—Oi família linda. – Edward cumprimentou os pais e foi se servir de suco.

—Edward Cullen o que andou aprontando? – Esme perguntou ao filho.

—Nada. Estou me comportando feito um anjo. – Sorriu para a mãe.

—Então o que o diretor quer conosco?

—Eu lá que sei pai? Eu juro que estou me comportando. Presto atenção nas aulas, estou tirando boas notas, não estou cabulando aula, vou aos treinos. Vai ver ele quer dar os parabéns a vocês por terem um filho tão incrível.

—Menos filho. Muito menos. Carl vamos? Quero saber o que esse garoto aprontou dessa vez.

—Eu já disse que não aprontei. Pelo menos nos dois últimos meses. Se for algo antes disso, não posso ser responsabilizado. – Ergueu as mãos. – O crime já estará prescrito.

—Olha quem está aprendendo palavras difíceis. – Carlisle apertou a bochecha do filho. – Deveríamos ter te apresentado a Bella há muito tempo.

—Também não é para ficar enaltecendo a pessoa. – provocou os pais.

—Vai tirar 10 em inglês. – Carlisle colocou a mão sobre o ombro do filho. – Agora vamos ver o que aprontou. – Edward pensou em discutir, mas resolveu deixar para lá. A verdade que ele estava curioso para saber o que o diretor queria com os pais. Sempre que eram chamados ele recebia altos sermões e castigos. Seria bom se pelo menos uma vez o diretor só tivesse coisas boas a dizer sobre ele.

—Sr. e Sra. Cullen que bom que puderam vir. – O diretor Greene os cumprimentou e ao perceber como eles estavam tensos, resolveu esclarecer as coisas de uma vez. – Não precisam se preocupar. Edward não fez nada de errado. Sentem-se. – os dois deram suspiro de alívio. – Os chamei aqui para elogiar o filho de vocês.

—O nosso filho? Tem certeza? Edward Cullen? – Esme cutucou o marido.

—Querido o diretor sabe muito bem quem é o nosso filho, é impossível confundi-lo.

—Nisso tenho que concordar. O Edward já nos deu muito, muito, muito trabalho. Mas na última reunião os professores o elogiaram bastante. E o treinador Clapp está muito confiante que ele nos levará a vitória no próximo torneio. As notas dele melhoraram bastante. Soube que Isabella Swan está o ajudando.

—Sim, nós a contratamos para dar aulas para ele. Estávamos muito preocupados. Não queríamos que ele repetisse novamente de ano.

—Eu entendo Sra. Cullen e acho que fizeram a coisa certa. Edward é um rapaz muito inteligente, só precisava de uma orientação.  E não poderiam pensar em pessoa melhor do que a Srta. Swan.

—Ela é uma garota incrível, somos muito gratos pelo que ela tem feito ao Edward.

—Até o comportamento dele mudou. – o diretor acrescentou. – Não pensei que isso pudesse acontecer.

—Ao que parece a Bella opera milagres. – os três riram.

—Estamos pensando em oferecer um emprego a ela. Um dos professores vai sair de licença por três meses e achamos que ela seria uma excelente substituta. E o treinador Clapp sugeriu que ela treinasse a equipe de natação.

—Tenho certeza que ela vai aceitar. – Esme comentou emocionada. – Vai fazer bem para ela e não digo só financeiramente, mas vai ser bom ela passar um tempo com pessoas da idade dela. Ela sempre esteve tão à frente. Ela já sofreu muito e é tão jovem para ser tão séria.

—Não sou de fofocas Sra. Cullen, mas outro dia a vi com o seu filho e ela estava sorrindo. Sempre que a via pelos corredores da escola estava tão séria e concentrada. E depois do que aconteceu então...

—Também não sou de fofocas Sr. Greene, mas a amizade do Edward tem feito muito bem a ela.

—Então é só amizade? – Perguntou curioso e Carlisle pigarreou chamando a atenção dos dois.  – Enfim, é a primeira vez que digo isso, mas parabéns pelo filho de vocês.

—Nunca pensei que ouviria isso. – Carlisle comentou rindo. – Muito obrigado Sr. Greene.

—Foi um prazer Sr. Cullen.

Edward estava impaciente esperando os pais do lado de fora da secretaria.

—O que era?

—O diretor te elogiou.

—Sério? – Até ele estava chocado. – Não esperava por isso.

—Pode pegar o seu carro de volta no sábado, mas com uma condição. – Carlisle falou e Edward o olhou atentamente.

—O que você quiser pai.

—Não volte a ser aquele rapaz. Estamos muito orgulhosos de você.

—Vou fazer o possível para continuar orgulhando vocês. – abraçou os pais. – Semana que vem começa o torneio de lutas. Vão estar presente?

—Na primeira fila, torcendo por você querido.

[...]

—Advinha quem foi altamente elogiado hoje? – Edward perguntou assim que entrou no carro de Bella.

—Altamente elogiado? Não faço a mínima ideia. – respondeu rindo enquanto manobrava o carro.

—Eu.  – Apontou para si enfatizando a resposta. – E devo tudo isso a você. – Colocou uma mecha do cabelo dela atrás da orelha a fazendo corar.

—Eu só fiz o meu trabalho. Se você não quisesse, não estaria tão bem. Você também tem méritos nisso.

—Pode ser, mas acho que se fosse outra pessoa me ajudando, eu não estaria tão bem assim.

— Pode ser. – o imitou. – Amanhã não teremos aula.

—Por quê? – Perguntou chateado.

—Tenho que resolver umas coisas.

—Sempre tão misteriosa. Um dia ainda vou desvenda-los. – Bella gargalhou. – Então essa é última carona que me dá.

—Por quê?

—Vou ter meu carro de volta no sábado.

—E o que vai fazer? – Perguntou curiosa olhando fixamente para a estrada.

—Quem sabe desvendar uns mistérios.

—Vai me investigar?

—O mundo não gira ao seu redor não. – piscou para ela. – Ainda não sei o que fazer. Poderíamos sair. Vou te mostrar o que é andar num carro de verdade.

—Vai me deixar dirigir? – Perguntou animada, ela nunca tinha dirigido um carro com direção hidráulica, muito menos com câmbio automático.

—Eu sou grato a você, mas não é para tanto. No meu bebê ninguém toca. Eu deixo você escolher a música. Então?

—Agradeço a oferta, mas não posso. Tenho muito que fazer no sábado.

—É sábado mulher. Dia de acordar tarde.

—Só se for no seu mundo. No meu mundo, sábado é dia de limpar casa.

—Sua mãe não pode limpar não?

—Não. – respondeu rudemente e pôs fim a conversa.

Edward ficou pensando no que tinha feito de errado, numa hora ela estava bem e na outra estava toda brava. Ele precisava descobrir qual era o mistério que a cercava e só tinha uma opção. Ir a casa dela e ver por conta própria.

[...]

No sábado acordou quase na hora do almoço e foi até o escritório do pai procurar pelo endereço da professora, estava decidido a ir a casa dela.

—Mãe vou sair.

—Vai onde? – Esme gritou da cozinha.

—Vou dar uma volta de carro. Volto logo.

Quando entrou no carro quase chorou de alegria. Estava muito feliz por ter o carro de volta. Saiu cantarolando e foi até a casa da Swan. Ficou procurando pelo número da casa e logo viu o carro de Bella estacionado em frente a uma das casas. Desligou o motor e saltou do carro. Estava tudo silencioso, talvez ela não estivesse em casa, já ia dando a volta, quando viu uma movimentação na casa. Respirou fundo e subiu os degraus.

Edward bateu a porta da casa de Bella, hoje iria descobrir o segredo que ela guardava, esperou por alguns segundos até que a porta foi aberta por uma garotinha de cabelos arrepiados segurando uma mamadeira.

—Oi lindinha. A Bella mora aqui? - A garota sorriu e balançou a cabeça. - Pode chamar ela para mim?

—Mamãe. - saiu correndo gritando. OMG! Ela tinha uma filha? Não era possível, ela era tão nova e certinha para ter uma filha, seria esse o segredo que ela guardava?