The Secret escrita por Arya, Letty Akabane


Capítulo 1
00 - Prólogo.


Notas iniciais do capítulo

E AE PESSOAS, TUDO BACANA? Não? Ok.

Bom, mais uma interativa minha, dessa vez de terror e... É, segue o baile. Não sei o que falar nas notas iniciais pq eu quero postar logo pra almoçar e estudar pra minha prova de amanhã mais do que eu já estudei... Por isso...

Fichas nos avisos da fic e nas notas finais. E espero que gostem. Foi apenas uma introdução, ok?
XOXO



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A festa no Internato Raimon, um dos melhores colégios onde apenas entra quem é rico e quem tem muito cérebro para conseguir uma bolsa de 100%, para comemorar a entrada de novatos era sempre boa. Pelo menos isso era de acordo com alguns dos meninos do terceiro ano. Fudou, do segundo, estava achando tudo uma perda de tempo, já que eram novatos irresponsáveis e veteranos mais irresponsáveis ainda. Por sorte, eles não estavam no Brasil para se preocuparem com ENEM.

A vida de Fudou nunca foi ala diferente a de um garoto rebelde obrigado a vir a um internato na tentativa de melhorar seus atos. Encontrou um nerd com cabelo estranho e óculos de nadador, dois atletas que algum dia vão se pegar e um garoto russo com cara queimada que come mais que a escola toda junto.

O nerd era Kidou Yuuto, o garoto ao seu lado que estava olhando para todos os lados e vendo o horário, perguntando-se quando ele poderia ir dormir em paz em seu dormitório. No final do corredor, estava Sakuma conversando com umas garotas junto a Genda. Por fim, o loiro russo não estava ali, provavelmente estava conversando com Kabeyama em algum canto, comendo, ou apenas estaria dentro do quarto, dormindo.

Sim, ele não deixou Kidou ir embora. Precisava de companhia, e não iria querer ir ficar falando com várias meninas como Sakuma e Genda fazem, acabando bêbado e metido em confusão devido ao fato do grupo de atletas estar sempre com alguma bebida alcoólica escondida nos dormitórios. Na realidade, estava tentando parar de beber.

No entanto, como isso é o início de uma nova história, o clichê aconteceu. Ele foi se locomover para pegar Coca-Cola para ele e Kidou, mas acabou-se dopando com uma garota extremamente alta e de cabelos brancos, com um vestido preto de manga comprida que ia até a metade de suas coxas, valorizando levemente suas longas pernas.

— Não olha por onde anda? — perguntou em um tom de raiva a mesma, que apenas se abaixou para pegar o seu brinco que tinha caído no chão e saiu andando. — Ei! Não vai pedir desculpas?

— Deixe-a, Fudou.— disse Kidou o entregando a Coca-Cola que teve que ir pegar antes do garoto que servia passar direto. — É uma novata.

— E daí? Ela não entende o que eu falo?

— Claro que entende. Ela só não está afim de falar com um mamute capivara que só sabe usar preto e comprar briga. — disse Kidou sorrindo forçado e Fudou pensou em o dar um soco, mas não o fez por estar o obrigando a ficar em um local que não queria… Merecia um desconto.

Olhou para o chão, vendo que tinha o outro brinco. Ih gente, a menina não usava nada para prender o brinco na orelha? Tinha mão furada? Riu com esse pensamento, pegando o brinco e colocando no bolso. Iria atrás dela, mas assim que estava prestes a sair, Sakuma chamou ele e Kidou para perto.

— Oi? — disse andando até eles. Deixaria o brinco e a garota de cabelos brancos para depois.

***

 

Entre Star Wars e Star Trek, Dimitri nunca sabe escolher o preferido. No entanto, a partir do momento em que soube que a sua irmã não iria para o Internato Feminino de Ballet como planejava, ele decidiu que preferia “Star Morta”. 

Não que não amasse a sua irmã, ele a amava de todo o coração, mas era extremamente chato quando garotos só falavam com ele por causa dela. Além disso, ela naturalmente tira qualquer um do sério.

Sentou-se ao lado de Kabeyama com um prato cheio de salgado e acenou a mão para Kazemaru assim que o viu perdido no meio das pessoas após dançar um pouco com Natsumi, que apenas o puxou para fazer certo ciúmes em Endou. E bem, como Kazemaru queria dançar, acabou ficando na área de dança por um tempão.

Ele deu um breve “Graças a Deus” e colocou um salgadinho na boca, logo fazendo cara de nojo ao sentir que era de camarão. Dimitri pegou uma bolinha de queijo e colocou na boca, logo engolindo e dizendo:

— Não espera eu falar o que é. Já disse em todas as festas que já fomos que os de formato de pastel são de camarão. — disse o garoto e Kazemaru o entregou, e assim comeu. Kabeyama pegou uma coxinha, alegre.

 

— Oh, olha o gordo fazendo gordice. — disse um garoto apontando a Kabeyama, que o olhou e encolheu-se, ficando sem reação ou o que fazer com a coxinha. Dimitri sabia que ele iria começar a se sentir mal por aquilo. — Daqui a pouco nem levanta da cadeira. 

O loiro revirou os olhos e se levantou, colocando as mãos no bolso da calça e virou-se, fazendo a melhor cara de quem estava “putasso” e os olhou.

— Para de cagar pela a boca, o cu está ficando com inveja. — disse o mesmo secamente. — Ou eu terei que quebrar um de seus dentes para você aprender?

O garoto se afastou um pouco e pediu desculpas, saindo andando para o outro lado do hall do dormitório, aonde tinha as festas de quando um aluno entrava na escola.

— Escrotos, não jogo a coca-cola na cara deles porque está gelada. — disse baixinho e se sentou, olhando Kabeyama. — Coma, Kabeyama. Não ligue para eles.

Kabeyama colocou o salgado na boca, meio pensativo. Dimitri bebeu a coca e olhou Kazemaru de relance, logo engolindo o líquido e arrotando. Kabeyama o olhou e riu do barulho alto que saiu dos lábios do mesmo.

— Não ligue para eles. — disse sorrindo. — O que importa é o coração, não o exterior. Pessoas que pensam o contrário não deveriam ser considerados seres racionais.

— Eu que falei isso. — disse uma voz feminina atrás dele. Dimitri olhou para Kazemaru, que ficou com o queixo levemente caído ao olhar para trás e a Kabeyama, que ficou com de olhos arregalados.

— Ah, não… Achei que demoraria mais. — sussurrou baixinho e olhou a figura alta e bela encostando-se na parede. — Olá, Irene.

— Quem é ela? — perguntou Kazemaru, tentando disfarçar e pegando o salgado, virando-se para a frente.

— Minha irmã.

 

Até Kabeyama ficou de boca aberta naquele momento. Kazemaru caiu na risada, mas logo parou e olhou Dimitri, vendo que era sério. Irene colocou um sorriso divertido e sarcástico no rosto.

— Você foi bem caridoso ao deixar o estoque todo de beleza da sua vez para ela. — disse Kazemaru e o loiro revirou os olhos.  — Ou é adotado? Foi achado numa caçamba de lixo?

 — Sim, e sim. E ainda com o rosto queimado, berrando de dor. — disse o mesmo e o de cabelos azuis travou, logo pedindo desculpas. Dimitri sorriu. — De boas, virou até piada interna da família.

 Irene foi até ambos e fez sinal para o irmão chegar para lá, ficando na ponta da cadeira ao lado de Kabeyama. Não se surpreendia por todos acharem a sua irmã aquele “mulherão da porra”, pois sabe que ela é e nem tem como negar. Cabelos longos e albinos, lisos, com uma franja e olhos vermelhos como dois rubis. Alta, magra, é o que podemos considerar ser sonho dos rapazes. Podemos considerar que ela poderia ser uma top model russa, ou até mesmo uma modelo da Victoria’s Secret.

 Infelizmente, o que tinha de bela, tinha de venenosa. Lembrava-se do seu pai, cujo a comparava com um louro-da-montanha, uma flor belíssima que chama a atenção de qualquer pessoa, porém por dentro era venenosa.

 — Ela é a Irene Morozova, mas podem chamar de Irene. — disse a eles. — Poste, esses são o Kazemaru e Kabeyama.

 — Legal.— disse olhando em volta e se levantando após comer um salgado. — Tô indo.

— Para onde?

 — Dançar.

Ele analisou a garota andando até uma menina que estava andando até ela, enquanto tentava dançar no ritmo da música, cujo até ele ficava meio contagiado, mas preferia não dançar naquele momento. Olhou Kabeyama.

— Caralho. Ela tem uma irmã gêmea cega?

— Que bom que não. Uma já é venenosa o suficiente, imagina duas? — disse e o olhou confuso. —  Porque?

— Para eu ter chance. — disse o garoto e Dimitri revirou os olhos.

— O QUE EU DISSE? — sem notar levantou o tom da voz ao mesmo e Kabeyama o olhou.  — Só pessoas escrotas pensam no físico primeiro que o…

— Infelizmente, Dimitri… — Kabeyama o cortou pela a primeira vez na vida, ao invés de ficar calado. — Esse mundo está cheio de pessoas escrotas. 

Kabeyama se levantou e saiu andando, passando reto por seu companheiro de quarto. Kazemaru olhou Dimitri, que revirou os olhos e sentiu uma ira vindo de dentro dele, pronto para caçar a pessoa que voltou com aqueles pensamentos na cabeça de Kabeyama.

 — Não vamos ganhar advertência antes mesmo das aulas começarem. — disse o de cabelos azuis.

 Dimitri se levantou e foi andando na direção que foi o seu amigo, logo Kazemaru foi atrás dele com o prato de salgado em mãos. Infelizmente, Dimitri Morozov sabia que o mundo está cheio de pessoas escrotas, e até todo mundo notar que julgar pela a aparência é irracional, eles teriam que viver no meio daquilo. E, por fim, resta apenas suspirar e dizer baixinho enquanto solta o ar pela a boca um simples: “É a vida”.

 Naquele momento, assim como algumas pessoas daquele local, o que ele mais queria era que a festa acabasse e ele pudesse dormir em paz. Só que, infelizmente, aquele dia comum para o início de uma trama fatídica e miserável.

 ***

Edgar Valtinas era o menino mais popular do terceiro ano. Com sotaque britânico, cabelos mais bonitos que o da Barbie, ele era adorado pela as mulheres e invejado pelo os homens. Conseguia sempre o que queria, e já estava certo que iria entrar na melhor faculdade do país para fazer medicina.

Mas, porque ele estava com seus pulsos e escrevendo “You don't know what we've been through” no banheiro com o sangue? Era a pergunta que Tobitaka fez ao abrir a porta do banheiro do quarto que dividia com o garoto. Além disso, ele estava armado.

— Mas que putaria é essa, Edgar? — perguntou e Edgar apontou a arma para ele, que foi recuando enquanto o menino se aproximava. Parecia ter acabado de sair do banho, já que nem vestido estava.

Seus olhos, uma vez azuis, estavam negros, e ele falava coisas que nem mesmo Tobitaka, cujo sabia cinco línguas diferentes, entendia. O que o garoto sabia era que o britânico não estava ali, em seu corpo.

— Edgar, por favor, larga essa…

Tobitaka não terminou a frase. Edgar colocou a mão no gatilho, e um barulho alto soou pelo os dormitórios. A bala saiu da arma e atravessou a cabeça de Tobitaka. Alguns segundos depois alguém abriu a porta correndo, e Edgar voltou ao normal, com os olhos azuis encarando a arma e depois a Tobitaka caído no chão, junto a uma enorme poça de sangue sendo criada.

Os olhos claros de uma garota baixinha de cabelos azuis arregalaram-se. No entanto, escutou uma voz de alguém vindo atrás dele, sussurrando ao pé de seu ouvido coisas sem sentido ao mesmo, parecia quando alguém falava ao contrário.

E então, quando a garota gritou, ele sentiu a sua mão apontar a arma para a cabeça dele, sem a sua vontade. Arregalou os olhos ao notar que não conseguia controlar-se. E, então, seus próprios dedos puxaram o gatilho.

A garota na porta deu um berro, andando para trás e esbarrando em um menino. Depois daquilo, o som parou e o que novamente marcou na memória das pessoas naquela festa foi a sirene da polícia e da ambulância na área do Internato.

Naquele momento, foi quando essa fatídica história começou. Um dormitório para as salas classe A, algo que não era humano e gritos acabou tornando-se normal na vida dos alunos.


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Notas finais do capítulo

- Fichas: https://docs.google.com/document/d/1cGgbRmdYzQU6HaA1u5Fwr9FM7Eg8ZzH2SJntqxX0kPc/edit?usp=sharing

Não entenderam porra nenhuma? Essa é a intenção. Se entenderam, segue o baile. Anyway, espero que tenham gostado. Esse foi o início, o próximo cap será um pouco mais o tema da fic, esse foi mais de leve.

Enfim, vou almoçar.

XOXO



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