Equalize escrita por Emily Chase


Capítulo 8
Nico salvador de vidas


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Esse é um prólogo bem simples do Nico + capítulo. Esse é o primeiro que eu faço no ponto de vista de um dos meninos e eu queria fazer um Nico engraçado, bem parecido com o Léo. Espero que gostem :)



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Eu sou o Nico, tenho 17 anos e estou apaixonado.

Talvez seja um pouco cedo pra dizer que estou apaixonado por uma menina que eu mal conheço, mas ela é incrivelmente linda e é isso aí. O cupido acertou o Nico aqui e agora a minha missão é conquistar essa gatinha.

Eu sou um cara bem de boa com tudo, dificilmente me estresso com algo e sou apaixonado por música. Amo tocar e me arrisco cantando um pouquinho, e se eu encontrasse uma menina assim também, seria perfeito. A minha mais nova crush não tem cara de quem gosta disso, mas eu quero conhecê-la mesmo assim. Eu toco violão, guitarra, baixo e tô aprendendo bateria. Amo/sou. Esqueci de falar que eu amo memes também, e que eu, junto com meu primo Léo, somos os piadistas da turma, da escola, da família.

Por falar no Léo...cara, esse também ta apaixonado! E muito! Ele viu uma morena que anda junto com a minha morena (sim, nos meus sonhos ela já é minha. Com todo respeito) e ficou caidinho! Ele e os outros moleques. Engraçado como funciona, né?!

Eu a vi na entrada da escola. Estávamos Eu, Léo, Percy e Charles falando sobre qualquer besteira que garotos falam as 7h da manhã quando eu a vi.

— Ele perdeu aquele pênalti! Até eu com as mãos amarradas nas costas acertaria aquela bo... gente, quem é essa lindeza? - Falou Léo, quando elas chegaram.

— E essa loira? Tô apaixonado - Falou Percy.

— Calem a boca que eu tô vendo a loira das loiras.

— Ai mamãe, eu tô tendo uma visão do paraíso - Eu disse. Ou, pelo menos, tentei dizer isso. Seu olhar encontrou o meu por alguns segundos e logo se desprendeu. Eu voltei nessa cena mil vezes até vê-la de novo.

***

Fomos até nossas doses torturantes de aula às 7h da madrugada e assim que acabou, nos encontramos no corredor de armários. 

— E aí, algum de vocês conseguiu falar com elas? - Perguntou Charles.

— Ainda não, eu tô planejando como vou falar com a loirinha - respondeu Percy.

— Cara, eu tô todo me tremendo - Respondeu Léo.

— Eu também não falei com a minha loira. Nem sei o nome dela - Respondi.

—A baixinha? É Hanna. Ela tava na minha aula de português, ouvi na chamada.

A vi caminhando em direção a nós, mas ela não parecia nos notar. Virou de frente para um dos armários e começou a guardar suas coisas ali.

 "É A MINHA CHANCE", Pensei.

— É A MINHA CHANCE - Falei.

— Nico, espera! - Falou ,Charles. Mas eu fui.

Encostei ao lado do armário dela e tentei relaxar a expressão.

Ela me notou. 

"É agora. Não faça besteira. Você tem 5 segundos. 5, 4, 3..."

Ela continuou guardando as coisas e eu falei:

— Oi! Hanna, certo? Meu nome é Nico. - Foi o melhor que eu consegui pensar sob pressão.

— Oi. Como sabe meu nome? - Ela perguntou. Que voz.

— Sou um cara observador -Falei na tentativa super falha de fazer uma piada.

—Prazer, então. - Respondeu sem emoção. Droga.

— Vi você e suas amigas na entrada hoje - Eu disse, tentando manter o assunto - E, deixa eu te contar um segredo? Meus amigos se apaixonaram por elas. - Nada melhor do que fazer os amigos passarem vergonha pra me aproximar de uma garota.

—Sério? - Ela riu - Isso vai ser interessante.

— Por que? - Eu perguntei.

— Por que eles parecem ser o tipo delas. Chega a ser engraçado. - Hum. Bom saber.

— Ihhhh, já vi que vão ser 4 casais então. - Ela arqueou as sobrancelhas, um pouco sem acreditar na cantada tosca. Desculpa, foi o melhor que eu pude falar.

— 4? Eles são 6, logo, 3 casais. - Explicou ela.

— Nós somos 8, logo, 4 casais. - Retruquei.

— Acho que não, mas boa sorte em formar o quarto casal. Se quiser, eu posso te apresentar minha irmã - Eu tô arrasado, mas tô rindo de mim mesmo pelo fora.

—Sua irmã? Por que, Você namora? - Fiquei preocupado, por uns longos instantes. Será que já perdi sem entrar na briga?

— Não, eu não namoro e nem quero namorar. Beijos, foi um prazer, viu? - E ela saiu. Parece que vou ter mesmo que conquistar essa gatinha aos poucos. Isso vai ser interessante.

***

Como eu já esperava, fui zoado pelos meus amigos depois do melhor toco da história. Fomos nos sentar em nossa mesa e estávamos conversando quando as meninas apareceram. Elas pareciam se decidir entre qual mesa sentar.

— Ai, cara! Chama elas! - Disse Charles para Percy.

— É! É a nossa chance! - Disse Léo.

— Boa. Vou lá falar com a Annabeth.

Ele foi, trocou algumas palavras com a loira e elas vieram. Enquanto ele ia lá, trocamos de lugar estrategicamente para as nossas crushes sentarem perto de seus respectivos...seus...seus nada! Elas nem nos conheciam, né?! #Triste.

Pra quebrar o gelo dos caras com as meninas, e, principalmente, pra quebrar o meu gelo com a Hanna por causa da cantada, fui fazer o que faço melhor e contei minha famosa piada de loira. Um clássico!

— Aí, gente! Por que a loira se jogou da janela?

— Essa eu sei, essa eu sei! - Falou Léo. Ele era meu parceiro nas piadas.

— Ah, alguém me tira daqui - Falou meu chuchuzinho, baixo. Mas não levei pro coração.

— Eu ouvi, sua sem senso de humor - Eu falei - Foi pra testar o shampoo anti-queda.

Pra me deixarem com moral, os meninos riram. E as meninas riram por não estarem de saco cheio as minhas piadas, que nem eles. Fazer o que.

Ela continuou séria. Será que vai ser tão difícil assim? Mas eu não desisto fácil, meu amor.

— Mas pra que essa cara feia? Ta com fome, gatinha? Eu pego algo pra você comer - Falei na tentativa de fazê-la rir de novo, que foi falha com sucesso.

— Não sou sua gatinha - Falou de cara feia - e não estou com fome, obrigada.

De repente, ela abriu um sorriso discreto. Fiquei feliz achando que era por minha causa, sem perceber que foi por causa de uma mensagem.

— Finalmente consegui fazer a gatinha rir - Disse, confiante.

— Ih, parece que não é por sua causa não, gatinho...foi outro gatinho que fez ela sorrir - Disse Thalia, a menina do Léo.

Fiquei arrasado, confesso. Meu sorriso se foi, minha alegria se esvaiu. Como eu tô poeta hoje!

— Que gatinho o que - respondeu a Thalia - Foi um trabalho que eu consegui.

Fiquei aliviado.

— Ufa, pensei que já tinha perdido essa briga - Eu disse.

— O que? - Perguntou sem entender

— Nada. Quer ouvir outra piada? - Já que não foi um boy EU VOLTEI COM TUDO, MEU AMOR.

— NÃO! - Falaram Annabeth e Percy juntos, e logo começaram a rir.

— Suas piadas são muito ruins, Nico - Disse Percy.

—Nossa, assim vocês me magoam - Me defendi.

Assim ficamos, conversando, rindo até a hora da próxima aula. Era Educação Física. Fui acompanhado dos garotos dessa aula na frente até a quadra. Naquele dia seria aula de futsal, coisa que eu sou bom, modéstia a parte.

O professor não ligava muito pra esse negócio de uniforme, então, basicamente, a gente fazia a divisão: Pele X camisa. Fiquei no "pele".

Começamos a jogar e estava indo tudo bem, quando o animal do Otavian chutou a bola muito, mas muito mal e acertou uma garota que tava na quadra. Ela caiu no chão com o impacto da bola, que bateu bem no peito dela. Corremos até lá e meu coração quase pulou da boca. Era a minha gatinha!

Ela ainda estava agarrada a bola, caída no chão. Tirei a bola de seus braços.

— Hanna! - Chamei. Notei que ela tentava puxar o ar, mas não conseguia.

— Hanna! - Vi que se formou um bolo de pessoas a sua volta. - Dêem espaço! Ela precisa respirar - Falei. 

— Hanna, fala comigo! - Chamei pela terceira vez e nada. Ela ficava cada vez mais vermelha.

Fiz o que qualquer pessoa faria na hora do desespero. Respiração boca boca. Tampei seu nariz e soprei, como tinham ensinado na aula de primeiros socorros no fundamental. Às vezes, não dormir nas aulas ajuda.

Fiz isso e ela deu uma longa puxada de ar meio engasgada e voltou a respirar normal. Respirei, aliviado.

Na hora chegou a enfermeira. Expliquei rapidamente a ela o que aconteceu.

— Preciso levá-la pra enfermaria. Você pode me ajudar? - Ela perguntou.

Peguei a Hanna no colo e a levei nos braços até lá. Algumas pessoas foram nos acompalhando, o que gerou um bolinho que chamou atenção. Logo que cheguei no pátio chegaram o Léo, Charlie, Silena e Thalia.

— Ai meu Deus! O que aconteceu com ela? - Perguntou Thalia, nervosa.

— Ela apagou! - Exclamou Silena.

— Venham comigo que eu explico.

Coloquei ela na maca da enfermaria deitada, saí e expliquei a eles.

— Tudo isso aconteceu com uma bolada? Quem foi o animal? - Perguntou Charles.

— Octavian - Respondi.

— Tinha que ser! - Falou Léo, com as mãos pra cima. - Será que foi de propósito?

— Acho que não. Ele não deve saber que eu gosto dela. Mas quando souber, vai ficar feliz de ter acertado.

— Pera aí, quem é Octavian? - Perguntou Silena.

— E você disse que gosta dela? - Perguntou Thalia.

Eu e os meninos nos entreolhamos.

—Muitas perguntas, pouco tempo, docinhos - Respondi. Vou ver como ela está.

Abri a porta e ela estava acordada olhando pro teto.

— Oi - falei.

— Oi. O que aconteceu? - Ela perguntou.

— Você não lembra? - Questionei.

— Não, mas meu peito dói.

—Você levou uma bolada. Ficou sem respirar.

— Quem fez isso? 

— Um otário aí. Pode deixar que eu resolvo. Agora, descansa. Duas das suas amigas estão aqui, querem te ver.

— Chama elas, por favor.

Chamei elas entraram junto com os caras. Saí pra deixá-los conversando e pra pegar as coisas dela, ela seria liberada por conta do incidente.

Voltei e ela estava sozinha novamente.

— Eles já foram? - Perguntei.

— Já, dispensei eles. Não quero ninguém perdendo aula por minha causa.

Ela me olhou.

— Peguei suas coisas, você vai ser liberada.

— Obrigada. Não precisava se preocupar comigo.

— Eu sei, mas eu quero - Eu disse sem pensar.

— A regra do "Não quero ninguém perdendo aula por minha causa" vale pra você também - Ela disse, sorrindo.

— Eu não vou te deixar sozinha - Eu disse.

— Mas você nem me conhece - Ela disse.

— Mas eu posso tentar, se você deixar - Eu disse mais uma vez sem pensar.

— Olha, duas cantadas em menos de duas horas...acho que é um novo recorde - Ela disse, sorrindo.

— Desculpe, não era pra soar como uma cantada - Eu disse, rindo - É só o que eu tô pensando mesmo. Você me pegou, garota.

 Ela ficou um pouco séria.

— Então acho que preciso esclarecer uma coisa - Ela se mexeu desconfortável na maca - Eu não quero nada com ninguém. Já passei por uma barra por causa de relacionamento e não quero isso de novo. Não é nada com você, desculpe.

— Tudo bem, mas eu acho que podemos ser amigos, certo? Só amigos.

— Podemos - Disse ela, um pouco mais confortável. Obrigada.

— De nada, docinho.

A enfermeira entrou na sala.

— Vou deixar você descansar. Tchau e vê se não leva mais boladas por aí.

Ela sorriu com o que eu disse. Confesso que me doeu ouvir o que eu ouvi, mas de repente eu consigo conquistá-la aos poucos. Não custa tentar. Só sei que não tiro essa garota da cabeça.

 

 


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ter lido até o final!



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