Bem-vindas, prazer em conhecer-vos…ou talvez nem assim tanto. Estão surpresas? Têm razão para isso afinal, entraram um jogo no qual só têm duas opções; continuarem a jogar e vencerem o jogo ou desistirem, fugirem…e acabarem mortas.

Por isso, é melhor que pensem bem antes de tomarem uma decisão. Eles a mim não me farão nada, partilho o mesmo sangue que eles em parte, e isso protege-me de algumas situações, talvez mais do que espero ou quero.

Mas é melhor eu apresentar-me primeiro para vocês. O meu nome é Kaori, Kaori Sakamaki. Já ouviram falar no nome? Bem, se ouviram, acho que já devem ter noção do perigo existente na minha família e já devem estar a pensar duas vezes se entram ou não no jogo, para quem não ouviu, sinto que terá algumas surpresas pela frente.

Primeiro que tudo, eu tenho pelo menos uns 42 anos de idade humana, mas a minha aparência permanece com apenas 17 anos, não que eu reclame, até é bom poder dar a sensação de se ser mais nova do que realmente sou. Mas, deixemos de conversa e passemos para os factos.

Sou uma dampira, para quem não sabe significa que sou uma vampira com uma parte humana, e nasci de um caso extraconjugal do meu pai, rei dos vampiros um poderoso vampiro, que já tinha outros três casamentos de onde já haviam surgido filhos. Pois é, sou a ovelha negra da família mas acham que isso me incomoda? Não, nem um pouco. O sentido positivo de ser bastarda é que posso fazer o que bem me apetece e manter-me longe da minha família.

Quanto à origem da minha parte humana, é bem simples, a minha mãe foi idiota ao ponto de apaixonar-se por um vampiro, mesmo sabendo a natureza real dele, e engravidar. Se eu sinto remorso por falar deste modo dela? Talvez, nunca penso nisso quando falo nela. Sinto raiva na maior parte do tempo. Raiva e repugnância pelo seu egoísmo.

Eu vivi na mansão Sakamaki depois da morte da minha mãe, vítima do seu próprio desejo. Ah, e para melhorar a minha sorte, fiquei aos cuidados da pior madrasta que se poderia esperar. Que ironia, não é? Uma criança inocente, que nem noção tinha das origens do pai, ser colocada com a mulher mais sádica que o pai arranjou?

Posso dizer que foi a pior época da minha vida. Descobrir que o meu pai e a sua “família” eram lendas urbanas, que eu não era igual, que tinha 6 irmão completamente diferentes uns dos outros…creio que foram eles que me tornaram mais forte.

Por isso, quando pude, saí de casa, viajei para Tóquio com apenas o meu pai a conhecer o meu destino. Foi difícil mentir aos irmãos com quem eu tinha mais afetividade mas era a única maneira de recomeçar…ou pelo menos assim pensava.

Anos depois de me mudar, o meu pai requereu a minha presença. Fiquei feliz? Nem um pouco. Mas regressei. E mal sabia o que me esperava. O meu pai decidiu dividir o seu território em 6 partes, regidas por cada um dos meus irmãos. Mas é claro que, para isso, estes teriam de escolher uma noiva e, de acordo com o meu pai, havia uma noiva que seria mais especial e quem ela escolhesse será a nova cabeça da família.

Claro que o meu pai não deu a ultima informação para eles, o rei só é estúpido em algumas ocasiões, mas, entretanto, aguardamos as noivas ou aquelas dispostas a aceitarem o risco. Vocês estão prontas para isso? Querem mesmo arriscar os pescoços? No momento em que entrarem, já só poderão sair de duas formas; ou como vampiras ou como um cadáver.

Mas ei! Eu não vos desencorajo. Entrem no jogo, se tiverem coragem.