Crônicas do CasteloBruxo - Interativa escrita por Bulminho


Capítulo 8
Capítulo 7 - Corpo Seco


Notas iniciais do capítulo

OI! Primeiro, desculpem pela demora. Tem vários motivos:

1 - Semana de Provas D: É a pior época do bimestre, mas já acabou, e aqui está o capítulo!

2 - Hamilton. ESSE MUSICAL ME VICIOU ALGUÉM ME AJUDA

3 - Bloqueio de Criatividade, que é horrivel. Isso me que se junta á semana de provas, porque como eu estava muito concentrado não consegui escrever direito, e o tempo que eu tinha não saia nada de bom. Mas enfim, espero que gostem desse capitulo...



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O dia 28 chegou extremamente rápido. Apenas os Botos haviam solucionado o enigma e não estavam contando para ninguém, mantinham em segredo total. A própria Helena estava furiosa porque Hugo sempre esnobava sua inteligência em solucionar o caso. Mesmo que todos soubessem que não foi ele que sugeriu a resposta certa.

A biblioteca nunca esteve mais cheia. Todos os curupiras estavam ali, menos Arabella, que continuava á praticar a maldição da tortura semanalmente com o diretor. Os Botos já estavam no estádio de Quadribol, calmos, esperando os professores chegarem. Os Pererês mais inteligentes ficaram estudando na sala comunal, tentando entender o enigma, já os outros foram para o campo. Por fim os Boitatás alugaram o máximo de livros possíveis e estavam no estádio tentando achar a resposta.

Quando o sino soou todos tiveram que ir ao campo –mesmo que sem a resposta- assim como os professores. Arabella chegou meio atrasada, quase que ao mesmo tempo em que Aurélio se posicionou no centro do campo. Colocou a varinha no pescoço e sussurrou Sonorus.

—Olá, alunos! – Aurélio disse, sua voz ampliada pelo feitiço. –Boa tarde á todos. Bem, desta vez, ouvi dizerem que apenas os Botos conseguiram a resposta. Isto está certo. –
Todos da plateia assentiram.
—Bem... Neste caso, e apenas desta vez, por ser a primeira, vou deixar todas as casas participarem. – Ele disse, suspirando. –Mas cuidado, a próxima vez não serei tão bonzinho. Quem irá representar os Botos? –

Um garoto desceu para o estádio, seu nome era Fernando.

—Boa tarde, bando de... -
—Sr. Tranco... – Aurélio advertiu.
—Boa tarde, pessoal. – Ele disse suspirando. –Nós, os Botos, descobrimos o enigma: Temos que derrotar um Corpo Seco! –

Quando ele disse todos se chocaram, levando as mãos á boca. Os setores do estádio sussurram, decidindo quem iria enfrentar o monstro.

—Parabéns, senhor Fernando. – Aurélio disse. –Vocês terão um minuto para decidir seus representantes. –

Um minuto depois, já havia se decidido: Para os Boitatás, iria uma garota chamada Mariana. Para os Pererês era Katia, e por fim, para os Curupiras foi o monitor Erick.

—Bem, o Corpo Seco será solto. – Disse Aurélio quando o Professor Aurélio veio com uma gaiola com um pano encima. –Mesmo com sua forma anoréxica, esses monstros têm extrema força, então peço para que a audiência não atrapalhe, ok? – Ele riu. –Se divirtam, pessoal! Três, dois, um e... –

A gaiola se abriu, e de lá saiu uma caveira viva, a pouca carne era podre e derretia, caindo ao chão. O monstro rugiu como um urso antes de correr em direção á Katia, que desviou. O Corpo Seco bateu na parede, rachando-a. O professor Artur, protegido por uma bolha-escudo mágica, gritou Reparo, consertando a parede.

Katia e Mariana gritaram “Estupefaça”, que atordoou por alguns segundos o Corpo Seco, antes dele rugir ainda mais alto e dando um pulo extremamente alto e caindo quase em cima de Mariana. O monstro avançou, levando Marina junto. Quando eles estavam prestes a bater na parede, o Professor Artur gritou o feitiço “Transportus Mariana!” para o qual Mariana respondeu “Transportus Sinnam”! Logo assim, Mariana desapareceu, fazendo o Corpo Seco bater de cara na parede.

—Que feitiço é esse…?- Heitor perguntou.
—É um recente. Alguém envia um “Transportus” e a pessoa mencionada precisa dizer “Transportus Sinnam” e desaparece por alguns segundos. Como se desaparecesse. – Hugo respondeu.
—Mariana está eliminada. Que pena para os Boitatás. – Artur riu quando Mariana apareceu e foi buscada pelo diretor para fora do estádio.

O Corpo Seco continuou a pular e bater nas paredes, seus berros quase ensurdecendo a plateia. Os três restantes lançavam feitiços que eram inúteis contra a criatura. Passaram-se vinte minutos da mesma coisa quando o Corpo Seco eliminou Katia. Agora eram Fernando e Erick. Quem derrotasse o monstro ou se mantivesse por mais tempo venceria.

O Corpo Seco correu para Erick que desviou, lançou um feitiço de “Estupefaça” inutilmente. Fernando continuou á lançar feitiços não-verbais que o Corpo Seco parecia não sentir. Isso apenas fez o monstro mais furioso, que deu dois pulos quando ele caiu em cima do garoto, usou um “Estupefaça” que pareceu mais forte que o comum, conseguindo se levantar, não sendo eliminado.

O Corpo Seco agora estava em fúria, berrou tão alto que diversos pássaros saíram voando da floresta. Até o Professor Artur se assustou e puxou sua varinha. O monstro correu em direção ao professor, que continuou com sua barreira. Porém, ao ser acertado, o monstro o acertou. Ele foi jogado para o outro lado da arena e aparatou para longe num desespero. Os dois garotos estavam sozinhos quando o Corpo Seco pulo em cima de Erick.

Caido, Erick viu os dentes afiados do Corpo Seco. A varinha havia voado para longe. O desespero começou quando o monstro abriu a boca e a aproximou do rosto dele. Estava pronto para morder, arrancar sua face para fora.

“Levicorpus”! – Diego gritou da plateia. O feitiço voou e bateu no monstro do Corpo Seco. Ele voou sendo segurado por seus tornozelos. Ele começou a berrar e quando foi deixado cair no chão, encarou Diego com seus olhos vazios. Correu para a plateia e bateu na parede diversas vezes. Quebrou o chão quando Diego escorregou para dentro do estádio. Outros se seguraram nas paredes, mas o monstro não queria os outros, queria Diego.

O monstro jogou o garoto para o outro lado do ginásio e o esmagou na parede. Diego cuspiu sangue quando Erick começou a disparar seus próprios feitiços ofensivos, assustando o Corpo Seco.

—Cuidado Erick! – Ariel gritou ao ver o Corpo Seco avançar para cima dele.

O professor Aurélio interrompeu, entrando no estádio junto com os demais professores. O monstro viu todo o grupo e disparou em direção á eles, berrando. Diego pulou em cima dele, inutilmente, já que caiu de cara no chão. Enfurecido o Corpo Seco pisou em cima de Diego. Aurélio ergueu sua varinha quando uma voz masculina ecoou do estádio.

ESTUPEFAÇA! – O feitiço voou atingindo o Corpo Seco com tal força que ele caiu no chão. Todos os professores usaram feitiços dourados ao mesmo tempo, matando a besta.

Diego olhou para trás e viu Helena olhando para um dos amigos. Ele só não sabe qual.

—==-

—Hugo. – Angel disse quando eles saiam do estádio. Foi ignorada. –Hugo! -
—O que foi? – Ele disse grossamente. Helena e Heitor foram para frente, não percebendo o amigo que ficou para trás.
—Eu quero pedir desculpas. Pelo outro dia. Eu vou ajudar vocês dois. -
—Obrigado, não precisamos de você. -
—Precisam sim. Sequer avançaram a investigação! -
—Avançamos sim! -
—Prove-me! -
—Não sou obrigado. – Ele disse indo em frente.
—Tudo bem, mas obrigada de qualquer jeito. -
Hugo parou abruptamente e olhou para trás.
—Por quê? -
—Por salvar meu irmão. -
—Eu não lancei o feitiço. O Heitor lançou, mas foi para salvar o Diego. –

Hugo foi embora enfurecido, deixando Angelica no meio da multidão.

—==-

Hugo chegou no quarto e se jogou na cama.Seu gato subiu em seu colo e estava com três colares de ouro no pescoço.

—Teddy! –Hugo repreendeu. –Amanhã eu devolvo. – Ele olhou para sua parede. Uma gaveta era presa ali, para os estudantes guardarem seus pertences mais valiosos. Ele se sentou e abriu a gaveta e guardou os colares lá dentro.

Estava prestes á fechar quando pegou o pergaminho que Angel havia esquecido no dia da discussão. Abriu-o e viu o desenho que já tinha visto: Um desenho dele, porém, ligeiramente, para não dizer muito, mais bonito do que ele era na vida real.

Hugo queria saber o que era aquilo. Porque ela estava o desenhando? E se queria ele como amigo, porque era tão grossa com ele? Ele deitou-se e adormeceu enquanto o gato roubava uma pulseira de pérolas de uma colega do próprio.

—==-

Helena abriu sua própria gaveta e guardou lá sua varinha. Jogada por ela estavam fotos de sua mãe. Heitor finalmente chegou ali.

—Os Curupiras são bem grossos. –
—São apenas muito competitivos. – Ela riu.
—Ei! – Disse uma garota que estava sentada.
—Quem disse isso? – Heitor respondeu.
—Vocês são idiotas mesmo. – Helena riu. –Meninos só podem entrar no dormitório feminino se forem permitidos. E só podem enxergar quem o convidou. -
—Sério? -
—Parece que ser filha de professora te dá informações extras... – Ela disse.
—Taiga! -
—Ah, vai, admita logo! -
—Eu não tenho benefícios. -
—O que você queria me mostrar, Helena? – Disse Heitor impaciente.
—Ah, claro. – Ela disse pegando um livro. –Heitor, você não pode mostrar para ninguém! -
—Tudo bem, tudo bem! – Helena abriu o livro e mostrou um estranho mapa em branco.
“Prometo que este mapa não será usado para bem feito!” —Com estas palavras sussurradas o mapa se encheu.
—Onde você achou isso? -
—Roubei do Hugo. – Helena disse. Heitor se sentou do lado dela e os dois analisaram o mapa. –Mas o que eu quero te mostrar é isso! – Ela apontou para o corredor dos monitores. Num canto, escondido entre duas paredes, estava escrito o nome “Eleonora”, mas diferente dos demais nomes, estava torto, quase transparente. O pontinho que o representava era praticamente inexistente de tão pequeno.
—Quem é essa? -
—Esse é o problema. Só tem duas Eleonora’s na escola e as duas estão dormindo, uma com os Boitatás e a outra é uma Pererê. -
—Sim, eu conheço essa outra. -
—Então... O que podemos fazer? O corredor dos monitores é extremamente guardado! -
—Não importa. Vamos invadi-lo. -
—Ui, ui. O barraco vai começar... – Taiga disse, rindo.


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