Consequências do Amor escrita por Rah Forever, Reh Lover


Capítulo 15
Capítulo 15 - Um Passeio Perfeito, Uma Discussão


Notas iniciais do capítulo

Oiii gente! ❤ Desculpa a demora pra postar, é que as últimas semanas foram corridas e quando consegui arranjar tempo pra escrever fiquei sem ideia. Só consegui terminar o capítulo ontem de noite ❤

ATENÇÃO! LEIAM!

●●● Eu queria pedir pra vocês que COMENTASSEM dizendo o que estão achando da fic, é muito importante pra nós saber a opinião de vocês. Ficamos chateadas que várias pessoas acompanham a fic, mas não comentam. Apareçam leitores fantasmas, por favor.

Obrigada de coração as lindas que comentaram no último capítulo ❤ Agradeço pelo carinho de vocês com a fic ❤

● Duh Leon
● ViolettaS2
● Andry Nyah
● Blackspace

OBS: Vou postar o próximo capítulo quando esse capítulo tiver pelo menos 5 comentários ❤

BOA LEITURA! ❤



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                          "Todo cambió cuando te vi
                                      De blanco y negro al color me convertí
                                      Y fue tan fácil quererte tanto
                                      Algo que no imaginaba
                                      Fue entregarte mi amor con una mirada"

                                             Todo Cambio
                                                            (Camila)


                                                    NARRADORA

 

Angeles acordou e a primeira coisa que percebeu foi que não estava sozinha. No mesmo momento imagens da noite anterior preencheram sua mente. Sorriu ao lembrar do que tinha acontecido. Dos beijos, dos toques, da forma que German a fez se sentir, do amor crepitando entre eles.

 

Sua cabeça estava apoiada no peito de German, enquanto seus braços estavam ao redor dela. Suas pernas estavam entrelaçadas. Angie mantinha uma de suas mãos no peito dele, sentindo as batidas de seu coração e sua respiração suave.

 

Angie se afastou um pouco de German e pegou seu celular. Já eram 9:00 horas, precisavam se arrumar para tomar café com os alunos do Studio.

 

Ela voltou a se aconchegar a German. Ela não queria ter que sair dos seus braços, se dependesse dela ficaria assim com ele pelo resto do dia. Mas era responsável pelos alunos e precisava recepcioná-los.

 

German estava dormindo tão pacificamente que ela se sentiu mal em ter que acorda-lo.

 

Numa tentativa de fazer com que ele despertasse, Angie se inclinou sobre German até alcançar seus lábios. Ela envolveu o rosto dele em suas mãos e beijou-o.

 

Em questão de segundos German despertou e retribuiu o beijo. Ele passou os braços ao redor dela e apertou-a contra si. Angie suspirou, nunca se cansaria de ser beijada por ele.

 

German passou as mãos pelas costas de Angeles e deitou-a na cama. Logo se inclinou sobre ela e voltou a grudar seus lábios aos dela.

 

Angeles passou as mãos pelo cabelo dele, puxando-o mais para si e intensificando o beijo.

 

Ambos já estavam com a respiração entrecortada; quando o celular de Angie recebeu uma mensagem.

 

Mesmo contra sua vontade, Angie saiu dos braços de German e pegou o aparelho. Era uma mensagem de Vilu que dizia:

 

"Bom dia Angie! Vamos tomar café juntos? Ludmila e eu vamos estar esperando você e papai em dez minutos aqui no restaurante do hotel. Beijos da melhor sobrinha do mundo!"

 

Angie riu com a mensagem.

 

— Quem é meu amor? — Perguntou olhando para a namorada.

 

— É a melhor sobrinha do mundo! — Ela mostrou a mensagem para ele, que também riu.

 

Quando ele terminou de ler, Angie disse:

 

— Acho melhor nos arrumarmos, se não vamos nos atrasar. — Ela se sentou na ponta da cama.

 

— Não temos tempo nem para mais um beijo? — Ele perguntou com um sorriso.

 

Angie fez uma cara de como se estivesse pensando e sorriu:

 

— Acho que podemos nos atrasar um pouquinho.

 

German se aproximou dela e beijou-a.

 

                                                       (…)

 

                                                  GERMAN

 

Chegamos pelo menos 20 minutos depois do horário combinado com Vilu.

 

Encontramos Vilu e Ludmila sentadas no restaurante do hotel, enquanto conversavam animadamente.

 

— Você acertou Vilu! — Falou Ludmila sorrindo quando nos viu e entregou uma nota de dinheiro para Vilu.

 

— Foi um prazer apostar com você Ludmi. — Ela aceitou a nota que Ludmila havia dado a ela.

 

Ambas se levantaram e nos cumprimentaram.

 

— Bom dia pombinhos! — Minha filha falou quando nos sentamos.

 

— Bom dia meninas! — Respondemos juntos.

 

— O que vocês estavam apostando? — Perguntei.

 

— Estávamos apostando quanto tempo vocês se atrasariam. E a Vilu ganhou. — Ludmila explicou.

 

— E isso é coisa de se apostar? — Angie riu.

 

— Eu sabia que ia ganhar, por isso, apostei com a Ludmi.

 

— E quanto tempo vocês apostaram? — Perguntei.

 

— Eu apostei 10 minutos e a Vilu 20.

 

— Vocês não têm jeito mesmo. — Angie balançou a cabeça um pouco corada.

 

Um garçom se aproximou de nós e fizemos nossos pedidos. Em poucos minutos o que havíamos pedido chegou.

 

— Hoje temos o dia livre, não é Angie? — Vilu perguntou depois de tomar um gole de seu cappuccino.

 

— Sim, segundo o cronograma, vocês podem fazer o que quiserem. Só não se esqueçam do show de hoje a noite.

 

— Você acha que estamos preparados pra nos apresentar? — Ludmila parecia um pouco insegura.

 

— Não se preocupe. — Angie colocou uma mão sobre a dela. — Vocês já estão prontos. Foram muito bem no último ensaio. E se está nervosa por causa do figurino, pode ficar tranquila, eu já deixei separada a roupa que escolhi para você.

 

— Obrigada Angie. — Ludmila sorriu e apertou a mão de Angie, agradecida.

 

— E então, vocês já fizeram seus planos pra hoje meninas? — Perguntei.

 

— Sim, eu, Ludmi, Leon e Federico vamos passear por Sevilha. Querem vir com a gente?

 

— Gostaríamos muito filha, mas é que já fiz um plano pra mim e Angie.

 

— É sério? — Angie me perguntou animada, com um sorriso lindo no rosto.

 

— Sim, tem alguns lugares que gostaria que conhecesse. — Passei meus braços por seus ombros.

 

— Que fofo! — Ludmila disse.

 

— Vamos querer saber de tudo depois Angie. — Vilu lançou um sorriso para Angie.

 

Depois de terminarmos de tomar café, nos despedimos das meninas e fomos até o carro que eu tinha alugado para nossa estadia em Sevilha.

 

Eu já tinha em mente o primeiro lugar onde levaria Angie. Esperava que ela gostasse. Eu queria vê-la sorrir. Minha meta agora era fazê-la feliz.

 

                                                      (...)

 

                                                   ANGIE

 

— Chegamos! — German anunciou depois de sairmos de dentro do carro.

 

Olhei ao redor e fiquei impressionada. A vista era simplesmente… Espetacular. Estávamos em frente a um rio que era cruzado por uma ponte em arco enorme e linda, adornada em detalhes pratas. As margens do rio eram áreas verdes cheias de árvores. Mais ao longe viam-se prédios e casas. Parecia mais um quadro do que uma paisagem real.

 

— Que lugar maravilhoso! — Admirei a paisagem.

 

— Fico feliz que tenha gostado. Vamos atravessar a ponte? — Ele sorriu e entrelaçou nossas mãos.

 

— Claro! — Eu estava empolgada.

 

Começamos a atravessar a ponte e paramos mais ou menos no seu meio.

 

Me apoiei na amurada e fiquei observando a paisagem incrível que nos cercava. Daqui de cima Sevilha era ainda mais linda.

 

— Como você descobriu esse lugar? — Me virei para German.

 

— Lembra que ontem te contei que já morei um tempo em Sevilha? — Concordei com um meneio de cabeça. — Então, eu gostava de vir aqui pra pensar.

 

— É sério? — Eu nunca teria imaginado.

 

— Sim, quando eu era jovem eu tinha esse hábito.

 

German se aproximou mais de mim e me abraçou. Passei meus braços ao seu redor e apoiei minha cabeça em seu peito.

 

— Mais uma coisa que eu não sabia sobre você. — Sorri, ele sempre me surpreendia. — Mas e então, qual é o nome desse lugar senhor engenheiro?

 

German riu do apelido que lhe dei.

 

— A ponte em que estamos chama-se Puente del Triana e estamos acima do rio Guadalquivir. — Explicou.

 

— E quando foi construída? — Eu estava curiosa para saber tudo sobre esse lugar belo e romântico. E nada melhor do que um engenheiro para me explicar.

 

— Ela foi construída entre os anos de 1845 e 1852.

 

— Quem construiu?

 

— Foi construída por Gustavo Steinacher e Ferdinand Bennetot. — Explicou. — Quer saber mais sobre ela?

 

— Mas é claro! — Nunca tinha me empolgado tanto para conhecer melhor um lugar histórico. Adorava ver German me explicando coisas sobre onde estávamos.

 

— Essa ponte une o centro de Sevilha ao bairro de Triana. Ela é feita de pedra e metal. No século XIX substituiu uma antiga ponte de barcas que existia aqui.

 

— Uau, você sabe de tudo mesmo! — Eu estava impressionada com o tanto de coisas que ele sabia. — Mas de tantos lugares, por que me trouxe justamente aqui?

 

Eu desconfiava que esse lugar tivesse algum valor sentimental para ele.

 

— Você é muito importante para mim Angie. Desde que eu coloquei os olhos em você. — Ele olhou no fundo dos meus olhos e senti meu coração aquecer. — E foi por isso que quis te trazer aqui. Me tornei engenheiro por causa das construções de Sevilha e tomei a decisão de ser engenheiro quando estava nessa Ponte, olhando para o horizonte que nem estamos fazendo agora.

 

— Ah German, nem sei o que dizer. Ninguém nunca fez algo assim para mim. — Respondi emocionada por ele me trazer a um lugar que significava tanto para ele.

 

— Eu quero te fazer feliz Angie. Cada vez que neguei meus sentimentos por você, estava negando a felicidade a mim mesmo. Tudo mudou quando você apareceu na minha vida. Foi tão fácil me apaixonar por você, eu não imaginei que só com o olhar que trocamos no aniversário da Vilu, eu te entregaria meu amor. — German deslizou sua mão carinhosamente pelo meu rosto ao falar.

 

— Você me ensinou o que é amar German. O que é se sentir completo. Nós tivemos muitos obstáculos pra chegar até aqui, mas todos eles valeram a pena; porque nós estamos juntos agora. E eu não quero que isso acabe nunca. — Olhei nos seus olhos.

 

— Não precisa acabar. — Ele disse antes de colar seus lábios aos meus.

 

Retribui seu beijo, entregue. Eu não conseguia pensar em mais nada, eu apenas sentia. Me deixava envolver pelo momento. Ninguém nunca conseguiria fazer eu me sentir assim.

 

Suspirei quando seus lábios se tornaram mais exigentes. German me puxou mais para si e passei meus braços pelo seu pescoço.

 

German deixou que uma mão permanecesse em minha cintura, enquanto a outra subiu pelas minhas costas até repousarem em minha nuca.

 

Com o tempo, o beijo foi se tornando mais calmo e o encerramos com um selinho.

 

German depositou um beijo carinhoso em minha testa e me abraçou. Ficamos olhando para a bela paisagem a nossa frente.

 

E eu sabia que aquele era o meu lugar. Bem ali, em seus braços.

 

                                                       (…)

 

                                             NARRADORA

 

German levou Angie para conhecer vários pontos turísticos de Sevilha. Ele amava cada vez que ela sorria, impressionada com os lugares que ele a levara. Angie, por sua vez, adorava cada vez que ele lhe contava sobre cada ponto turístico.

 

Quando era 12:00, German levou-a num restaurante que servia pratos típicos de Sevilha.

 

Depois continuaram passeando pela cidade. Às 15:30 já estavam de volta ao quarto do hotel.

 

— Ainda bem que chegamos. Meus pés estão doloridos. — Angie se jogou na cama no instante que chegaram.

 

— É, nós andamos bastante. — Ele se sentou ao lado dela na cama.

 

— Sim, mas valeu a pena. Foi um passeio perfeito. Obrigada German, eu já perdi as contas de quantas vezes você me fez sorrir hoje. — Ela se sentou e ele puxou-a para o seu colo.

 

— Não precisa me agradecer amor, só quero vê-la feliz. — Ele depositou um selinho rápido nos lábios dela.

 

— Por que será que demoramos tanto tempo para ficarmos juntos? — Ela olhou nos olhos dele.

 

— Acho que porque somos muito cabeça-duras. — Sorriu.

 

— Tem razão. — Ela riu.

 

German começou a olhar para Angie fixamente, o que chamou a atenção da loira.

 

— O que foi? Tem alguma coisa no meu rosto?

 

— Não, não é isso. É que seu rosto e seus ombros estão um pouco queimados.

 

— É, os seus também estão levemente avermelhados. — Olhou atentamente para ele. — Mas eu tenho um creme para queimaduras de sol na minha bolsa.

 

— É sério? — Como era possível que até isso ela carregasse na bolsa?

 

— Claro que é. Deixa eu pegar. — Ela se levantou e pegou sua bolsa.

 

Quando encontrou o que procurava, voltou a se sentar na cama.

 

— Uau, você tem tudo dentro dessa bolsa mesmo. — Ele riu, impressionado.

 

— Sou prevenida. — Ela sorriu. — Vou passar em você e depois você passa em mim.

 

Angie abriu o tubinho de creme e pegou um pouco do produto. Logo depois começou a passa-lo pelo rosto dele.

 

— Seu rosto está verde. — Ela disse quando terminou.

 

— Você está brincando né?

 

— Estou sim, o creme é um gel transparente. — Ela riu da cara que ele tinha feito.

 

— Engraçadinha. Agora é minha vez. — Ele fez menção de pegar o tubinho de creme.

 

— Ainda não terminei. Falta passar nos seus ombros. Agora tira a camisa.

 

German obedeceu e Angie começou a passar o creme pelos ombros dele.

 

— Sua vez. — Ela disse quando terminou e passou o creme para ele.

 

Ele passou o creme pelo rosto dela com delicadeza e quando terminou, Angie tirou a camiseta para que ele pudesse passar creme em seus ombros.

 

German começou a massagear o ombro dela e ela suspirou.

 

— Quer dizer que além de bom engenheiro, dançarino e possível ator de novela mexicana, você é um bom massagista?

 

— Não exagere amor. — Ele riu.

 

— Mas é verdade, você massageia muito bem. Daqui a pouco vou acabar dormindo. Já estou até sentindo meus olhos pesarem. — Ela brincou.

 

German balançou a cabeça e sorriu com o comentário da namorada. Ele continuou massageando os ombros dela por mais alguns minutos.

 

— Você está bem Angie? Seus ombros ficaram tensos de repente. — Ele se preocupou.

 

Ela se virou para ele e respondeu olhando para as próprias mãos.

 

— É que tudo entre nós está tão perfeito e eu tenho medo que algo ruim aconteça e nos separe. Não sei se posso suportar mais um coração partido.

 

— Hey, olhe pra mim amor. — Ele pegou as mãos dela nas suas e Angie levantou o olhar até ele. — Não se preocupe com isso, nós estamos juntos agora. Nada vai nos separar. Não tenha medo, mesmo que algo ruim venha acontecer nós vamos lidar com isso juntos e vamos superar.

 

— Promete? — Ela olhou nos olhos dele.

 

— Eu prometo. — Ele respondeu olhando com intensidade para ela.

 

Angie no mesmo instante abraçou-o. Ele passou os braços ao redor dela. Ela apoiou a cabeça no peito dele, enquanto German brincava carinhosamente com seus cachos.

 

Depois de um tempo assim, Angie levantou a cabeça do peito dele.

 

— Eu te amo German. — Ela deixou claro o que sentia por ele mais uma vez.

 

— Eu também te amo Angie. — German colou seus lábios aos dela em um beijo carinhoso.

 

Ele queria mostrar para ela que o que tinham era mais forte do qualquer obstáculo que poderiam vir a enfrentar. Que a amava e, por isso, lutaria por ela.

 

Angie correspondeu ao beijo prontamente. Nesse instante, seus medos sobre sua relação com German pareceram sumir. Tudo o que importava era o aqui e o agora. Não deixaria que seus medos a privassem de ser feliz.

 

German passou ambos os braços pela cintura de Angie, enquanto ela envolvia os seus no pescoço dele.

 

O beijo era calmo, tranquilo. Seus lábios se tocando com doçura, como se tivessem todo tempo do mundo.

 

Tudo estava perfeito, até que ouviram uma batida na porta e a mesma sendo aberta.

 

Angie desgrudou seus lábios dos de German e olhou em direção a porta.

 

Ela sentiu o corpo gelar ao ver Angélica olhando com descrença para ela. E logo atrás a sobrinha olhando para ela como se pedisse desculpas.

 

                                                  ANGIE

 

Caramba! Eu estava encrencada, não tinha ainda conversado sobre meu relacionamento com German com minha mãe. E agora ela me pegou com ele. A cena em si não tinha nada de mais, apenas estávamos nos beijando, mas pela cara de reprovação e espanto de minha mãe ela não pensava assim. Por que nós não trancamos a porta?

 

— Mamãe! — Exclamei surpresa e me levantei num rompante.

 

Peguei minha camiseta e a de German do chão e dei a sua a ele. Coloquei a minha rapidamente e fui ao seu encontro.

 

Eu tinha certeza que ela tiraria conclusões precipitadas da cena que vira. Não acharia que estávamos nos beijando simplesmente, pensaria que estávamos prestes a ir além disso.

 

— Angeles. — Ela falou com reprovação.

 

— O q-que a s-senhora faz aqui? — Gaguejei de nervoso. Minhas bochechas queimavam de vergonha.

 

— Eu pretendia te fazer uma surpresa já que faz tempo que não nos vemos, mas acho que fui eu que acabei surpresa. — Respondeu com a voz ríspida.

 

— Que tal falarmos no saguão do hotel? Estamos dando um show para o andar inteiro. — Pedi, todos os alunos do Studio estavam nesse mesmo andar. Não seria legal eles presenciaram essa confusão toda.

 

— Pode ser. — Ela concordou com um aceno de cabeça e saiu do quarto.

 

— Já volto. — Me dirigi a German, disse apenas isso, não sabia o que dizer.

 

— Tudo bem. — Ele respondeu com um sorriso fraco no rosto, como que tentando me acalmar.

 

Sai do quarto e minha sobrinha parecia surpresa com toda a cena que acabara de presenciar.

 

— Me desculpa Angie, eu tentei contê-la, mas ela estava tão animada e determinada a te ver que... — Interrompi-a.

 

— Não é culpa sua Vilu. Eu deveria ter trancado a porta. — Balancei a cabeça reprovando a mim mesma. — Eu que te peço desculpa querida.

 

— Não tem problema Angie. — Ela sorriu.

 

— Depois conversamos. Vou ir conversar com a sua avó antes que ela fique ainda mais brava comigo. — Tentei sorrir de volta para ela.

 

— Boa sorte. — Minha sobrinha disse antes de eu entrar no elevador.

 

— Obrigada Vilu. É disso que eu vou precisar. — Suspirei, já cansada pela discussão iminente que teria com minha mãe.

 

Encontrei-a sentada numa das poltronas da recepção do hotel e sentei-me a sua frente.

 

Eu não sabia o que dizer, então esperei que ela dissesse algo.

 

— Explique-se Angeles. — Ela olhou para mim.

 

— E o que a senhora quer que eu diga se já tirou suas próprias conclusões?

 

— Eu sabia que gostava do German, mas não achei que era tão sério assim. — Falou ao pousar os olhos em meu anel de namoro.

 

— Eu ia te contar mamãe.

 

— Ah, é mesmo? Quando? — Ela aumentou o tom de voz. — Por que não me contou antes que tinha algo entre vocês?

 

— Por medo de agir como está agindo agora. Sabia que a senhora não gostaria.

 

— E de que outra forma posso reagir Angeles? Acabei de ver você com o seu cunhado de uma forma bem comprometedora. — Sua voz saiu cortante.

 

— Eu amo o German mamãe. Eu estou feliz com ele, por favor não me reprove por correr atrás da minha felicidade. — Peguei suas mãos nas minhas.

 

— Eu quero que você seja feliz filha, é o que todos pais querem para os filhos. Mas tinha que se apaixonar justo por ele?

 

— Eu não mando nos meus sentimentos.

 

— Você deveria se afastar dele. O que as pessoas vão pensar ao ver você junto com o seu cunhado?

 

— Como pode estar me pedindo uma coisa dessas? E eu não ligo para o que as pessoas pensam! — Me levantei. Minha mãe se levantou também.

 

— Mas liga para a Maria. Não vê que que está traindo sua irmã ao ficar com ele? Você deveria estar respeitando a memória dela e não ficar se agarrando a ele. — Ela rebateu.

 

Dei um passo para trás, um soco teria doído menos.

 

— Não sabia que a senhora era tão baixa ao ponto de envolver a Maria nessa discussão. — Respondi com a voz começando a embargar.

 

— Me diga que estou mentindo Angeles. Que não se sente culpada ao fazer isso. Já parou para pensar que se a Maria não tivesse morrido as coisas seriam diferentes? Que você está tomando o lugar dela como a mulher de German e a mãe de Violetta?

 

— Para, por favor. Só para de falar essas coisas! — Eu estava tremendo, eu não acreditava que ela era capaz de dizer estas coisas pra mim. — Vai embora mamãe, por favor. Antes que eu diga algo que vou me arrepender depois.

 

— Tudo bem Angeles, eu vou. Mas não se esqueça que ele ainda vai te machucar. — Ela falou e saiu hotel afora.

 

Entrei no elevador e apertei o número do andar onde estávamos.

 

Me encostei na parede e deixei as lágrimas rolarem. Minha garganta estava apertada e eu estava cansada de segurar o choro.

 

Quando cheguei ao quarto, corri direto para o banheiro e tranquei a porta.

 

Abri a torneira e enquanto esperava a banheira encher, tirei minha roupa.

 

Entrei na água, uni meus joelhos e apoiei minha cabeça neles. As lágrimas vieram com ainda mais força.

 

As palavras que minha mãe dissera não saíam da minha cabeça. Ao contrário, ficavam me atormentando.

 

Como ela poderia ter sido tão dura e fria comigo ao dizê-las? Ela sabia que esse assunto me machucava.

 

— Amor, abre a porta. — Escutei a voz suave de German.

 

Eu balancei a cabeça. Não podia fazer isso. Eu precisava me acalmar antes de falar com ele. Não queria que ele me visse assim.

 

— Eu não posso. Não agora. — Minha voz soou trêmula.

 

— Então eu vou esperar o tempo que for necessário. Não vou sair daqui amor.

 

Chorei mais ainda por ele ser tão compreensível.

 

                                                         (…)

 

Depois de um tempo, quando me sentia um pouco melhor e meu choro estava mais controlado, levantei e me enrolei em meu roupão. Fui até a porta e destranquei-a.

 

Quando abri ela vi German ali parado olhando para mim. Ele sorriu pra mim e começou a andar em minha direção. E nesse momento eu tive certeza de que iríamos superar isso…

 

                                       *TRADUÇÃO:

                        Tudo mudou quando eu te vi
                                   Do preto e branco ao colorido me transformei
                                   E foi tão fácil te amar tanto
                                   Algo que eu não imaginava
                                   Foi te entregar o meu amor com um olhar

 


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Notas finais do capítulo

ATENÇÃO! LEIAM!

●●● Eu queria pedir pra vocês que COMENTASSEM dizendo o que estão achando da fic, é muito importante pra nós saber a opinião de vocês. Ficamos chateadas que várias pessoas acompanham a fic, mas não comentam. Apareçam leitores fantasmas, por favor.

Gostaram? Comentem o que acharam ❤ Beijos e até o próximo capítulo ❤



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