First Love escrita por GiFreitas


Capítulo 12
Capítulo 11




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Uma semana havia se passado desde que a (S/N) havia me deixado. Assim como havia uma semana desde que a sua mãe me trouxera para a sua casa. Ela dizia que seria melhor para mim do que ficar sozinho naquela mansão. 

Por um lado, é até melhor, porque assim não ficarei lembrando tão diretamente dos nossos momentos. 

Mas mesmo assim, tudo fica se passando na minha mente, como um filme. 

Eu finalmente havia tomado coragem para abrir aquele caderninho que eu havia encontrado embaixo do colchão do hospital. Reconheci de imediato a caligrafia redonda de (S/N) e conforme ia lendo as páginas, via que ela havia escrito sobre cada um dos nossos momentos juntos, desde aquele dia que eu havia saído da sua casa com um sobretudo negro até um dos seus últimos dias de vida. 

Havia uma declaração no  o final também: 

Meu caro e amado Min Yoongi, 

Se você está lendo isso agora, é porque provavelmente eu já parti. Provavelmente você está  acabado, em pedaços, mas não pense que foi fácil  para mim te deixar também. Tudo que queria era estar aí do seu lado, acariciando seus cabelos macios, mas o destino quis que tudo tomasse um rumo diferente. 

Eu imagino como deve ser difícil para você me deixar ir, me deixar no passado, porém infelizmente não há outra alternativa. Se isso te ajudar, saiba que eu gostaria de te encontrar saudável, com aquele seu sorriso, o único que faz eu me derreter por inteira, por favor, não se esqueça de usar ele com mais frequência. 

Por fim, quero que saiba que mesmo eu estando em outro lugar agora, mesmo que você não possa mais me ver ao seu lado, eu nunca vou deixar de te amar. 

Com amor, 

(S/N).

Eu devo ter começado a gritar involuntariamente, porque quando me dei conta, eu já tinha braços me rodeando. Não era a primeira vez que isso acontecia. Sempre que uma memória passava pela minha mente, eu começava a me espernear e a chorar de um jeito incontrolável. 

A mãe da (S/N) acabou por virar a minha própria mãe. Sempre fazendo com que eu me alimentasse, me consolando nos meus momentos mais frágeis. Ela deixou até mesmo eu faltar uma semana na escola para me recuperar. 

Os que eu considerava como amigos, nem sequer me procuraram nesse período para saber o que havia acontecido comigo. Um bando de interesseiros, só andavam comigo por causa da minha família rica, com certeza. Eu queria que isso não me machucasse, mas no fundo sabia que aquilo fazia eu me sentir ainda mais mal, abandonado e sozinho. 

Nesses dias eu mal saía do meu quarto, assim como de noite, o meu sono costuma ser bem agitado, isto é, nos dias em que eu consigo dormir. Hoje por exemplo, a insônia resolveu me atacar e eu resolvi ir até o banheiro aliviar as minhas necessidades. 

Tomei coragem para ver o meu refelxo pelo espelho. Eu parecia mais morto do que vivo. Olheiras fundas pela falta de horas de sono, os cabelos ressecados, sem aquele brilho negro, definitivamente eu havia emagrecido. Não me importava mais com a minha aparência, na verdade, nesse momento eu não me importava mais com nada. 

Por curiosidade, eu acabei pousando os olhos sobre o armário do banheiro. Me agachei e abri cuidadosamente a porta, de modo que não fizesse muito barulho. 

"Então é aqui que ela guarda os remédios?" Pensei. Comecei a olhar um por um, lendo o rótulo na embalagem, havia desde remedios para dores musculares até alguns controlados. 

Eu já havia chegado no fundo do poço, não tem mais para onde cair, para onde definhar. Eu estou completamente sozinho, atrapalhando a vida de uma mulher que apesar de eu ter um certo carinho, ainda tem que trabalhar para sustentar a sua casa, e eu só sou um peso morto, que a atrapalha. 

"Talvez não fosse uma boa ideia misturar alguns dos remédios. " E foi exatamente o que fiz, tomei um por um, sem nenhum líquido que os fizesse descer mais fácil, até perder a conta de quantos havia tomado. 

Não sabia se (S/N) estaria me ouvindo nesse momento, mas mesmo assim perdi perdão a ela por não ter aguentado a dor, por ter tomado o caminho mais fácil. 

Sinto algo me invadir, uma tontura angustiante, quem faz perder o equilíbrio e tropeçar em algo antes de cair no chão, fazendo um estrondo. A última coisa que vejo antes de ser tomado pela escuridão é um vulto vindo em minha direção. 


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Notas finais do capítulo

E assim acaba nossa história de amor, se quiserem eu posso postar também um final alternativo.



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