Secret

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— FELIZ DIA DOS NAMORADOS MINHAS MARIDAAAS! – Nina Patterson apareceu saltitante em uma sexta feira encantadora, ou depressiva, isso depende se você estava mais uma vez encalhado e envolveu suas duas melhores amigas em seus braços.

— Sai fora. – Amber Green passou a mão pelos fios de cabelos desarrumados pela amiga extremamente feliz ao seu lado. Ela tentou sorrir – Feliz dia para você também.

Rose Mattwes apenas sorriu para Nina e Amber. O fato era: as três odiavam o dia dos namorados, ou costumavam, até Nina trocar a noite assistindo filmes depressivos e sorvete por um encontro romântico com seu mais novo namorado. Embora Amber tivesse quase certeza de que a amiga não gostava tanto assim do tal namorado, se juntou a Rose, a mais doce das três, e ficou feliz pela felicidade de Nina.

— Parece que esse ano vai ser só eu e você Rosie. – Amber  fala enquanto encarava uma Nina muito saltitante quase dar de cara com uma parede, afinal Nina até podia estar apaixonada, mas continuava Nina.

— É.

— Prometo trazer cheesecake para vocês!

— É assim que se fala. – Rosie sorriu e arrumou as tranças que prendiam seu cabelo atrás da orelha.

— Quer dizer que esse ano podemos fazer algo diferente Rosie! – Amber já tinha várias idéias na cabeça, incluindo jogar ovos em casais muito empolgados em público, podia acertar Nina e fingir que tinha achado que era outra pessoa.

— Nada que seja ilegal, vou logo dizendo Ambie. – Rosie declara antes que a amiga pudesse apresentar um plano para um roubo do banco central.

— Ah...

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— Qual é Rosie! Ninguém mesmo? Não é possível! – Lana alfinetava Rose após a mesma declarar que não estava a fim de ninguém.

— Por que? – Nina questionou – Ela não precisa de ninguém, é uma jovem forte e independente . – deu uma pausa –Apenas das amigas claro.

— Exatamente, e saiba que nós teremos uma noite muito animada nos entupindo de pizza e assistindo a reprises de America’s next Top Model. – Amber fala girando os canudos entre os dedos.

— Posso me defender sozinha.

— IIIIIIIIH TÁ AGRESSIVA! – Amber e Nina vão uma para o lado da outra implicar com Rose juntas.

— A ANÃ TÁ BRAVA! – era engraçado implicar com amigos certo? Tão natural quanto amar unicórnios ou Glee. Porém irritou Rose.

— Calem a boca. – Rosie solta.

Ela preferiria não tocar naquele assunto.

— Como quiser, vêm, vamos ver se Greta já esta flertando com o professor de Geometria.

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New Americana saia do Iphone vestido com uma capa de Unicórnio pertencente a Rose, Rose e Amber estavam jogadas no carpete de Amber, berrando todas as suas musicas prediletas, comendo doces até terem diabetes e revendo fotos antigas, o que eram risadas garantidas. Amber não conseguia lembrar de um tempo sem Nina e Rose, e tinha certeza de que as outras duas também não conseguiam.

Foi uma tarde de brigadeiro, cozinha quase queimada por conta do brigadeiro, risadas e felicidade momentânea. Sabe aquele sentimento incrível quando estamos felizes apenas por estarmos com pessoas incríveis?

— JOURDAN NÃO! JOURDAN NÃO! – uma Rose muito irritada berrava para o monitor de TV que tinha no quarto de Amber.

— Rosie, você já reviu isso umas cinqüenta vezes, você sabe que ela que ganha!

— Shiiiiiiiiiiiiiu! Me deixa ter esperança.

Amber riu. Pegou o celular para ver se Nina tinha dado sinal de vida:

AmberDelicinha: Achou teu macho e abondonou as amigas? Que lindu!

Amber acreditava ser a mais realista das três, e era de longe a menos animada para qualquer comemoração parecida com o Dia Dos Namorados, menos Natal, Natal tinha comida boa, e se lembrava de todo o esforço que fez quando Nina decidiu lhe descrever como é estar apaixonado:

— Sabe de inicio a gente nem nota. Mas então você vai pensando mais na pessoa, vai notando mais em pequenas coisas que ela faz todo dia, vai procurando significados ocultos em ações normais, vai procurando reciprocidade.

— Me parece tedioso.- Amber resmungou.

— É por que você não tem coração.

Rose tentava ignorar o que estava a sua volta. Era alto e claro, e a verdade estava tão exposta que não podia mais negar. Ela não podia contar podia? Certas coisas devem ficar no silêncio de seu choro durante a noite certo?

Elas não podem nunca saber.

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— Nina? Você está me escutando? – Brad Wylles sacudia suas mãos na frente do rosto de Nina.

— Mais que merda, não sou surda.

— Não é o que parece. – ele resmunga.

— Estava tentando parecer interessada, então achei melhor ficar de boca calada,c não vai querer saber o que penso de você no momento.

Uma hora de encontro, piadinhas machistas e homofobias. Um amor mesmo aquele ser na frente de Nina. Se lembrava da pérola que o mesmo havia soltado assim que a garota dissera que se referia a suas duas melhores amigas como suas maridas.

— Eca, alguém pode mesmo achar que você é lésbica!

Assassinato dá cadeia.

Em vez disso Nina derrubou coca-cola nas calças dele e o deixou sozinho na sessão de cinema. Brad a seguiu pelo corredor.

— Se você sacudir essa merda de mão na minha frente de novo, diga adeus as suas bolas.

— Qual é, Nina!

AmberDelicinha: Achou teu macho e abondonou as amigas? Que lindu!

Nina sorriu, deu as costas para Brad:

— Ei, onde você está indo?

— Comprar cheesecake para as minhas maridas.

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— Afasta isso daqui! – Rose gargalhou empurrando o braço sardento de Amber que segurava uma vela, a mesma se dobrava de rir.

— Não quer ver se funciona? – as duas estavam testando aquelas simpatias bizarras que havia na revista jogada no quarto de Amber do tipo : escreva o nome da pessoa amada, deixa esfriar em gelatina sabor Amora Light e leve até um carvalho selvagem á meia noite.

— Não!

Amber riu, ela pegou um papel e escreveu algumas coisas nele, depois o dobrou e guardou em seu bolso:

— Vem, vamos colocar na bacia de água no jardim, como diz a revista – Rosie revira os olhos – Podemos dar um mergulho depois!

Amber tirou a blusa mostrando seu biquinhe verde, ela estava chegando na porta quando se virou e sorriu:

— Você pode escrever para seu crush secreto, eu sei que você gosta de alguém. – ela sorriu e deixou Rose sozinha com uma caneta na mão e uma folha de caderno na outra.

Encarou por um tempo o papel. E então escreveu. Usou como palavras de verdade pela primeira vez. Encarou de novo o que havia escrito e era como se algo saísse de seus ombros. Mas então leu de novo. Isso esta errado:

— Rossiiiiiieee! Você não vêm?

Rose amassou o papel de qualquer jeito e o jogou no lixo, quase tropeçando nos tênis de Amber.

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— Cheguei! – Nina apareceu no quarto imenso de Amber. As duas não estavam lá. – Droga. – apoiou as caixas de isopor com os cheesecakes favoritos delas na mesa perto do cesto de lixo.

Escutou risadas e barulhos de água. Pela janela podia ser visto Rose e Amber fazendo guerra de água na piscina.

O segredo de Rose quase permaneceu nas sombras, Nina quase pode continuar sua tarde sem ter que esconder o que tivera descoberto.  Mas infelizmente, a bolinha branca no chão perto do cesto de lixo chamou sua atenção. E ela o pegou. Desamassou.  Leu.

Na primeira frase reconheceu a letra de Rose.

Gosto do jeito como você não tem medo de ser do jeito que é. Gosto de como você usa esses seus all-stares azuis com meias de cores diferentes. Gosto de como você é mal humorada mas mais ainda quando me deixa entrar em sua barreira.

Mais frases foram lidas em segredo pela letra de Rose. Nina não pode evitar de arregalar os olhos e encarar a amiga pela janela uma ultima vez. Respirou fundo. Dobrou com cuidado o papel e o colocou cuidadosamente dentro da mochila de Rose.

Quando se virou forçando um sorriso, indo ao encontro das amigas para salvar aquele dia dos namorados ferrado, Nina quase foi ao encontro do chão. Após retomar o equilíbrio olhou para trás.

Eram apenas os all-stares azuis de Amber.