Impressão escrita por R Marxx


Capítulo 1
Capítulo 1 - OneShot


Notas iniciais do capítulo

Yeeeap o/

Primeio one Nalu.......o mangá em sua reta final me deixou nostálgica e inspirada para esse pequeno romance amorzinho! *--*
Espero que gostem!!!



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Fazia três dias que eu estava de cama com uma gripe horrível que tirou todas as minhas forças e até mesmo ir à guilda não me animava, o que significava que eu estava há três dias concentrada escrevendo meu romance. Era muito complicado porque tudo que eu conhecia sobre o assunto era uma sensação, a sensação de se estar apaixonada.

Não era tão boa quanto tudo que eu li em livros, na verdade era bem sufocante. Eu ficava procurando aquela quentura no peito que dizem existir, mas tudo que eu achava era meu coração desenfreado e meu estomago dando voltas e voltas e me fazendo sentir mal. Queria sentir a felicidade de saber que ele estava por perto ou olhando pra mim mesmo que de longe, mas tudo que conseguia fazer era desejar que ninguém ali perto lesse mentes porque a minha estava me deixando doida com tantos pensamentos sobre ele e era vergonhoso demais.

Era como se eu estivesse o tempo todo me auto-avaliando ou procurando qualquer sinal da parte dele e eu ficava frustrada cada vez mais com as constatações. Agora eu até entendia porque Juvia era tão doida, o amor é de desestabilizar qualquer um. Ainda mais quando a pessoa que se amava era o lerdo do Gray, ou no meu caso...

— Que saco, de novo não! – Exclamei brava jogando os papeis pra frente.

Já era a terceira vez que eu tentava me focar em uma cena e acabava por descrevê-lo inconscientemente no lugar do meu incrível e romântico personagem. Quando foi que eu passei a considera-lo o novo ideal de cara perfeito? Natsu Dragneel era totalmente o contrário do que eu sempre imaginei pra mim.

Encostei a cabeça na bancada, estava ficando tonta de tanto tentar e a gripe não ajudava nada. Era muito melhor quando eu ainda não tinha percebido que amava ele e podíamos ficar juntos sem toda aquela confusão em meu interior que não me deixava simplesmente aproveitar sua companhia.

Levantei e fui pra cozinha beber uma água antes de voltar a me arrastar para o meio dos meus cobertores. Eu já sentia sua falta e não fazia nem três dias que ele e Happy tinham partido para uma pequena missão na cidade vizinha. No começo eles não queriam ir sem mim, o que fez meu estomago chacoalhar muito mais que o “normal” (ou o que eu tinha me acostumado ultimamente), mas quando garanti que ficaria bem e em casa esperando por eles recebi o mais bonito e largo sorriso antes de partirem.

Em algum momento entre lembranças do nosso ultimo contato eu peguei no sono. Sonhei com aquele dia em que finalmente me dei conta. Foi após um exaustivo dia pós-missão, voltando da guilda para a minha casa, Natsu e Happy andavam lado a lado mais a frente e eu me peguei observando-o, imaginando sem querer minha velhice ao seu lado e pensando se ele ainda teria  aquele ar infantil e o quão bom isso seria para os nossos netos que adorariam brincar com ele e discutir por motivos inúteis e sem lógica.

Sim, eu pensei nos nossos netos, não foi nem a nossa próxima geração, mas sim a depois dessa. Tudo que eu pensava sobre meu futuro ele estava ali presente e eu percebi que era porque eu desejava isso mais que tudo, porque eu simplesmente amava os nossos momentos, as lembranças que construímos e queria muitas outras. Ou seja, eu amava ele.

Quando acordei duas horas depois ainda me sentia cansada. Tinha deixado preparado dois pratos na geladeira e comprado peixe para quando sentisse fome e para quando Natsu e Happy chegassem e invadissem minha casa como sempre faziam, então me dirigi a cozinha pra comer já que minha barriga roncava sonoramente. Ficar doente acaba com seu apetite, mas quando a fome vem ela é destruidora.

— Luce, você acordou. – A voz do Natsu comentou quando cheguei à sala.

— Luuuuucy, você ta bem?  - Happy pulou em cima de mim logo em seguida com lágrimas nos olhos.

— O que vocês estão fazendo na minha casa sem permissão em? – Segurei o bichinho azul pelas orelhas tentando esconder o sorriso satisfeito por terem chego.

—Eu fiquei preocupado que você parecia meio morta quando chegamos, mas você ainda é a Lucy. – O gatinho sorriu pra mim me fazendo ter a vontade incontrolável de abraça-lo.

— Eu senti tanta falta de vocês. – Apertei o Happy entre os braços e o chacoalhei enquanto ele gritava coisas estranhas como o fato de eu estar louca e não doente.

— Você parece muito melhor Luce. – Natsu falou colocando a mão nos meus cabelos de leve e sorrindo, mas tirou para levantar os braços animado com uma sacola em uma das mãos. – Trouxemos presentes pra te animar.

Os “presentes” eram doces que eles comeram praticamente sozinhos porque eu comecei pelo salgado e quando fui ver já não tinha mais nada. Acho que eles não entendiam muito bem o conceito de presentear alguém, mas a presença deles me aliviou de uma forma que eu relevei e agradeci por ter conseguido comer pelo menos um bombom.

— Vão passar a noite aqui? – Perguntei, inesperadamente gentil, esperando que meu tom de voz soasse como o convite que era. Não queria ficar sozinha, aqueles três dias foram solitários o suficiente, pessoas doentes mereciam mimos e eu iria garantir meu direito.

— Claro, vamos cuidar de você direitinho. – Happy garantiu.

— Vamos ficar por perto caso precise, deixa com a gente. – Natsu concluiu e eu cometi o erro de acreditar.

Ainda bem que eu tinha usado o verbo no passado, “iria garantir”... quando voltei do meu banho para enfim poder relaxa na minha cama, Natsu e Happy estavam largados nela, em um sono tão profundo que até eu, doente e necessitando da minha cama, senti pena de acordá-los. Eles tinham vindo de uma missão direto para minha casa me agradar – e claramente usufruir da minha comodidade que eu duvidava muito existir na casa deles – então catei minhas cobertas reservas e levei para a sala, voltando para cobri-los.

— Fala sério, e vocês ainda disseram que cuidariam de mim. – Suspirei.

Não sei quanto tempo foi, mas me deixou relaxada poder observar o rosto suave de Natsu dormindo. Em algum momento minha mão direita foi em direção ao seu rosto, enquanto a outra continuava segurando a coberta em volta do meu corpo. Senti meu peito retumbar e subi a mão para seus cabelos, acariciando-os levemente para satisfazer meu desejo e quem sabe acalmar um pouco meu coração. Quando senti que minhas pernas não aguentariam ficar muito mais tempo em pé decidi, meio a contragosto, que era hora de ir dormir e fui em direção ao sofá da sala abandonando os fios rosados, fechando a porta do quarto no caminho e deitando do jeito mais confortável que arrumei.

 ***

— Lucy? – Ouvi a voz familiar, porém distante de Happy. – Lucy? – Continuou chamando, se tornando cada vez mais próxima. – Bom dia Lucy. – Disse feliz, quando abri meus olhos.

— Bom dia Happy. – Sorri me sentando na... minha cama? – Eu tenho quase certeza que não foi aqui que dormi. – Comentei confusa olhando em volta.

— Natsu colocou você ai quando nós acordamos. – Happy explicou, se aconchegando no meu colo. – Desculpa Lucy, era pra gente cuidar de você e acabou que no fim você dormiu no sofá e nem reclamou.

— Tudo bem, eu vou deixar vocês pagarem nosso café da manhã para me compensarem que tal? – Perguntei risonha, não existia uma fórmula para sentir raiva duradoura por aquele gatinho azul, era simplesmente impossível. Pensei em Natsu me carregando no colo até a cama e tive que balançar a cabeça para tentar afastar a sensação que dominava meu corpo.

— Não precisa se preocupar, nós já cuidamos disso. – Natsu apareceu da porta, dizendo com um sorriso confiante nos lábios, por um momento temi que ele soubesse o que acontecia dentro de mim, mas a minha desconfiança quanto a outro assunto falou mais alto.

— Já cuidaram? – Estreitei os olhos. Tinha alguma coisa muito errada ali, e ficou bem clara quando apareci na cozinha.

Natsu e Happy tinham comprado lanches para o café da manhã, lanches gigantes com hambúrguer, queijo, salada, molhos e no caso de Happy, peixe. Sem falar do pote gigante de pimenta que tinha na mesa, pronta para causar uma queimação no estômago. Pelo jeito eles também não conheciam a definição de café da manhã.

— Vocês não tem cura. – Murmurei com os olhos estreitos, incrédula.

— O que? Não fizemos direito? – Natsu perguntou e pude perceber, de um jeito nada agradável, que eu não era mais imune ao seu rosto tristonho, mesmo que fosse completamente falso. Senti-me culpada, com plena consciência de que não tinha que o fazer e decidi que comeria com um sorriso só para poder receber o mesmo em troca.

— Vocês acertaram em cheio.

E a resposta foi automática, Natsu sorriu, brilhante, sufocante. Senti minhas bochechas corarem e todos aqueles sentimentos alucinantes atingirem a parede do meu coração, em ritmos distintos, desenfreados. Fala sério, e pensar que um dia eu estaria nessa situação, sentindo o que sinto por Natsu, o deixando dormir na minha cama ao invés de expulsá-los aos chutes como uma vez fiz.

Era nesses momentos que eu parava para pensar em qual seria a reação dele caso um dia descobrisse o quanto o amo, e logo em seguida vinha os pensamentos implorando para que ninguém a minha volta fosse capaz de lê-los, e então vinha a sensação que dizia, sussurrava, que eu deveria contar o quanto antes. Eu estava só esperando o dia que esses conflitos me fariam entrar em colapso.

***

— Lucy-chan. – Ouvi Levy me chamando e olhei em sua direção. Ela estava acenando, indicando que eu fosse sentar ao seu lado. – Está melhor? – Perguntou quando me aproximei.

— Sim, depois de uma longa semana estou bem melhor. – Sorri.

— Que bom! Happy veio contar a novidade agora a pouco ainda, dizendo que foi tudo graças ao tratamento que ele e Natsu te deram nesses dias. – Levy falou divertida e meu sorriso só aumentou com a perspicácia daquele gato, se tornando irônico.

— Com certeza, lanche gorduroso todo café, almoço e janta é muito saudável. – Levy riu com minha constatação.

— Eles tentaram Lucy-chan, uma pena que eles tenham perguntado o que se dar para uma pessoa doente justo ao Romeo-kun. – Ela gargalhou mais uma vez com a própria fala.

Eu só pude revirar os olhos com tamanha estupidez. Onde já se viu pedir esse tipo de conselho para uma criança em um lugar cheio de adultos?

— Bom, o que importa é que agora estou melhor, então sem lanches por um bom e indeterminado tempo. – Declarei. Tentei sorrir, mas ter chegado a essa conclusão me fez pensar no que aconteceria agora que eu estava bem.

Não teria mais Natsu e Happy acordando cedo para comprar o café da manhã mais horroroso de todos, não teria mais a presença deles vinte e quatro horas por dia na minha casa, fazendo absolutamente nada, mas tentando me entreter ao máximo para que eu não me sentisse mais mal do que já estava, não teria mais o rosto de Natsu absolvido na calmaria do sono sempre que ele e Happy acabavam dormindo antes do que eu, o que era 100% das vezes... acabaria aquele tratamento especial. Não teria mais a quentura daqueles momentos, só sobraria a agitação que eu sentia sempre que eu estava perto dele e tinha outras pessoas por perto, a inquietude, a dúvida.

— Lucy, você tem certeza que está bem? – Levy perguntou e sua voz parecia preocupada. Foquei os olhos nela e percebi que estavam embaçados... eu estava chorando? Droga, além de ter me recuperado de uma recente gripe agora estava também na TPM?

— To ótima Levy-chan... talvez nem tanto... Aaah Levy-chan. – Falei entre soluços, no meio da guilda, tentando me esconder. Ela se assustou com minha reação repentina e me ajudou a me esconder dos olhares curiosos. Ouvi fofocas do tipo “não parece que Natsu e Happy foram tão milagrosos assim”, até que Levy se levantou e me ajudou a sair de forma a chamar o mínimo de atenção possível.

— Conte-me o que aconteceu Lucy-chan. – Levy pediu quando nos sentamos em um banco numa praça vazia. – Eu venho ler aqui de vez em quando, é um lugar tranquilo então pode chorar a vontade.

E então sem titubear, com meus sentimentos à flor da pele, despejei tudo em Levy, meus sentimentos, pensamentos, medos, e ela me ouviu, calma, mas surpresa. Quando terminei, o rosto marcado pelas lágrimas secas, observei incrédula o rosto de Levy se abrir em um sorriso antes de dar sua opinião.

— Uau, eu não achei que chegaria nesse ponto sem vocês terem resolvido tudo. E pensar que você admitiria isso para si mesma e para mim... você foi muito mais rápida do que eu. – Levy constatou.

— Do que você está falando Levy-chan? – Perguntei confusa.

— Eu vou contar pra você, mas é um segredo ok? Tem que prometer que vai guardá-lo. – Levy pediu levantando o mindinho em minha direção.

— Prometido. – Agarrei seu dedo e esperei ansiosa. Ela respirou fundo algumas vezes antes de começar a falar, parecia envergonhada.

 - Existe uma coisa chamada impressão nos Drangon’s Slayer’s. Tem haver com o cheiro ou algo do tipo, não sei explicar ao certo, mas o que sei é que uma vez que um deles se apaixona, é para sempre e único. A pessoa amada deixa uma impressão neles de tal forma que eles se tornam incapazes de esquecê-la. Então sabe, você deveria falar sobre isso com ele logo, porque o amor dele é à primeira vista, ou ao primeiro cheiro, como disse antes, não sei direito, mas caso seja você ele já está completamente apaixonado...

— E caso não seja, não existe chance de um dia acontecer. – Completei o raciocínio desanimada e chorosa novamente.

— Você ainda tem uma chance, não fique assim. – Levy tentou me animar. – Converse com ele, esclareça tudo, vai ter ajudar a seguir em frente, seja com ele ou não.

— Acho... que você está certa, mas como você sabe tudo isso? E o que quis dizer com aquele “foi mais rápida do que eu”? – Perguntei tentando entender a história.

— Ahhn, como eu posso dizer isso de uma forma que não me mate de vergonha? – Murmurou baixinho, mas pude entender tudo perfeitamente. – Isso aconteceu comigo. Não que eu seja uma Dragon Slayer, como nós duas sabemos, mas eu deixei uma impressão em alguém.

— Gajeel? – Perguntei depois de algum tempo raciocinando enquanto encarava a cara rosada que Levy adquirira. 

— Ele tomou a frente. Eu não tive coragem de falar nada, por isso estou dizendo que é melhor fazê-lo, as coisas tem sido bem melhores desde então. – Levy me confortou.

— Você ta namorando o Gajeel? – Perguntei divertida, a desanimação indo embora quase que em um surto.

— Lucy-chan... fala baixo. – Levy levantou em um rompante colocando as mãos na minha boca.

— Não se preocupe, aqui é um lugar calmo e tranquilo lembra? – Falei me divertindo ainda mais. Ela fez caretas, não acreditando na minha audácia e eu só ri, cada vez mais, quase tanto quanto tinha chorado, aos poucos recuperando a força. – Aiai, estou me sentindo muito melhor, e já tomei uma decisão. – Disse decidida. – Estou indo Levy-chan.

— Boa sorte. – Falou contrariada, talvez remoendo o fato de a ter feito de piada, mas o sorriso era sincero.

Comecei meu caminho em direção a guilda, era o lugar mais próximo e talvez Natsu estivesse lá agora, mas algo a mais me fez parar...

— O que quis dizer com “sem vocês terem resolvido tudo”? Você sabe de alguma coisa Levy? – Perguntei.

— Não, nadinha. – Ela sorriu misteriosa. Sabia que não arrancaria mais nada então continuei meu caminho, sem ouvir quando ela sussurrou. – Mas sabe, Dragon’s Slayer’s tem o poder de sentir o cheiro da parceira dos outros, é um poder bem interessante.

***

— Mira, você viu o Natsu? – Perguntei quando não o vi em lugar algum.

— Ele estava atrás de você. Quando chegou à guilda agora pouco Macao e os outros o provocaram dizendo que você estava chorando por causa dele... você está bem? – Perguntou preocupada.

— Estou sim Mira, obrigada. – Sorri em resposta e sai correndo da guilda.

Eu sabia onde ele estaria, minha casa era a única e óbvia resposta.

— Natsu? – Chamei assim que abri a porta de casa. – Natsu você está aqui? – Perguntei uma vez mais enquanto entrava nos cômodos.

— Estou aqui Luce. – Sua voz vinda do meu quarto fez meu coração palpitar uma vez mais falhando uma batida. – Bem-vinda. – Falou sorrindo quando abri a porta.

— Estou de volta. – Sorri trêmula, nervosa.

— Você está bem? Estava chorando? – Perguntou preocupado e nervoso.

— Onde está Happy? – Perguntei notando a ausência do gatinho salafrário.

— Foi comprar um lanche pra você ficar melhor. – Disse inocente e segurei um calafrio que a palavra “lanche” me trouxe. – Mas você não respondeu a minha pergunta.

— Eu estava chorando, mas já estou melhor. Tive uma conversa bem esclarecedora com a Levy e preciso conversar com você agora Natsu. – Falei com toda a coragem que consegui reunir. Eu era uma membro da Fairy Tail, eu conseguiria fazer isso. Eu acho.

— Pode falar... fui eu que te fiz chorar? – Ele perguntou confuso e preocupado e eu sorri o mais gentil que consegui.

— Foi, mas não é bem sua culpa. – Natsu ergueu uma das sobrancelhas com minha fala. – A Levy me contou uma coisa hoje, sobre impressão em Dragon’s Slayer’s... – Notei sua expressão espantada e esperei antes de continuar.

— Então ela e Gajeel estão juntos? – Ele perguntou com a cabeça pendendo para o lado, parecia um cachorrinho. Natsu tinha notado o lance deles dois também? Isso era uma verdadeira surpresa.

— Sim, estão. Eu queria saber... você já teve uma? – Perguntei engolindo em seco. Minha garganta ardeu levemente com a pergunta perigosa que acabara de fazer, esperando por uma resposta que existiam grandes chances de eu não gostar. – Já teve uma garota que te deu uma impressão, ou seja lá como se chama?

— Que pergunta besta Luce, é claro que sim. – Ele disse sorrindo, novamente esplendido. Eu gelei e hesitei sobre realmente querer saber a continuação da resposta, mas mesmo assim perguntei.

— Quem?

Natsu pareceu encabulado e em dúvida por um momento, mas logo se decidiu e quando abriu a boca quase desejei ser surda... quase.

— Você, óbvio.

— Eu? Óbvio? Euzinha? – Sussurrei essas perguntas em ordem durante o tempo em que demorou para processar a informação... Natsu só podia estar de brincadeira comigo. – EU? – Gritei.

— Você!! – Ele riu afirmando com todo o bom entusiasmo de Natsu Dragneel.

— Como? Porque não me contou? Nós nos conhecemos há anos. – Falei extasiada demais para qualquer reação maior.

— Porque você ficaria assustada. Luce é esperta, não se apaixonaria a primeira vista por alguém como eu, se eu te contasse você ficaria comigo? – Perguntou inocente. – Eu não conseguiria mais te proteger assim.

— Me proteger? – Babulciei. Natsu tinha passado os últimos anos apaixonado por mim sem dizer nada porque sabia que eu fugiria da situação e assim ele não poderia me proteger?

De repente o meu pequeno sofrimento desde que descobri sobre os meus sentimentos não era nada comparado com aquilo.

— Eu não podia mentir para você, não quando você me perguntou diretamente. Então, você vai fugir de mim agora? – Perguntou o sorriso intacto independente do caminho que estava tomando nossa conversa.

— Como se existisse alguma chance disso acontecer. – Sorri aliviada. Um alívio tão grande que eu pulei em cima dele para um grande abraço. – Eu amo você. – Disse feliz demais para me conter.

— Eu também amo a Luce. – Respondeu segurando minha cintura de forma a nos manter em equilíbrio. – Isso significa que agora eu posso te beijar? – Perguntou com o rosto inocente e eu já não sabia se estava identificando direito suas expressões, mas suspirei.

— Claro que pode.

E sem saber ao certo o que fazer, nossas bocas se encontraram e ficaram assim até eu tomar a iniciativa de abri-la e esperar pelo que ele faria... e não é que ele aprende rápido? Bom, nós dois aprendemos. Nenhuma das emoções pelas quais eu me senti sufocada nas últimas semanas podiam se comparar ao avassalador derrame de reações que Natsu e aquele beijo desencadearam no meu corpo. Estava tudo perfeito... perfeito demais.

— Eles se goxxxxtam.

— Happy... calado! – Gritei envergonhada enquanto meu namorado gargalhava.  


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Notas finais do capítulo

Yeeeap!! o/

O que acharam? Contem-me nos comentários, vou estar esperando sz

Obrigada por lerem!!! Beijãaao xD