Lost escrita por Lady Luna Riddle


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Hello pessoinhas, nem imaginam o quanto andava me segurando para fazer essa songfic (tinha que actualizar as minhas milhentas fics eoe ahuahuh) sério este shippe Helgazar, eu realmente não tinha colocado meus olhos, até ver vídeos do Youtube, sério, Godric e Rowena é lindo, mas Salazar e Helga, fiquei apaixonada *-*, fiquei especialmente apaixonada pelo vídeo desse link que vos mostro aqui *o*: https://www.youtube.com/watch?v=va4EDvqYDnc , sério fiquei nyahhhh *p* com esse shippe vei, tenho veia para amor complicado/impossível eoe não posso evitar.
Obs 1: Decerto em Itálico, irão reconhecer parte do discurso de Minerva McGonagall na aula de Transfiguração em Harry Potter e a Câmera dos Segredos.
Espero que gostem tal como eu gostei de escrever e aconselho muito a ouvir a música, Lost de Red com essa Songfic, porque realmente é inspiradora de toda a fic.



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“ Decerto, todos sabem que Hogwarts foi fundado á mais de mil anos, pelos melhores feiticeiros e feiticeiras da época, Godric Gryffindor, Rowena Ravenclaw, Helga Huffelpuff e Salazar Slytherin…”

Helga olhava os extensos campos de Hogwarts, com uma abstracção própria dela, estava isolada na Torre de Astronomia, não desejava ver ninguém naquela hora, não queria que a vissem naquele estado, chorando, não que fosse orgulho, mas porque precisava sentir-se naquele momento na paz e só, para garantir que voltasse ao normal, sorridente, alegre e feliz, com seus esvoaçantes cabelos loiros, desgrenhados e soltos á suas costas, quando abandonasse a segurança daquela enorme construção de pedra que formava a Torre.

Lágrimas grossas caiam por seu alvo e belo rosto, seus lábios antes pintados do mais belo vermelho, estava desbotado e á mera lembrança do que fizera ficar assim, mais lágrimas corriam pelo rosto da bela Helga Huffelpuff.

O problema da bondade e dedicação intrínseca é que quando sofre um baque demora a recuperar e era o caso dela, de tanto que deu e de tanto que perdoou a ele, que pouco sobrava para ela se agarrar, era um sofrimento demasiado para que seu coração suportasse, mas ela precisava de uma maneira ou de outra.

Mas doía e como doía, aos poucos seus joelhos foram cedendo conforme sentia a sua força minguar, quem olhasse a sempre alegre Helga Huffelpuff não a reconheceria naquela hora em que encontrava-se imensamente frágil e sozinha em meio á escuridão que tanto mergulhara e não sabia encontrar uma fonte de luz.

E a cada lágrima percorrida, mais as memórias vinham velozes e corridas, tempos que não mais voltavam.

“ Todos eles coexistiam em perfeita harmonia, o outro não…”

No ano de 900, em pleno século IX, na Escócia, a insegurança geral em cada terra, o crescimento das guerras feudais, as pessoas viviam cheias de medo e temor, com medo de novas invasões a cada passo que dessem, perder um familiar ou um amigo naquelas épocas era bem comum.

Se era assim para pessoa normal, imagine-se para os feiticeiros que existiam na época. Todos cheios de medo de serem descobertos, que alguém os denunciasse ao senhor feudal que não entendiam ser coisa de Deus e mandava matar sem dó e nem piedade, não só essa pessoa como toda a família.

Pelo que quando Helga Huffelpuff ficara sozinha, com seus irmãos ainda pequenos e com muitas pessoas precisando da sua protecção debaixo do seu Castelo fortificado, de mil maneiras. E todas elas, tinham essa característica em especial. Possuíam magia, tinham- se reunido ali onde sabiam que não seriam atacados, mas a morte do pai de Helga, fazia-os temer novamente pelo que viria.

Mas Helga revelara-se competente, em seus quinze anos de idade e tomara as rédeas do lugar, mesmo que atuando sob nome masculino, ela resistira, mesmo sentindo-se imensamente sozinha.

E com o tempo, em meio a relações com outros senhores influentes e ricos da época, ela conhecera dois, que eram como irmãos, Godric Gryffindor e Salazar Slytherin. Estes eram como ela, feiticeiros e poderosos por sinal, pela primeira vez na vida, ela não se sentia tão sozinha.

Fizera grande amizade com Godric, com Salazar fora mais tardio, afinal ele não a achava muito competente, sempre querendo ajuda-la nas coisas mais básicas, porque pensava que ela não saberia se ajudar a si mesma e nem aos outros, eles haviam chocado um pouco, mas nada que a benevolência e dedicação incessante de Helga não fizesse admirar Salazar, que aos poucos começara a admirá-la.

Eram grandes amigos, mesmo que ela o começasse a ver um pouco mais do amigo, mas sempre guardara isso para si, e notara que fora o melhor que fizera, pois o surgimento de Rowena Ravenclaw, com seus longos cabelos negros, com seus lábios pálidos, sua beleza sem rival, com sua mente e sabedoria sem tamanho, viera a iniciar uma nova fase na sua vida, que ela naquela altura ainda não havia logrado entender.

E a amizade entre os quatro fora fortalecendo com o tempo, com o crescimento demográfico e com cada vez mais o proliferamento da magia entre os que viviam em seus domínios, com os constantes descontroles dos que eram ainda muito pequenos para controlar sua magia, Helga convenceu a todos, em reunirem-se num projecto comum, criar uma Escola que abrigasse todos os que desejassem aprender a controlar a sua magia.

E tudo fora feito no seu Castelo, ela assim o havia permitido, sem contar que o seu abrigava a maioria das pessoas que lhe procuravam, já que ela distribuía livremente por todos suas riquezas e sua bondade era imensamente conhecida, mesmo que Salazar ralha-se consigo muitas vezes, dizendo que ela era boa demais e ela retorquia dizendo que ele não entendia o quão era gratificante ser generosa, ela era imensamente feliz vendo os outros felizes, desde que havia dito isso, ele nunca mais dissera uma palavra a respeito, mesmo que olhasse com reprovação.

Hogwarts fora apelidado o lugar, depois de terem-se reunido e decidido após muito debate sobre, todos eles criaram a sua sala comum, dormitórios em cada parte do Castelo, visando cada um ensinar o que sabiam às jovens mentes que ingressassem ali.

Gryffindor ensinava aos que demostrassem enorme coragem e bravura, que eram ousados em sua vida.

Ravenclaw ensinava aos que de mente afiada, questionassem a sua realidade á volta, originais e de criatividade imensa.

Slytherin ensinava aos que eram determinados, desenvoltos e principalmente aos que tivessem o mais puro- sangue.

E ela, Huffelpuff, ensinava a todos, na realidade, mas conservara a lealdade e bondade tão marcantes nela, não tinham medo do trabalho e nem da dor, que eram felizes em suas vidas.

Quando fizeram o chapéu selector, e ela incluirá essas características na sua Casa, fizera com que Slytherin abanasse a cabeça.

— Você é boa demais, Helga, como sempre digo…

— Um dia, você irá- me entender, Salazar…

E ele sempre duvidava disso, dando um sorriso subtil e um casto beijo na sua fronte em sinal de carinho e respeito. Ele era tão espirituoso, era mais sossegado e calmo do que Godric, ele tinha todo um mundo interior rico e bom, a quem soubesse ver além da sua arrogância e altivez.

Mas todas essas características foram-se perdendo com o tempo, conforme ele apaixonara-se por Rowena e sabia que era um amor forte , que beirava a loucura por vezes, mas Godric também havia-se apaixonado por ela e começara uma rivalidade nada sadia entre os dois, ao que ela e Rowena ficaram chocadas com o facto.

Principalmente, esta ultima que quando viera para as terras de Helga ainda na altura, trazia consigo a sua pequena filha, Helena Ravenclaw, pelo que sabia que sua melhor amiga amava o seu falecido marido e a nenhum dos dois, pelo que Salazar amargurara com o tempo, isolando-se cada vez mais nas masmorras, só saindo para dar aulas.

Num dia comum, Helga apanhara Godric e Salazar disferindo golpes de espada entre si, num fúria cega pela morte, ao que ela os impedira na hora, sob o olhar triste e magoado de Rowena.

Ao ver o que tinha feito nela, Godric começara a procurar batalhas em outros locais de modo a abstrair, ausentando-se de Hogwarts e deixando seus alunos entregues a ela.

—Godric…

—Preciso me afastar, realmente preciso…Helga…tome conta deles por mim…

Ela só pudera concordar, triste de ver seu amigo ir embora .

Preocupada com Godric e que não pudesse voltar, Rowena ausentara-se por um tempo do Castelo de Hogwarts, seguindo-o, deixando ela e Salazar com a escola, pelo que este revoltara-se ainda mais ao saber o motivo de sua viagem, crescendo sua raiva e rancor tanto por Godric como por Rowena.

E Helga assistia a tudo, calada, sofrendo por sua melhor amiga que sentia-se aflita entre os dois que antes tão amigos e irmãos, já não suportavam estar no mesmo local , por Godric que odiava aquela situação mas não via modo de voltar ao normal e sofria por Salazar  tentando confortar Salazar da sua maneira, ao que ele desdenhava e debochava constantemente dela, como forma de espraiar sua dor.

—Salazar, deixe-me ajudar você…

—Você não pode- me ajudar, Helga, nem a você mesma consegue se ajudar quanto mais a mim, que você sabe da vida, garota…não sabe nada…que sabe sobre amor não correspondido?- Ele a segurara pelos braços naquela altura, tivera medo, sim ela tivera, mas erguera os olhos chorosos, olhando nos azulinos e frios olhos de Slytherin, que tomara consciência ao ver que ele a estava machucando.

—Mais do que você pensa, Salazar…- Dizia na sua habitual calma, que o fizera olhá-la com descrença e determinara.

—Me deixe sozinho… saia Helga…- E ao contrário do que ele previa e como ela fizera outras vezes, ela simplesmente não se afastara, ficara olhando-o fixamente.

No entanto, sua fúria que era dirigida a outra mulher, acabara descontando nela, agarrando pelos ombros com força, machucando-a e tentando colocar para fora, mas Helga resistira e ficara, ao que ele acabara se angustiando e uma solitária lágrima começara a cair do seu rosto, espraiando a sua dor, ao que ela simplesmente abaixara-se e o abraçara, deixara que ela o fizesse, apertando-a mais contra ele, chorando como se lavasse a sua alma.

E nesses anos que ficaram em Hogwarts, Helga sempre tinha que conter os instintos puristas de Slytherin, que sempre revirava os olhos e deixava com ela os alunos, que eram ainda significativos, com ela, só porque não aceitava sangues sujos, isso a deixava meio desapontada mas ela tinha fé no lado bom que ele tinha, ela sabia que ele tinha.

Pois desde aquele dia, que a havia machucado, ele nunca mais o fizera, começara a ser mais amável consigo, dando-lhe flores que sabia que ela amava, cuidando para que descansasse e tomava a chefia da Escola e das suas terras quando ela estava cansada, foram ficando muito mais perto.

E fora numa dessas épocas, que algo impossível ao menos ela achava, acontecera, ela estava meio adoentada, com um pequeno resfriado que havia pegado, tratando das suas estufas, ela não podia deixar que nada acontecesse com suas plantas, precisava cuidá-las.

Salazar cuidara dela, literalmente, dando-lhe poção, refeições leves que buscava das cozinhas que eram praticamente do lado do seu salão comunal, seus aposentos ficavam praticamente do lado, ele sabia da adição dela á comida.

— Realmente, Helga…-Ele revirara os olhos, ao notar o último espirro dela, ajudando a comer, ao que ela sorria bondosamente.

— O que? Desculpa hoje é teu aniversário…devíamos de estar na Torre a comemorar…e não tu aqui…

Ele arquejara uma sobrancelha, meio irritado de ela pensar aquilo, pelo que lhe dera uma colher do caldo que lhe havia trazido.

— Tens que te cuidar melhor, vê se algo te acontece…?- Ela sorria tão iluminadamente, que ele olhara para ela sem entender, ela pegara uma de suas mãos fortes e másculas mãos e acolhera generosamente na sua, beijando-a com doçura tão sua característica e quando erguera o olhar vira que Salazar olhava-a espantado e com uma intensidade que ela não lograra entender no início.

—Obrigada por cuidar de mim…- Dissera afavelmente, mas ela ia-se perdendo naqueles lábios que nem por um segundo, desviavam-se dela.

Só voltara a ter consciência do que fazia, quando sentira seus lábios mornos sob os seus, fora toda uma surpresa para ela, ele estava beijando-a? Mas quando ele ia afastar-se, ela entrelaçara seus braços em redor do pescoço dele, o mantendo bem junto de si, ao que ela puxara-a da cintura, ao sentir que ela retribuía e aprofundara o beijo, até que o gemido dela o acordara para a realidade.

—Helga, eu…

Ela colocara um dedo sob seus lábios, ao que ele olhava fixamente os olhos dela e lentamente, colocara-a sob a cama, ainda sem entender porque lhe interrompera a fala.

—Não fale algo que irá- me magoar, por favor…- Ela implorava, olhando-o significativamente e num tom imensamente baixo, ao que ela abrira os olhos entendendo finalmente o que ela sentia por ele, ao que Salazar assentira, tapando-a e o silêncio preenchera o lugar, mas não um silêncio de todo ruim, era calmo e reconfortante.

E o tempo passava-se e ele não alterava o seu comportamento, com ela pelo contrário, começara a ser mais gentil e cavalheiro como era antes de amar Rowena e brigar com Godric, o que a fizera ter esperança que podia mudar seu coração e suas ideias.

Quão certa e errada, ela estava.

“Salazar Slytherin, achava que devia ser-se mais selectivo quanto aos alunos admitidos em Hogwarts…”

Tudo começara a tremer novamente, quando Rowena voltou á Escola e vinha com Godric, Helga logo vira que entre eles dois as coisas haviam se desenvolvido e estavam juntos, só não demostravam abertamente perante Salazar, mas para espanto desta, houve uma vez que os vira beijando-se às escondidas e isso não podia ter deixado mais desinteressado Slytherin, o que levava a questionar, que teria mudado naquele tempo.

Sua única opinião firme, era relativamente aos alunos que não eram da mais pura ancestralidade e nem das famílias de feiticeiros, ele tinha o mais puro desacordo quanto a ensinar a estes. Achava-os ladrões da magia, que não era dignos de estudar em Hogwarts. Todos eles , discordavam dele, incluindo ela, mas ele não retorquia quando ela falava, mais bem ignorava-a, achava-a ingénua e boa demais, como sempre.

Com Godric e Rowena, Salazar limitava-se a ignorar a maior parte do tempo, sendo que um tempo andava sumido, algures no segundo andar perto dos banheiros, ela questionava-se o que fazia nesse tempo, mas quando ele vinha ter com ela, sempre gentil e cavalheiro como sempre, ela simplesmente não conseguia concentrar-se nisso.

Numa dessas noites, a chamara para as masmorras via coruja, mais precisamente para jantar consigo ali, ela não se importara, normalmente costumavam fazer isso as vezes nas cozinhas de Hogwarts, mas era a primeira vez que ele a chamava para seus aposentos, ela corara imenso mas fora.

Quando lá chegara vira que ele estava meio sério, olhando algo num livro, ela ficara na porta, vendo-o tão absorto, ele de perfil era tão belo, com seus cabelos longos pretos que pareciam esvoaçar de tão sedosos, suas costas eram rígidas e muito retas, denotava-se muito treino físico.

Com um leve sorriso, ele voltara-se, tinha sua varinha na mão, ao que ela questionava-se do porque e ele alongara mais seu sorriso de um modo bem maldoso.

—Obrigada por me achares tão belo, Helga…também és muito bela, sem dúvida…

Ela corara imenso, ele havia usado de legilimância com ela, fizera-a entrar e na brincadeira, tocar seu ombro.

—Fica longe da minha mente, Salazar…- Ela rira-se de leve, tentando espantar a sua vergonha, mas ele retornara seu olhar, tocando o queixo dela, erguendo seu rosto de encontro ao seu olhar, nele ela vira claramente, o quão ele estava concentrado nela.

—Sua mente é muito interessante, Helga…- Ela engolira em seco, mantendo-se a olhar para ele e para seus lábios, quando ele ia-se aproximar, um dos elfos domésticos aparecera, trazendo o jantar de ambos e distraindo-os.

Nesse clima tenso, eles comeram, sem que Salazar desvia-se um segundo do seu olhar, ao que ela evitava como tudo, não por medo de legilimância, agora que já sabia que ele amava ver sua mente, podia fazer oclumância contra ele, seu medo era outro, era olhar e não resistir, ele sabia que ela o amava mas e ele, seria que pensava nela do mesmo jeito, ou seria somente uma presa relativamente fácil em suas mãos, que ele usaria e jogaria fora?

No final do jantar, no meio daquele silêncio incomodativo, ela decidira quebrar o silêncio com o único assunto que lhe parecera plausível no momento.

—Porque me chamou aqui, Salazar?

Ele mantinha-se olhando para ela, degustando seu vinho e quando o silêncio prolongara-se além do normal, ela erguia-se e ele tocara sua mão parando-a, quando ela lhe voltara o olhar vira que ele havia-se erguido, puxando-a para ele e beijara-a novamente, dessa vez sem margem para hesitação, ela dera por si correspondendo, simplesmente não conseguia evitar, ela amava demasiado.

—Por isso que te chamei, Helga…estás livre de sair…- Dissera ele, em seu ouvido, tocando com delicadeza, seus cachos aloirados, ao que ela engolira em seco, voltando o olhar para ele.

—E-E …s-se decidir ficar?- Ele sorrira contra seus lábios, beijando-a novamente e do mesmo jeito, seu corpo todo amolecera com seu toque e posse exigentes, quando alisara o seu rosto, com ternura vira algo em seus olhos que a emocionaram, era o que os próprios reflectiam, ele amava-a.

Ela retribuirá em seguida, beijando-o dessa vez e ele guiara-a, sem interromper o beijo que ela lhe dava, na direcção de sua cama, desapertando seu espartilho conforme andavam e ela retirando seu casaco enorme.

E desnudando-a, ela entregara-se a ele sem hesitação e ele em contrapartida, amara-a como ela merecia.

No dia seguinte, ela acordara, sentindo uns fortes braços rodeando-a, sua cabeça sob seu peito desnudo, ela fizera movimentos carinhosos sob estes, que fizera ele mover-se dormindo mas acordar.

Esta observava-a, dormindo, parecia todo um anjo dormindo, mas ela sabia que ele era tudo menos isso e ela tinha em sua mente que isso algum dia, iria afastá-los por mais que o amasse.

E fora isso mesmo que sucedera, os meses que se seguiram, a relação entre ele e Godric piorara claramente, por causa dos alunos nascidos trouxas, Rowena e ela olhavam a situação sem saber que fazer ou dizer.

Até que tudo culminara num duelo entre eles, quando Salazar ia quase matando Godric, Rowena fora na direcção de Godric afastá-lo e ela fora na direcção de Salazar, colocando-se de frente da sua varinha, ele parara automaticamente, olhando-a como se ela o tivesse traído da pior forma, mas ele não conseguia matá-la, não a ela.

—Helga…

—Isto não é o que você é…

Da boca dele não saira, uma palavra mas em sua mente, ela ouvira claramente e deixara que ele evadisse a sua mente, falando.

—Sempre disse a você, Helga…sua bondade e luz te cega…

—Não… suas trevas que te cegam e não vê que esta perdendo tudo…- E só eles sabiam o que aquelas palavras pesavam, Salazar engolira em seco, olhando-a e uma mudança fundamental dera-se nele, naquele momento, olhando-a com uma frialdade não antes vista na direcção dela.

—Já perdi, não é?

—Não faça isto…por favor…

—Isto é o que eu sou, Helga …se você não me entende…não temos futuro, nem nunca teremos…você não passa de uma traidora de sangue…

E aquela doera que nem uma adaga dada certeiramente no seu coração, Helga contivera suas lágrimas, mostrando uma coragem que ela possuía.

—Sim…amor ás vezes, não é o bastante…Salazar…acho que foi a dura lição que aprendi…agora mesmo.

E o olhar magoado que ele lhe dera, fora o bastante para saber que entre eles tudo estava acabado, tal como a permanência dele em Hogwarts.

Naquela mesma noite, ele havia ido, não despedindo-se de ninguém, somente vira-o sair do banheiro feminino do segundo andar, sem saber no exato que ele fazia ali.

Mas seu último olhar a ela, fora a mais pura mágoa e tristeza, ela engolia em seco, com toda a tristeza patente em seu olhar, vendo seu perfil afastar-se e fora o limite de suas forças, escorregara pela pilastra de pedra a que se sustinha e chorara imenso.

“ Como não conseguiu convencer os outros, abandonou a Escola…”

Aquele era o dia que ele faria aniversário e nesse dia que fora de Hogwarts, já havia passado anos que ele havia ido e nesse dia ela isolava-se e ia abaixo, seu ato seguido fora arrastar-se para a Torre de Astronomia, isolando-se ali por horas, chorando toda a sua dor e isolando o som, gritara como para libertar tudo que lhe doía.

E uma frase que ele lhe dissera há muito tempo atrás, era o que mais marcava a sua mente naquele momento, após tudo isso ter acontecido.

“ A luz não sobrevive muito tempo, na escuridão, Helga…sois demasiado pura para sobreviver em meio a tanto mal…”

Seria isso, ele tentara salvá-la?

Ela erguera-se, limpando seu rosto e respirara fundo ao sentir que não estava a respirar direito com tanto que havia chorado, ela deixara todas as memórias e tudo que haviam vivido bem guardado dentro de si, não poderia viver continuando a torturar-se daquele jeito.

E firme de sua decisão, sairá fechando a porta e não olhando para trás, sem notar que uma cobra deslizava pela torre naquele dia, tomando a forma de homem quando ela sairá, Salazar aparecia com a sua expressão triste, sabendo exactamente como Helga sentia-se.

Ele não era bom para ela, ele sabia disso perfeitamente, mas não conseguia evitar vê-la mesmo á distância, naquele dia, porque por pouco que fosse, ele necessitava de parte de sua luz para conseguir viver.


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Notas finais do capítulo