War of Hearts (Scorpius/Rose) - Cap 15 postado escrita por Marls McKinnon


Capítulo 11
Capítulo 11




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Os dias que se seguiram após os acontecimentos do passeio em Hogsmeade foram estranhos. O clima parecia diferente e até meio tenso, pois ninguém queria dar o primeiro passo para esclarecer qualquer assunto.

Rose se via presa em uma situação complicada. Scorpius e ela haviam decidido ter uma amizade colorida, mas no calor do momento nenhum dos dois definiram os termos dessa amizade, logo nenhum deles sabia como agir com relação a esse relacionamento aberto. Podiam ficar com outras pessoas? Seriam amigos caso não desse certo? Teriam coragem de assumir um relacionamento de verdade? Essas perguntas pairavam no ar, assim como a incerteza de que escolheram o certo.

Rose tinha uma experiência negativa com relacionamentos, já que seu último namoro terminou em briga e traição. Ela ainda conseguia se lembrar do rosto de Richard sorrindo em desdém e dizendo que ele já havia conseguido o que queria: tirar a sua virgindade. O que para ela havia sido um momento único e de confiança, para ele havia sido uma aposta entre amigos e isso a machucou de tantas formas que prometeu nunca mais se relacionar com ninguém caso não tivesse certeza de que os dois estavam na mesma página.

Estar em Hogwarts parecia uma espécie de universo paralelo onde tudo parecia dar certo enquanto permaneciam lá. E depois? Depois da formatura, seu relacionamento com Scorpius evoluiria para um namoro? Ou será que cada um seguiria para o seu lado e só se veriam por acaso em alguma festa entre amigos? As duas ideias eram assustadoras e, apesar de também ser considerada uma sabe tudo, ela não sabia o que fazer naquela situação.

Perdida nos próprios pensamentos, ela caminhou para sua aula de Defesa Contra as Artes das Trevas. No geral, ela gostava muito dessa matéria, mas o único problema era ter que lidar com Scorpius logo pela manhã e não tinha muita certeza se conseguiria agir normalmente com tantas dúvidas borbulhando em sua mente.

~*~

Quando Rose chegou à sala, agradeceu por estar alguns minutos atrasada. Tentando não chamar a atenção, ela se sentou no fundo da classe, pegou seu material e ficou observando seu primo Teddy Lupin comandar a aula. Ela sabia que o rapaz estava ali só para substituir a professora Clarisse, que precisou passar as últimas semanas na Itália graças a uma triste tragédia familiar; mas era bom ter um rosto conhecido ali, principalmente porque Ted não pegava em seu pé e não a bajulava por ser filha de Rony e Hermione Weasley.

Apesar de estar presente de corpo, sua mente estava vagando por outros lugares. Seu olhar caiu sobre Scorpius, que estava sentado mais a frente com Albus. Na mesa da frente estavam Scarlett e Sebastian, já que Will não frequentava essa aula. Involuntariamente ela sorriu, pois era bom ver que apesar dos altos e baixos, eles permaneceram amigos ao longo dos anos. Até mesmo Sebastian, que havia acabado de chegar, estava à vontade com eles.

Estava tão distraída que não percebeu o momento em que Teddy lhe dirigiu a palavra, o que fez todos os alunos se virarem para encará-la.

— Srta. Weasley? – Ted a chamou pela terceira vez.

— Sim? – Rose o encarou levemente confusa.

— Estamos em aula. – ele disse o obvio – E apesar de eu ter certeza que você é superinteligente, gostaria que me respondesse quando a chamasse.

Rose sentiu as bochechas esquentarem e concordou.

— Perdão, Prof. Lupin! Eu estou com enxaqueca e acabei me concentrando apenas na dor.

— Quer ir à enfermaria? Eu posso te liberar, e...

— Não! – ela disse rapidamente – Eu não gosto de perder aula. O senhor pode repetir a pergunta?

Ted sorriu e concordou.

— Estávamos fazendo uma pequena revisão sobre o Feitiço do Patrono e perguntei quais são as situações que podem levar a alguém não poder conjurar o próprio Patrono?

— Para conjurar um patrono, você precisa buscar no fundo da memória alguma lembrança que seja feliz e forte. Não basta ser aquela felicidade relâmpago. Tem que ser algo realmente moldado, que mexe com suas emoções. – ela explicou – Porém, uma pessoa pode não conseguir mais conjurar o próprio patrono se houver algum bloqueio que a impeça de alcançar essas memórias.

— Pode nos dar um exemplo?

— O tio George nunca mais conseguiu conjurar o seu patrono. Todas as suas melhores lembranças envolvem o tio Fred e a sua morte fez com que essas memórias se tornassem uma saudade dolorosa, impedindo assim a conjuração do feitiço.

— Exatamente! – Ted concordou e prosseguiu com suas explicações. Era fácil dar aula quando os alunos eram realmente aplicados e já conheciam 90% da matéria. O que não acontecia no 3º ano, por exemplo, onde todas as suas explicações eram pausadas por comentários engraçadinhos ou por alguém perguntando por que o seu cabelo havia mudado de cor.

Quando a aula finalmente chegou ao fim, Rose começou a juntar as suas coisas para se dirigir para a próxima aula. Sua cabeça estava mesmo começando a piorar, mas ela não queria ter que ir a enfermaria tomar uma das poções e ficar em observação por pelo menos 30 minutos.

Estava prestes a sair quando Ted parou ao seu lado e lhe entregou um pequeno frasco.

— Vai melhorar a sua enxaqueca antes de alcançar o próximo andar – Ted comentou e beijou a bochecha da prima.

— Obrigada, Ted! – ela sorriu agradecida e tomou a poção em um único gole – Boa sorte com a próxima turma.

— Vou precisar. – ele respirou fundo – Que cor está o meu cabelo?

— Roxo. – Rose sorriu – Você está arrasando na tendência.

Ted deu uma risada e concordou.

— Espero que os alunos também pensem isso. – ele disse e em seguida saiu da sala.

Rose estava prestes a seguir seu caminho, quando sentiu a mão de alguém tocar seu ombro. Scorpius.

— Você está bem? – Scorpius perguntou.

— Graças à poção que Ted me deu, sim. – ela sorriu, tentando não parecer indiferente – Agora eu preciso correr para a próxima aula.

— Não precisa não – Scorpius arqueou a sobrancelha. – É impressão minha ou você está me evitando?

Rose respirou fundo. Ela estava tentando ser o mais normal possível, mas aparentemente não obteve sucesso.

— Acho que sim. – ela respondeu e olhou em volta. Até mesmo seus amigos já haviam deixado à sala e agora estava sozinha com Scorpius. “Traidores”, ela pensou e voltou a encarar o rapaz a sua frente – Scorpius, eu adoro ficar com você, mas...

— Mas? – Scorpius se encostou na mesa em frente a que Rose estava – O que mudou?

— Nada! – Rose respondeu – Quando estávamos em Hogsmeade, a ideia de levar nossa situação como uma “amizade colorida” não me pareceu tão ruim. Mas desde então eu não me sinto confortável.

— Por quê?

— Porque eu não sei o que temos. Não sei se isso vai ficar sério. Não sei se daqui a cinco minutos nós vamos mudar de ideia e perceber que tudo isso está errado. – ela começou a despejar – Se temos um relacionamento de amigos, isso significa que podemos ficar com outras pessoas? Eu não sei. Não estabelecemos termos para isso.

Scorpius deu uma risada e balançou a cabeça. Essa era uma daquelas manias de Rose que lhe irritava. A menina estava sempre pensando muito, sempre querendo controlar cada passo, sempre querendo prever os próximos acontecimentos... Era difícil conseguir acompanhar sua linha de raciocínio quando começava a criar situações que provavelmente nunca iriam acontecer.

— Você não parecia tão desesperada assim na semana passada.

— Porque eu agi pelo momento. E se isso não der certo? E se...

— E se uma bomba cair aqui e nos matar? E se você cruzar a porta, esbarrar com um aluno da Corvinal e se apaixonar perdidamente por ele?  E se meus pais me proibirem de namorar uma Weasley só para evitar brigas na família? – Scorpius disse sem muita paciência – São muitos “e se...” para um relacionamento que ainda não começou. Escute, Rose, eu entendo suas preocupações e eu entendo você estar meio desesperada, mas a ideia era tentarmos ver o que aconteceria e não prever o futuro.

— ‘Tá vendo? Já não está dando certo!

— Porque você está surtando.

— Eu estou surtando? Ok! E se você for a uma festa e ficar com uma garota. Seria ou não traição?

— Por que eu tenho que ser o filho da puta da história?

— Ok, então. E se eu for a uma festa e ficar com outro cara. Seria traição?

— Claro que não! Não estamos namorando.

— Se você ficasse com outra garota eu consideraria traição e ficaria chateada.

— Rose, qual é o seu ponto?

Scorpius cruzou os braços e encarou Rose fixamente.

— Meu ponto é que eu não sou madura o suficiente para ter um relacionamento aberto.

— Mas foi você quem propôs. – Scorpius comentou confuso – Olha, Rose, eu poderia te pedir em namoro agora e resolver isso, mas tenho certeza que você negaria o pedido e elencaria centenas de motivos para tomar essa decisão. Se está difícil para você é simples: não vamos mais ter relacionamento nenhum. Eu não quero te forçar a ficar em uma situação desconfortável. Se você não quer continuar assim, terminamos aqui e seguimos em frente.

— E a nossa amizade? – Rose comentou, sentindo um nó formar em sua garganta.

— Segue firme e forte – Scorpius respondeu e saiu da sala sem dizer mais nada.

Rose ficou ali sozinha, pensando se suas dúvidas estragaram um momento importante em sua vida ou se a pouparam de mais um decepção.

~*~

Não era apenas Rose que estava com problemas naquela semana. Lily também passava por um péssimo momento desde a discussão com Sebastian e a revelação de que seu irmão foi demitido do emprego graças a sua orientação sexual.

Desde essa quase conversa, Lily vinha tentando encontrar desculpas que tornassem aquela afirmação de Sebastian uma mentira, mas não conseguiu. Em sua cabeça, o fato de James estar feliz era o suficiente para que as pessoas o aceitassem bem, mas o mundo real era cruel e agora ela sabia.

Lily também sabia que precisava conversar com alguém que lhe dissesse toda a verdade sobre o que acontecia fora da Lilyland, mas não estava pronta para ter essa conversa. Não estava pronta para aceitar o fato de que todos a sua volta lhe esconderam a verdade apenas para que ela permanecesse em seu mundo cor-de-rosa.

Naquela manhã, Lily não acordou bem. Sua cabeça doía e seu corpo parecia mole, sem força. Também não sentiu fome, por isso decidiu pular o café da manhã e ir direto para a sua aula de Herbologia. Ela adorava as aulas com o Prof. Longbottom e talvez isso melhorasse o seu dia.

Não melhorou.

Por algum motivo, Lily começou a se sentir pior e agradeceu a Merlin quando finalmente chegou ao fim. Teria que pegar as anotações de Harleen depois, já que não conseguiu prestar muita atenção no que Neville explicou.

— Lily? – Harleen a chamou enquanto saía da estufa – Você está bem? Ficou calada o tempo todo e agora está andando como se estivesse meio chapada.

Lily balançou a cabeça e pareceu doer ainda mais.

— Só um pouco cansada. Acho que vou voltar para o dormitório e descansar antes da aula de Poções. – ela respondeu – Ou talvez eu vá para a... O que você está fazendo? – Lily perguntou assim que Harleen colocou a mão em sua testa e fez a sua melhor expressão de mãe preocupada.

— Você devia ir para a enfermaria. Acho que está com febre. – Harleen concluiu – Não que eu entenda sobre pessoas com febre, mas você me parece mais quente que o normal. Nessas horas eu adoraria ter um termômetro.

Lily deu uma risada e sentiu seu corpo estremecer. Estava mesmo indisposta, mas não queria ir para a enfermaria.

— Eu estou bem, Harls. – ela insistiu enquanto caminhavam pelo jardim.

No caminho contrário, vinha Sebastian. Estava com uma menina da Lufa-Lufa e pelos sorrisos os dois pareciam animados.

— Olha lá o seu queridinho da Sonserina. – Harleen disse e esbarrou no braço da amiga.

— Ele não é o meu...

E foi quando tudo aconteceu muito rápido. Em um momento, Lily estava falando com Harleen e no momento seguinte, tudo virou apenas um borrão e ela desmaiou.

~*~

Sebastian detestava admitir, mas estava começando a gostar de Hogwarts. Quando surgiu a ideia de morar em Londres com os tios, pensou que viveria na eterna sombra de Scorpius e isso não lhe agradou. Assim como não agradou ter que frequentar uma escola onde seu único amigo era seu primo.

Quando se mudou para Londres, sua única felicidade era ficar longe de seu pai. Era estranho pensar que o homem que devia ser um exemplo para ele, na verdade, era uma pessoa desprezível. Pierre, seu pai, não respeitava seus desejos; não respeitava sua decisão de não querer administrar os negócios da família e ser um simples auror.

Sebastian tinha certeza que afundaria os negócios da família Fontaine no momento em que tivesse que tomar alguma decisão de extrema importância. E no momento em que ele disse formalmente que se recusava a administrar a empresa, seu pai o expulsou de casa alegando que não havia tido um filho para passar tamanho desgosto.

Por outro lado, sua mãe Daphne lutava diariamente para que Pierre voltasse atrás e aceitasse o filho de volta. Sebastian não a culpava por não ter saído de casa ao seu lado, pois precisava admitir que seu pai era um bom esposo. Sua única – e maior – falha era achar inadmissível ver seu filho virar auror e desprezar um cargo tão importante.

E graças a essa falha, Sebastian não era mais bem-vindo na própria casa e também não recebia nenhum auxilio financeiro para permanecer em Londres, o que o tornou totalmente dependente dos Malfoy.

Estar ali em Hogwarts o fazia esquecer esses problemas e o fato de a cada segundo aparecer alguém para tentar socializar tornava um pouco difícil remoer sua dinâmica familiar.

Naquela manhã, após sua aula de Defesa Contra as Artes das Trevas, Sebastian decidiu ir acompanhar o treino de Quadribol. Não tinha nada melhor para fazer e como Scorpius havia convidado, não custava nada dar uma passada. Talvez se interessasse o suficiente para tentar uma vaga no time.

Enquanto caminhava, uma menina da Lufa-Lufa se aproximou timidamente. Não tinha ideia de quem era, mas decidiu ser simpático para não causar péssima impressão. Não foi difícil para ele entender que as pessoas da Sonserina eram consideradas mesquinhas e pouco sociáveis.

— Oi! – a menina o cumprimentou timidamente – Você é o Sebastian Malfoy?

— Fontaine. – Sebastian a corrigiu e ao ver a menina ficar sem graça, ele completou – Mas se quiser, posso ser Malfoy. Não tenho preconceitos.

— Sábado vai ser minha festa de aniversário e eu... – ela olhou para as próprias mãos, onde havia um convite. Não tinha a menor ideia de como convidar um estranho para a sua festa, mas suas amigas haviam desafiado a fazer isso.

Sebastian arqueou a sobrancelha e deu uma rápida olhada em volta. Viu um grupo de meninas observando os dois como se fossem objetos expostos em uma vitrine.

— Qual é o seu nome? – Sebastian perguntou, abrindo um sorriso – Escute, eu sei que você é uma pessoa tímida e algo me diz que só está aqui por causa daquele grupo de meninas que não param de nos olhar. Se eu estiver certo, apenas abra um enorme sorriso. Se é show que elas querem, é um show que elas vão ter.

A menina ergueu os olhos para Sebastian, incapaz de acreditar que ele já tinha sacado tudo. Suas bochechas queimaram e ela apenas concordou, abrindo seu melhor sorriso.

— Meu nome é Melanie Smooter.

— Ok, posso chamar você de Mel?

Ela apenas concordou, ainda mantendo os olhos fixos em Sebastian.

— Mel, por que você veio me convidar para a festa?

— Porque as meninas fizeram uma aposta e eu perdi. Então o desafio era vir até aqui convidar você: o misterioso novato.

Sebastian deu uma risada e balançou a cabeça. Aquela era uma situação típica de adolescentes más que queriam ver a amiga mais tímida se ferrar.

— Escute, Mel, você vai me entregar o convite agora e, se me permitir, eu vou beijar seu rosto. E então você vai voltar e dizer que não só vou a sua festa no sábado, como fiquei muito grato, ok?!

Melanie concordou mais uma vez e em seguida entregou o convite para Sebastian. Assim como o combinado, ele aceitou o convite com um enorme sorriso; em seguida, ele se curvou e beijou seu rosto, fazendo com que a menina ficasse ainda mais vermelha.

— Então, Mel, nos vemos no...

— LILY!

O grito de Harleen interrompeu a frase de Sebastian. Seus olhos foram guiados para onde Harleen segurava Lily e gritava por ajuda. Sem pensar duas vezes, Sebastian saiu correndo e rapidamente pegou a menina em seu colo.

— O que aconteceu? – Ele perguntou enquanto corria com Harleen a seu encalço.

— Eu não sei. Ela disse que se sentia indisposta e ia se deitar. E então desmaiou – Harleen disse com lágrimas nos olhos – A culpa foi minha por não ter obrigado ela ir a enfermaria!

Sebastian rapidamente olhou para Harleen que chorava desesperadamente. Ela precisava se controlar ou ele seria obrigado a carregar duas meninas para a enfermaria.

— Harleen, a Lily precisa de você agora. – ele disse pausadamente – Procure Rose e peça para ela vir até a enfermaria. E em seguida vá até o campo de quadribol e chame Albus. Você pode me ajudar? Você pode fazer isso?

Harleen concordou com a cabeça, enxugando os olhos com as costas das mãos.

— Ótimo! Agora vá.

Harleen deu uma última olhada para a amiga e correu a procura de Rose, enquanto Sebastian correu para a enfermaria com Lily. Querendo ele ou não, sua vida havia se tornado uma montanha russa de um lugar chamado Lilyland.

~*~

Albus adorava os treinos de quadribol. Era a única parte de seu dia que era capaz de melhorar seu humor 100%. Voar era seu passatempo favorito e ele pensava seriamente em seguir a carreira de jogador. Graças a Merlin, seus pais também adoravam o esporte e apoiavam totalmente sua decisão. Esperava apenas que seu talento surpreendesse os olheiros de times famosos para assim ter uma chance real.

Assim como seu pai, Albus era apanhador. Era uma função que ele exercia praticamente de olhos fechados e algumas vezes até demorava para capturar o pomo de ouro apenas para dar maior emoção ao jogo. Scorpius era o capitão e artilheiro, enquanto Will era um dos batedores. Os três poderiam passar horas conversando sobre táticas e planejando em qual time iriam jogar quando se formasse. Pretendiam seguir melhores amigos até o fim da vida e para não se afastarem era bom que o mesmo time de quadribol contratasse os três ou não daria certo. Não conseguiam se imaginar sendo rivais em qualquer coisa, mesmo que fosse em um jogo.

Aquele dia estava nublado e Albus tinha certeza de que a qualquer momento cairia uma tempestade – o que era bom de certa forma. Era bom que eles treinassem suas manobras com a chuva, assim não enfrentariam problemas caso se deparassem com essa situação no próximo jogo contra a Corvinal.

Ele estava tão distraído com o pomo de ouro nas mãos que levou alguns segundos para perceber que o time já não encarava mais Scorpius e sim uma figura que se aproximava do campo correndo: Dominique.

Albus tinha consciência de que sua prima era extremamente linda e que os garotos olhavam para ela quase babando, mas naquele dia ele se incomodou com isso.

— ALBUS – Dominique gritou fazendo sinal com a mão para que descesse.

— Dominique, eu estou no meio de um treino – ele gritou de volta. Não estava voando tão alto, então era possível dialogar aos gritos.

Dominique revirou os olhos. Não era possível que Albus pensasse que ela estava ali para dar um recado qualquer. Ela detestava quadribol, detestava qualquer coisa que envolvesse esportes. Jamais perderia seu tempo indo ali se não fosse importante.

— ALBUS SEVERUS POTTER, NÃO ME FAÇA IR ATÉ AÍ. – ela gritou impaciente.

Albus estreitou os olhos e entregou o pomo de ouro para Scorpius. Em seguida voltou para o solo e caminhou em direção a menina.

— Dominique, eu...

— A Lily está na enfermaria. Ela...

Albus não esperou Dominique completar a frase. Ao ouvir o nome de sua irmã na mesma frase com a palavra “enfermaria” simplesmente correu de volta ao castelo sem nem tirar o seu uniforme.

Scorpius e Will, ao verem a cena, foram em direção à Dominique.

— O que aconteceu? – Scorpius perguntou rapidamente.

— A Lily desmaiou. O Sebastian a levou para a enfermaria e acho que a Rose já está lá. – ela explicou – Eu preciso pegar a mochila do Albus, e...

— Vai atrás dele antes que ele tenha um ataque. – Will falou rapidamente – Nós levamos a mochila e o uniforme.

Ao ver Dominique correr de volta para o castelo, Scorpius se virou para o time e gritou:

— O treino foi suspenso. Recolham suas coisas e voltem para o castelo.

Will e ele foram ao vestiário trocar de roupa e recolher todo o material. Merlin devia estar castigando eles por alguma coisa, pois só isso explicava tantos acontecimentos ruins no mesmo dia.

~*~

N/A: Olá!

Mil perdões pela demora e por terminar o capítulo assim. O próximo deve vir até o fim de semana, eu prometo. Esses últimos dias foram corridos, por isso o sumiço de quase 1 mês (ou mais? Não lembro!).

Muito obrigada por continuarem acompanhando e por comentarem!!! Espero que o fim de ano de vocês esteja sendo maravilhoso.

Até a próxima!!!

Beijinhos,

Marls.


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