Harry Potter e os entes amaldiçoados escrita por Crisfan
Notas iniciais do capítulo
Somente um certo grupo possui a marca, mas ela não vai ter escrúpulos para adquirir a sua.
A marca do herdeiro
A ruela, próxima ao Beco Diagonal, não passa de um caminho apertado repleto de portas e cubículos pouco iluminados, num desses lugares, está a loja de bugigangas e tatuagens de Roderik Bulldogos, um homem de cabelos sebosos, olhar alucinado e cara de poucos amigos. Traz sempre um cigarro entre os lábios grossos, às vezes aceso, às vezes apagado. Ele parece surpreso com o pedido da cliente.
- Quero uma tatuagem no antebraço direito, igual ao símbolo do livro!- A garota mostra o desenho da capa.
- Mas é impossível! Somente certo grupo usa tal tatuagem, e foi usada uma tinta especial, com pó de osso de dragão. - A perplexidade na voz do homem demonstra temor .
- Sim, está aqui, prepare a tinta e faça o que eu falei! – A garota fala com altivez e nenhum receio.
- Mas não pode ser, o Ministério... – O homem ainda tenta resistir.
- Não se preocupe ninguém saberá. Agora faça o que ordenei!- o tom era incontestável.
A garota senta-se, ergue a manga das vestes, bebe um gole da poção que traz num pequeno frasco e prepara-se.
- Faça igual a do seu mestre!
Roderik olha surpreso para a garota, que lhe devolve o olhar com a maior naturalidade. Como ela pode saber que ele já fora um Comensal da Morte? Será que ela é do Ministério e o está testando? Pensa em se recusar e dar uma desculpa, mas o olhar frio e decidido da jovem o faz iniciar o trabalho. Será que os rumores eram verdadeiros? O herdeiro existe?
Delfine admira o trabalho do homem, ficou magnífico, já que estava lá resolveu tatuar em sua nuca, um agoureiro também. O tatuador se esmera, acha que o trabalho ficou muito bom, vai abrir a boca para dizer isto, mas é surpreendido.
— Obliviate!
Roderik estanca, fica imóvel, olha a garota e vai atendê-la como se nunca a tivesse visto, ele abre a boca para perguntar o que ela deseja. Rapidamente Delfine lança um feitiço da memória, sussurra algo em seu ouvido, e sai com pressa, procurando ocultar o rosto.
Frank e Alice já estão mais habituados a nova rotina, fazem pequenas caminhadas pelo bairro e poucas saídas, principalmente para compras de mantimentos. Para os trouxas são apenas mais um casal de idosos, como os muitos outros do bairro, recebem poucas visitas, só a neta e uma menina que deve ser a bisneta dos dois. Nada demais para um bairro simples como aquele.
— Gina , querida, como estão todos?
— Estamos todos bem. Neville já retornou a Hogwarts e Augusta assumiu a rotina normal. O Ministério se responsabilizou pela segurança de vocês, mas precisam continuar com o anonimato.
— E quanto às informações que prestamos? Frank parece preocupado.
— Harry está fazendo incursões secretamente e levantando informações, mas nada de concreto por enquanto.
— Mas se o Ministério não comprovar as informações... - Frank não consegue concluir a frase.
— Se não forem confirmadas vocês perderão a proteção do Ministério, terão que se manter sozinhos.
— Mamãe, estou com fome!- Lílian interrompe a conversa.
— Aqui querida, coma os biscoitos que preparei só para você! - Alice convida.
— Adoro biscoitos, obrigada! - ela dá um beijo na face de Alice que se emociona.
— Ela é um amor! Uma pena não ter acompanhado a infância do meu próprio filho.
Gina percebe a tristeza na voz da mulher, abraça a senhora Longbottom e tenta transmitir-lhe algum conforto.
— O importante é que você pode estar com ele hoje. Apesar de tudo ele conseguiu sobreviver e superar as dificuldades.
Alice fica agradecida e retribui com um sorriso triste. Os olhos marejados e fixos em Lílian.
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Uma ruela deserta, um cubículo mal iluminado, um estranho pedido e uma lembrança apagada...