O Amor da Lua escrita por Ryusth Lunyia


Capítulo 1
O que fez por ele


Notas iniciais do capítulo

Olá meus fofuchus e fofuchas ♥ estou de volta com uma fic pra vocês. Mas não, não é a segunda temporada de "Bem vinda ao seu melhor pesadelo", e por que não é? Bom porque eu quero escrever sobre o passado do Valkyon desde que o ep 11 saiu, ainda mais sobre a conversa que a Karenn tem com a guardiã.
Um aviso rápido, para aqueles que já chegaram ao ep 11, vocês vão entender melhor o grande spoiler que essa fic da :v mas claro que tirando esse pequeno fato, é tudo uma fic, uma suposição. Para aqueles que nao chegaram e não entendem qual o spoiler está contido aqui, não se preocupem que não vai atrapalhar em nada, e vocês vou continuar boiando nisso até chegarem no ep :v
Enfim, boa leitura!



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  - Astaroth.

   - Sim, senhorita Miiko?

   - Eu recebi informações de que um grupo humano atacou o clã dos Heian.

   - Eu me encarregarei pessoalmente disso senhorita. – o homem de cabelos azuis presos em um rabo de cavalo alto fazia reverencia a sua superior.

   - Não, eu quero que envie os seus melhores soldados. – a kitsune fazia uma pequena pausa como se ponderasse algo mais. – Peça para que Tryna envie dois de seus membros também.

   - Soldados da guarda da sombra? – ele arqueava uma sobrancelha. – Por que mandá-los? Acha que meus membros não dão conta?

   - Precisamos deles para investigações, é a função da guarda.

   - Certo... – ele bufava ainda considerando aquilo como um desaforo.

   - Eles devem partir amanhã. – sua última ordem ecoava pela sala do cristal.

 

 

 

(...)

 

 

 

   - Ainda não entendo porque mandar tantos membros pra uma missão tão idiota...

   - Cale a boca vampiro exibido, só cumpra as ordens pra que a raposa velha não venha nos punir depois. – o elfo brigava com o vampiro de cabelos negros bagunçados e olhos cinza.

   - Nah você é muito chato Ezarel...

   - Não sou chato, não quero levar bronca da velha por culpa sua de novo. – ambos brigavam.

   De trás um faeliano de cabelos brancos observava em silêncio a cena, internamente ele se perguntava se algum dia teria um amigo para discutir coisas aleatórias daquele jeito.

   Ezarel estava na guarda a um bom tempo, enquanto que Nevra estava ali apenas há dois meses, e Valkyon algumas semanas.  Era sua primeira missão fora das terras do QG, e pra ele isso era um enorme avanço, mesmo que estivesse sendo vigiado pelos outros membros do grupo.

   Todos o olhavam feio por ser meio faery e meio humano, mas não se deixava intimidar, fazia o que estava ao seu alcance para ajudar. Era novo, estava ainda em seus 18 anos, junto com os membros destaques da Sombra e da Absinto, Nevra e Ezarel, contudo sabia lutar como nenhum outro membro da Obsidiana.

   Nos últimos dias o QG tem se alarmado com tantos pedidos de ajuda de vilas e clãs por conta de ataques de grupos humanos, Valkyon sentia raiva deles, chegava a sentir culpa por seus ataques. Sabia que por causa desses grupos a desconfiança era maior quando se tratava dele, sabia que por culpa dos humanos ele era tratado como inferior.

   Os dias se passavam e nada da missão ter um bom andamento, o grupo de humanos ainda estava por perto, sem um líder para ajudar os membros de baixo escalão deveriam se virar para saírem vivos. No meio de mais um ataque do grupo que foi identificado como parte dos Illuminatis, três membros da Obsidiana foram considerados mortos, dentre eles o faeliano Valkyon.

 

 

 

(...)

 

 

 

   - Não se preocupe você vai ficar bem. – uma voz suave e gentil soava até chegar aos seus ouvidos.

   Valkyon tinha seus sentidos embaralhados, sua visão completamente turva, seus pulmões pareciam não funcionar, o ar que entrava era insuficiente para que conseguisse ter algum raciocínio. Tudo o que conseguia identificar era a garota de longos cabelos louros e ondulados a sua frente.

   Após encarar aqueles olhos azuis como o oceano ele desmaia novamente. Abria seus olhos e via que já não estava mais na beira da praia como antes, estava agora na enfermaria, e aquele quarto ele reconhecia bem, era a enfermaria do QG.

   - Mas o que...

   - Calma pequeno herói, ainda não está saudável o suficiente para se levantar. – uma enfermeira dizia.

   - Então você acordou em soldado! – Astaroth invadia o lugar fazendo barulho como sempre, o sorriso animado raramente deixava seu rosto. - Você trouxe o tesouro sagrado dos Heian em segurança, mesmo que uns dois meses atrasado...

   O homem que devia ter seus dois metros de altura colocava a mão no queixo e olhava o teto.

   - O cetro de chamas azuis de Hamuara está aqui?

   - Sim, e estão todos intrigados, como você conseguiu sobreviver nesses dois meses? Todos acharam que você estava morto homem.

   - Onde está a garota? – com a voz fraca ele perguntava.

   - Garota? – o líder da Obsidiana arqueava uma sobrancelha.

   - Uma loira, de cabelos bem compridos, olhos azuis, pele muito branca...

   - Deve ter alucinado, não há ninguém com essa descrição por aqui...

   - Eu tenho certeza de que a vi...

   - Tudo bem garotão eu vou mandar procurarem essa garota, por hora descanse.

   O de cabelos brancos assentia e se ajeitava na cama sentindo todo seu corpo relaxar. O tempo se passava e nada de encontrarem a tal garota que Valkyon tanto falava, nem mesmo Ezarel e Nevra acreditaram nele. Todos os dias aqueles dois pestinhas caçoavam do faeliano, e com o tempo que se passou os três acabaram mais acostumados a presença uns dos outros.

   Meses já haviam se passado desde ele encontrara a moça, imaginava se não estava realmente alucinando quando a viu, ouviu sua voz... Seus devaneios são interrompidos quando escuta um barulho vir do lado de fora do QG.

   Os três que estavam sentados a mesa do refeitório se assustam, antes de correrem para conferir o que estava acontecendo eles trocam olhares confusos.

   - Você não tem permissão para entrar aqui! Identifique-se. – um dos soldados da Obsidiana gritava.

   - Ah, então você sobreviveu! – rindo como uma criança a garota brincava se balançando nos próprios pés. – Fiquei com medo de que minha magia não fosse o suficiente.

   - O que diabos está acontecendo aqui? – Astaroth gritava saindo do corredor das guardas. Ele se surpreende quando seus olhos pousam na garota que estava na sala das portas. – Valkyon essa não é a garota que você mencionou quando voltou?

   - S-Sim senhor.

   - Então seu nome é Valkyon? É um nome lindo! – a garota não parava de sorrir, seus olhos azuis pareciam não estar fixos em nada, mas eram hipnotizantes.

   - Vamos levar vocês até a Miiko... – o líder puxava os dois para a sala do cristal, onde encontraria sua superior e resolveria sua situação.

   - Quem é ela Astaroth?

   - Não sabemos senhorita. – a raposa imediatamente franze o cenho, como uma garota desconhecida e tão jovem poderia ter entrado no QG?

   - Meu nome é Eclaire, é um prazer conhecer vocês! – ela sorria contente.

   - Ela é a tal garota que você mencionou garoto?

   - S-Sim senhora. – ele ainda tinha medo de falar com aquela raposa rabugenta, sua feição era sempre séria e isso o assustava.

   - Eu não sabia que tinha falado de mim para eles... – ela sorria ainda mais largo. – Mas não se preocupem, se minha presença incomoda, eu logo irei embora.

   - Ela não é incomoda, é suspeita... – a raposa lançava seu olhar para a garota e a analisava dos pés a cabeça. – Deixem-nos a sós, eu quero conversar com ela.

   Valkyon e Astaroth apenas acenam com a cabeça e se retiram da sala. Um bom tempo se passa até que a garota sai da sala sorrindo como nunca, ela se dirige ao jardim e se senta embaixo da cerejeira, com os olhos fechados ela aproveitava a brisa calma que soprava.

   - Posso ajudar? – ela pergunta ainda de olhos fechados.

   - Como sabia que eu estava aqui? – Valkyon incrédulo retrucava.

   - Eu te ouvir chegar. – ela sorria gentil.

   - Tem bons ouvidos. – ela solta uma risadinha para logo em seguida abrir os olhos e revelar suas íris claras como o oceano. Mais uma vez eles pareciam estar longe, sem mirar nada em específico. – Então, o que você conversou com a Miiko?

   - Segredo. – ela ria sapeca. – Mas ela me deixou ficar no refúgio.

   - Que bom... – um tempo de silêncio. Valkyon nunca tinha conversado tanto com alguém, e agora não sabia o que dizer. – Hm... Posso lhe perguntar uma coisa?

   - É livre para dizer o que quiser, então pergunte.

   - Por que me salvou na praia?

 


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Notas finais do capítulo

Sobre a segunda temporada, eu vou trazer ela, mas mais pra frente.
Se encontrarem erros me avisem!
Espero que tenham gostado, assim que possível eu trago o próximo capítulo! ♥



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