Era uma fria madrugada chuvosa e uma garota de longos cabelos rosados, corria desesperadamente em direção ao portão da vila, as lagrimas escorriam de seu olhos esmeraldinos, seu coração doía, logo chegou ao seu destino, e viu no portão da vila o loiro que ama partindo, logo gritou com a voz chorosa o nome dele, mas o mesmo, determinado seguiu em frente, sem nem olhar para trás, ela queria correr atrás dele, queria abraça-lo, dizer o quanto o amava e tinha sido boba de não ter lhe dito antes, mas suas pernas falharam, e a mesma caiu de joelhos, chorando, a chuva engrossara, como se chorasse junto á ela.

     Ele havia á deixado. Havia cansado de sofrer, de esperar por ela, estar próximo á ela e ao mesmo tempo tão distante o destruía por dentro, era um amor tão grande que o consumia, por que havia que ama-la tanto? Por que ela não podia ama-lo também? Aquilo o matava aos poucos, decidirá fugir de tudo, daquele amor, antes que enlouquecesse, teria que esquece-la, teria que seguir em frente sem ela

~× Uma semana depois ×~

      Sakura estava escondida nas suas cobertas, desde o dia que ele foi embora não saía de seu quarto, havia se isolado do resto do mundo, só ficou em sua cama chorando, como um coelho assustado em sua toca, sentia tantas saudades dele, sentia falta de seus sorrisos bobos, sua risada, seus olhos azuis, ele que sempre secou suas lágrimas agora era o motivo delas. A mãe da rosada, Hana, as vezes aparecia no quarto de Sakura, para tentar á tirar dali, ou a convencer a comer, que nem isso ela fazia mais, estava tão preocupada com ela, a mesma que era tão falante, de olhos lindos, verdes, tão vivos, pele brilhante sedosa assim como seus cabelos, agora estava quieta, com os olhos opacos, vermelhos de tanto chorar com olheiras, cabelos feios e sem vida, assim como sua pele que estava pálida, também estava mais magra que o normal pela má alimentação, parecia que aquela menina alegre deu lugar a uma sem vida e deprimida, que não estava mais ai pra nada, nem para si mesmo, do que adiantava tudo aquilo se ele? Agora nem chorar podia mais, suas lágrimas haviam secado

      Era por volta e duas e meia da tarde, para variar Sakura estava em sua cama, dessa vez dormindo, logo Hana abriu levemente a porta, mostrando a Ino Sakura, logo a loira disse á Hana que poderia se retirar, que ela cuidaria de Sakura, logo Hana se foi, e vagarosamente Ino entrou no quarto, tomando cuidado para fazer silêncio, logo a mesma pulou em cima de Sakura gritando:

    - ACORDA TESTUDA! - Ela acordou meio espantada, se escondendo abaixo das cobertas, logo Ino arrancou dela seu “refúgio”, abriu as janelas e as cortinas, fazendo que a luz do forte sol que fazia neste dia adentrasse o recinto, a rosada encolheu-se na cama tampando seus olhos, que doíam por estarem desacustumados com a exposição á claridade, murmurando:

    - Porca maldita.

    - Vamos Testuda, está um lindo dia, venha! - Disse a Yamanaka tentando anima-la.

    - Não quero... - Respondeu a garota com a voz chorosa.

    - Não é o fim do mundo... - Disse Ino, com a voz doce sentado-se a beira da cama enquanto encostava a mão sobre o ombro de Sakura

    - ... Ele era o meu mundo... E ele se foi, por minha causa - Dizia agora já entre lágrimas. Ino suspirou pesadamente e logo indagou:

    - Você realmente o ama não é? - ela afirmou balançando a cabeça, Ino fechou os olhos por um breve momento para refletir, logo exclamou – Então lute por esse amor Sakura! – depois de dito isso, Sakura se levantou vagarosamente de forma que ficasse sentada escorada em suas mãos com a expressão pensativa e confusa fitando a cama, logo levantou o olhar até os olhos de Ino

    - Não sei... - A mesma jogou-se novamente sobre cama onde ficará fitando o teto pensativa – ... Sabe, acho você tem razão... Não adianta eu ficar aqui chorando... vou atrás dele. - A loira simplesmente deu um doce sorriso. Sabia que Sakura terá que sair da vila, que não será fácil, e se preocupava muito com a mesma, que apesar das brigas, Ino á considerava uma irmã, agora só poderia ter fé em Sakura, e convencer a si mesmo a não se preocupar, que ela conseguiria se virar, afinal não podia ficar aqui sofrendo, tinha que seguir em busca do seu amor, e de certa forma estava orgulhosa por Sakura. A rosada já estava planejando o que faria, dali á uma semana, as quatro da manhã, quando havia troca de turno no portão da vila, iria embora, só não iria antes pelo seu estado de saúde frágil pela falta de cuidados, além que teria que planejar ao certo, ver os amigos, enfim resolver o que fosse necessário antes de ir. Passou a tarde conversando com Ino, um pouco desanimada ainda, mas melhor que antes. Sakura passou o tempo todo imaginando onde estaria Naruto e como seria encontra-lo, quando se deram por si já estava anoitecendo, Ino teria que ir, logo se despediram e a mesma se foi. Sakura desceu para cozinha, comeu, até conversou com sua mãe um pouco Hana estranhou o comportamento de Sakura, se perguntava o que Ino havia feito, mas resolveu não perguntar, pelo menos ela estava se recuperando ao poucos.

      Os dias passavam voando, o dia que Sakura partiria da vila seria daqui a dois dias, a ansiedade a consumia, havia visto seus amigos (meio que uma despedida, já que ficaria sabe se lá quanto tempo longe deles), planejado tudo, mas o que á atormentava era o medo, que tivesse acontecido algo á ele, que ela não conseguisse por ser fraca, que ele não a queira mais, que tenha outra, tantas dúvidas pairavam em sua cabeça, mas teria que arriscar, jogar tudo para o alto e ir atrás dele.

      Logo já era a noite que partiria, estava extremamente nervosa, nem conseguiu dormir um pouco a noite, suas coisas estavam arrumadas, tudo pronto, só esperar chegar as quatro horas, as horas que antes passavam voando agora arrastavam-se vagarosamente, Sakura roía as unhas deitada sobre sua cama, olhou para o relógio e viu que era hora de ir, finalmente pegou suas coisas e foi pela escondendo-se, até que se refugiou em uma árvore que havia por ali, da onde poderia observar perfeitamente as guaritas dos portões, e o nervosismo vinha mais a tona, era agora ou nunca, Logo como preveu, ocorreu a troca de turnos, a mesma saiu rapidamente em disparada mas ainda mantendo o cuidado para ser silênciosa, agora estava fora da vila... E ali a busca por seu amor começa...