisava acreditar que as coisas dariam certo, porque de nada adiantava pensar o pior. Aliás, Antônio sempre fora uma pessoa positiva, mesmo através das adversidades e Angie decidiu que também deveria ser assim, devia isso ao pai.

— Você tem razão. — O sorriso dela se ampliou ao ver que German o retribuia. — Eu preciso seguir sempre em frente e acreditar no melhor. Acho que aprendi a lição.

— Boa aluna. — O moreno elogiou.

— Tive um bom professor. — Ela piscou descontraída, arrancando risos de ambos.

O vento pareceu soprar mais forte, então Angie se aconchegou mais perto de German, descansando a cabeça no peito forte dele, querendo sentir o tipo de conforto que só encontrava entre os braços protetores do moreno.

German abraçava a cintura de Angie, mantendo-a o mais perto possível de si. Momentos como aquele traziam paz para sua mente, frequentemente preenchida pelo peso das escolhas erradas que tomara. Mas ali, com Angie, era fácil esquecer-se do passado e deixar a paz que Angie irradiava envolve-lo.

Ficaram cerca de quinze minutos naquela mesma posição, em um silêncio confortável, até German perceber que a loira havia adormecido.

Ele concentrou o olhar nas feições angelicais do rosto delicado. Como ela era linda…

Suspirou. Como ele desejava voltar no tempo e fazer as coisas diferentes. Se ele tivesse agido de acordo com o que sentia desde o começo em relação a Angie, provavelmente já estariam casados e quem sabe até já teriam um bebê a caminho ou já seriam pais. Tudo o que ele mais queria era casar com a mulher de sua vida e juntos formar uma família. Mas ele estragara tudo e não sabia se algum dia teria a chance de recomeçar.

De que servia ser o melhor engenheiro de Buenos Aires, sendo reconhecido e prestigiado internacionalmente, se o que ele mais queria não podia ter? De que servia ter tantos bens materiais e riquezas, se o que ele mais desejava dinheiro nenhum no mundo poderia comprar? De que servia poder ter tudo, menos o que mais precisava. Ainda que tivesse tudo, ainda sentiria o vazio que Angie deixara em sua vida.

Confiança era uma coisa que se construia aos poucos e ele precisara de apenas alguns poucos minutos para aniquilar com a confiança de Angie em si mesmo. Ele sabia que se queria que a loira voltasse a confiar nele, teria que ser paciente e fazer as coisas certas dessa vez.

Tendo noção de que a temperatura abaixara em alguns graus, German acomodou Angie em seus braços e carregou-a para dentro da mansão, até o quarto de hóspedes.

Já dentro do cômodo pouco iluminado, ele deitou-a com o máximo cuidado possível, logo após cobrindo o corpo de Angie com um cobertor.

Quando estava prestes a sair dos aposentos de Angie, ele sentiu um aperto delicado ao redor de seu pulso.

Surpreso, German virou-se e encontrou uma Angie sonolenta sorrindo para ele.

— German… Obrigada pelo que disse aquela hora… — Agradeceu, a voz grogue.

Ele sorriu. Será que na manhã seguinte o clima entre eles seria melhor, perecido com o daquela madrugada? Será que depois daquela noite as coisas entre eles melhorariam? German esperava que sim.

— Disponha. — Ele respondeu sorrindo suavemente.

Angie retribuiu o sorriso, para logo depois fechar os olhos e adormecer por completo.

German deu uma última olhada em Angie, e após certificar-se que ela dormia tranquilamente, saiu do quarto, fechando a porta atrás de si e partiu para os seus aposentos.

                       (…)

 

                    ANGIE

Eu tinha que confessar que eu estava animada com a ideia de ser mãe, mas uma coisa que eu odiava na gravidez eram os enjoos matinais.

Eu estava pronta para descer e ir tomar o café-da-manhã, quando me senti enjoada e tive que correr para o banheiro.

Coloquei todo jantar da noite passada para fora.

Depois de dar a descarga e me colocar em pé, fechei a tampa da privada e me sentei sobre ela. Eu me sentia um pouco tonta.

O barulho da porta do banheiro sendo aberta soou pelo comodo e eu temi que fosse German. Eu não queria que ele descobrisse desse jeito que ia ser pai.

— Angie, você está bem? — Uma voz doce e preocupada preencheu o ambiente.

Ludmila se aproximou de mim e constatou:

— Você está pálida.

— Eu estou bem, querida. — Tentei despreocupa-la. — Só acordei um pouco enjoada.

Ludmila me encarou, percebendo que eu estava omitindo algo.

— Tem certeza? Acho que você deveria marcar uma consulta com seu clínico, para saber o que esta acontecendo com você e se realmente esta tudo bem.

Sorri. Ludmila havia de fato se transformado, a Ludmila de antes não se preocupava com as pessoas ao seu redor como a de agora fazia.

— Querida, eu não preciso ir a um clínico, eu já sei o que eu tenho. — Expliquei sorrindo, esperando pela pergunta que ela faria em seguida.

— E o que você tem? — Quis saber, um tanto desconfiada, já que era de conhecimento geral que eu fazia de tudo para não ter que ir ao médico.

— Estou grávida.

A primeira expressão de Ludmila foi de surpresa, para logo depois ser substituída por alegria.

— Ah, Meu Deus, isso é maravilhoso, Angie! Parabéns! — Disse daquele jeitinho espontâneo só dela e me abraçou.

— Obrigada, querida. — Agradeci sorrindo.

— Imagino que o German não saiba. — A adolescente comentou e o sorriso em meu rosto se desvaneceu.

— Não, eu ainda não contei.

— Por quê? — Perguntou interessada.

— Em parte porque não me sinto pronta pra fazer isso e em parte porque tenho medo da reação de German. — Confessei.

Ela sorriu compreensiva.

— Eu tenho certeza de que se você contar ao German que ele vai ser pai, ele ficará feliz. Ele te ama muito, Angie, qualquer um pode ver isso.

Eu sabia que German me amava, eu podia ver isso em seus olhos cada vez que ele olhava para mim, e por mais que eu soubesse que ele assumia as responsabilidades de seus atos, eu ainda sentia medo pela reação dele. Um medo bobo, mas que ainda existia.

Tirando o fato de que esse bebezinho nos uniria para sempre, ou seja, direta ou indiretamente German faria parte da minha vida para sempre e isso me assustava, pois quanto mais próximos tivéssemos que estar pelo bem do bebê, mais o meu plano de me manter afastada de German Castillo iria por água a baixo.

— Hoje eu tenho uma consulta pré-natal. Você gostaria de me acompanhar? A Vilu e a Brenda também irão e eu adoraria ter você lá. — Perguntei, eu queria muito que Ludmila fosse comigo, ela era muito importante pra mim e ter pessoas que eu amava comigo em um momento como aquele, tornaria o momento mais especial do que já seria. Eu pretendia contar sobre a gravidez a Ludmila e convida-la para me acompanhar na consulta depois do café da manhã, mas acabou que as coisas se apressaram.

— É claro que eu quero, Angie! — Ela disse emocionada. — Obrigada por me convidar para fazer parte de um momento tão importante como esse. Você sabe que eu não tive um bom exemplo de mãe… eu sempre me espelho em você… Esse bebê tem sorte em ter você como mãe. — Ela terminou a frase parecendo um tanto envergonhada. Como não estava habituada a receber sentimentos como amor, afeição e carinho, as vezes Ludmila tinha um pouco de dificuldade em expressa-los também e quando o fazia, ficava um tanto sem jeito.

Senti meus olhos arderem ante a declaração de Ludmila.

— Ah, querida, se você continuar a falar coisas assim, eu vou acabar chorando… — Falei com a voz embargada e abracei-a. — Você sabe que é uma garota muito especial e talentosa, não sabe? Eu também me espelho em você, Ludmila. Pois mesmo passando por tanta coisa, você continua forte, brilhando igual uma supernova.

Ludmila me presenteou com um de seus sorrisos com direito a covinhas.

— Você acha mesmo isso? — Perguntou, o toque de insegurança na voz refletindo os anos que vivera com uma mãe que desmerecera seu potencial por muito tempo.

— É claro que acho. — Afirmei, querendo acabar com a insegurança que Priscilla provocara na própria filha.

— Obrigada, Angie. — Ela agradeceu e deu um rápido abraço em mim.

— Imagina, você não tem nada que agradecer. — Disse sorrindo para a garota a minha frente. — Mas agora é melhor irmos tomar café, todos já devem estar nos esperando.

— Vamos lá, estou morrendo de fome. — Ludmila comentou e logo meu estômago roncou em concordância.

Ambas rimos.

                        (…)

 

               NARRADORA

Um sentimento de apreensão tomava conta de Angie conforme se aproximavam do hospital. Estava ansiosa para ver o pai, já que por conta da chuva forte, não o pudera ver no dia anterior.

German ocupava o assento do motorista, ele dirigia atentamente enquanto Angie, sentada ao seu lado observava o movimento fora do carro. Violetta, Ludmila e Federico ocupavam o banco de trás.

Minutos depois chegaram ao hospital.

Angie queria ser a primeira a ver o pai, mas permitiu que Ludmila e Federico entrassem primeiro, já que ambos ainda não puderam visitar o diretor do Studio desde o acidente. German acompanhou os adolescentes, mas não sem antes dar uma última olhada na direção de Angie, precisando se certificar de que ela estava bem.

Logo que os três voltaram, foi a vez de Angie e Violetta verem Antônio.

A visita durara longos minutos. Antônio era importante demais para ambas, queriam ficar o máximo de tempo que lhes fosse permitido ali ao lado dele. Só saíram do quarto quando uma simpática enfermeira veio lhes avisar que o tempo delas acabara. Mesmo não sentindo-se com vontade de deixar o leito hospitalar, as duas se despediram rapidamente de Antônio e retiraram-se.

Angie percebeu que não se sentira mal ao sair do quarto do pai, como das outras vezes. Dessa vez ela saiu renovada de esperança, ela seria forte pelo pai e por ela mesma. Precisava acreditar no melhor e era o que faria.

     Logo que viu Angie e Violetta retornarem a sala de espera, German pensou em ir ao encontro delas, mas antes que pudesse fazê-lo, alguém chamou a atenção da loira:

— Angelita.

Só existia uma pessoa no mundo que se referia a ela dessa maneira. Ela virou-se em direção a voz e um sorriso brotou em seus lábios quando seu olhar se chocou com os olhos mais azuis que ela já vira.

— Sebastian!

Angie correu até o homem e abraçou-lhe. Como sentira falta dele.

Sebastian girou Angie em seus braços por meros segundos, fazendo a loira ampliar mais ainda o sorriso.

— Como senti sua falta, Angelita! — Comentou afastando do rosto uma mecha rebelde do cabelo castanho claro. — Acho que você cresceu alguns centímetros desde a última vez que nos vimos. — Brincou, os dentes alinhados em um sorriso divertido.

Ah, como ela gostava do humor dele, que sempre dava as caras nos momentos mais inoportunos.

— Também senti sua falta, Titian. — Angie falou, provocando Sebastian com o antigo apelido dele. Apelido que ela o dera quando crianças.

— Ah não, Angelita! — O recém chegado colocou a mão sob o peito, como se Angie o tivesse ferido bem ali. — Pensei que tivesse se esquecido desse apelido.

— Eu tenho memória boa. — Ela deu de ombros. — E eu nunca me esqueceria de um apelido que fui eu que criei.

— Tudo bem, tudo bem, lição aprendida. — Ele levantou as mãos para o alto, brincando. — Vamos parar antes que você me faça passar vergonha na frente dessas jovens damas.

Sebastian fez uma mesura propositalmente exagerada para Ludmila e Violetta, arrancando risos das damas em questão, que pareciam se divertir com a conversa entre Angie e o recém chegado. Até Federico achava graça da situação.

German por outro lado não parecia nem um pouco animado com a conversa entre Angie e o tal Sebastian. Afinal, quem era ele? German não se lembrava de Angie ter mencionado o nome Sebastian uma vez sequer.

— Acho melhor eu te apresentar. — Angie falou, tocando delicadamente um braço de Sebastian. — Pessoal, esse aqui é o Sebastian, ele e eu somos velhos amigos, nos conhecemos desde criança. Ele é enteado de um dos irmãos de Antônio.

Angie e Sebastian eram amigos de longa data, se conheciam desde os dois anos e meio, quando a mãe de Sebastian casou com o irmão de Antônio e por coincidência eles se tornaram vizinhos. Angelica e Mariana, mãe de Sebastian, sempre foram boas amigas. E apesar de não ser o pai biológico de Sebastian, Fernando, irmão de Antônio, sempre o tratara como se o fosse.

Angie e Sebastian não se viam há anos, já que agora Sebastian morava na África do Sul, onde desenvolvia um trabalho voluntário de arte com crianças carentes juntamente com outros professores. Ele lecionava dança, que era sua paixão. Por isso só se falavam por mensagens e ligações durante esses anos que ficaram sem se ver.

Violetta, Ludmila e Federico logo cumprimentaram Sebastian, simpatizando de cara com ele.

— E esse aqui é German Castillo. — Angie apresentou, sentindo o pulso acelerar quando seu olhar encontrou o do moreno.

— Prazer em conhece-lo. — Os homens trocaram um aperto de mãos. — Cara, eu admiro o seu trabalho. Seria genial se todas as construtoras levassem em consideração o meio ambiente, como a sua faz.

— Obrigada. É um prazer conhecê-lo também. — German disse educado, a voz polida, quase um pouco ríspida.

Se Sebastian percebeu a tensão no ambiente, fingiu não notar.

— E como as coisas estão por aqui? Como o tio Antônio está? — Quis saber, a expressão humorada de antes sendo substituída por uma séria.

— Infelizmente não houve melhora no estado dele. — Angie disse, tentando evitar que pensamentos e sentimentos ruins a invadissem. — Mas tenho fé de que em pouco tempo ele estara de volta com a gente.

— Você está certa. — Ele concordou sorrindo suavemente, tentando ser otimista. Recusava-se a sequer considerar por um segundo a idéia de perder Antônio, que sempre o fizera se sentir parte da família. O homem que sempre o incentivou a correr atrás dos seus sonhos. — Eu sinto muito não poder ter chegado antes, a tempestade de ontem atrasou tudo. Eu queria poder ter estado aqui para te dar forças desde o início.

— Não se desculpe. O importante é que agora você esta aqui. — Ela disse e abraçou o amigo, tentando conforta-lo.

O abraço fora fraternal, mas para German, que se sentia incomodado com a forma carinhosa com que a loira tratava Sebastian, o abraço parecera algo mais.

Sem conseguir conter a pontada de ciúmes que despontou em seu peito, German pigarreou, fazendo com que o abraço entre os "amigos" fosse desfeito.

Angie estreitou os olhos quando olhou para German, em um ato contido de repreensão. O moreno não protestou, mesmo que esse fosse o seu desejo.

— Foi um prazer conhecer todos vocês, mas agora preciso ver meu tio. — Sebastian colocou-se em pé, um tanto ansioso.

— Eu te acompanho. — Angie declarou percebendo a alteração no estado do amigo. Ele precisaria de apoio da mesma forma que ela precisara quando vira Antonio naquela maca pela primeira vez. Tirando o fato de que ele merecia saber que ela era filha biológica de Antônio.

— Eu adoraria. — Sebastian aceitou, mais grato do que poderia demostrar por poder contar com Angeles em um momento que sabia que não seria fácil.

Sebastian encostou a palma da mão nas costas de Angie e juntos caminharam até sair da vista dos quatro que permaneceram na sala de espera.

                       (…)

         A visita não fora fácil como Sebastian sabia que seria, mas como Angie tinha dito, eles tinham que ter fé e ele teria.

        Foi uma grande surpresa saber que Antônio era pai biológico de Angie, mas Sebastian ficou feliz com a notícia, ter uma filha faria bem para o tio que nunca tivera esse tipo de relação entre pai e filha.

Ele se desculpou com Angie por não poder leva-la para almoçar para eles poderem conversar melhor, já que tinha assuntos relacionados a sua estadia em Buenos Aires para resolver.

Angie não se importou, ficou de marcar o almoço para outro dia.

Se despediram com um abraço, Sebastian se despediu rapidamente de Violetta, Ludmila, Federico e German e foi embora.

Angie pensou em ficar ali no hospital, mas sentia que não era isso que o pai iria querer, e aliás o horário de visita pela manhã já acabara.

Decidiu então que iria ir ao Studio ajudar no que fosse preciso. Apesar de ninguém lhe falar nada sobre a situação econômica do mesmo, ela sentia que tinha algo a mais que não estavam lhe contando.

Decidiu que dessa vez acompanharia os demais até o Studio.

                         (…)



                                 ANGIE

A primeira coisa que fiz quando coloquei meus pés no Studio, foi procurar Pablo. Se tinha alguém que seria incapaz de mentir pessoalmente para mim era ele.

Encontrei-o na sala dos professores.

— Angie! — Ele veio sorrindo ao meu encontro e me abraçou. — Como está?

— Estou bem. E você? — Perguntei, notando as olheiras abaixo de seus olhos.

— Estou bem. — Ele respondeu, mas a resposta não me pareceu tão convicta e sim cansada. — E o que te traz aqui, dona Angeles?

Sorri para o meu melhor amigo, percebendo o quanto senti a falta dele nos meses que permaneci na França.

— Eu quero ajudar o Studio, no que vocês precisarem. — Fui direta.

— Tem certeza? Você sabe que sua ajuda é sempre uma dádiva, mas não posso te pedir isso em um momento delicado como esse. — Preocupou-se comigo.

— Eu quero ajudar. — Afirmei, convicta de minha decisão. — Sei que não deve estar sendo fácil comandar tudo aqui sem o Antônio. Me deixa ajudar, Pablo.

Ele cruzou os braços e fingiu pensar por alguns segundos, antes de aceitar.

— Tudo bem, Angie. — Ele sorriu e abriu os braços. — Seja bem-vinda de volta.

— Obrigada. — Agradeci e o abracei.

— Sou eu que agradeço, Angie. Sua ajuda será mais que bem-vinda.

— Agora que já acertamos minha volta, você pode me contar os problemas que o Studio esta enfrentando.

Pablo franziu o cenho.

— Pablo, você é meu melhor amigo, não pode esconder esses problemas de mim, sejam quais forem. — Apelei para a nossa amizade. — Sei que todos vocês estão escondendo esses problemas de mim, para não me preocupar, mas eu quero e mereço saber.

Meu amigo suspirou, cansado. Pelo jeito, as coisas eram mais complicadas do que eu pensava.

— Tudo bem, vou te contar tudo, mas tenha em mente que só não te falamos sobre nada disso porque você precisava de um tempo só seu e estava passando por muita coisa.

Assenti, em concordância. Nos sentamos e Pablo começou:

— O primeiro problema é que estamos com falta de professores de dança e canto. Depois da apresentação em Sevilla muitos alunos vieram se inscrever, mas a demanda de alunos é maior do que a quantidade de professores qualificados que temos. Estamos com dificuldades de encontrar novos professores, já que é de conhecimento geral que o Studio esta se recuperando ainda de uma crise econômica grave. — Contou.

— Sobre isso, acho que eu posso ajudar. Eu gostaria de retomar minhas aulas de canto. — Falei e Pablo pareceu um tanto aliviado. — E acho que sei de alguém que poderia ajudar nas aulas de dança.

— Isso é ótimo, Angie! Obrigada. — A expressão cansada em seu rosto pareceu se aliviar parcialmente. Pablo precisava descansar mais e de menos responsabilidades sob suas costas.

— Disponha. — Sorri, Pablo já tinha me ajudado tantas vezes que eu nem tinha como agradecê-lo por tudo. — E o segundo problema?

— O prédio do Studio tem um novo dono, que por acaso, quer vendê-lo. — Contou com pesar.

Eu não podia acreditar que isso estava acontecendo. Quem em sã consciência iria querer prejudicar o Studio desse jeito?

— E quem é esse comprador?

— É alguém que a gente já conhece muito bem: Jade LaFontaine.

Eu quase cai da cadeira ao ouvir esse nome.

— E por que ela faria isso? — Perguntei descrente na situação.

— Acredito que para ficar mais perto de German, já que como ele cuida da parte econômica e administrativa do Studio, ele esta por aqui com frequência. German tem sido um braço direito para o Studio.

             Eu sempre seria grata a German por cuidar da parte financeira do Studio, mas nunca poderia adivinhar que isso causaria o interesse de Jade no Studio.

— E não tem um modo de ela não vender o prédio? — Eu quis saber.

— Tem, mas nenhum de nós esta de acordo. A condição para ela não vender o prédio é que ela se torne a diretora do Studio.

— Isso é um absurdo! Ser diretor não é brincadeira. Ela não pode fazer isso, Pablo! — Exclamei, indignada. Agora ela era milionária, podia comprar o que bem entendesse e quisesse e escolhera justamente o Studio? Só podia ser brincadeira.

Por que os problemas pareciam nunca ter fim?

— Eu queria poder te dizer o contrário, Angie, mas Ramalho analisou a papelada e sim, ela pode fazer isso. — Falou e bufou cansado. — Eu só queria que esses problemas acabassem logo de uma vez.

— Eu também, Pablo. — Concordei e toquei sua mão em apoio. — Mas nós vamos conseguir resolvê-los. Nós vamos dar um jeito nisso.

                          (…)

 

                  NARRADORA

O horário da consulta de Angie estava próximo e ela e Ludmila e Violetta estavam quase atrasadas. Brenda as encontraria no consultório.

As três desceram as escadas apressadas e deram de cara com German.

— Aonde vão com tanta pressa assim? — Perguntou sério, já que Violetta e Ludmila sempre avisavam onde iriam.

As três se entreolharam, nervosas, sem saber o que responder. Elas não podiam dizer a verdade.

— Estou esperando uma resposta. — German comentou, estranhando a reação delas.

— Nós vamos fazer compras com a Angie. — Vilu improvisou.

— É, precisamos de novos acessórios para os figurinos dos shows futuros. Você sabe, German, não pega bem repetir o mesmo figurino, né. — Ludmila disfarçou, jogando o cabelo por trás dos ombros.

German não pareceu muito convencido com a resposta das garotas, mas assentiu:

— Boas compras. — Desejou olhando especificamente para Angie, que sentia o olhar dele queimar sua pele.

— Até mais tarde, German. — Devolveu, cortando o olhar.

                          (…)

Pelo jeito não seria naquele dia que Angie veria seu bebê pela primeira vez.

Logo que as quatro mulheres chegaram ao consultório, Angie se dirigiu até a recepção e explicou que tinha uma consulta marcada para aquele horário. Mas para sua decepção, a simpática recepcionista a informou que devido a tempestade do dia anterior muitas consultas tiveram que ser adiadas e teriam que ser remarcadas. Também comunicou a Angie que o consultório tentara ligar para ela e como não conseguiram, enviaram uma mensagem remarcando a consulta.

Angie recriminou-se mentalmente por ter esquecido de carregar o celular desde o dia anterior, pois assim teria visto a tal mensagem.

Depois de conversar com a recepcionista, que pediu pra ela ligar mais tarde pra confirmar o novo dia da consulta, Angie foi até as outras três mulheres, que a esperavam ansiosas e lhes contou o ocorrido.

Querendo animar a tia, Vilu sugeriu que elas passeasem pelo shopping. Todas adoraram a ideia.

Passaram o resto da tarde fazendo compras enquanto aproveitavam para colocar o assunto em dia.

Angie adorara passar a tarde com Brenda e as meninas. Se divertira tanto que até esquecera dos problemas que a perseguiam.

Mais tarde, as quatro decidiram passar em uma cafeteria que Angie frenquentava desde criança, já que o estômago da loira dera sinal de vida.

"Eu estou comendo por dois agora, esqueceram?" — Ela brincou, arrancando risadas de suas acompanhantes.

Logo que entraram no estabelecimento, Angie reconheceu o homem de cabelos castanhos claros e olhos cristalinos.

Sentado em uma das mesas estava Sebastian, que assim que percebeu a presença das quatro, foi ao encontro delas sorrindo e as convidou a dividir a mesa com ele.

Angie adorava aquele lugar, era aconchegante e simpático, sem contar a comida, que era deliciosa. Ela perdera as contas de quantas vezes ela e o sobrinho de Antônio vieram ali quando mais jovens. Bons tempos…

Mais tarde, Sebastian se ofereceu para levar as quatro de volta a mansão, já que tinha alugado ainda naquela tarde um carro para sua estadia na Argentina.

Logo que o carro de Sebastian estacionou, Vilu, Ludmila e Brenda se despediram do novo amigo e entraram na mansão com as sacolas de compras em mãos.

Angie foi a última a descer do carro. E quando estava prestes a entrar pelo portão da mansão, Sebastian saiu do carro e chamou-a:

— Angelita.

A loira virou-se para o amigo.

— Certeza que não esta se esquecendo de nada? — Perguntou, abrindo uma das mãos e revelando uma pulseira brilhante.

Angie sorriu e pegou sua pulseira que provavelmente deixara cair em algum momento no carro do homem a sua frente.

— Obrigada, Sebs.

— Aleluia você me chamou por um apelido decente, Angelita. — Comentou e os dois riram.

— Ei, eu mal sabia falar direito quando te dei aquele apelido. Me de um desconto, Titian. — Ela provocou, sabendo o quanto ele não gostava daquele velho apelido.

— Ah, não, de novo não. — Ele tampou o rosto com as mãos brincando, fingindo vergonha. — Pelo menos dessa vez você não disse isso em público.

— Sorte sua. — Ela brincou e o amigo riu.

— Por hora, vamos dar essa discussão por encerrada, okay? — Estendeu a mão para a loira.

— Okay. — Apertou a mão de Sebastian, como se estivessem selando um trato.

— Obrigada por hoje, Angie. — Mudou de assunto. — Não sei se teria forças para entrar sozinho para ver o Antônio, ter você lá comigo me deu forças. — Agradeceu sincero.

— Eu que agradeço a sua presença, Sebs. — Disse e abraçou o amigo, que retribuiu o abraço fraternal.

Antes que Sebastian precisasse se despedir e ir embora para o hotel em que estava hospedado, Angie lembrou-se de que precisava conversar com ele sobre algo importante.

— Sebs, você se lembra do Studio, né?

— Claro, é impossível esquecer da energia que aquele lugar emana.

— Então… o Studio esta precisando de professores de canto e dança urgente. Precisamos muito de profissionais qualificados e estamos com problemas em acha-los. — Explicou. — Você gostaria de dar aulas de dança no Studio?

Sebastian pareceu surpreso com a proposta.

— Você sabe que um dia eu terei de voltar para a África do Sul, né? — Perguntou e Angie assentiu. — Mas acho que posso lecionar no Studio nos meses que eu permanecer aqui. Será uma honra ajudar você, cara Angie.

— Sério?! — Exclamou animada, seria ótimo ter mais alguém disposto a ajudar o Studio. — Obrigada, Sebs!

— Disponha, Angelita. — Disse bem humorado como de costume.

Conversaram por mais alguns minutos e depois se despediram com um abraço e um beijo no rosto.

Angie observou o carro de Sebastian ir embora até perde-lo de vista completamente.

Logo que entrou pela porta principal da mansão, sentiu pela segunda vez no dia, tombar com alguém.

Ela ergueu os olhos e constatou surpresa:

— German.

                 Continua….


                          TRADUÇÃO:

              "De que serve
                       O que me rodeia
                   Ainda que tenha tudo
                Sinto um vazio sem você"


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Notas finais do capítulo

☆ E aí, o que acharam do capítulo? ❤ Comente, sua opinião é muito importante pra gente ❤

Beijos e até a próxima ❤



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