—Quer que meu pai ou eu entremos com você? – Edward perguntou segurando Bella, que tremia, no lugar.

—Eu vou sozinha. – declarou.

—Nem pensar. Estaremos com você. Para o que der e vier. – a abraçou.

—Esme pode ficar com a Alice?

—É claro. Estaremos na lanchonete. – pegou a pequena no colo.

—Isabella Swan pode entrar. – Bella respirou fundo e com Edward e Carlisle ao seu lado entrou no consultório.

—Esses são? – a Dra. Volturi perguntou assim que entraram.

—Esse é o Edward meu namorado e Carlisle meu sogro e ele é médico também.

—Viemos acompanhar a Bella e apoia-la. – Carlisle explicou a presença deles ali.

—Fizeram bem. Não tenho boas notícias. Sentem-se. – os três se acomodaram. – Vamos começar pelas boas notícias, não encontramos nenhum gene relacionado ao câncer da sua mãe em você. – Bella suspirou de alivio, alivio que só durou alguns segundos, até que ela percebeu o que aquilo realmente significava.

—Não me diga que...

—Infelizmente, não só encontramos os genes na Alice, como eles já estão desenvolvidos.

—O que isso quer dizer? – Edward perguntou confuso com a conversa.

—Alice tem câncer Edward. – Bella segurou o choro e foi amparada pelo namorado.

—Sim. Ela tem. Mas ainda está no estágio 1. Se começarmos o tratamento agora, conseguiremos tratar com sucesso.

—Isso não pode estar acontecendo. Logo com a Alice. Ela é praticamente um bebê. – Bella levantou e começou a andar de um lado para o outro. – Isso está errado.

—Sinto muito, mas analisamos com muita atenção e não tem nenhum erro.

—Bella fica calma. – Carlisle foi até ela. – A Alice vai ficar bem.

—Eu não posso perdê-la. – sussurrou e correu para fora da sala. Edward foi atrás dela, deixando o pai conversando com a médica.

Edward viu a namorada entrar em um banheiro e ficou do lado de fora a esperando. Mandou uma mensagem de texto para a mãe pedindo para que levasse Alice para outro local. Ele não queria que a pequena visse o desespero da irmã. Bella saiu do banheiro cabisbaixa, ela tentava segurar o choro.

—Vamos lá para fora. – os dois caminharam em silêncio até o jardim que havia no hospital.

—Eu sinto muito Bella, mas...

— Está tudo desmoronando tão rápido que não sei o que fazer. – O desespero era imenso. Bella já não conseguia mais conter as lágrimas.

—Eu vou te dizer o que vamos fazer. – Edward segurou o rosto dela e a fez olhar em seus olhos. –Primeiro, nós vamos nos beijar, depois vamos a um lugar bem legal comemorar meu aniversário, depois vamos para casa, Alice vai começar o tratamento dela, você vai continuar me dando aulas e depois nós vamos ao baile de formatura. Você vai para Harvard e eu para qualquer escola perto de lá que for louca o suficiente para me aceitar. Vamos nos casar e seremos muito felizes. E sabe como eu sei disso? É porque eu tenho fé que tudo vai dar certo e eu te amo e vou te proteger, e te proteger significa proteger a Alice também. Estou com você nessa. – A abraçou com força.

—O que íamos fazer primeiro mesmo? – Perguntou depois de um tempo em silêncio. Edward sorriu e a beijou.

—Estou aqui para o que você precisar. É só me dizer, pode ser qualquer coisa, que eu faço por você. Me diz, o que você mais precisa agora?

—O que eu mais preciso agora. – respirou fundo secando as lágrimas. - É de um absorvente.

—Então se vira porque isso eu não vou te arrumar não. – a empurrou de leve se afastando e ela gargalhou e deu um tapa no ombro dele.

— Achei que faria qualquer coisa por mim. – se queixou fazendo bico.

—Qualquer coisa menos isso. Isso é coisa de mulher resolver. Estou fora. Mas eu te levo onde vocês compram isso, que seria na...?

—Farmácia está bom.

—Então vamos lá. – a puxou para mais um abraço.

Os dois foram até uma farmácia do outro lado da rua. Bella pegou o que precisava e encontrou com Edward perto do caixa com vários pacotes de camisinha na mão.

—O que está fazendo? – perguntou segurando o riso.

—Me prevenindo? – saiu mais como uma pergunta. – Já que estamos aqui eu pensei: vou levar algumas, talvez possamos usar... Amanhã?

—Nem pensar. – ele as colocou de volta no lugar. – Mas pode levar quem sabe um dia desses. – comentou dando um beijo nele.

—Eu sei que a gente ainda não conversou sobre isso e eu não estou te pressionando. Vamos ao seu tempo. Quando você quiser e... – Bella o silenciou com mais um beijo.

—Sério Edward. Cala a boca. Eu já entendi e não sou nenhuma donzela indefesa. Você não vai fazer comigo nada que eu não queira. Você até pode ser bom de luta, mas eu também sei alguns golpes. – foram até o caixa e depois de pagarem voltaram para o hospital.

—Já contou para o seu pai?

—Ainda não. Eu nem sei como fazer isso. - levou as mãos à cabeça. – Como eu vou explicar isso para a Alice?

—Eu sinceramente não sei. Mas tive uma ideia. Vamos esquecer isso por hoje. Vamos nos divertir e amanhã pensamos com calma nisso.

—Como eu vou esquecer que a minha irmãzinha tem câncer? – Bella perguntou fungando o nariz.

—Se concentrando nas coisas boas da vida.

—Você não deveria ter vindo. Estou estragando o seu aniversário.

—É meu aniversário e o meu desejo é que você se divirta hoje. A Alice está bem e feliz. Ela merece um pouco de diversão também. Vamos Bella, animação. – Edward jogou as mãos para o alto e fez uma dancinha ridícula fazendo com que os pais dele rissem.

—Estávamos procurando por vocês. – Bella pegou a irmã e a abraçou com força.

—Está me sufocando. – a pequena reclamou e Bella afrouxou um pouco o abraço. – Não vai me soltar?

—Não. Vou te segurar para sempre. 

—E eu vou segurar as duas. – Edward as abraçou.

—O que está acontecendo? Você chorou. – Alice colocou as mãos no rosto da irmã. – Não chora.

—Amanhã eu te explico tudo pode ser? – a pequena concordou. – Hoje sabe o que vamos fazer?  - ela negou. – Vamos nos divertir muito.

—Jura?

—Vamos ao parque. – Edward anunciou.

—Mamãe Bella também vai? – Alice levou as mãos à boca chocada com a informação. – Você nunca sai.

—Eu sempre vou com você no parquinho

—Só lá. – respondeu magoada e Bella corou envergonhada.

—Vou compensar isso hoje então. Vamos em todos os brinquedos. Só preciso ir ao banheiro primeiro. – Edward entregou a sacola para ela.

—Depois conversamos sobre aquele assunto. Já acertei tudo com a Doutora Volturi.

—Obrigada Carlisle. Eu não deveria ter saído de lá daquela maneira.

—É totalmente compreensível querida. Amanhã conversamos.

[...]

—Não disse que até a aparência dele tinha melhorado?

—Caramba Edward. Está até mais bonito agora.

—Rosalie eu sei que sou demais, mas se contenha. Sou um cara comprometido agora. –Edward abraçou a cunhada e o irmão, ele estava com Alice no colo.

—Quem é essa lindinha?

—Sou a Alice. – respondeu envergonhada.

—Eu sou o Emmett, irmão desse cabeçudo aqui e essa é a minha namorada Rosalie. Oi Bella. – foi até ela a puxando para um abraço.

—Contenha o seu homem. – Edward pediu a cunhada.

—Então você é a famosa Bella. Ouvi dizer que você opera milagres. – ela riu sem graça.

—Eles estão exagerando.

—Estamos não. – os Cullen responderam juntos.

—No último aniversário do Edward tivemos que carrega-lo de tão bêbado que estava. Foi à festa mais louca em que já estive.

—Como é? – Carlisle perguntou com interesse.

—Águas passadas pai. Vamos esquecer isso.

—Como o Xerife Swan deixou você namorar a filha dele?

—Eu sou demais Emmett. O chefe é meu fã.

—Pior que é mesmo. Papai só tem feito elogios ao Edward.

—Ele foi abduzido? – Rosalie sussurrou para o namorado.

—Eu disse que ele estava muito estranho. – Emmett sussurrou de volta. –Eu até gosto dele assim.

—Chega de gracinhas. Vamos comer e depois levar essa princesinha aqui para uma grande diversão. – ergueu Alice no ar.

O dia tinha começado mal, mas ele estava determinado a fazer com que todos se divertissem muito. Não queria ver lágrimas, apenas risos.