Keep Fighting escrita por swanjonesouat


Capítulo 6
Pior pesadelo (Leiam as notas capítulo)


Notas iniciais do capítulo

Bom gente esse aqui deve ser o capítulo mais violento e pesado da fic inteira, eu acho. Eu não detalhei muito o ato do estupro em si até porque eu não conseguiria mesmo se quisesse. Se você achar que mesmo assim não se sente confortável para ler até o final, não leiam. O último paragrafo é o enredo pro próximo capítulo



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Capítulo 5: Pior pesadelo

Emma on

            Acordo cedo com Ava lambendo meu rosto, acho que um dos únicos motivos que me fazem sorrir ainda é a Ava, ela é como uma filha pra mim. Levanto e faço meus cuidados matinais e visto um vestido longo com mangas mas não me dou o trabalho de fazer alguma maquiagem para esconder meu rosto, até porquê o Sr.Jones já sabia sobre o que estava acontecendo. Desço sendo acompanhada por Ava e tomo apenas uma xícara de leite com uma barra de cereal, em nenhum momento vejo resquícios de Neal. E que continue assim. Acabo de comer, escovo os dentes e saio com Ava que tinha horário no pet shop.

            Após deixar Ava fui á caminho do escritório de Killian, o trânsito estava péssimo pela avenida onde eu estava então decidi pegar um atalho e cheguei mais rápido do que esperava. O prédio no qual eu estava parada em frente era enorme, totalmente espelhado e tinha o nome “JONES” bem na entrada. Entrei e me identifiquei, a recepcionista disse que a sala se encontrava no último andar. Peguei o elevador e enquanto não chegava comecei a pensar se deveria mesmo fazer isso ou se deveria sair correndo o mais rápido possível pra longe daquele prédio e do Sr.Jones, sobre ele em si não sei quase nada além do que uma breve pesquisada na internet, veio de família de médicos, não fala com a família a anos, é um ótimo advogado e o menos importante mas que eu não deixei de pesquisar era se ele era casado, na verdade ele é solteiro, um ser humano daqueles solteiro. Me repreendo imediatamente ao pensar nele e ainda mais em seu estado civil, nós somos colegas e ele irá resolver uma causa pra mim. Apenas. Somente isso. Desperto dos meus pensamentos quando o elevador se abre dando de frente ao um guichê de informações, vou até a moça que sorrir gentilmente

—Com licença, eu gostaria de falar com o Sr.Jones -Falo quase esquecendo do Sr.

—Ah sim claro, um momento -Ela liga para o ramal de Killian o avisando da minha presença- Pode seguir direto e é a primeira porta a direita-Ela fala e sigo o caminho indicado não deixando de reparar o quão luxuoso e bonito era o prédio. Ele parecia ter bom gosto, digo, o arquiteto deve ter bom gosto, junto ao designer claro. Bato na porta antes de entrar

—Pode entrar- Escuto e adentro a sala que parecia uma zona, já já compete com a minha casa.

—Bom dia- Falo sentando em uma cadeira em frente a sua mesa e vejo que o meu rosto machucado já estava sendo analisado

—--Bom dia, esse rosto machucado foi ele?- Ele me pergunta logo de cara, sabia que meu rosto não ia passar despercebido

—Sim.. ontem tivemos uma briga assim que cheguei em casa- Falo lembrando do escândalo que Neal fez ao chegar em casa e abaixo um pouco a cabeça.

—Entendo, a senhora poderia me contar a história de vocês e quando ele começou a se tornar agressivo?- Ele fala pegando o computador e ainda não levanto meu rosto o olhando.

—Eu e o Neal estamos juntos a 3 anos, na época em que nos conhecemos ele era dono de várias empresas que havia herdado dos pais, ele é filho único e por isso tudo ficou pra ele. Ele foi administrando no começo e não aceitava ajuda de  ninguém e acabou falindo todas as empresas até que foram fechadas e ele perdeu tudo, inclusive a casa em que ele morava. Depois disso ele começou a morar comigo, por dois anos tudo foi tranquilo e normal, eu amava nosso relacionamento e mal tínhamos conflitos. Mas de alguns meses pra cá, Neal começou a beber muito e a deixar minha casa toda suja e pura a cachaça me deixando até desconfortável no ambiente onde eu deveria relaxar. A gente brigava e ele levantava a mão porém nunca batia. Dois dias atrás eu recebi meu primeiro tapa e os machucados no braço. Ontem foi um murro, ele me jogou no sótão e só depois me tirou de lá, arrombou a porta do meu quarto e pegou o telefone achando que eu tinha contado a alguém e me ameaçou caso eu contasse algo a alguém- Falo lembrando de todos os momentos felizes que tive ao lado de Neal e que agora a pessoa que eu tenho ao meu lado está mais para um psicopata do que meu namorado. Sinto algumas lágrimas descerem contra a minha vontade. Droga.

—Compreendo que seja difícil mas a senhora não desejaria fazer uma denúncia e que ele fosse preso até o dia da audiência?-Eu realmente já havia pensado em fazer alguma denúncia, mas era o Neal, ele era bom em fugir e eu poderia me prejudicar mais ainda no final então era “melhor” deixar do jeito em que eu me encontrava.

—Em quanto tempo será a audiência?- Falo sentindo o desespero tomar conta do meu corpo ao lembrar que Neal poderia piorar até o tempo que fosse estimado e não sei se aguentaria até lá.

—-Pode demorar em torno de um mês porque já existe muitos casos na frente, mas eu tentarei fazer o possível para que eu possa encurtar esse tempo- Eu sabia que um mês era muito tempo, mas confiava na palavra de Killian já que ele tentaria encurtar o tempo.

—Eu irei esperar, não quero correr o risco de não conseguirem pegar o Neal e ele ficar solto por ai- Falo lembrando que Neal era ótimo em despistar e se esconder. No mesmo minuto sinto meu telefone tocar e nem preciso olhar no visor para saber quem era, Neal. Ele com certeza havia percebido que eu sair de casa e ainda sai com a Ava. -É ele- Encaro o celular por um tempo com medo do que eu posso ouvir caso atenda.

—Se não quiser atender, é sua escolha- Ele fala também olhando para o telefone mas sei que se não atender seria pior quando chegasse em casa.

—Se eu não atender vai ser pior, com licença- Falo e atendo o telefone já ouvindo algo se quebrando

Neal: EMMA ONDE VOCÊ ESTÁ?- Ele gritava ao telefone, se os meus tímpanos não estourassem agora eles nunca mais estourariam

Emma: Decidi andar um pouco pela cidade, o que foi? -Pergunto tentando parecer prestativa mas ao mesmo sentia o olhar fixo do Sr.Jones em mim mas ele parecia está em outra dimensão.

Neal: Eu quero a minha namorada imediatamente aqui agora, Emma! Você tem 20 minutos pra chegar aqui.- Ele fala e desliga o telefone, droga como eu ia chegar em casa com transito, tinha que pegar a Ava. 20min era pouco demais, eu precisava correr.

—Está tudo bem?- Sr.Jones me olhava e sinto que meus olhos lacrimejavam, eu não ia conseguir chegar em casa a tempo e com certeza iria apanhar mais uma vez.

—Eu preciso ir pra casa, eu ligo depois para obter mais noticias e observações- Falo me levantando rápido e me aproximando da porta

—A senhora tem certeza que quer ir embora? Podemos contatar a policia, eles irão lhe ajudar eu lhe garanto- Ele fala mas logo faço não com a cabeça sabendo que essa com certeza não era a melhor ideia.

—Não posso Sr.Jones, não posso correr esse risco. De qualquer forma agradeço pela sua ajuda e tempo-Falo indo em direção a porta quase a abrindo

—Tentarei manter a minha palavra e diminuir o prazo da audiência- Ele fala em tom claro e alto para que eu entenda e apenas guardo aquela informação, eu iria precisar.

—Obrigada, bom dia-Falo abrindo a porta e saindo rápido nem esperando o elevador e descendo os 22 andares correndo e descendo o mais rápido possível. Já havia se passado 5minutos e eu ainda estava entrando no carro e saindo cantando pneu até o pet shop. Pego Ava rapidamente mas o transito e sinais em Seattle resolveram não ajudar.

            Chego em casa com 31min e encontro Neal sentado no sofá e com o olhar de ódio e a cara séria

—Eu disse 20min Emma, SERÁ QUE NÃO FUI CLARO? – Neal fala se levantando e jogando um vaso na parede

—E-eu tive que pegar a Ava no pet shop e ainda teve o trânsito- Falo o olhando com sinceridade e coloco Ava no chão que sai correndo com certeza assustada.

—Quando eu digo 20min é 20MIN, NÃO 30,40,50. VOCÊ ME ENTENDEU?- Ele fala se aproximando de mim e começa a desabotoar o cinto me fazendo arrepiar todos os pelos do meu corpo

—N-Neal o que v-você v-vai fazer? – Falo me afastando mas logo meu corpo se choca contra a parede mas ele continua vindo na minha direção com o cinto em mão me fazendo o olhar com puro medo em meus olhos.

—Ensinar a lição, de que quando eu dou uma ordem você tem que obedecer sem desculpas- Sou jogada contra o sofá e sinto o atrito do couro do cinto com a minha perna fazendo a área arder, Neal não era nenhum maromba, mas ele tinha força. Sinto mais uma vez a ardência nas minhas costas, eu gritava e implorava para que ele parasse, mas parecia que eu gritava com a parede. Três, quatro, cinco, seis , sete, e na oitava ele para. Eu já não sentia minhas pernas e minhas costas e braços queimavam como se eu tivesse jogado água fervendo em mim, meu choro já havia cessado e estava apenas minha feição de medo e pavor. Sou arrastada pelo braço o que me vez sentir mais dor por conta da pressão e da ardência que estava antes. Em poucos minutos sou jogada no sótão novamente e a porta fecha bloqueando qualquer entrada de luz, fico alguns minutos parada, sem me mexer e depois fica tudo escuro.

            Não sei quanto tempo se passou, mas quando acordei continuou nesse sótão imundo  e posso ouvir ratos andando pelos cantos, fico encolhida no meu canto mas começo a ouvir passos extremamente pesados e a porta é escancarada com pura violência.

—RESOLVEU ABRIR A BOQUINHA EMMA SWAN? – Neal fala e se aproxima de mim fazendo com que eu trave e não consiga emitir um som se quer, mas logo um tapa é depositado em minha face- NÃO VAI RESPONDER?

—D-do que você está falando? – Falo realmente perdida sobre o que diabos ele estava falando, ele olhou o histórico do meu telefone? Eu tinha apagado. Ele me seguiu?

—EU TO FALANDO DE VOCÊ TER IDO ATÉ AQUELE ADVOGADOZINHO E TER ABERTO A BOCA PRA ELE – Neal fala e joga a carta de intimação na minha cara. Realmente Sr.Jones estava cumprindo a palavra de agir rápido

—SIM EU FUI! EU CANSEI DE SER SEU SACO DE PANCADAS! EU CANSEI DE TE AGUENTAR AQUI, VOCÊ NÃO É MAIS O NEAL QUE EU CONHECI – Falo cuspindo as palavras, agora que ele foi intimado o que mais ele poderia fazer? Já apanhei bastante, apanhar mais não é novidade.

—EU TAMBEM CANSEI DE FINGIR SER O BONZINHO DESSS HISTÓRIA. FORAM BONS OS ANOS FELIZES MAS EU JÁ CANSEI DE VOCÊ SAINDO SEM ME DAR SATISFAÇÕES DE ONDE VAI, COM QUEM, QUE HORAS VOLTA, VOCÊ É MINHA E NÃO TEM QUE FICAR DE CONVERSA COM NENHUM OUTRO HOMEM – Ele fala com o dedo na minha cara, mais uma vez

—EU FUI ATÉ LÁ SIM, EU CONTEI TUDO, FALEI DE TODAS AS SUAS AGRESSÕES E DAS EMPRESAS QUE O IDIOTA FALIU. JÁ APANHEI E AGORA VAI FAZER O QUÊ? ME BATER MAIS? POR QUÊ VOCÊ SÓ SABE FAZER ISSO! ME BATER COMO SE EU FOSSE UM SACO DE BOX! -Falo e ele apenas me olha com o olhar negro, parecia que estava possuído

—Você vai ver o que eu vou fazer -Neal sai me arrastando até o quarto onde me joga em cima da cama e não consigo nem pensar por conta dele rasgar o meu vestido com brutalidade e começa a passar a mão sobre o meu corpo me causando náuseas

—O- o que você ta fazendo? ME LARGA- Falo tentando chuta-lo mas eu não conseguia, ele era forte demais

—Vou apenas me divertir com a minha namorada, o quê? Não pode?- Ele fala indo trancar a porta e pego o celular rapidamente  e disco o número da primeira pessoa que me vem a mente, Sr.Jones.

—-Alô-Ele fala do outro lado da linha

—-Socorro- Só consigo dizer isso antes de Neal jogar o celular longe me puxando novamente. Eu não conseguia pensar, não conseguia fazer nada além de mexer as pernas tentando afasta-lo e gritar implorando pra que ele parasse, mas ele apenas ria mais e mais da minha cara como se eu tivesse contando uma piada. Quando ele finalmente fez o que ele queria e eu podia sentir sangue escorrendo pelas minhas pernas eu já não me mexia, já não pensava mais, já não falava, meu olhar estava parado e meu cérebro parecia que havia parado de captar qualquer acontecimento que viesse a acontecer.

            Neal se afastou de mim rindo e eu apenas com muita dor consegui me enrolar em um lençol e ir pro canto da cama, eu já não me sentia eu mesma ou sentia alguma coisa, eu tinha vergonha do que eu era, vergonha de mim e nojo da pele que me cobria, mas apesar de tudo, eu estava surtando por dentro por saber que tudo aquilo havia sido minha culpa, eu duvidei, eu o desafiei e depois? Eu paguei as consequências.

            Estava tão desligada do mundo e de tudo ao meu redor que não vi o Sr.Jones chegando, ele e o Neal lutando, eu não ouvi nem vi nada, eu estava ocupada demais me auto condenando pelo o que havia acontecido. Como eu pude ser tão idiota a ponto de ir atrás de ajuda? Como eu pude desafia-lo?

            Ouço uma voz me chamando e apenas reconheço que não era do Neal, era do Sr.Jones, por mais que ele não pudesse ter impedido nada ele veio, ele estava me ajudando agora e por impulso o abraço em um ato de desespero e em uma busca cega por algo que me fizesse se sentir segura. Sinto lágrimas saírem dos meus olhos e logo não consigo controla-las e elas saem descontroladamente e sinto que estou encharcando a blusa do mesmo.

—Obrigada-Falo agradecida por ele ter vindo  está ali naquele momento comigo mas rapidamente vejo Neal e apenas grito sem conseguir me mover – SR.JONES!- Mas Neal na mesma hora taca uma barra de ferro na cabeça do próprio, ele não estava bem amarrado a cadeira

—Own que lindo, pena que esse novo casal não vai durar nada- Neal fala e logo saca uma arma

—O quê? Vai me matar? Já matou a minha alma o mínimo agora é matar o meu corpo, ficarei agradecida a não ter que viver mais com nojo de mim mesma, com a culpa- Falo ainda gaguejando e sentindo algumas lagrimas continuarem rolando.

—Não você, ele – Neal fala e aponta a arma para Killian que havia desmaiado por conta do impacto e apenas fico na frente do mesmo fechando os olhos e ouvindo o tiro ser disparado.


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Notas finais do capítulo

Não sei se conseguirei postar esse fim de semana, NÃO É CERTEZA. Acho que vou me dedicar as minhas tarefas de férias que a bendita da escola passou.
Não vou falar muito sobre o assunto, mas assim como na fic é normal vitimas de violências (qualquer que seja ela) se sentirem culpadas, mas elas NÃO são em hipótese alguma. Mesmo que haja pressão, manipulação ou qualquer que seja algo dando a ideia de que a vítima é culpada, NÃO aceite porque nunca é, nunca foi e nunca será.
Textão? Um pouco mas enfim, byeeee



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