A Chave para Um Coração escrita por NickLander


Capítulo 1
One-Shot




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— VENHAAAAAAAAAAAA LUCY!

Natsu estava sentado no chão e olhava para a amiga loira. Ele tinha uma expressão no rosto, como uma criança com um problema muito difícil de resolver.

O salão da guilda estava quase vazio. Os únicos restantes eram Natsu, Gray, Erza, Lucy e, claro, Mirajane. O resto dos integrantes da Fairy Tail já haviam ido para casa... afinal eram 4 horas da manhã.

Lucy revirou os olhos e suspirou. Ela estava cansada e queria ir para casa já. Mas, Natsu a manteve ali.

— Não, Natsu... Eu não vou beber outro copo dessa tequila desagradável com você. Você já está bêbado.

Isso era verdade. Gray e Natsu voltaram a fazer uma competição, idiota. Desta vez, beber. Gray foi pulverizado logo nos primeiros copos, ele agora encontrava-se dormindo profundamente no chão.

— Mas, LUCY! Eu tenho que comemorar! YEAHHHHHHHHH!” – Ele gritou e levantou-se para abraça-la. Ele ficava realmente pegajoso quando estava bêbado.

Lucy ficou um pouco vermelha. Claro, que ela estava acostumada a proximidade com sua amiga, mas ultimamente algo mudou. Sentia-se um pouco desconfortável ao ser abraçada por Natsu. Especialmente quando odo o seu corpo estava pressionado contra o dela.

Mirajane suspirou e esfregou os olhos.

— Sim, Natsu. Lucy está certa, é hora de ir para casa.

Ela também queria dormir.

Erza, depois de ficar quieta por um tempo, levantou-se de repente.

— Ei...” Ela falou levantando-se de repente. – Lucy. Me faça um favor e leve a Natsu para casa. Pois, não acho que ele possa encontrar o seu caminho por conta própria. Enquanto isso, eu vou levar Gray para o apartamento dele.

Lucy queria protestar. Ela sabia que o apartamento de Natsu ficava no caminho para o dela, mas ele conseguiriam chegar lá?

Mas, antes que ela pudesse dizer alguma coisa em protesto, Erza já havia deixado a guilda.

Lucy, puxando Natsu para se levantar, suspirou.

— Hoje vai ser um longo caminho para casa.

— Boa noite, Mira-san...

— Boa noite Lucy! E boa sorte! – disse sorrindo achando que aquilo seria algo interessante.

— Ugh! Natsu! Desde quando você é tão pesado?! – Lucy reclamou enquanto tentava avançar. O Salamander tinha um braço ao redor de seus ombros e andava cambaleante ao lado dela, enquanto era arrastado por sua amiga loirinha. Ele não conseguia realmente caminhar. E ele estava falando muitas coisas estranhas ultimamente.

Eles estavam andando pela rua escura ao lado do rio, esse era o caminho mais curto até o apartamento de Natsu.

— Lucy-chan... – Ele murmurou em sua orelha, mais uma vez deixando sua pele ficar vermelha.

— Desde quando você cheira bem? – Ele sorriu.

— Você cheira como uma vela... Quer que eu envolva você?

Constrangida, Lucy soltou o braço de Natsu e ele caiu no chão, rindo.

O coração de Lucy estava batendo, mas estava com raiva também.

— O que o INFERNO tem de errado com você?!

Ela não conseguia lembrar se ela já tinha recebido um elogio de Natsu, isso fez seu coração bater.

— Maldito... E com o meu nome? Desde quando sou Lucy-chan?

Natsu virou-se para trás e estendeu a mão para Lucy.

— Lucy-chan... Ajude-me! – Ele implorou, balançando com as pernas.

O mago loiro respirou fundo e depois se ajoelhou para ajudar seu amigo rosado.

— Honestamente Natsu... – ela suspirou, voltando a colocar o braço em volta dos ombros para continuar andando.

Surpreendentemente, não demorou muito para chegara à porta do apartamento de Natsu.

— Natsu... Hei Natsu, onde estão suas chaves?

O jovem mago olhou em volta confuso e sorriu como se um não fosse um homem bêbado.

— Ah, Lucy-chan. Você quer entrar? Ali dentro é quentinho, ok?

Lucy o ignorou e começou a procurar suas chaves.

— Lucy-chan, por que você não usa suas chaves? -  Ele perguntou confuso e riu.

— Você tem tantas delas.

A loira suspirou, mas não respondeu. Finalmente, encontrou as chaves de sua casa em sua bolsa e abriu a porta.

Natsu a abraçou por trás e riu, balbuciando bobagens, enquanto Lucy o arrastou para dentro e fechou a porta. Ela acendeu as luzes e olhou em volta.

Surpreendentemente, era menos desorganizado do que pensava que seria.

Lucy queria dizer alguma coisa, mas então seus batimentos cardíacos começaram a correr de novo e ela prendeu a respiração. Ela podia sentir as mãos de Natsu deslizando de seus ombros até a sua cintura, cercando-a desse modo, sua cabeça estava descansando no ombro direito e ela podia sentir sua respiração em seu pescoço. Ele cheirava a tequila, é claro.

O jovem mago de fogo apertou o corpo de Lucy, fazendo com que os dois se aproximassem anda mais.

Ela engoliu em seco e ficou chocada demais para fazer qualquer coisa.

— N-Natsu? O que você está fazendo? Você está se sentindo bem?”

Ele balançou ligeiramente a cabeça.

— Eu simplesmente não quero que você vá embora... – ele sussurrou.

Lucy fechou os olhos e tentou acalmar-se. Não era difícil se afastar de seu aperto, já que ele estava bêbado, então ela deu dois passos de distância dele.

— Tudo bem, ok. Vou ficar por um tempo, eu prometo...

— YES! Animado, ele começou a correr ao redor de seu apartamento, tropeçando numa cadeira e caindo na cama. Lucy apenas suspirou e o seguiu.

Ela foi ao pequeno canto reservado a cozinha para fazer um pouco de chá. Poderia também fazer algo útil. Ela nunca mais dormia hoje.

Depois de um tempo de busca por uma chaleira, ela ouviu Natsu murmurando alguma coisa. E então:

— Lucy! Ajuda-me!

Confusa, ela virou a cabeça e suspirou.

Natsu havia tentado puxar a camisa sobre a cabeça, mas não pareceu ser tão fácil em seu estado de bebedeira. Ele estava preso, os braços no ar, enquanto a cabeça dele estava em algum lugar dentro da estreita vestimenta.

— LUCY!

A loira acomodou a chaleira no fogão para ferver a água e depois foi até seu amigo desajeitado.

— Tudo bem, tudo bem, estou aqui, não grite... – Ela disse e ficou de pé na ponta dos dedos para alcançar sua camiseta preta.

Teria sido uma tarefa fácil se Natsu tivesse a capacidade de ficar quieto. Mas, em vez de fazer isso, ele gemeu e se debateu.

— LUCY! APRESSE-SE!

Lucy rosnou e puxou.

A força da atração repentina fez Natsu pender para frente e cair sobre sua amiga.

— UAAAAAAHHHHHHHHHH.

Na mão direita de Lucy estava agora a camiseta preta de Natsu. Ambos estavam espalhados na cama, Natsu empurrando-a entre o corpo dele e o colchão. Ela não se atrevia a abrir os olhos.

— Oh, Kami-sama, eu recebi o meu pedido...

Natsu no outro lado não queria se levantar. O corpo de Lucy ficou quente e ele sempre se sentiu confortável quando estava com ela. E agora, em seu estado bêbado, seus instintos assumiram o controle de suas ações. Depois de um tempo forte, ele colocou a mão ao lado do corpo de Lucy e empurrou contra o colchão, então ele estava ajoelhado acima dela agora.

Ele distraiu-se um tempo ao observar sua amiga loira. Ela era realmente uma bela garota. Hoje, ela estava usando uma saia que terminava logo acima de seus joelhos, um baby look com um colete de lã verde. Estava um pouco frio lá fora. Lucy abriu os olhos, e Natsu decidiu que ele gostava deles. Eles eram a coisa mais linda.

A jovem maga estelar queria se levantar, mas foi interrompida por ações repentinas de Natsu. Ele levantou a mão esquerda para acariciar a bochecha de Lucy e seu polegar estava lentamente deslizando por seus lábios de cereja. Ele sorriu e ela se viu incapaz de se mover.

— Obrigado Lucy... – Ele então murmurou e se inclinou. Lucy ficou chocada, fechou os olhos e ficou surpresa quando sentiu os lábios de Natsu diretamente sobre os dela, mas no canto esquerdo de seus lábios.

— O QUE?

Então, ela ouviu um som característico, ele estava simplesmente roncando.

Lucy estupefata, estava deitada debaixo dele, sem saber o que fazer. Os batimentos do coração diminuíram lentamente, e ela respirou profundamente.

O apito irritante da chaleira interrompeu seu estado de confusão, e ela se arrastou para baixo do corpo de Natsu. Ele continuou dormindo.

Lucy correu para o fogão, desligou o fogo, e retirou a chaleira do lugar.

Vendo que Natsu ainda estava dormindo, ela saiu do apartamento e correu para o quarto dela.

Depois de chegar lá, ela se inclinou contra sua porta e tocou cuidadosamente o local onde Natsu a beijou. Ela sorriu, mas foi um sorriso triste.

“Ele provavelmente não se lembrará pela manhã...” – com esse pensamento ela foi para a cama mesmo sabendo que provavelmente não dormiria tão cedo.


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