Magic Runes escrita por Rodrigo Lima


Capítulo 6
Capítulo 6: A primeira missão


Notas iniciais do capítulo

Então, fiquei um tempo sem conseguir postar, período de prova, tava difícil fazer qualquer coisa, mas to tentando recuperar o ritmo e voltar a postar.

Dante e sua nova mentora, e também sua madrinha, Cíntia se dirigem até o Pantanal Mato Grossense para uma missão de nocaute e captura de uma Criatura Éterana.



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Cíntia e Dante esperavam o trem para poderem ir até o local da missão, missões do país inteiro eram enviadas para todas as guildas registradas, logo pessoas de lugares diversos poderiam aceitar essa missão. Depois do período da segunda guerra e com o surgimento do Éter o Brasil assumiu uma postura diferente, investindo na indústria interna e em ferrovias, desde então o principal meio de viagem interna no país se tornou o trem.

A missão no qual o Guardião do Relâmpago acompanharia a maga do vento era no Mato Grosso, próximo da região do Pantanal, havia relatos de uma criatura Éterana que havia surgido por lá. O Éter de alguma forma não despertou apenas nos humanos, mas sim na Terra, isso fez alguns animais sofrerem mutações, criando espécies diferentes, que foram vulgarmente chamadas de “monstros”.

Os dois se digiram para o trem e então começaram sua viagem.

Após um tempo de viagem Cíntia reparou que Dante parecia inquieto, como se estivesse nervoso ou algo parecido – Está ansioso, Dante? – perguntou sorrindo.

— E não deveria estar? – respondeu com um tom de voz animado – É a primeira vez que vou presenciar uma missão de verdade, e ainda por acima contra um monstro.

A maga do vento o olhou com um olhar de repreensão – O nome correto é “Criatura Éterana”, não são monstros, são animais como os outros, tanto que nós não devemos mata-los, mas sim nocauteá-los e devolve-los para os seus lugares. – explicou ela dando um sermão no Guardião.

— Desculpa – disse soltando um sorriso sem graça – Você já lutou com essas criaturas né?

— Sim, é normal acontecer, a guilda recebe até que uma quantidade grande de missões envolvendo essas criaturas. – explicou – Mas tenha certeza que é muito mais fácil do que lutar contra um outro mago, ou ainda um mago negro.

— Acho que sei como é... – soltou um sorriso triste lembrando-se do massacre de sua escola.

A maga do vento arrependeu-se, ela esquecera que Dante, assim como ela, lutou contra uma maga negra antes. Inconscientemente suas pernas começaram a tremer, assim como seus braços. A lembrança das crianças de sua escola morrendo, e a sua falha em protege-las, começaram a atacar. Era como se ela estivesse em um transe, num lugar sem nada, escuro, onde a alma daqueles que morreram por conta da falha dela estivessem tentando arrasta-la para o inferno, parecia que sua mente, sabendo do sentimento de culpa que Cíntia carregava, estivesse criando uma punição por conta de seu erro.

Embora tudo isso se passasse em sua mente, seu corpo não reagia da mesma forma, ela estava parada, apenas com suas pernas e braços tremendo, ela olhava para o nada, com uma expressão de susto, e então, sem soluçar nem nada, lágrimas começaram a correr por seu rosto – “Eu não mereço ser uma maga...” – era tudo o que passava em sua mente.

O jovem guardião levou um tempo pra perceber o que estava acontecendo, ele ficara olhando para a janela e acabou por não prestar atenção em sua mentora, mas quando as lágrimas começaram a sair a ficha caiu.

— Senhorita Cíntia? – perguntou preocupado com um olhar triste – Está tudo bem? Aconteceu algo, precisa de alguma ajuda? Eu posso procurar algum médico se quiser – ele estava assustado, e claramente preocupado.

Ela se virou para Dante, mas parecia que ela ainda estava em transe, a maga do vento colocou sua mão no rosto de seu novo aprendiz, como um carinho materno – Me... perdoe... – disse com uma voz fraca, quase inaudível.

Dante não entendia o que estava acontecendo – Perdoa-la? Como assim, tia Cíntia? – ele ficava cada vez mais preocupado.

No momento em que o jovem guardião falou “tia Cíntia” ela voltou a si, era como se a fala de Dante, da época em que ainda eram próximos, tivesse feito ela retomar a consciência. Ela olhou confusa, retirou sua mão do rosto de Dante, limpou as lágrimas e com um sorriso disse – Acho que devemos nos preparar, daqui há uns 20 minutos devemos estar chegando. – Dante a olhou confuso, com preocupação em seu olhar, mas decidiu deixar isso de lado e fazer como ela instruiu.

“Ela agiu estranho, era como se nada tivesse acontecido, como se não tivesse estado daquela forma poucos segundos antes. Ela tinha se esquecido? Não, na verdade, eu descobriria depois que tudo o que ela queria é ter esquecido, apagar do seu coração aquela mágoa, mas isso não acontece. Talvez se eu tivesse sido mais maduro naquela hora, eu poderia ajuda-la...” – Dante Gabriel.

Depois de um curto período de tempo eles chegaram ao local, pegaram sua bagagem e desembarcaram do trem. A expectativa era de que fosse apenas uma missão de nocaute e captura, nada além disso, então tinham se preparado para chegarem no local e voltarem para casa no mesmo dia. Por conta disso sua bagagem se resumia a apenas uma mochila, com alguns mantimento e poções de cura rápida, caso houvesse algum ferimento grave durante a execução da missão.

A maga do vento e o jovem guardião logo se puseram a ir ao local do cliente, a pessoa que fez o pedido da missão, que era um mercador que vivia na cidade de Cáceres, em Mato Grosso. Então rapidamente se puseram a ir ao encontro do cliente da missão.

— Você já esteve fora do Rio antes, Dante? – perguntou Cíntia com um tom feliz em sua voz, parecia que o incidente do trem não havia ocorrido, ou era ela que fingia muito bem que não havia ocorrido.

Dante resolveu não tocar no assunto do trem e seguir a conversa que sua mentora havia iniciado – Acho que sim, mas faz muito tempo, eu devia ter uns 3 anos, se eu não me engano meu pai ainda estava vivo. – respondeu sorrindo. O pai de Dante havia morrido faziam 10 anos, ele era o Guardião do Relâmpago, a marca de guardião era passada de geração em geração, mas por algum motivo o pai de Dante passou a marca para sua esposa ao invés de pedi-la para manter guardada até seu filho poder usa-la. Mas Dante não se preocupava com isso, pois de qualquer modo ele agora havia herdado a magia de guardião.

A caminhada deles até o local continuou, mas quando chegaram a visão não era agradável, a feira que deveria haver ali estava destruída, os mercadores desmaiados não chão, aparentemente nenhum morto, algumas barracas pegavam fogo. Alguma coisa havia acontecido ali.

— M-Mas o que houve? – questionou Dante assustado e confuso com aquela cena.

Dante não havia percebido, ele era um mago iniciante, nem guilda tinha ainda. Mas Cíntia conseguia sentir o rastro no ar, a energia que havia por ali, seus anos de experiência proveram a ela a capacidade de discernir um tipo de éter do outro.

— Será que foi a criatura que viemos nocautear? – perguntou seu novo aprendiz.

Cíntia cerrou o cenho – Não Dante... Essa energia éterana não é de um animal, é de um mago!


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Notas finais do capítulo

Obrigado por terem lido, recomendem a história se gostaram do capítulo e cliquem em "acompanhar" para continuarem lendo o Magic Runes. Não se esqueçam de ver as minhas outras fictions: Devil Hunters; Demons in our Hearts; e Demonic High School.



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