—Seja bem vinda professora Swan. – Edward entregou uma maçã para Bella. Ele a estava esperando no estacionamento da escola.

—Espero que todos os meus alunos sejam simpáticos assim. – pegou a maçã e deu uma mordida.

—Seu pai passou lá em casa para deixar a Alice. Acho que ele ainda não vai com a minha cara.

—Ele só tem te elogiado. – comentou o fazendo sorrir.

—Sério?

—Ele disse que você está fazendo bem para as meninas dele. – começaram a andar em direção a sala dos professores. – Obrigada pelo apoio.

—Eu sempre vou te apoiar e ainda tenho a esperança de ganhar alguns pontos extras.

—Espere sentado então.

—Boa sorte no seu primeiro dia. Se alguém te encher a paciência é só me falar. – abriu a porta para ela.

—Boa aula Sr. Cullen. – piscou para ele e fechou a porta.

[...]

—Bom dia. Meu nome é Isabella Swan, mas podem me chamar de Bella. Estarei substituindo o Sr. Banner até o final do período letivo. O diretor também pediu que os ajudassem com as inscrições para as universidades. Aqueles que quiserem, podem marcar horário após a aula. Alguma pergunta?

—Espero que não dê privilégios para o seu namorado. – Jessica provocou.

—Da porta da escola para dentro todos são meus alunos e vou trata-los de forma igualitária Srta. Stanley. – Bella se virou para o quadro e começou a escrever.

—Vocês estão namorando? – Mike perguntou ao amigo que estava sentado na frente dele junto de Angela.

—Talvez. Agora presta atenção na aula.

[...]

—Até que a sua namorada explica bem. – Jessica comentou ao passar por Edward.

—Será que dá para pegar leve com ela?  - pediu a puxando para um canto da sala. Bella estava marcando os horários das orientações. – A Bella não te fez nada para trata-la assim.

—Ele roubou você de mim. – acusou.

—Eu nunca fui seu. O que tínhamos era casual.

—Sua namorada sabe disso?

—Não tenho segredos com ela. – Jessica saiu resmungando e Edward aguardou todos saírem para poder se aproximar da namorada.

—Espero que na próxima turma não tenha ex-namoradas raivosas querendo voar no meu pescoço.

—Você é a única namorada que eu já tive e que terei. Podemos almoçar juntos?

—Vou almoçar com os outros professores. Desculpa. – segurou a mão dele.

—Essa semana só vou te ver nas aulas. O treinador quer intensificar os treinos, semana que vem tem torneio.

—Espero que arrume tempo para estudar. Tem que pegar os formulários para as universidades.

—Vou sentir falta das suas aulas. – apertou a mão dela.

—Vamos ter aulas duas vezes por semana ainda.

—Sabia que sexta é meu aniversário?

—Sim eu sabia.

—Por falar nisso, quando é o seu?

—9 de abril. – respondeu pegando a bolsa.

—Espera. Você disse abril?

—Sim, abril.

—Nós estamos em maio. – Edward a encarava com incredulidade. – Seu aniversário foi mês passado e você não me disse nada? – ela deu de ombros.

—Não gosto mais de comemorar essa data. – respondeu indo em direção à porta, mas ele a puxou a impedindo de sair.

—É o dia que você nasceu, tem que comemorar.

—E é o dia que minha mãe morreu. – respondeu olhando para o chão e segurando as lágrimas que queriam rolar.

—Eu sinto muito. – a puxou para um abraço e ela tentou se afastar. – Relaxa, nesse horário aqui fica vazio.

—Mas você tem que ir para aula. – o lembrou.

—Eu me viro depois. Vamos conversar. – os dois se sentaram em uma das mesas do laboratório. – Você sabe o que significa relacionamento? – ela balançou a cabeça concordando. – Você admitindo ou não, nós temos um e para isso funcionar você precisa se abrir comigo. Eu sei tão pouca coisa sobre você. O que acha de passarmos o meu aniversário juntos? Assim podemos nos conhecer melhor. Quero dizer, eu posso te conhecer melhor.

—Desculpa, mas não vou poder. Vou entregar o seu presente na quinta.

—O que é mais importante do que comemorar meu aniversário? – perguntou em tom de brincadeira.

—Alice e eu vamos à nossa geneticista. Fizemos o mapeamento genético e agora temos que pegar os resultados.

—Não podem ir outro dia não?

—Infelizmente, não. Estamos em um programa gratuito do Hospital de Seattle e esse é o único dia disponível esse mês e estou muito ansiosa para saber do resultado.

—E o que seria isso?

—Minha mãe morreu de câncer e descobrimos que é hereditário. Então fizemos um mapa genético para ver se temos predisposição para ter câncer também.

—Se der positivo, quer dizer que vocês têm câncer? – perguntou preocupado.

—Não é bem assim. Esse mapa genético vai dizer se temos alguma chance de ter câncer ao longo da nossa vida. As chances são grandes. – deu um sorriso triste para ele. – Mas o bom que sabendo antecipadamente, podemos diminuir as chances de desenvolver esse câncer. É claro que, podemos já tê-lo. Fizemos alguns outros exames também.

—Espero que dê tudo certo Bella. – segurou a mão dela. – Eu estou com você nessa. Não quero que me esconda nada. Seja o que for eu quero saber.

—As coisas podem ficar bem feias Edward. – o alertou.

—E pode ser que não dê nada também. Não vamos sofrer por antecedência. É por isso que não quer ser minha namorada? Você ia se casar com aquele cara.

—Jacob era diferente. Ele não queria saber dessas coisas. Ele era contra fazer o mapeamento.

—Mas isso pode salvar a vida de vocês. Eu ia querer saber.

—Ele achava que eu ia ficar paranoica se descobrisse que tinha algo. Que terminaria com ele.

—Eu vou estar do seu lado, independente do resultado. Quer que vá com vocês ou seu pai vai ir?

—Vamos sozinhas. Vamos sair bem cedo.

—Vão de que? – perguntou preocupado. Seattle era uma cidade muito grande para as duas ficarem andando de ônibus sozinhas.

—No meu carro. – revirou os olhos, diante do que para ela era o óbvio.

—Não vão mesmo. – pulou da mesa e se virou de frente para ela. – Seu carro é um perigo, não deveria nem de andar nele. Não vou deixar você se colocarem em perigo. Eu levo vocês.

—É o seu aniversário, não vou deixar você passar o dia comigo num hospital. – desceu da mesa também e o encarou.

—É meu aniversário e eu quero passar com você, se vai estar num hospital é lá que estarei também e nem tente me impedir do contrário.

—Seus pais nunca permitirão isso, então nem vou me preocupar. – deu de ombros.

—Como sempre me desafiando. Espere e verá.

[...]

—Todos estão dizendo que a nova professora de biologia é muito gata. Vou pedir para me colocarem em todos os horários de biologia. –Edward estava parado ao lado do carro da namorada.

—Não seja ciumento. Achei que já estivesse no treino. – ela segurou a mão dele. Era o máximo de intimidade que se permitia ter com ele na escola.

—Queria saber como foi o resto do seu dia.

—Não esperava que fosse ser um namorado tão atencioso assim.

—Surpresa? – acariciou a mão dela.

—Confesso que estou muito surpresa. Não esperava por isso e não estou acostumada com isso.

—Agora você namora um homem de verdade Bella. Estarei com você em todos os momentos e quero saber tudo sobre você. Vamos lá, me conte sobre o seu dia. – pediu realmente interessado.

—Tirando a primeira aula, foi tudo tranquilo. Os garotos daqui são muito receptivos.

—Me dê nomes que acabo com eles.

—Não seja ciumento, por favor.

—E as meninas, te trataram bem?

—Alguns olhares atravessados, mas não ligo para isso. Descobri que quero dar aulas, como profissão, mas quero fazer pesquisas também.

—Seja os dois. Você pode ser o que quiser. – sorriu para ela. – Eu te apoio no que você decidir.

—Sério isso? Não vai querer que sua esposa fique em casa cuidando das crianças não? – perguntou surpresa.

—Não queria ser minha namorada e agora quer ser minha esposa? Você é maluca garota. – Bella corou. - Mas respondendo a sua pergunta. Se você, minha futura esposa, quiser ficar em casa cuidando dos pirralhos, me esperando toda cheirosa e cheia de amor, eu vou entender e te apoiar. E se quiser ter uma carreira e trabalhar fora, eu também vou te apoiar. Estou com você no que decidir. Só não me afaste da sua vida.

—Se não estivéssemos na escola eu pularia em você e te encheria de beijos. – abriu um largo sorriso. Edward olhou em volta e viu que havia muitos professores por perto.

—Vou cobrar isso. – piscou para ela e a deixou no estacionamento.