War of Hearts (Scorpius/Rose) - Cap 15 postado escrita por Marls McKinnon


Capítulo 8
Capítulo 8




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Albus se considerava “a cara da derrota” pela manhã. Definitivamente, seus hábitos noturnos nas férias estavam influenciando sua vida acadêmica e perambular pelos corredores tão cedo era uma tortura. Merlin o ajudasse ou ele cairia de cara em cima da mesa do café.

Estava se aproximando do salão principal quando deu de cara com Dominique conversando com Patrick Aubrey, um aluno da Lufa-Lufa. Ela estava sorrindo para o rapaz, o que não agradou Albus. Dominique não falava com ele direito há um mês, mas aparentemente estava muito contente com seus outros amigos e não achava isso justo.

Ele caminhou até a prima tentando parecer normal e falou casualmente:

— Olá, Domi! – sorriu para prima e em seguida virou para Patrick – Sai daqui.

Não foi preciso um segundo aviso para Patrick se retirar. Ele não era exatamente o tipo de pessoa que gostava de confrontos e brigar com Albus parecia muito ruim.

Dominique apenas revirou os olhos e cruzou os braços. A manhã nem tinha começado e já dava sinais de que o dia não seria bom.

— Quem você pensa que é para pedir para o meu amigo sair?

— Albus Severus Potter. Seu primo. Aluno da Sonserina. Filho de Harry e Gina. – Albus sorriu – Eu posso continuar falando ou paro por aqui?

Dominique apenas revirou os olhos e deu as costas para Albus. Não era possível que teria que lidar com aquela situação antes mesmo do café. Estava começando a andar, quando Albus a puxou e fez com que ela ficasse encostada contra parede.

— Na boa, Dominique, por que você está fugindo de mim?

— Em primeiro lugar, me solte. – ela disse, e Albus rapidamente a soltou e se afastou – Em segundo lugar, não estou fugindo de você. Só não estou com paciência para lidar com todo o seu piti infantil.

— Você não fala comigo direito desde a festa! – ele protestou – E eu já pedi desculpas mil vezes.

— E eu aceitei mil vezes.

— E o que há de errado?

Dominique respirou fundo mais uma vez e balançou a cabeça.

— Não há nada errado. Eu simplesmente não vou mais perder meu tempo me iludindo com a ideia de que um dia você vai acordar e perceber que também está apaixonado por mim. – ela deu uma risada seca, se controlando para não ter uma crise de raiva – Nos beijamos na festa e no dia seguinte você agiu como se eu fosse só mais uma da sua lista! Todo aquele papo de não querer me magoar foi ridículo.

— Dominique, eu...

— Você o que? Vai me dizer que está arrependido?

— Do beijo? Claro que não! – Albus olhou para Dominique como se ela tivesse acabado de dizer que tatuaria a marca negra na testa – Eu só gostaria que as coisas voltassem ao normal. Nós sempre fomos próximos e sempre brincamos. Agora você nem olha direito na minha cara, mas fica sorrindo para um idiota que realmente acha que tem alguma chance de namorar você.

— Eu não tenho namorado, eu tenho distrações. – Ela disse se afastando um pouco mais do primo – E se eu estivesse disposta a namorar, com certeza seria alguém como o Patrick.

Albus pareceu ter levado uma bofetada na cara, tamanho seu choque. Era muito estranho ouvir Dominique falar daquele jeito com ele. Os dois nunca tiveram uma briga séria e agora ele achava que jamais voltariam a ser amigos.

— Por quê?

— Por que o quê?

— Por que alguém como o Patrick?

Dominique sorriu e disse pausadamente:

— Porque ele sabe o que quer e não fica procurando desculpas para fugir de alguém com medo de sair magoado.

Dominique aproveitou o fato de Albus ter perdido a fala, para caminhar para dentro do Salão Principal. Se continuasse naquela discussão iria acabar perdendo a paciência e falando coisas que não deveria.

Irritado, Albus também entrou no salão principal e praticamente empurrou um dos alunos do segundo ano para que saísse da sua frente. Ao menos para alguma coisa aquela discussão havia servido: ele já não sentia sono.

~*~

Lily caminhava bem contente aquela manhã. Seus cabelos vermelhos estavam presos em duas tranças e ela saltitava cantarolando enquanto ia para o salão principal tomar o seu café. Ela adorava as manhãs. Adorava ouvir o canto dos pássaros e adorava animar o dia de seus amigos.

No caminho oposto, meio perdido, vinha Sebastian. Assim como Albus, ele não era nada matinal e se pudesse só sairia do quarto depois do meio dia. Para completar, já havia errado o corredor que dava acesso ao Salão Principal algumas vezes e isso não melhorava em nada o seu humor.

— Bom dia, Sebastian! – Lily foi até o rapaz e parou a sua frente – Perdido?

Sebastian balançou a cabeça e respirou fundo, tentando não parecer grosseiro. Sabia que a menina a sua frente não tinha culpa nenhuma do seu humor.

— Perdido, cansado, arrasado, fracassado e faminto. – Sebastian sorriu e pegou na ponta da trança de Lily – Você parece uma daquelas ilustrações de livro infantil.

— Por usar tranças?

— Não! Por ser baixinha e ser feliz a essa hora da manhã.

— Isso não é um defeito – ela protestou, cruzando os braços.

— Não disse que era. – Sebastian sorriu – Você prometeu ser a minha guia, Princesa Lily. Por favor, me mostre onde fica o Salão Principal antes que eu saia do castelo para caçar na floresta o meu próprio alimento.

Lily sorriu e segurou a mão de Sebastian, que deu uma risada baixa o ser puxado pela menina.

— Não cace unicórnios. Eles são criaturas puras. – ela disse e em seguida parou com ele em frente ao Salão Principal – Prontinho! Está entregue. Se precisar de ajuda, é só me chamar.

— Muito obrigado. – Sebastian sorriu e em seguida foi em direção à mesa da Sonserina.

Lily foi para a Grifinória, onde Harleen e Hugo a esperavam com olhares curiosos.

— Bom dia, pessoas – Lily se sentou ao lado dos amigos e só então percebeu o olhar dos dois – O que foi?

— Desde quando você e o Sr. Bonitão andam de mãos dadas? – Harleen perguntou.

— Hey, ele não é assim tão bonito – Hugo respondeu um pouco incomodado.

— Na verdade, ele é sim – Lily respondeu e pegou um pedaço de bolo – E inteligente e simpático. E eu sou a guia dele na escola.

— Metade da escola está te invejando agora – Harleen comentou e se serviu com suco.

— E a outra metade está invejando a Rose – Lily comentou e apontou para a porta do salão, onde Rose e Scorpius entravam juntos e sorridentes – Eu não sei porque eles não namoram.

— Porque da última vez que conferimos, Scorpius estava com a boca grudada em uma menina da Corvinal e Rose com o Sebastian – Hugo comentou – O que me faz pensar que, talvez, essa seja uma situação um tanto estranha. O Sebastian gosta da Rose que gosta do Scorpius que também gosta da Rose, mas não assume isso por achar que o primo dele gosta da minha irmã, quando na verdade o primo dele esta andando de mãos dadas com a Lily, que não sabe de quem gosta.

Harleen e Lily olharam para Hugo com expressões confusas.

— Eu acho melhor tomarmos café em silêncio – Hugo disse por fim e as meninas concordaram.

~*~

Rose gostava da aula de poções e precisava admitir que era muito boa nisso, embora não falasse em voz alta. Não gostava da ideia de se gabar e muito menos de atrair ainda mais a atração de Slughorn, que insistia em manter firme o clube do Slugh. Rose sabia que a mãe de seu tio Harry pertenceu ao clube, assim como ele e Hermione, mas não entendia porque Slugh insistia nessa ideia de manter um clube de elite.

Seu companheiro naquela aula era Will. O professor havia sorteado os pares e agora Rose se via obrigada a trabalhar com o amigo, que costumava dizer que escolheu seguir com a matéria só para preencher sua grade curricular.

— Soube da festa que vão dar na sala precisa? – Will perguntou em voz baixa.

Rose apenas concordou com a cabeça enquanto misturava os ingredientes minuciosamente.

— Suze está espalhando que você, agora que é monitora chefe, vai fazer de tudo para barrar a festa.

Rose revirou os olhos e falou em voz baixa:

— Contanto que não levem crianças e não façam alarde, eu não vou me meter. – ela deu de ombros – Sou monitora e não a mãe de vocês.

Will sorriu e começou a cortar as cascas secas de mandrágoras.

— Foi exatamente o que eu disse. – aos poucos, ele foi despejando os ingredientes na mistura e sussurrou – A que horas é a sua ronda?

— Depois da ronda da Dominique, o que dá a vocês exatos 30 minutos para se deslocarem em silêncio até a sala precisa. – Rose respondeu – Nada de gritos, luzes e correria. – ela advertiu. – Vou começar a minha ronda pelo 3º andar, então sejam rápidos.

Will concordou e abriu um sorriso ainda maior.

— Rosalinda, você é a melhor – ele disse e deu um beijo estalado na bochecha de Rose. – Se eu não amasse tanto a Scarlett, me casaria com você.

Rose deu uma risada baixa e se virou para encarar o amigo.

— Então você está confessando que a ama? É isso?

— Eu não quis dizer isso – Will deu de ombros e em seguida balançou a cabeça – Ok, eu quis dizer isso. Mas não conte para ela, pois ainda não chegamos à fase do “eu te amo” e “eu também”.

Rose deu uma risada, dessa vez alta o suficiente para atrair a atenção de Slughorn, que foi caminhando lentamente para onde eles estavam.

— Srta. Weasley, imagino que já tenha terminado. – Slughorn passou as mãos pelo bigode enorme e branco, que o fazia parecer um leão marinho.

— Na verdade, o senhor está certíssimo. – Rose sorriu e apontou para seu caldeirão. A poção estava brilhante e alaranjada, exatamente como a amostra de seu professor.

Slughorn observou com atenção e meneou a cabeça positivamente. Não esperava menos de Rose Weasley, é claro, mas gostava de se fazer de difícil às vezes apenas para manter o mistério.

— Certo, certo... Então a senhorita e o senhor Davis estão dispensados da aula. – Slughorn fez um sinal impaciente com a mão, e Rose e Will recolheram suas mochilas e saíram. Às vezes os professores tornavam as vidas deles muito fáceis, precisavam admitir.

Os dois andavam juntos pelo corredor, quando Will finalmente perguntou:

— E então, você vai à festa?

— Acho que não. Não dá pra monitorar e ainda comparecer a uma festa na Sala Precisa. - ela deu de ombros – Não quero ser a única na festa a usar uniforme.

William revirou os olhos e balançou a cabeça. Ele não conseguia entender porque as meninas eram tão complicadas em termos de roupa.

— Minha cara Weasley, eu tenho certeza que você conseguirá se arrumar em tempo recorde para estar naquela festa ou a Scarlett vai te trazer arrastada pelos cabelos. A escolha é sua.

Rose deu uma risada baixa.

— Ok, vou ver o que posso fazer. Mas sério, não façam alarde sobre a festa. Não quero ser a responsável por acabar com a diversão de vocês.

— Pode deixar! Você manda. – William sorriu – Vamos lá buscar a Scar?

— Agora não! Tenho que encontrar o Albus e pegar meu livro de Herbologia. Ele disse que estaria no campo de quadribol aproveitando o tempo vago.

William concordou e foi em busca de Scarlett, enquanto Rose se dirigia para a saída do castelo. Para seu azar, o tempo estava nublado e ventava o suficiente para deixar seus cabelos ruivos em pé.

Não conseguia entender a necessidade que Albus tinha de passar 90% montado em uma vassoura atrás de pomos de ouro, mas como ele também não entendia a necessidade dela de ler todos os livros possíveis, podia dizer que estavam empatados.

Rose nem teve tempo de alcançar o campo e se deparou com o primo saindo às pressas.

— Albus Severus, para que a pressa? – Rose indagou e cruzou os braços.

— Fred e eu vamos aproveitar o tempo vago e ir até Hogsmeade – Albus sussurrou – Precisamos de comidas e bebidas.

Rose revirou os olhos. Às vezes achava melhor não saber dos planos dos primos.

— E o meu livro?

— No vestiário, junto com minha mochila. – ele disse e saiu correndo, sem dar maiores explicações.

Respirando fundo, Rose caminhou até o vestiário masculino. Era impressionante como seu primo conseguia ser irresponsável em vários momentos.

— Albus Severus, a sua sorte é que eu sou uma pessoa pacífica. – Rose resmungava – Onde já se viu me fazer entrar no vestiário e...

Rose parou abruptamente e arregalou os olhos no momento em que viu Scorpius parado, com a toalha enrolada na cintura e os cabelos molhados. Suas bochechas deviam estar mais vermelhas que seus cabelos, já que seu rosto estava quente.

— É... Hm... Ahn... Albus, ele não me disse – Rose se virou rapidamente assim que percebeu que seu olhar estava fixo no abdômen de Scorpius – Ele não me disse que estaria aqui.

Scorpius deu uma risada e balançou a cabeça, enquanto pegava sua cueca e calça para vestir.

— Eu tinha dito a ele que ia para o dormitório, mas decidi tomar um banho antes. – Scorpius explicou com naturalidade – Já estou vestido, Weasley.

Rose concordou e se virou devagar, com as mãos sobre o rosto. Não tinha muita certeza se confiava na palavra de Scorpius. Lentamente, observou entre os próprios dedos e respirou aliviada ao ver que ele já estava de calça.

— Desculpe por invadir assim a sua privacidade – Rose comentou – Onde estão as coisas do Albus?

— Naquele enorme amontoado de bagunça – Scorpius apontou e começou a secar os cabelos – E, para o seu governo, não invadiu a minha privacidade.

Rose deu uma risada nervosa enquanto mexia na bagunça de Albus e amaldiçoou o primo mentalmente. Não bastava sumir com seu material, ele ainda tinha feito com que ela tivesse um dos momentos mais constrangedores da história.

— Então, você vai à festa?

— Provavelmente não. – ela finalmente achou o livro e se virou – Eu tenho ronda para fazer e da última vez que fui a uma festa quebrei o nariz da Suze.

— Talvez assim ela tenha aprendido a não mexer com você – Scorpius comentou e deu um passo a frente – Você devia ir.

— Por quê? – Rose perguntou. Scorpius estava próximo o suficiente para que ela sentisse o perfume do sabonete; perto o suficiente para que ela notasse que seus olhos estavam menos cinza e mais azulados.

— Eu gostaria que fosse.

Rose concordou mais uma vez e pensou que aquele gesto indicava apenas que os dois eram amigos e nada mais. Aquela proximidade a fez pensar que havia algo rolando, mas queria afastar essa ideia antes que começasse a se iludir.

— Vou pensar a respeito. – ela respondeu – Bom, é melhor eu ir.

— Sebastian ainda está em aula. – Scorpius respondeu e dessa vez não parecia tão simpático.

Rose o encarou um pouco confusa. Como Sebastian havia ido parar naquela conversa?

— Ahn... ok?

— Achei que quisesse saber, assim pouparia seu tempo de ir procurá-lo.

— Por que eu iria querer procurar o seu primo?

Scorpius se virou novamente e encarou Rose com certa curiosidade.

— Achei que os dois tivessem iniciando algum tipo de relacionamento.

Rose revirou os olhos e tentou não encarar os braços de Scorpius. Aquela conversa ficaria muito mais fácil se ele estivesse usando a camisa do uniforme.

— Não estamos. – ela respondeu de forma seca – E não sei por que estamos tendo essa conversa.

— Somos amigos, não somos? Amigos conversam de coisas assim.

Rose estreitou um pouco os olhos e respirou fundo mais uma vez. Estava começando a se irritar com aquele comportamento.

— Somos amigos, mas nunca fomos íntimos o suficiente para falar dos nossos supostos relacionamentos. O máximo que sabemos um do outro é com quem ficamos nas festas. E eu sei que talvez você esteja interessado nesse assunto por Sebastian ser seu primo, mas da última vez que chequei não era nenhuma filha da puta que brinca com os sentimentos alheios, então fique tranquilo quanto ao seu primo.

Scorpius pensou em mil coisas para responder aquele breve discurso, mas preferiu se calar. Era inútil iniciar qualquer tipo de discussão, pois ele sabia que não havia razão de estarem discutindo. Se ela estivesse namorando seu primo, o problema era só deles dois. Mesmo que isso o aborrecesse, ele sabia que não deveria se meter na vida dos dois daquela forma.

— Ok. – foi o máximo que ele conseguiu dizer.

— Ok? Só isso?

— É, ué. A vida é de vocês, não tenho nada que me meter.

Rose ficou em silêncio por alguns segundos, encarando Scorpius e tentando entender se por trás daquele simples “ok” havia algo. Como não encontrou nada, simplesmente deu de ombros e falou:

— Bom, nos vemos na aula. Até mais!

E então, Rose deu as costas e deixou Scorpius ali no vestiário, perdido nos próprios pensamentos. Nunca, em toda a sua vida, havia se incomodado com qualquer pessoa. Era estranho admitir que estava começando a se incomodar com aquela possível relação entre os dois, mas preferia tentar não pensar muito ou acabaria estragando seu dia.

~*~

Louis tinha a impressão que aquela seria a sua primeira e última aula de Transfiguração. Assim que o professor Finnigan entrou em sala e anunciou que eles iriam transformar seus animais de estimação em objetos, o pequeno Weasley sentiu que teria que lidar com mais uma humilhação pública. Às vezes tinha a sensação de que estava perdendo seu tempo, pois achava que nunca conseguiria se igualar aos primos e irmãs, que eram muito bons em tudo. Aparentemente, Louis só tinha o dom de ser atrapalhado.

Louis teve todo o cuidado do mundo para tirar Poppys de sua gaiola só quando o professor pedisse. Sua gata não estava exatamente feliz com ele desde o dia em que foi enroscada na capa.

Seguindo as ordens de seu professor, Louis pegou a sua varinha e apontou para Poppys, que o encarava com uma expressão de tédio. Se Merlin o ajudasse, talvez ele conseguisse fazer alguma coisa certa.

— Por favor, Poppys, não me odeie – o menino sussurrou e fez um rápido floreio com sua varinha na tentativa de transformar a gata em um caldeirão.

O que não deu certo.

A ideia básica daquela aula de Transfiguração era fazer com que o animal virasse um objeto. O animal inteiro. Mas Louis não tinha exatamente o talento esperado e o que conseguiu foi fazer a sua gata se tornar uma enorme bandeja peluda com um grande rabo – o que fez metade da sala cair em gargalhada.

Respirando fundo e sem pensar muito, Louis não esperou para ouvir a explicação de Finnigan e simplesmente pegou sua gata/bandeja e saiu correndo. Ele já havia passado por muitas humilhações, mas aquela era a pior.

O jovem aluno mal teve tempo de cruzar a porta de entrada do castelo, quando esbarrou na Diretora McGonagall, que o encarou por cima de seus óculos.

— Sr. Weasley, posso saber o motivo da pressa? – Minerva perguntou.

Louis balançou a cabeça e olhou para baixo claramente envergonhado. Não bastava as aulas serem um fiasco, ele ainda teria que levar bronca da Diretora da escola. Seus pais não ficariam orgulhosos.

— Eu estava indo ao corujal – Louis explicou – Vou mandar uma carta para meus pais pedindo para me buscar. Decidi que quero ir para França e estudar com os filhos da tia Gabrielle.

Louis sabia que seus primos franceses também não eram gênios, então provavelmente se daria bem por lá.

Minerva arqueou a sobrancelha e pousou a mão no ombro do menino, que ergueu o rosto um pouco assustado.

— Venha, Sr. Weasley, vamos dar uma volta.

Concordando, Louis seguiu a Diretora pelo pátio da escola.

— Por que acha que seu lugar é na França e não aqui? Hogwarts não está a sua altura?

— Diretora McGonagall, sou eu quem não está à altura de Hogwarts. – ele respondeu – Eu sou atrapalhado, explodo caldeirões, erro os feitiços... – Louis olhou para baixo e em seguida estendeu a mão para mostrar a sua gata – Eu transformei a Poppys em uma bandeja peluda. Se ela já não gostava de mim antes, imagina agora.

Minerva sorriu ao ouvir o menino; em seguida pegou sua varinha e transformou a bandeja peluda novamente em uma gata.

— Gatos precisam ser conquistados, Sr. Weasley. São animais um pouco mais difíceis que cachorros, mas não menos interessantes. – a Diretora dizia enquanto acariciava Poppys, que estava claramente satisfeita por voltar a sua forma normal – Quem disse que o senhor não está à altura da escola?

Louis deu de ombros e respirou fundo mais uma vez.

— Minha mãe era a melhor aluna na Academia de Beauxbatons – ele explicou – E meu pai era muito bom aluno também. Meus tios lutaram na guerra. Meus primos e minhas irmãs são ótimos em tudo. E eu faço o que? Só faço burrada.

— Ronald Weasley não sabia fazer uma pena levitar em seu primeiro ano. E no seu segundo ano transformou seu rato em um cálice com rabo. – Minerva comentou casualmente – Hermione quebrou as regras no segundo ano ao fazer uma poção polissuco, mas erroneamente acrescentou pelos de gato em sua parte da poção e passou algumas horas parecendo uma gata gigante. E, se não me falha a memória, vomitou bolas de pelo por alguns dias.

Minerva se sentou em um dos bancos e convidou Louis para se sentar ao seu lado, e assim ele fez. Ela sorriu enquanto acariciava Poppys e continuou o discurso:

— Seu tio, Harry Potter, começou a ler um livro de um ex-aluno que se autodenominava como Príncipe Mestiço, e em uma discussão com o pai do Sr. Scorpius Malfoy, utilizou um dos feitiços que aprendeu com as anotações daquele livro e quase matou Draco.

“Sr. Weasley, o que estou tentando dizer é que todos nós cometemos erros e isso não nos torna melhor ou pior do que alguém. E eu tenho certeza que se o senhor se esforçar e confiar em si mesmo conseguirá fazer coisas grandiosas.”

 Minerva sorriu e colocou Poppys sobre o colo de Louis, fazendo sinal para que ele continuasse acariciando as orelhas da gata.

— Agora se o senhor acha que seu lugar é na França com os seus primos, vai me mostrar que estou enganada e que não é tão forte quanto achei que fosse.

Minerva se levantou devagar e respirou fundo, sentindo o aroma das plantas que estavam no pátio.

— Força de vontade é algo que apenas os sábios entendem o significado.

E então a Diretora deu as costas e voltou lentamente para o castelo, deixando Louis para trás com a certeza de que se se esforçasse mais se tornaria um grande bruxo.

~*~

N/A: Mais um capítulo veio!

Eu não tenho muito o que falar sobre ele, sinceramente. A única coisa que posso dizer é que escrever está voltando a ser uma paixão e espero, de coração, que vocês se divirtam um pouco enquanto leem.

Deixem seus comentários e façam uma autora feliz!

Até a próxima!!!

Beijinhos,

Marls McKinnon.


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