The Secret escrita por Arya, Letty Akabane


Capítulo 3
02 - O tempo que é sempre para sempre.


Notas iniciais do capítulo

AYO GG -q
FINALMENTE, EU SEI! DEMOROU, MAS SAIU!
Aliás, feliz ano novo para quem lê e eu nn dei. O que acho difícil, essa categoria está tão parada que todos se conhecem. Parece aquelas cidades pequenas que se um peida, todos sabem quem é que peidou? Pois é. -q
Como podem ver, temos uma co-autora agr, a Letty. Ela ajudou a escrever o capítulo e está encarregada da famigerada mortes dos personagens, coisas psicológicas e por aí vai. Além de que ela tbm... ENFIM, ELA É UMA OUTRA AUTORA TBM!
Boa leitura. ♥



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Aquele dia estava nublado, com uma enorme aura de tristeza no lugar assim como os rostos dos alunos que, infelizmente, não encontraram o corpo da Aki para ter mais semanas em luto no colégio.

Desse dia calmo, eu começo falando de Amélia Gray. Uma garota que chama a minha atenção com sua beleza e aura ao chegar no local, dividindo o quarto com duas outras meninas, Irene e Malina.

Mal tinha chegado e já estava arrasando corações de todos com seus olhos azuis e cabelos negros, cujo agora estavam amarrados em um rabo de cavalo enquanto seguia para a sua sala de aula. Sentou-se na terceira cadeira da fileira do meio, colocando a perna em cima da outra enquanto começava a ajeitar seu material em cima da mesa.

Como dito, ninguém estava feliz por estar ali, e Amélia Gray-Stan apenas queria se jogar no chão e dormir eternamente. Até eu me jogaria, se não estivesse ocupado demais narrando essa história fatídica para vocês, mas até que vale a pena já que, daqui a pouco, as coisas vão se animar.

Depois disso, os alunos foram entrando pouco a pouco e tomando conta da sala, cada um com seus companheiros de dormitório ou amigos do ano passado. Ela viu um garoto, Osamu, retirar uma das cadeiras do fundo com a ajuda de um ruivo, o que a deixou meio intrigada. Será que mais alguém morreu? Os lugares eram marcados.

Logo olhou ao lado, vendo Malina, a sua companheira de quarto, sentando-se ao seu lado com um sorriso no rosto, colocando o cabelo atrás da orelha. Ela acenou a mesma, virando-se para a garota quando notou que ela ia começar a falar.

Sendo ambas do segundo, já tinham se conhecido no ano passado, assim como o resto da turma.

— Senhor… – disse Malina olhando a todos. – A sala do primeiro é muito melhor.

— Sim. – disse Amélia. – Cadê a albina?

— Ela é do primeiro ano.

— Sério? Pensei que era transferida. – disse Amélia passando as mãos no rabo de cavalo e apoiando a cabeça na mão. – Ela é bolsista?

Malina afirmou.

— Primeira colocada e irmã do… – ela apontou brevemente para um garoto dormindo em cima da mochila do outro lado da sala, sendo cutucado por Kabeyama. – Dimitri Morozov.

Amélia arqueou a sobrancelha. Ela tinha uma boa relação com o Morozov, mas pelo o pouco que falou com a companheira de quarto, ela ficou com uma impressão que não se dariam ala tão bem assim. Além do mais, ambas tem uma personalidade muito parecida, com isso elas se chocam e entram em colapso.

É difícil de entender, mas não impossível. Pessoas muito parecidas podem ser amigas, mas no caso de Amélia e Irene, onde as personalidades são iguais e, por parte da Morozova pelo menos, a sua personalidade é um grande problema, acaba que as duas podem cair no tapa a qualquer momento. E se isso rolar, não se preocupe, seu narrador está sempre em todos os lugares.

Eu sou o fofoqueiro do colégio, digamos assim. Megane fica no chinelo quando se trata de mim. Deveria tentar entrar para o clube de jornalismo? Ah, acho que não, deve ser bem irritante, principalmente com Megane naquele local.

Se tem alguém tóxico nessa escola além de Osamu, esse alguém era o Megane Kakeru. Parece que só vive na escola para criar discórdia e polêmica em vários assuntos, além de algumas de suas fofocas e contos engraçados da sala torna-se um ato de bullying incontrolável.

E lá vamos de novo para Ezra Estranho, entrando na sala. As garotas viram o menino passando direto por Osamu e sua gangue, que não fizeram nada, e logo entenderam o porquê. Nem precisaram ficarem confusas ou coisa do tipo.

A cadeira que eles tinham tirado era a de Ezra.

— Você não é ninguém. – disse Osamu de longe. – Não precisa de uma cadeira, estava a mais na sala.

O garoto fechou os olhos e apertou o punho, segurando-se para não voar na cara do homem, e logo respirou fundo quando a professora Hitomiko entrou na sala, dizendo para todos irem aos seus lugares. O garoto tentou dizer a ela que faltava uma cadeira, mas a mesma apenas o ignorou, o que o fez encarar Midorikawa do outro lado da sala, que estava levemente preocupado, com ódio e sentou-se no chão, começando a escutar a aula e copiar o que tinha no quadro olhando pelo o espaço entre as fileiras da cadeira. De início, Amélia não ligou, apenas deixou rolar, no entanto Malina estava exausta daquilo.

Quando eles iam crescer? É um pergunta que a ruiva se fez, e que eu, como um narrador anônimo, me faço toda vez que narro uma loucura dessas. A professora não ligando, os alunos o achando mais estranho ainda, Osamu rindo e rodando um papel com mensagens ofensivas até chegar em Souji.

Malina notou e pegou do garoto da frente, leu e rasgou em quatro pedaços, jogando para o ar e pegou seu caderno e estojo, indo para o fundo da sala e sentando-se atrás de Ezra. O menino, a princípio, olhou-a assustado, mas logo sorriu abertamente e feliz com a situação.

Depois daquilo, Amélia demorou dez minutos para empurrar a cadeira para trás e fazer a mesma coisa que a amiga ruiva. Pela a primeira vez, Ezra Estranho não sentiu-se completamente estranho e sozinho assim.

Malina e Amélia ficaram felizes por ter feito aquilo, no entanto Osamu não ficou nem um pouco. Ele encarou aos meninos de seu grupo, fazendo um sinal com a cabeça.

Aquele sinal que apenas gente do grupo entendia. Mas, como um narrador de primeira classe, eu também sei! Felizes por isso, não? Mereço uma salva de palmas.

Aquele sinal significava “lista negra”.

Com isso, Malina e Amélia foram muito corajosas e boas, mas infelizmente a sua bondade não as salvaria das mais traiçoeiras de um destino.

***

Tirando o que aconteceu com o Erza estranho, nada de interessante aconteceu na realidade a aula em si foi um saco.

Nesse momento  em que se encontramos, continuando nosso foco na dupla Amelia e Malina, elas se dirigiam a próxima aula até a Grey notar que havia esquecido seu livro. Inteligente, porém lerda. Como vai a aula sem o livro da matéria, Amelia Grey-Stan?

Acompanhá-las durante o trajeto da sala até o quarto de novo não vai ser a lá muito interessante já que conversavam sobre coisas aleatórias que não possuem relevância alguma para a história, caminhavam tão calmamente que nem pareciam que tinham aula que provavelmente nesse ritmo chegariam atrasadas.

Não que eu me importe, porque eu realmente não ligo se elas se atrasarem ou não. Se elas estiverem atrasadas, posso dar um jeito de ambas nunca irem mais a aula.

E isso é uma boa ideia, afinal.

Mas, chegaram no quarto com tempo de ir e voltar mais três vezes no mesmo ritmo.

Entraram no quarto e Amelia se pôs a procurar seu livro na mala onde os guardava. E é ai que chegamos na minha parte favorita da coisa sobre a pequena garota de belos olhos cristalinos.

Ela tinha achado o livro, estava do lado dela, no entanto ao ver que realmente não tinha visto outra coisa em seu devido lugar, aquilo a assustou completamente. Ela ficou desnorteada e desesperada.

Vocês devem estar se perguntando o que ela viu não é?

Ou seria melhor o que ela não viu?

—  Amelia. — chamou Malina pela a terceira vez colocando a mão em seu ombro. — Precisa de ajuda? — Malina perguntou olhando a companheira de quarto.

— Não, está tudo bem. Obrigada — A morena respondeu ainda mexendo nas suas coisas — Estou só conferindo se realmente é só esse livro que irei precisar, afinal ninguém merece voltar duas vezes ou mais para quarto só para buscar um livro.

Ah, mas com certeza não estava tudo bem não é Amelia? Quem estaria?

Essa realmente foi uma boa mentira apesar de achar que poderia ter sido melhor, mas Malina estava nem notando sobre ela mentir ou não, estava distraída em pensamentos aleatórios como chegar atrasada na aula.

Mas, não vamos julgá-la por ter sido uma péssima mentirosa. Afinal, a morena está em pânico e não pode contar o que aconteceu a jovem ruiva. Mas, vocês não são a jovem ruiva adorável, por isso eu irei contar a vocês o que houve. Não se preocupem.

A  jovem Grey escondia sua arma em um bolso escondido da mala onde ficavam seus livros, e iria disfarçadamente a colocar escondida em sua roupa por se sentir meio vazia sem ela, já que sempre estava com a mesma. Tinha essa arma devido a seu pai ser muito protetor, na realidade maníaco por segurança. Ela é até boa em pontaria, se quiserem saber sobre isso.

Até aí, de boas. “Nada demais”, comum termos uma arma em nossa roupa ou mala no dia a dia. E se, por acaso, ela encontrar o bolso aberto onde guarda sua arma quando não está em seu corpo e além disso, não tem sinal da arma em lugar nenhum….

É, ela realmente tem motivos para ficar em pânico, não

Afinal, uma arma em mãos erradas não é muito bom. Divertido sim, porém ruim. Muito ruim.

E por isso eu amo.

***

Deixando as duas garotas de lado, vamos agora para outra pessoa. Não que essa me agrade muito, sendo bem honesto.

Na realidade preferia continuar observando elas, mas convenhamos ficar focando apenas em uma pessoa seria muito chato. Qualquer pessoa, focada demais, faz você ficar meio cansado dela. Mas, algumas pessoas como essa de agora, nem precisam ser focado para me deixar realmente no tédio.

Esse ser humano com quem me encontro agora, não que ele saiba, é Mike White.

Realmente não gosto dele, se você estiver se perguntando o porquê de toda essa implicância minha com o garoto, eu direi: O  garoto é muito elétrico para o meu gosto, mais que o Pikachu, e eu não entendo como as garotas em geral o acham atraente. Talvez porque ele é surfista? Que tenha um sorriso encantador?

Ok, eu odeio ele, mas aquele sorriso é bonito. Olha a arcada perfeita, duvido que usou aparelho.  

E mesmo com tal sorriso e aparência, para mim, ele é apenas mais um garoto australiano rico que surfa e parece que toma energético de café da manhã todo dia. Até que ele me surpreenda com suas atitudes, ele é o mais vulnerável dali ao meu ver.

Pensando aqui agora, se fosse morrer como será que seria? Que tal afogado em uma piscina? Morrer na sua maior paixão, seria poético não?

Ok, desviamos demais do assunto.

O garoto moreno procurava energeticamente Irene Morozova cujo tinha como dupla dele no trabalho. Foi uma escolha interessante da Hitomiko colocar os dois juntos, por vários motivos como eles serem completamente opostos por exemplo, mas creio também pelo fato de que a Irene tem seu ponto forte em exatas principalmente, enquanto  Mike realmente é péssimo em química. Ele odeia química, nota-se pela a cara que ele fez no momento que percebeu que teria a matéria logo no primeiro dia, em dois tempos seguidos.

O White estava feliz por saber que é com Irene, apesar de que provavelmente ele ficaria feliz em cair com qualquer pessoa contanto que ela fosse boa em química. Entretanto se fosse eu, não ficaria feliz em cair com ela. Ao menos que fosse imune a veneno de cobra russa albina. é capaz da garota nem olhar na cara dele durante o trabalho ou alguma explicação, e ela tinha uma aura que até me assusta. E olha que quem tinha que se assustar aqui é ela, não eu.

Como uma pessoa pode ser tão persistente ao ponto de andar a porcaria do colégio inteiro atrás de outra? Eu não to brincando ele realmente ta andando o colégio inteiro já faz um tempo atrás da albina. Se eles não tivessem trocado apenas uma palavra, que foi um “Oi!” do Mike que foi totalmente ignorado, diria que é amor.

Mas óbvio, é por interesse. O que não fazer por nota?

Enquanto o ser andava pela escola olhava curiosamente tudo ao seu redor, o que não me surpreende já que ele é extremamente curioso, porém logo sua atenção foi tomada por uma garota de cabelos ruivos completamente enrolada com seus livros que acabaram de chegar.

— Quer ajuda? — perguntou.

Ele foi se aproximando da garota que o olhou assim que ouviu a pergunta, tinha notado apenas naquele momento a presença do White, já que estava ocupada com suas coisas. Ela pensou por um tempo se aceitava ou não a ajuda, o que eu realmente não entendo, não precisa pensar só dizer logo sim ou não.

— Eu adoraria. — respondeu com um leve sorriso agradecendo a ajuda. — Estou os levando a biblioteca, pode vir comigo?

Hasuike An.

A ruiva de olhos verdes mais adorada daquele colégio.

Para mim ela é apenas uma figurante que vive sendo esquecida no churrasco. Sabe aqueles personagens que não entram no anime por serem bem inúteis? Hasuike é uma delas.

Pelo menos ela é mais legal que o White, ao meu ver.

Eles foram andando para a biblioteca conversando sobre o primeiro dia deles, Hasuike reclamava dos professores já saberem quem é quem e viver pegando no pé dela na tentativa de a fazer acordar para as aulas de química, pois sabe que é seu ponto fraco.

— Então… Como foi seu primeiro ano? — Era possível notar a curiosidade na voz do White.

— Uma droga! — exclamou irritada só de lembrar. —Eu gostava de gente que não devia, realmente devo ter vênus em virgem*! Sério!

— Vênus em que? — perguntou Mike confuso.

— Ignora.— disse Hasuike. — Eu gostei de dois garotos, e eles me deram um fora. Briguei demais com os meus amigos, fiz coisas vergonhosas. Atualmente eu sinto muita vergonha do meu primeiro ano.

— Nossa…

— Sério, não goste de ninguém e nem tente fazer muitas amizades. No final, só sobra umas três no segundo ano porque você pegou ranço do resto. — disse Hasuike e Mike caiu na risada. — Sério! Eu tenho um ranço de cada aluno da sala.

—Bom, tem mais conselhos sobre eu conseguir passar direto?

Hasuike pensou um pouco.

— O professor de matemática, no primeiro bimestre, fez prova surpresa. E no terceiro tbm. Tome cuidado, ele gosta de nos testar. — Haisuke respondeu a pergunta do garoto. —  Principalmente se você for alguém bem parecido com a “gangue” do colégio.  — disse fazendo aspas. — Chamo de gangue porque eles só fazem bosta, para sermos educados e não falarmos palavras rudes no meio da instituição educacional.

Ela falou e acenou a inspetora, que a olhou de relance como se estivesse de olho e a garota apertou o passo junto a ele.

— Ela é um saco. — sussurrou. — Enfim, não sei se você viu, mas tem um garoto narigudo que está sempre de casaco e cabelo amarrado em rabo de cavalo, falando alto e implicando com um menino que, só de passar por ele, você sente uma depressão enorme.

— Acho que eu sei. Estava implicando com um tal de Ezra Estranho. — disse Mike.

— Sim, o nome desse garoto que implicava é o Osamu.  — Hasuike abriu a porta da biblioteca com as costas. — Ele tem uma "gangue", digamos assim, e o professor sempre os testa e acaba meio que abrindo caminhos para os outros alunos se ferrarem com provas surpresas.

Ela levou os livros até a secretária da biblioteca e assinou a entrega deles, então voltaram a sair do local, já que queriam continuar conversando.

— Osamu é inteligente, ele só está um pouco abaixo no ranking porque seu ponto fraco é geografia e ele tem um péssimo comportamento, então os professores não são muito felizes por ele estar no dormitório A. — disse cruzando os braços enquanto andava. Mike a escutava atentamente, curioso.

— Nossa...— disse Mike. — Que merda, Osamu.

— Pois é. — ela falou rindo.

Eles se olharam e Mike ia abrir a boca para puxar outro assunto. Queria perguntar sobre Edgar e Tobitaka, os garotos que morreram, e se ela sabia o porquê de tudo aquilo. E claro, ela sabia.

Sabia de coisas que bom… Não é legal ele descobrir agora.

Se tem uma pessoa que sabe de alguma coisa na sala do segundo ano, é a adorável Hasuike An. Não que ela seja culpada por ter feito algo, mas sim por não ter feito. Ou não, é com vocês.

O fato é que: Cada um tem seus defeitos, e isso vale para Hasuike também. Ela é muito adorável, mas o fato de que ela não gosta de se envolver em assuntos da vida dos outros pode acabar em um resultado infeliz.

Como já acabou, nao é Hasuike?

Mas creio que ela não lembre.

— HASUIKE, SUA PATA LESA! — gritou uma garota que impediu que Mike falasse qualquer coisa.

Ambos pararam e viram uma garota de cabelos azuis escuros e curtos, com olhos da mesma cor. Ela era baixinha e parecia estar muito empolgada, nada fora do comum de Haruna Otonashi.

— Eu finalmente baixei.... — Haruna logo notou que interrompeu algo e se virou, sorrindo a Mike. — Oi… Você. Desculpa.

— Oi. Prazer, meu nome é Mike, mas se quiser pode me chamar de “você” mesmo. — disse e a menina riu, ajeitando os óculos de grau na cabeça.

—Meu nome é Haruna. — disse sorrindo e logo olhou Hasuike. — Baixei Doki Doki Literature Club.

— Oi? — Hasuike perguntou surpresa. —MEU DEUS! Como?

— Pedi ajuda a aquela garota que conheci na festa, Irene, e ela baixou para mim. Era de graça! — disse Haruna e as duas deram pulos de alegria que fizeram Mike rir.

Ah, muita alegria me enjoa. Talvez seja alérgico.

Mike nem ligava sobre ter sobrado na conversa, até que escutou o nome “Irene” e automaticamente levantou a cabeça. Parecia ter visto uma luz no fim do túnel, e sua mente colocou Haruna em um patamar de anjo por ela ter aparecido ali.

“Anjo”... Tenho certeza que não existe um aqui. E se tiver, talvez seja o mascote da escola, o cachorro do diretor que se chama Bob. Ele sim é um anjo.

Seu único pecado é ter um latido insuportável, mas fazer o que? Não consegue falar.

— Com licença.— ele disse sorrindo interrompendo as duas. Elas o olharam como se dissessem: “O que o macho quer agora?”. — Irene?

— Não, Haruna. — disse a garota apontando para si. —Irene nos ajudou a baixar o jogo.

— EU ESTOU ATRÁS DELA FAZ OITENTA E QUATRO ANOS! — exclamou pulando e Haruna se encolheu um pouco. — Me diga que sabe aonde ela está, mesmo que estiver me iludindo.

— Ela disse que vai pegar Dom Casmurro para ler na biblioteca. — disse calmamente e Mike deu um abraço na garota de alegria.

Hasuike pensou um pouco e olhou Mike, que soltou Haruna no qual ria brevemente.

— Você está atrás da Morozova?

— Sim. Quero falar com ela.

— Ela não é tão simpática, só baixou o jogo porque eu implorei para ela por “oitenta e quatro anos”. Ok, eu emprestei um absorvente a ela, então ela ofereceu baixar a mim como algo em troca, para ficarmos quites.  — disse a de cabelo azul. — Se fosse você, investia na Hasuike que…

— TUDO BOM? — perguntou apertando a bochecha da menina e Mike sorriu para impedir a vergonha.

Ele olhou a porta da biblioteca no final do corredor e viu uma garota de cabelos brancos entrando no local, o que o fez arregalar os olhos e sair correndo atrás dela, nem ao menos dando um “tchau” para Hasuike, que ficou de braços cruzados.

— Não acredito. Até meus futuros amigos me trocam por uma garota mais bonita — disse cruzando os braços e Haruna caiu na risada, a pegando pelo o braço e puxando para jogar.

***

Madrugada sempre é algo curioso, não? Tudo escuro, para alguns ninguém percebe que ela está ali porque estão dormindo, mas, para outros, ao acordar nela, pode ser um verdadeiro pesadelo. Se eu estivesse vivo, duvido que dormiria no horário de recolher que é nove horas da noite. Provavelmente fingiria estar dormindo enquanto mexia no celular, leria um livro escondido ou apreciaria a delicada madrugada.

Tão misteriosa e escura.

Como uma Dama da Meia Noite.

Duvido muito que a madrugada foi feita para dormir, e sim para se pensar. E talvez Melanie pense o mesmo, enquanto escrevia uma história apenas sua no celular, um romance que deve ser realmente bonito, portanto o meu interesse para eles não é tão grande.

Na realidade nem existe. Prefiro histórias de terror.

Falando em histórias de terror, eis aqui uma cena clichê de terror acontecendo com Melanie e a mesma nem se dando conta. Afinal, quem acharia que tem um tipo de “ser” ao lado dela a observando? Ninguém. Só eu, o Narrador, sei aonde estou.

Ou talvez vocês saberiam também? Afinal, se eu estou narrando tal cena, eu provavelmente estaria aqui, não? Apenas dando uma ideia.

Melanie escutou um barulho, era o som de algo quebrando. Baixo, mas para quem estava acordado era audível. Ela mordeu os lábios e escutou o barulho novamente, então levantou para ver.

Péssima ideia, não? É como aquele ditado: A curiosidade matou o gato.

Saiu do quarto rapidamente com os pés descalços e seu pijama, apenas colocando um casaco verde musgo por cima com o capuz, começando a andar calmamente pelo os corredores ao escutar o barulho. Seguia de onde vinha o barulho calmamente, com cuidado para não fazer nenhum barulho, assim ficando na ponta dos pés.

Ela desceu as escadas e foi em direção a sala principal, a vendo vazia por um momento. Ou não, você nunca sabe o que tem na poltrona de couro virada de costas para você.

Apenas dando uma dica: Se você está andando por um lugar que foi construído a mais de doze anos, provavelmente seria bem legal se você conferir se não tem alguém morto, uma assombração. Claro, para isso, chame os irmãos Winchester, até porque… Você acha mesmo que conseguiria combater a uma assombração?

Voltando a Melanie, que olhava atentamente para todos os lugares, ela escutou um breve barulho de outra coisa quebrando, o que a fez dar um pulo e escutar que vinha da cozinha. Respirou fundo, sendo um breve frio e se agarrando ao casaco.

Querida, nunca lhe falaram que, quando você sente frio do nada, quer dizer que tem um fantasma por perto?

A pequena garota que nem 1,50 cm exatos tem andou calmamente e abriu a porta da cozinha, onde ela viu um garoto sem blusa, apenas de samba canção quebrando pratos. Ele estava de costas, e a garota recuou brevemente, mas acabou pisando em uma madeira solta da fazendo um barulho que fez a pessoa se virar a mesma.

— G-genda? – perguntou. – Nossa, que susto!

Genda Koujirou foi um garoto que ela conheceu na fatídica noite da festa. Ela se encantou por ele a primeira vista, não tinha visto um garoto tão adorável quanto ele em sua vida. Bom, sinto dizer a Melanie que dessa vez, não vai ser bem assim.

— Você está bem?

Ele se virou a ela e a garota se aproximou, olhando a quantidade de pratos e coisas quebradas, além de uma poça de sangue. Ela arregalou os olhos e olhou Genda nos olhos, e eles estavam vazios. Sem vida.

— Genda?

E então ela notou a arma em sua mão e arregalou os olhos, correndo. O garoto atirou, mas a menina se abaixou rapidamente e empurrou a mesa da cozinha para cair em cima dele. A garota abriu os armários da cozinha e viu um spray de pimenta, e logo atirou na vista do mesmo enquanto o empurrava e tentava tirar a sua arma com a mão.

Ela mordeu seu braço com força e a arma caiu no chão.

—O que houve? – perguntou uma garota colocando os óculos de grau e se assustando com a cena. – Meu Deus!

Melanie a olhou, jogando Genda na parede e se deparando com uma mão. Não viu o resto do corpo, apenas fechou os olhos brevemente e passou. A garota pegou a arma do chão com um pano e deu as mãos a Melanie, saindo correndo dali.

— Segurança! – exclamou a garota de óculos e cabelos pretos ondulados. Seus olhos eram puxados e da cor azul petróleo. Era uma garota bonita, e rápida ao ver de Melanie.

Por mais estranho que pareça, o corredor parecia ficar cada vez mais e mais longo, elas não conseguiam ir até a saída. Também era estranho que, com toda a agitação, apenas ambas tenham acordado. E eu posso dizer uma coisa a vocês? É por isso que eu adoro brincar com futuras vítimas em potencial.

Em um piscar de olhos, Melanie ficou tonta e perdeu o equilíbrio, assim como a garota de óculos cujo chama-se Satomi. Se eu fosse alguém que dava para narrar o que estava fazendo, provavelmente eu iria cruzar os braços e ficar bem decepcionado. Controlando Genda, desacordado, o garoto levou Melanie e Satomi para o quarto. Elas achariam que era apenas um sonho? Bem provável.

O moreno, após isso, foi-se dormir após jogar a samba canção pela a janela, colocando uma nova e se deitando. Nem se lembraria de ter feito aquilo, ou daquela samba canção. Mas provavelmente Satomi e Melanie iriam achar aquele sonho muito realístico, ou aleatório, talvez até vão descobrir que não era um sonho – e essa seria a melhor parte da história delas.

***

Depois de algumas horas, quando o sol começou a nascer, Fudou já estava de pé na cozinha, comendo torrada que tinha feito. Também iria andar um pouco para relaxar antes das aulas.

Obviamente, a cozinha estava sem corpo, sem sujeira e muito menos uma mesa jogada no chão. Estava intacta, posso até dizer que fiz tudo voltar para o seu devido lugar. E fiz um bom trabalho com o tal corpo.

Será que posso revelar quem é? Provavelmente, o cadáver já está entrando em decomposição de tanto esperar ser nomeado.

Bom, com vocês, Hitomiko Kira. A professora de química mais adorada pelo os alunos.

O problema de Fudou é muito comum em qualquer outro ser humano:Dificilmente estão preocupada com o seu redor ao acordar, então não repara em uma cena macabra de uma mulher, sua professora de química, com a garganta cortada na poltrona de couro da sala principal, onde uma garota de cabelos longos em uma cor laranja-acastanhado estava de frente para a parede branca do local. Fudou nem se tocou dela, e se tiver se tocado, acharia que ela apenas acordou cedo pelo os mesmos motivos dele: Comer em paz, sem a confusão toda que tem na hora do café da manhã.

Colocou os fones de ouvido escutando One Ok Rock, colocou o celular no bolso e lavou o que usou calmamente, mexendo com a cabeça. Depois disso, secou-se suas mãos em uma toalha macia e branca que tinha ali, depois passando as mãos na calça apenas para secar direitinho e pegou o celular, tentando mandar mensagem para Kidou avisando que estava de saída.

Sendo honesto, eu gosto de One Ok Rock. Posso dizer que Fudou tem um adorável gosto por música. Principalmente essa, Clock Strikes. De longe, a minha favorita deles.

“Believe that time is always forever.”

Acredite que seu tempo é sempre para sempre.

Essa parte é inspiradora. E, para todas as coisas inspiradoras desse mundo, precisamos de uma homenagem. Não se preocupe, eu cuido disso. Um tempo que é sempre “para sempre”?

Fudou saiu da cozinha após não conseguiu área, e foi em direção a porta e a abriu com a chave do dormitório, distraído. Assim que tentou sair, ele se bateu com alguma coisa e recuou, olhando para frente e vendo que não tinha nada. Tentou sair novamente, mas logo deu de cara com “alguma coisa” que o fez recuar e acabar tropeçando no próprio pé e caindo.

Dimitri, que descia as escadas, e Yasmin, uma garota morena de cabelos castanhos, ao lado dele olharam o tombo e o loiro foi o ajudar, passando as mãos no cabelo meio desarrumado e estendendo a outra a ele.

— O que houve?

Fudou o olhou e levantou com a ajuda dele.

— Não conseguimos sair. – disse e apoiou a mão “ao nada”. Dimitri esticou os braços para fora do local e acabou esbarrando em algo que ele não podia ver.

—Que diabos? – perguntou o loiro. –O que é isso?

Será que eu devo explicar? Ou não? Ah, já estamos no final, então deixa para o próximo capítulo.

Eles escutaram Yasmin gritando e olharam para trás, correndo para a sala. Foram até ela, e logo tiveram que segurar a vontade de vomitar ao ver o pescoço de sua professora cortado e com a arma do crime, uma faca, pendurada nele.

Eles olharam logo para a parede enquanto a garota colocava a mão na boca, e ela estava escrita em sangue e com uma garota caída no chão, com os dedos sujos de um sangue que provavelmente não era o dela.

Isso a faria uma assassina?

Yasmin viu que a garota começou a ter uma convulsão e correu até ela junto aos meninos, onde Dimitri fez primeiros socorros, já que seu avô tinha esses problemas. Fudou tentou ligar para a ambulância correndo enquanto Dimitri pegava uma almofada e a colocava debaixo da cabeça da garota enquanto afrouxava a sua roupa.

— Ei! – exclamou Yasmin brevemente e Dimitri retirou um colar que tinha em seu pescoço e abriu a blusa de botão do pijama da mesma. Ele virou a garota para o lado e Yasmin se levantou.

—Eu não estou no momento para ser julgado como um tarado. – disse Dimitri seriamente e a garota concordou. – Preciso de algo para a Elizabeth morder. Algo que não machuque e que não seja duro.

Yasmin rasgou a própria blusa em um grande pedaço e enrolou, colocando na boca dela. Fudou o entregou mais almofadas e colocou ao redor dela, enquanto Dimitri apenas amarrou  cabelo com um elástico que tinha no pulso e voltou a prestar atenção na mesma.

E então Fudou prestou atenção na parede após mais uma tentativa falha de ligação, voltando a ligar novamente para a ambulância. Ele arregalou os olhos.

— Ah… Gente.

— Não posso olhar agora.

Yasmin virou-se e arregalou os olhos.

—O que é isso?

Dimitri olhou rapidamente antes de voltar a sua atenção a garota.

—O que está escrito?

— Eu não sei. – disse Fudou. – Não entendo nada.

Na parede, em sangue no qual Elizabeth, de acordo com o nome que Dimitri disse, estava escrito algo fora do comum. Não dava para entender nada, estava totalmente confuso e estava cheirando muito mal, ou talvez aquilo fosse o cadáver de Hitomiko. As letras estavam embaralhadas, e tinha um ponto de interrogação no meio das supostas palavras que diriam alguma coisa.

DEH?KIL WEL RHO

O que é aquilo? O que está acontecendo? Isso é um pesadelo? Foram todas as perguntas que Fudou fez enquanto continuava nas tentativas falhas de ligar para a ambulância, e Dimitri quase perdia a paciência enquanto cuidava de Elizabeth por ninguém atender do outro lado da linha.

Poderia explicar a você de um modo fácil, mas seria muito chato que vocês descobrissem tudo agora, apenas com as minhas falas, não? Então… Porque não um pouco de mistério? É sempre mais divertido.

— Me diga que isso é um pesadelo.– sussurrou Yasmin.

Oh, pequena Atsuki, infelizmente terei que a desapontar. Isso é pura realidade, você deveria saber disso, já que a realidade nua e crua assusta mais que um pesadelo de mentira.


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Notas finais do capítulo

* Vênus em virgem: É um modo de dizer, para as pessoas que entendem de mapa astral, que a pessoa é trouxa. Pq o vênus em virgem diz, além de muita coisa, que normalmente as pessoas gostam de gente que não é muito para ela, mas mesmo assim gosta. Espero que tenham entendido.
Perguntinha do cap: Você gostaria de viver em um tempo que é sempre para sempre? Sim ou não?
Lembrando que as respostas alteram o rumo da fic, sendo ele bom ou não. Ou seja... Paz. -q
Tumblr da fic: https://raimon-school-news.tumblr.com/

XOXO



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