Aprendendo a Amar escrita por Moon Queen


Capítulo 10
Veneno


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, consegui arrumar um tempinho e resolvi tentar escrever mais um pouco hoje. Talvez eu fique sem conseguir escrever pelo resto da semana, estou meio atarefada com os trabalhos da escola.Espero que gostem e não me matem depois.
Um beijo, um brigadeiro!



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Já fazia alguns dias desde que Annabeth propôs a Percy que fossem morar em Londres, as palavras se enrolaram na ponta da sua língua, mas era a verdade. Seria como um grande recomeço, ela poderia dar aulas em outros lugares alem do quê, o veria realizando os seus próprios sonhos. Não tinha nada haver com o fato de sentir que devesse alguma coisa a ele, fazia por que sentia em meu coração que só seria verdadeiramente feliz se ele também estivesse feliz. Não saberia bem dizer o que sentia, mas é como se os seus pensamentos volta e meia se voltassem para ele, sentia o coração acelerado toda vez que ele se aproximava e sentia como se borboletas voassem livres pelo seu estômago quando seus lábios selavam-se aos dela em uma dança lenta e envolvente.

—Uma moeda pelos seus pensamentos!- Percy ofereceu ao ver que ela nem ao menos fingia prestar atenção no livro em suas mãos.

—Você ficaria bem confuso com eles advertiu. -advertiu sorrindo forçadamente.

— Você está estranha desde a visita da sua avó, ela te disse alguma coisa?- perguntou sucinto.

—Ela não disse nada.

Era mentira, as palavras da mulher ainda atormentavam seus sonhos e faziam sua cabeça girar como um carrossel desenfreado. Se ao menos Thalia ainda pudesse lhe dar algum conselho, uma alternativa completamente maluca e que no final daria certo. Se ao menos tivesse coragem de perguntar diretamente a Percy sobre suas duvidas.

—Tem certeza disso, depois da visita dela, você até mesmo sugeriu que morássemos em Londres. Sei que aceitei, mas gostaria de saber por que você tomou essa atitude tão repentinamente?

—Não foi repentinamente, na verdade eu já vinha pensando nisso desde que nos acertamos, esse casamento começou como um erro, mas agora...

—Eu sei, é isso que eu também sinto, começou de uma forma inusitada. Mas eu sempre gostei de você Annie, de maneira diferente de agora, mas eu sempre gostei. - confessou. - Você não quer mesmo perguntar alguma coisa, te conheço desde que usava fraldas, você está com aquela cara de que quer aprontar alguma coisa.

—Estou?- perguntou confusa, aparentemente o seu rosto estava normal.

—Você franze a testa quando pensa demais, e morde os lábios quando esta nervosa, e seus olhos estão escuros, como no dia que escondemos o par de sapatos preferidos do seu pai.

—Eu não tenho cara de quem vai aprontar!- exclamou com as maçãs do rosto avermelhadas. - Eu só estou confusa com todas as mudanças que vem acontecendo, você que eu gosto de tudo planejado, mas as coisas estão saindo do roteiro e eu não sei o que fazer.

***

Era uma manhã de domingo, Annabeth se arrumava para um agradável passeio, seu marido na noite anterior sugeriu que eles andassem pela praça e almoçassem na confeitaria, um estabelecimento muito prestigiado e que servia de ponto de encontro para as damas finas da sociedade, Annabeth até tentou relutar sugerindo que almoçassem em outro lugar. Não tinha muitas boas lembranças, sempre que podia sua avó a arrastava para lá em busca de que a garota melhorasse das suas “ideias malucas”. Mas Percy insistiu muito, argumentando que agora a companhia seria muito melhor.

—Katie, você pode tirar o resto do dia de folga. - disse ofegante, enquanto a garota apertava o espartilho.

—Não vão voltar para o almoço?- perguntou tentando ao mesmo tempo se concentrar em apertar os fios do que mais parecia ser um aparelho medieval de tortura.

—Não!- sentiu suas costelas se comprimirem, e a peça finalmente se ajustando ao corpo. - Você pode ver o como ele se chama mesmo? Ahh claro, você pode ver o senhor Travis Stoll.

—Annabeth!- repreendeu constrangida. - Não sei de onde tirou essa ideia de que ele possa nutrir algum sentimento por mim.

—Ele não tirava os olhos de você!- cantarolou provocativa. - Mal prestou atenção nos negócios, alem do mais Percy me disse que ele se interessou por você senhorita Gardner.

—Isso é impossível. - começou. - Eu sou uma...

—Mulher linda, solteira, inteligente e outros adjetivos. - concluiu a frase da moça que certamente não terminaria daquela maneira. Mostrou dois vestidos, um de cor azul e outro rosa. - Qual deles é o mais bonito?

—Os dois são lindos, senhora, e o rosa é muito bonito. - informou.

—Então pode ficar com ele. - empurrou o vestido nas mãos da garota, que tentou negar. - Aceite, é um presente, ele ficará bem melhor em você do que em mim.

—Mas...

—Ele é seu agora. - deu fim a conversa. - Você acha que azul combina comigo?

—Obrigada. -sorriu agradecida. - O azul certamente combina com a senhora.

—Então esta decidido. - afirmou.

—Isso não tem nada haver com o fato de que o patrão ama azul, não é?- sugeriu provocativa, sentindo o gosto da revanche nas bochechas coradas de Annabeth.

—É claro que não tem nada haver com isso. -tentou contornar inutilmente. - Tudo bem, me rendo satisfeita?

—Claro que sim, as coisas estão mudando bem depressa. -concluiu risonha, saindo do quarto e deixando que Annabeth terminasse de se aprontar.

***

—Vamos sabidinha, não seja tão chata, é só um almoço!

—Você não sabe o que eu passei indo para lá!-retorquiu birrenta.

—Mas, agora você vai comigo, uma companhia bem melhor não acha?

—Tenho serias dúvidas. - rebateu brincando.

—Eu vou te buscar.

—Você não se atreveria!-ameaçou semicerrando os olhos do outro lado da porta.

—Tudo bem, vamos almoçar em outro lugar, agora abre a porta ou nos atrasaremos para o passeio. - disse fingindo um suspiro de alto sofrimento, o que pareceu ser o suficiente para engana-la, pois no mesmo instante ela abriu um pouco a porta.

—Tem certeza?

—Absoluta. Nada de confeitaria.

—Você jura?- perguntou desconfiada.

—Juro. -escondeu os dedos cruzados atrás das costas.

Ela abriu a porta, não muito, só o suficiente para que Percy jogasse a mulher nas costas como um saco de batatas.

—Seu, seu, seu... Grandessíssimo mentiroso. -soprou o ar pela boca inconformada.

—Isso se chama trapaça querida. - rebateu começando a caminhar até as escadas com sua esposa murmurando o tempo todo sobre o quão grosseiro isso foi.

—Você vai derrubar nos dois daqui!- informou ao vê-lo descer o primeiro degrau. -Pretende me levar o caminho todo desse jeito?

—Se for preciso sim querida!- afirmou. - Você me prometeu que iria!

—E você jurou que nada de confeitaria!-lembrou.

—Você prometeu primeiro!

—Isso não tem nada haver!

—É claro que tem!

—Não tem não.

—Sim.

—Não.

—Sim.

—Não.

—Você parece uma criança.

—Não pareço.

—Parece.

—Quem está sendo criança agora?

—Eu posso te deixar cair daqui sabia?

—Mas não vai deixar por que você não consegue mais viver sem mim. - brincou sarcástica.

—Você é bem convencida, baixinha!

A campainha tocava e Annabeth viu sua chance de escapar.

—A campanhinha esta tocando. -avisou.

—A Katie pode atender. - rebateu.

—A Katie esta de folga. -informou. - Eu terei que atender.

—Vamos nós dois então.

—Você enlouqueceu? Não podemos atender a porta desse jeito. -afirmou.

—Tarde demais. - disse Percy, tão entretida na conversa mal reparou que eles estavam em frente à porta.

Assim que Percy girou a maçaneta, perdeu o ar por alguns instantes, colocou uma Annabeth confusa no chão, e quando ela se virou pode ver claramente os cabelos cor de fogo presos no alto da cabeça feminina, olhos verdes brilhando como uma faca bem afiada. Um sorriso de desdém enfeitava os lábios vermelhos da mulher.

—Á quanto tempo Percy!- sibilou nostálgica.


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Notas finais do capítulo

E ai gente? Comentem o que acharam, o que precisa ser melhorado. Farei de tudo para atender as sugestões de vocês.
Até a próxima!