Gossip Girl Season Finale escrita por Analuizaravaiano


Capítulo 3
Episode 3




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A janela do avião nunca fora tão assustadora. A vastidão de Paris fez com que o estômago de Blair revirasse. Apesar de já ter viajado várias vezes, nenhuma delas foi para velar seu pai morto, portanto, a visão que tinha da janela era a de que tinham milhões de pessoas lá em baixo e nenhuma delas seria seu pai.

O pouso aconteceu 20 minutos depois e Blair agradeceu aos céus por estar novamente em terra firme.

O caminho até o apartamento de seu pai foi tortuoso. Não trocara uma palavra sequer com ninguém durante todo o percurso. Quando chegaram, Blair segurou o filho em seus braços e disse a ele:

—Henry, meu amor, não quero que fique mal nem nada do tipo. O vovô está com o papai do céu e a gente vai fazer uma oração bem bonita pra ele! Ele vai escutar lá de cima!

O menino limpou os olhos com a manga do pequeno terno preto e assentiu com a cabeça.

Adentraram o apartamento e a primeira pessoa que viram foi Roman desolado. Ele veio ao encontro de Blair e Henry e abraçou-os de um modo paterno.

—Eu sinto muito querida! Deus sabe o quanto estamos sofrendo! – disse ele colocando as mãos nos ombros de Blair e indo em direção ao caixão que estava no centro da enorme sala branca.

—Não sei se aguento vê-lo assim, Chuck...

—Eu vou contigo! Você precisa se despedir dele, meu amor. – Chuck passou o braço pelos ombros de Blair que colocou o filho de pé ao seu lado e caminharam em direção ao caixão.

Ela tremia e Chuck a apertou ainda mais em seus braços. A pequena mão de Henry fazia carinhos quase imperceptíveis nas mãos da mãe que deu um meio sorriso a ele.

Blair olhou para o pai. Ele parecia tão saudável, tão vivo. Ela recuou alguns passos com as mãos no rosto e se lembrou de como o pai fora atencioso durante toda a sua vida e de como ele a apoiou durante sua gravidez e na infância de Henry.

Flashback
• 5 anos atrás 
—Não é assim que você segura um bebê Blair! Vai machucá-lo! – Harold disse em tom de advertência para a filha que riu do modo desajeitado que segurava o próprio filho.

—Isso não vai dar certo pai! Esse bebê vai morrer nos meus braços! Ele só tem 3 dias e já está sofrendo assim! –Blair disse desesperada entregando o filho para o pai que bufava.

—É assim! Coloque a mão por baixo dele e segure as costinhas. Eu preciso sair daqui sabendo que você vai segurar meu neto direito! – Blair soltou uma risada nasalada e pegou o filho do colo do pai.

—A-assim? – ela disse insegura.

—Isso! Agora mantenha assim! Ele vai ficar dormindo. Mas à noite vai chorar muito, provavelmente.

—Parece que você cuidava melhor de mim do que minha mãe! Você sabe mesmo como cuidar de um bebê! – Ela disse aninhando o filho .

—Eleanor sempre foi uma ótima mãe, Blair! Só era muito atarefada.

—Ele está tão molinho pai! Não vou conseguir dar banho nele!

—Eu e sua mãe já conversamos com Dorota. Ela vai dar banhos e trocar, inicialmente. Você vai ter que aprender Blair... É seu filho!

—Eu sei pai, mas é tudo muito novo para mim! Para o Chuck então! Nem se fale!

—Mas pelo menos ele sabe como segurar um bebê.

Blair revirou os olhos e caminhou até o berço, colocando delicadamente o bebê.

—Henry, a mamãe vai se esforçar muito... Prometo conseguir ser uma boa mãe para você!

—---------------XOXO----------------

A casa de Dan e Serena era a casa dos sonhos de qualquer um. A mansão projetada pelos melhores arquitetos de Nova Iorque contava com uma entrada moderna e luxuosa e um imponente portão branco seguido de uma guarita onde ficava Steve, o segurança da família.

Assim que Dan buzinou, o segurança abriu o portão e ele saiu do carro para que Steve o estacionasse. Abraçou Serena e caminharam até a entrada da casa.

—Eu fico pensando como seria se nós tivéssemos um filho. – Serena disse olhando ao redor com um brilho incomum nos olhos. – A nossa casa é tão grande para nós dois.

—Eu adoraria ter filhos com a mulher da minha vida! – ele disse sorrindo para a esposa que exalava felicidade e corou ao ouvir a declaração do marido.

Ambos subiram as escadas que levavam aos quartos no segundo andar. Quando Dan abriu a porta do quarto, deparou-se com uma infinidade de bolas azuis e rosa  cobrindo o chão e percebeu dois macacões de bebê que estavam sobre a cama. Ele olhou para a esposa com os olhos marejando.

—Serena, o que é isso? – ela deu um sorriso e limpou as lágrimas dos olhos – Eu vou ser pai? – Dan olhou para Serena sem acreditar.

—Duas vezes de uma vez só! – ela disse dando uma risada carregada de emoção.

—Me desculpe ter gritado com você mais cedo no Palace! Eu não podia ter feito aquilo! Você é a mãe dos meus ... – ele não conseguiu terminar a frase e caiu no choro.

—Dan, está tudo bem! Eu amo você e agora nossa família está completa! Vamos ter os filhos que sempre sonhamos! – Serena disse mordendo os lábios e abraçando o próprio corpo.

Dan beijou a esposa ainda incrédulo. Era uma felicidade que não conseguia resumir.

—----------------XOXO---------------

Jenny estava no comando da Waldorf designs até que Blair retornasse a Manhattan. Estava a ponto de ter um surto. Os dois dias cuidando da empresa estavam a destruindo por inteiro. Começou a se perguntar como Blair conseguia tal feito, tendo família ainda por cima.

O dia fora cansativo e ela resolveu ligar para Eric. Estava com saudades do amigo e precisavam se ver urgentemente.

—Ei, você precisa vir aqui em casa! – Jenny disse empolgada.

—Que história é aquela de bonitão da Yale na página da Gossip Girl? – Eric perguntou antes mesmo de manterem uma conversa.

—Te conto hoje a noite!

—Está bem! Ás sete em ponto!

Jenny saiu da empresa às seis da tarde. Chegou em casa, tomou um banho relaxante e esperou ansiosamente pelo amigo. Precisava explicar detalhes de tudo o que estava acontecendo.

Algumas horas depois a campainha toca e a garota corre em direção à porta.

—Duas horas atrasado!

—Mil desculpas! Minha mãe me prendeu em casa! Está tendo alguns problemas! Mas enfim, quem é o bonitão da Yale?

—É o Chris, Eric... Lembra dele?

—Christian Harris? Como assim? – Eric disse entrando no loft e sentando no sofá.

—Sim! Esse mesmo! Não consigo acreditar que estamos praticamente juntos! – Jenny disse tapando os olhos e dando pulinhos de alegria.

—Jenny... ele é o mesmo cara que te ignorava no ensino médio! Não é possível que você sinta algo por aquele cara! – Eric disse em tom de indignação.

—Ele não é mais o Chris do ensino médio! Ele está mudado! Conseguiu ser aceito em Yale, depois de 3 anos tentando. E a gente se ama Eric, não tem como você ficar feliz por mim pelo menos uma vez na vida? – a garota disse revirando os olhos e se jogando em uma poltrona ao lado do sofá.

—Como seu amigo tenho o papel de te alertar! Não fique brava, só quero ver você bem! – Jenny deu um meio sorriso e ele continuou - Você provavelmente vai querer me matar depois do que eu... – Jenny o interrompeu.

—O que você fez, Eric? – a garota o olhou com os olhos esbugalhados.

—Eu consegui um emprego!

—Mas isso é óti...

—Na Austrália. – Eric disse fechando os olhos rapidamente esperando a bronca da amiga.

—Você só pode estar de brincadeira!

—A gente pode se ver sempre por FaceTime. Ou Skyp...

—Vou sentir muito a sua falta! Não podia ter conseguido um emprego em um lugar mais perto?

—Você acha que eu também não vou? É a oportunidade da minha vida Jenny! Vou trabalhar em um parque ecológico muito famoso e o salário é inacreditável! Vou tentar vir aqui sempre que puder, prometo!

Jenny se sentou ao lado do amigo e o abraçou. Depois de tanto conversarem adormeceram no sofá.

—----------------XOXO---------------

1 semana depois
Nate chegou em casa irritado. Jogou a pasta que carregava em uma das mãos em cima da cama e logo em seguida deitou na mesma com o intuito de relaxar do dia cansativo que tivera. Kimberly não estava no apartamento e provavelmente não voltaria até que Nate desse uma explicação plausível para o modo como agiu na semana passada.

Kim era carente ao extremo. Fazia questão de estar com Nate em todos os momentos do dia. Ela não entendia que o trabalho dele poderia ser exaustivo e que talvez, ele não quisesse ficar grudado nela o tempo todo. Porém, para evitar uma possível separação sem sentido, Nate engoliu o pouco de orgulho que tinha e ligou para Kimberly.

No terceiro toque, ela atendeu.

—O que foi Nate? O que você quer?
—Me desculpe... Eu deveria ter arranjado um tempo para nós. Você não tem noção de como essa semana foi decisiva para a NY.Spectator. – Nate disse empolgado para contar as novidades que ocorreram, porém Kimberly parecia não se importar.

—Nada sobre aquele jornal idiota me interessa. – Dizendo isso a mulher desligou o telefone e Nate bufou constatando que essa era mais uma tentativa falha de ter um relacionamento sério com alguém. 
Ele pensava em desistir de um amor verdadeiro naquele momento. Tirava conclusões de que seria impossível imaginar Nate Archibald ligado a alguém a não ser em sexo casual.

No quesito relacionamento Nate era um fracassado. Uma palavra forte, mas que ele sentia o peso do significado no decorrer dos anos. Blair se casou. Até Serena, a pessoa que ele menos esperava e a que mais sentia ciúmes. Apesar de não praguejar seu casamento, não queria que tivesse ocorrido. Ela e somente ela, foi a única mulher que Nate Archibald amou na vida.
Pegou o telefone procurou pelo número de Blair.

—Você estava certa...

—Eu sempre estou certa! Terminaram? – O tom desanimado de Blair não condizia com sua opinião sobre o assunto, afinal ela acabara de perder o pai e não seria pelo término de um relacionamento do amigo com uma mulher a qual ela não gostava que a faria feliz naquele momento.

—Acho que sim... Ela não entende que eu tenho que trabalhar!

—Eu não gostei nem um pouco daquela mulher! Ela é mais carente que Blanche Dubois! (*) – Nate soltou uma risada nasalada. – Tenho que desligar, não sei se você sabe mas não estou em clima de dar conselhos ... Não ainda. Está tão recente. Ainda sinto que ele vive!

—Me desculpe! Imagino o quanto deve estar sendo doloroso para você! Se precisar conversar sobre isso ou ... Sei lá sobre qualquer coisa, pode me ligar! Estou aqui Blair, para o que você precisar!

—Obrigado Nate, eu ... Vou desligar o.k? 

*Blanche Dubois: personagem do filme: A Streetcar Named Desire.


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