It's All About Timing escrita por Nonni


Capítulo 11
Have we met before?


Notas iniciais do capítulo

Mais uma OS para a OQ Week!!!
Espero que vocês gostem!
E nessa tem muita Roni e Robin, viu? haha
Boa leitura!



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Era mais um fim de expediente. E como sempre nas últimas semanas, Roni olhou para uma mesa que ficava nos fundos do bar, e ele continuava lá, sentado. O homem loiro, girava o copo de whisky sobre a mesa, encarando a bebida concentrado.

Ela nunca havia falado com ele, a não ser para fazer o pedido, mas nas últimas semanas, ele vinha quase todos os dias ao bar, pedia a mesma bebida e se sentava na mesma mesa. Roni não sabia explicar o motivo de ter largado o que estava fazendo e ter seguido até a mesa do homem. Ela simplesmente se sentia intrigada. E claro que conversar não tirava pedaço.

Puxando a cadeira e sentando-se em frente ao homem, Roni observou a expressão dele mudar. Agora ele parara de girar o copo e também a encarava, com uma intensidade fora do normal. As íris azuis pareciam querer decifrá-la, e Roni sentiu um arrepio percorrer seu corpo. Porém, ela não se intimidou, arqueando uma sobrancelha para ele, e ela quase pode ver um sorriso de formando no rosto dele.

 – Você já vai fechar? – o homem soltou a pergunta, olhando em volta e percebendo que restava apenas ele e mais poucos clientes no estabelecimento.

Embora o Roni’s fosse um local muito agradável, era óbvio que o maior número de clientes não pertencia a ele, e na verdade, Roni não sabia mais o que fazer para atraí-los.

— E expulsar o pouco de cliente que me resta? Nem pensar! – ela respondeu, e o homem assentiu com a cabeça, voltando a encarar a bebida. Roni tinha certeza que algo se passava com ele, e embora ela não tivesse nada a ver com isso, ela tinha curiosidade. Porque mesmo negando, ela havia prestado atenção nele, desde as primeiras vezes que viera ao bar.

— Eu gosto daqui, é tranquilo, a bebida é boa... – comentou o homem. – E bem, não é em todos os estabelecimentos que os donos sentam para conversar com você. – completou, arrancando um riso dela.

— Pensando dessa forma... eu deveria pegar uma bebida para mim também? – ela perguntou e ele assentiu com a cabeça. Levantando-se e dirigindo até o bar, Roni voltou com dois copos de whisky. Um ela colocou na frente dele.  – Esse é por conta da casa... mas eu ainda não sei o seu nome.

O homem sorriu, e pela primeira vez, Roni pode notar as covinhas nas bochechas dele.

— Robin, Robin of Locksley, ao seu dispor. – ele se apresentou, pegando o copo de whisky e dando um longo gole.

— Robin. – ela repetiu, erguendo as sobrancelhas e também dando um gole no seu whisky. Robin. – E o que te atormenta tanto, Robin of Locksley?

— Por quê? – ele perguntou, encarando os olhos dela.

— Porque eu costumo reparar nos clientes que frequentam o meu bar, e bem, você deve ter um bom e grande motivo para sempre afogar as mágoas no whisky. – Roni falou tudo de uma vez, sendo direta.

— Você já conheceu alguém por quem você mudaria o seu mundo inteiro? Alguém cujos olhos você sabe que nasceu para contemplar? – Robin perguntou, encarando Roni intensamente. A morena, naquele momento ficou muda, encarando aquele homem e sentindo o peso daquelas palavras. Alguém por quem você mudaria o seu mundo inteiro. Cujos olhos você nasceu para contemplar. A boca dela secou e ela levou o whisky rapidamente a boca. Ela já havia escutado aquilo antes... mas onde?

— N-nós já nos conhecemos? – ela perguntou, se achando estúpida demais por fazer aquela pergunta logo depois que ela saiu de seus lábios. Desviando o olhar de Robin, a morena olhou para as mãos, esperando pela resposta.

— Eu duvido que me esqueceria se tivesse conhecido você. – ele respondeu, sorrindo cordialmente para ela. Roni assentiu, mas ainda não conseguia falar nada. – Eu não tenho um motivo para afogar as mágoas, eu apenas gosto de vir aqui, e, como eu disse antes, a bebida é boa. – ele voltou a falar, ao ver que ela havia ficado tensa.

Alguns meses atrás, Robin acordara misteriosamente no meio da floresta de Storybrooke. Transtornado e sem noção do que estava fazendo lá e de como fora parar lá, ele tentara chegar até a cidade, entretanto a fraqueza e a confusão tomavam conta de sua cabeça, e ele não conseguiu chegar muito longe.  Fora encontrado por um morador que estava caçando e o levou até o hospital. Quando acordou novamente, Emma lhe contara sobre tudo que acontecera.

Sobre a sua morte, sobre Roland ter ido para a Floresta Encantada com os Merry Men, sobre os anos que se passaram e sobre Regina não viver mais ali. Robin sentiu como se tivesse levado um soco no estômago. Tudo o que ele amava, sua família, sua vida, tudo fora tirado dele. E o pior de tudo, é que ele não tinha idéia de como recuperá-los. Tentara achar uma forma de ir até a Floresta Encantada, abrir um portal, mas as tentativas foram todas falhas. Não havia como ele voltar para o seu filho, o seu pequeno filho, que agora já deveria estar grande.

Então ele saiu atrás de Regina, com a missão de reencontrar o amor de sua vida e também tentar achar outras formas de encontrar Roland. Entretanto, ele viu que não conseguiria isso tão facilmente. Não com Regina presa em uma maldição, maldição que ele não vazia ideia de como quebrar.

E era por isso que ele estava ali, sentando na frente dela, desesperado para que ela lembrasse. Roni, Regina, Roni, Regina. Robin lembrava exatamente de como teve que se controlar para não abraçá-la quando a viu pela primeira vez. Embora a mulher na frente dele fosse diferente da sua Regina, ele conseguia enxergá-la em Roni também. E era por isso que ele tentava inutilmente achar alguma forma de tirá-la daquela maldição. Era por isso que ele ia todos os dias ao bar, que ele bebia a mesma bebida e sentava na mesma mesa.

Ele queria que ela lembrasse. Ele queria poder finalmente abraçá-la e beijá-la e senti-la. Ele queria sua Regina de volta. Era por isso que algo dentro dele explodia em alerta ao vê-la tão mexida com aquelas frases. Robin não queria afastá-la, mas também tinha que se arriscar. E depois de semanas sem nenhum sucesso, ele havia decidido que aquilo mudaria.

— Entretanto, não me importaria se tivesse a chance de conhecê-la agora. – ele falou, voltando de seus pensamentos e encarando Roni. A morena teve que conter o sorriso que se formava em seus lábios ao ouvir aquilo dos lábios do homem. Era claro que ela flertava com alguns clientes, mas sempre na brincadeira. Entretanto, com aquele homem, Roni sabia que não era. Não quando tudo o que ele lhe falava a fazia se sentir num déjà vu, não quando parecia que ele a olhava com adoração. Não quando os arrepios aos olhares dele se instalavam por seu corpo. Talvez ele não aparecesse no dia seguinte, talvez aparecesse. Mas ela não se importava. Porque tudo parecia certo. Estar ali sentada, bebendo com ele, parecia certo.

E foi por isso que quando os últimos clientes do bar pagaram a conta e foram embora, ela sentiu uma pontada de tristeza tomar conta de si. Porque isso queria dizer que ele teria que ir também. E bem, ela havia gostado do pequeno momento que passaram juntos. Dando uma olhada de canto enquanto terminava de colocar os copos na pia, Roni percebeu Robin se aproximando, com a carteira em mãos.

— Bem, está na minha hora. – ele disse, sorrindo para ela. Tirando algumas notas do bolso da carteira. – O troco é seu. – piscou. Roni pode perceber uma tatuagem no pulso do homem, quando ele levantou o braço para entregar as notas a ela. Um brasão de leão. E novamente a sensação de dèjá vu estava ali. Ela teve que balançar levemente a cabeça, para conseguir afastar aqueles pensamentos.

— Obrigada, Locksley. – sorriu para ele, agradecida.  

— Até mais, milady. – ele se despediu, seguindo até a porta e saindo do estabelecimento. Deixando Roni novamente atordoada com apenas uma palavra. Milady.

Suspirando, a mulher lavou os copos que tinha colocado na pia e seguiu até as outras mesas, pegando os que ainda restavam. Instantes depois, quando chegou na mesa que dividira com o homem, franziu o cenho ao perceber um papel embaixo do copo.

Pegando-o na mão, Roni percebeu que não era um papel. E sim uma foto. Que a fez trancar a respiração. Que a deixou levemente tonta, em pânico. Na foto, haviam dois garotos, um no colo dela e o outro na frente de Robin, os quatro sorrindo felizes para a câmera.

Puxando a cadeira para sentar, Roni sentiu os olhos marejarem. O que diabos era aquilo?


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Notas finais do capítulo

E aí? Confesso que to bem nervosa com essa OS, mas espero que vocês tenham gostado...
Um beijo e até a próxima!



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