O Início do "Fim" escrita por DracoMalfoda


Capítulo 1
Aquele Que Traiu Seus Amigos




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Charles Crane estava sonhando.

31 De Outubro de 1981

Ele estava em uma sala mal iluminada, com alguns móveis surrados. Havia uma porta a sua esquerda, e ele se via caminhando de um lado pro outro, até que em fim, com um estalo, um homem gordinho apareceu em sua frente. Ele viu Charles e logo suspirou, aflito.

—Você – Charles sussurrou rispidamente. – Não está cogitando...

—Eu não tenho escolha! – O homem choramingou.

— Não se atreveria, Rabicho...

— Você não entende! O Lorde das trevas... – Ele resmungou.

—... Eu sei muito bem do que o Lorde Das Trevas é capaz! – Charles interrompeu – Até demais. – Ele fez uma pausa - Mas o que você pretende fazer... Me da nojo. Trair seus amigos?

— O que você está querendo dizer, Crane? Está querendo me julgar? Quer que eu te lembre de...

—Cala a sua boca — Charles interrompeu – Você não sabe de nada. Não sabe como aconteceu.

—Ah, por favor – Rabicho riu – Você é tão ruim como qualquer outro.

—Rabicho, me escute, você não vai querer fazer isso...

— É minha única escolha. Você acha que quero entregar?

— Você vai se arrepender pelo resto de sua vida, Rabicho. – Charles olhava para ele com nojo. – Vai dar a vida de uma criança pra salvar a própria pele?

—Pra provar minha lealdade! – Rabicho enfim teve coragem de gritar.

— Não. É por ser um covarde. Me impressiono de como foi da Grifinória. – Charles disse enquanto olhava para Rabicho com desdém.

— Não me chame de covarde! – Ele grunhiu – Você nunca vai entender. Ele me matará se eu não contar.

— Então que morra. Morra ao trair seus amigos. – Charles faz uma pausa – Sabe que eles irão acabar com você quando descobrirem.

— Eu já tenho minha decisão. Diferente de você coloco o Lorde das Trevas acima de tudo! - Rabicho disse com um certo medo na voz. – Ele vai me compensar quando conseguir o que quer.

— É esse o seu problema. É capaz de dar a vida do filho de um amigo pra se safar. E não venha falar de coragem, essa é a última coisa que você teria. – Charles virou as costas, encarando um estante. – Você não sabe o que é isso.

— Eles me colocaram como fiel do segredo. – Rabicho soltou – Deveriam ter deixado em Sirius. Sirius... ele nunca faria isso. Mas deixaram justamente em mim...

— Quer culpar-los agora? – Charles se virou de volta– Olha, minha lealdade é total ao Lorde Das Trevas, mas mesmo assim, consigo sentir nojo de você pelo que está fazendo. Eu nunca trairia alguém que chamo de amigo. Eu lembro de vocês. Vocês entraram quando eu estava no último ano. Quem diria que um merda que nem você daria fim a tudo aquilo.

— Chega, Crane. – Rabicho disse – Não quero mais ouvir isso. Você não entende. Se você não tão leal quanto eu ao Lorde Das Trevas, que guarde isso para você. Sabe que ele te mataria.

— Não ouse questionar minha lealdade. Ele sabe muito bem da minha situação – Charles disse com um certo pesar- Sabe a razão de eu ter me unido a ele. Não foi precisou a maldição Império pra ele me convencer.

— É. Eu sei bem como foi. Deveria agradecer por ele ser tão misericordioso, e não... me julgar por estar sendo um bom seguidor. – Rabicho disse provocando -Eu daria minha mão pelo Lorde Das Trevas.

— Sabe, Rabicho... Faça o que quiser. Mas é bom que lembre: vai se arrepender disso amargamente.

E antes que Rabicho pudesse responder, a porta abriu. Um homem de vestes negras olhou para os dois.

Venham. – disse MacNair. – O Lorde das Trevas deseja ver-los. – McNair olhou por um instante para Charles, erguendo a sobrancelha.

E assim, ambos seguiram MacNair até um cômodo onde um homem de vestes negras, com um capuz estava sentado.

— Espero boas notícias – Ele disse em tom frio. – Crane?

— Milorde – Charles disse, se curvando levemente – Crouch e os Lestrange, eles não conseguiram tirar nada dos Longbottom. Falei com eles há pouco tempo.

— Nada? – Lord Voldemort perguntou, frio.

— Não, milorde. – Charles disse com receio – Eles não deram informação alguma. Foram torturados até a insanidade. Quando cheguei eles já estavam fora de si. Fugi quando os aurores chegaram. Moody quase me pegou.

Voldemort riu friamente, baixo.

— Uma pena. Parece que vou ter que ter uma conversa com os Lestrange e Crouch. Bem, e você Rabicho? O que me diz?

Milorde...— Ele choramingou – Eu... Eu tenho informações dos Potter.

— Me diga, então.

— Estão protegidos pelo feitiço Fidelius. – Ele disse temeroso – E eu sou o fiel. Sei onde estão.

Voldemort abriu um sorriso, havia conseguido a localização dos Potter.

E então, o sonho foi sumindo, Charles se sentiu caindo, caindo, caindo... até que despertou em sua cama, cerca de dezesseis anos antes dos acontecimentos do sonho, sem se lembrar de nada.


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