Family Stuff escrita por Liids River


Capítulo 1
Oneshot


Notas iniciais do capítulo

oin vocês.
feliz spidey day
quem vai ver hoje????


meu vcs não existem
sério
como que faz pra agradecer por cada comentário,cada recomendação e cada mensagem linda que eu venho recebendo nos ultimos dias?
Não tem como,cara
Reapareceu leitor ( Miss Lamarr,não acredito ainda que você tá viva.) do nada!
E meu,u recebi mensagem de gente que eu nem sabia que tinha meu número então : muito obrigada. Muito obrigada mesmo cara
Eu não sabia que ia conseguir amar tanta gente sem nem conhecer vcs
Muito obrigada.

AQUI VÃO ALGUMAS FICS QUE VOCÊS DEVERIAM LER.....(é sério)
Do meu amorzinho :
https://fanfiction.com.br/historia/736042/Newtons_Nonsense/

Da minha amoizinha :
https://fanfiction.com.br/historia/736848/Where_is_he/

e que vai ter continuação (ela já me forneceu esta informação/espalhei mesmo,me desculpa)



sobre essa one, é a familia que eu inventei pro Percy. Pra quem é leitor novo,eu aconselho a ler as ones sobre eles,mas se não quiser...também não acho que faça diferença
qualquer coisa,só me perguntar
até lá embaixo.
(não revisei )



DEMI
FICZINHA PRA TI HEIN
OBRIGADA PELA RECOMENDAÇÃO MEU AMORRRRRR AAAAAA



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/737055/chapter/1

Só quando você sentir o batimento cardíaco de outra pessoa a qual você é responsável,é que entendemos a importância da vida.

Profundo,não é?

Aliás,quanto tempo querido leitor. Percy Jackson aqui.

Estou mais uma vez fazendo um relato sobre a minha família. Eu sei,eu sei que há milhares deles no perfil daquela moça louca lá. Já discuti com Annabeth diversas vezes,talvez devêssemos processá-la..

Mas estou eu aqui de novo,com a família um tantinho ( eu diria oito meses) maior.

Você sabe,vai procurar ali os relatos que já tenho aqui. Sabe que eu e Annabeth enfrentamos uma porrada de coisas ao longo da nossa jornada juntos. Sabe que seguramos o céu – literalmente. Sabe que enfrentamos um labirinto juntos. E que tivemos um guerra enorme contra o cara do tempo. Sabe,como ninguém,que perdemos algumas pessoas importante ao longo disso tudo.

Sabe que não tivemos nem dois anos de descanso e tudo começou de novo.

Sabe – e aposto que se sentiu como eu me senti – que fomos separados. De novo.

E fora uma luta para que nos encontrássemos . Fizemos amigos nesse caminho,muitos deles.

E inimigos. Muitos deles.

E hoje,eu dou risada quando me refiro a guerra contra Cronos como “uma grande guerra”. Se eu soubesse que os Deuses,até o mais folgado deles,desceria para que enfretassemos um mal bem maior....bem,a guerra contra Cronos fora uma partida de boliche comparado a isso.

E então,parece que uma era de ouro começou. Quer dizer...mais ou menos. Ainda enfrentamos alguns problemas. Além de agora,tentarmos viver uma vida “normal.”

Tivemos uma filha. Vocês sabem.

Nina Jackson.

Que não,não é abreviação de nenhum nome maior. É só um nome pequeno e cheio de graciosidade como a quem pertence. Então não,não é. Poucos coisas eu posso dizer,me deixam feliz como o sorriso dessa criatura pequena e doce. Até mesmo,seus momentos de fúria.

Fúria...como se alguém tão pequeno conhecesse esse sentimento tão ruim.

Um coração puro,desconhece esse sentimento.

E pelo menos,por enquanto,eu era grato a isso.

Mas nem os meus melhores e maiores sonhos bons,eu poderia imaginar que sobreviveria para ter uma filha com Annabeth.

Annabeth. Ela merece um paragrafo só dela.

Eu sei que vocês estão cansados de ler a mesma coisa quando falo de Nina Jackson. Que era pequena e rosada quando nasceu. Rechonchuda como uma amora. Eu sei que estão cansados de ler sobre seus cabelos negros e seus olhos cinzentos. E de como a sua personalidade era uma variação minha e de Annabeth. É uma das poucas coisas que eu e Annabeth fizemos e que deu certo. Eu sempre digo isso.

Nina,agora um pouco mais velha,era a ajudante de Annabeth com a segunda coisa que havia dado certo entre nós.

Anthony Jackson.

— Vocês dois são uns idiotas. Simplificaram tanto o nome dela e colocaram um nome tão cheio de frufru nele! – Nico dizia,revirando os olhos.

Eu poderia me desculpar por isso,mas não seria certo. Era um nome bonito e eu achava muito poderosos,aliás. Imaginem os monstros correndo quando esse garotinha ficar mais velho. Igual quando alguns deles ouviam “Percy Jackson? Estou fora.”. Eu sabia que Anthony teria um caminho muito complicado sendo filho de quem era. Mas ele teria tempo e treinamento para isso.

Aliás,Annabeth me mataria se visse a palavra “treinamento” nesse relato. Ela sempre diz que Anthony viverá em outro mundo e que não vai precisar lutar para viver. Eu queria muito,de verdade,acreditar nisso. Mas no nossos mundo – o mundo de Anthony – eu não podia me apegar a essas palavras,por mais que quisesse.

Anthony era um eu,só que pequeno. Ele tinha as bochechas rosadas e tinha um sorrisinho desdentado. Era engraçado poque ele vivia sorrindo. Vocês sabem como foi a vinda de Anthony para esse mundo. Sabe que ele chegou e quase tirou Annabeth.

Foi por pouco.

Mas isso não vem ao caso.

Ele,assim como Nina,tinha os cabelinhos pretos. Os olhinhos verdes e a inocência mais doce do mundo. Mais uma vez,assim como quando Nina nasceu,eu tive um instinto protetor com ele. Claro,estava aterrorizado – por mais que já tivesse passado por todo o processo de ser pai. Era diferente,não era uma garoto de novo.

Um garotinho. Meu garotinho.

Por muitas vezes conversei com pessoas que não tinham a menor experiência com filho...

— E aí,eu acho que mijar mijar ele faz na frauda também..né? – Groover perguntou.

— Bem.. –eu murmurei trocando a fraude de Tony – Eu espero que sim. Seria no mínimo estranho se ele fosse até o banheiro,abaixasse a fraude e fizesse xixi no vaso – prendi a frauda e olhei para Grover – E aí desse descarga.

—Muito engraçado. – ele revirou os olhos e sorriu.

Parecia que todo mundo tinh alguma coisa para falar sobre a criação de filhos homens...

Todo mundo mesmo.

No quartinho pequeno estavam : Poseidon, Apollo, Nico e Sr. Frederick Chase.

Duas semanas após a vinda de Anthony para casa. Annabeth,que sofrera um bocado no segundo parto, estava de repouso segundo as indicações médicas de Apolo. Estavam todos eles ao redor do berço do meu garotinho. Era como se Anthony fosse um quadro em exposição.

Revirei os olhos com o meu próprio pensamento. Não queria que ele fosse exposto nem tão cedo.

—...ele tem um rosto tão bonito – Apolo murmurava baixinho. O pequeno,apesar de acordado,não chorava. Dificilmente Tony estranhava as pessoas. Nem mesmo Grover que não tinha a nossa aparência,ele só...observava om seus grandes olhos verdes e as vezes até exibia sua gengiva em um sorrisinho desdentado. – Vai arrasar corações quando for maiorzinho.

— É o meu rosto – me vangloriei,olhando para o pequeno também.

— É,só que nele deu certo – Nico respondeu.

Revirei os olhos. Nico estava sempre ao redor,como se fosse um guardião.

— Você deveria ver quando ele nasceu – sussurrei para Apolo,um tanto irritado. Talvez se o Deus da Cura e Medicina estivesse presente,as coisas teriam sido mais fáceis.

Apolo enrugou a testa e revirou os olhos.

—Não me culpe – ele murmurou.

—Ele tem uma carinha de joelho – Poseidon murmurou.

—Todos eles tem quando pequenos – Apolo explicou. – Alguns.. –ele pigarreou desviando os olhos para Nico – Alguns ainda tem...

—O que quer dizer com isso, Sr. Lantejoulas?!

—Olha o respeito garoto – ele reclamou. – Eu ainda sou um Deus. E se eu digo que você tem cara de criança-

—Isso quer dizer que você está pedindo por uns tapas!

—Ei – reclamei com os dois. – Parou,ou eu vou mandar os dois pro fundo do mar.

Eu ouvi a risadinha tímida do meu pai ao meu lado.

Poseidon tinha a mão acariciando os cabelinhos de Anthony. A feição sorridente,como se estivesse em um momento único. E talvez,ele até estava.

Poseidon estava bem resguardado quanto a seu reino e suas guerras pessoais. Talvez,estivesse vindo um grande momento para sua história e ele não queria compartilhar. Mesmo sendo um Deus,poderoso e cheio de marra...Poseidon era meu pai. E eu me preocupava.

— Não deveria – ele sussurrou na minha cabeça. – Você tem coisas maiores e melhores para se preocupar agora.

Olhei para ele um pouco perplexo e ele deu de ombros,desculpando-se.

Quanto ao Sr.Chase...bem,ele já era apaixonado por Nina. Sempre enchia a garotinha de carinho,afeição e notas de 2 doláres. Coisa de avó,não é mesmo?

Quando ele viu Anthony pela primeira vez,a sua primeira reação fora chorar como um garotinho. Quando viu o Sr. Jackson chorando,Anthony fez a mesma coisa,fazendo com que todos presentes,rissem da situação que ele havia se colocado.

E bem,por mais que eu não quisesse concordar com Poseidon,eu tinha que me preocupar com os meus agora. Já era bem difícil,pois nas primeiras semanas de vida de Anthony,quem cuidou dele,fora eu. Coo eu já comentei,Annebeht precisou ficar de repouso por algum tempo depois do parto.

— ...e você está dando banho nele a 38 graus? – ela perguntou. Puxei o cobertor para cima em seu copo. Ela estava aparentemente bem,mas não arriscaria deixa-la se levantar e tocar com a sua vida ainda. Se Apolo havia dito que ela não deveria,então ela não deveria.

— Isso equivale a mais ou menos morno,não é? –murmurei beijando-lhe a testa. Ela franziu as sobrancelhas e ameaçou se levantar – Não! Você não deve levantar.

—Nosso filho deve estar com hipotermia uma hora dessas – ela sussurrou. Os olhos cinzentos se encheram de água e ela fez beicinho – um beicinho quase (Q U A S E) irresistível. Juntei minha dignidade e acariciei seus cabelos.

—Você confia em mim? – sussurrei,entrelaçando nossas mãos.

Ela apertou e sorriu,levando minha mãos aos lábios.

— Claro que confio.

—Então não se preocupe,mamãe – murmurei.

Ela assentiu e suspirou. Os cabelos loiros soltos ao redor do rosto. Ela tinha planejado cortá-los ante,porém alguma coisa a fez mudar de ideia. Ela deu duas batidinhas ao seu lado,sugerindo que eu me deitasse com ela.

Como eu disse,Annabeth merece um paragrafo inteiro só para si.

Ninguém diria – talvez só Afrodite – que alguém pudesse amar outra pessoa como eu amava Annabeth.Muitos de vocês sabem que eu demorei para perceber que a amava e demorei ainda mais para perceber que ela me amava de volta. Eu amava cada tracinho de seu rosto e sua pele.Amava cada espacinho de seu rosto. Cada curvinha ao redor do sorriso que eu tanto admirava. Cada corada inusitada quando eu elogiava inusitadamente.

Annabeth me irrtava como ninguém,vocês sabem.

Seu jeito teimoso e mandão as vezes me tirava do sério. As vezes,até a sua falta de confiança em algumas coisas,tanto em relação a mim,quanto a si mesma. Algumas das coisas as quais eu não tenho certeza se vocês sabem,mas Annabeth é muito insegura quanto a si mesma em alguns momentos.

Eu queria poder andar com um espelho todo o tempo e quando ela ameaçasse dizer algo negativo quanto à si mesma,apontar-lhe seu reflexo e dizer apenas : Não.

Como namorada,ela era incrível. Eu jamais teria imaginado estar tão feliz quanto quando estávamos namorando.

Como esposa,ela era magnifica. Está aí uma palavra que você,nunca mais vai me ver usar com outro ser humano. Magnifica.

Como mãe,ela aprendia todos os dias alguma coisa nova.  Tnatno com Nina e agora com Anthony.

Deitei-me ao seu lado,encostando minha cabeça no meu travesseiro. Eu estava adorando ser o rosto o qual Anthony gravaria depois do de Annabeth.  Adorava levar ele até ela pelas manhã e vê-la amamentando-o. Gostava de ver seu sorrisinho desdentado quando dava-lhe banho. Ele parecia ser um admirador da água assim como eu.

Amava coloca-lo para dormir. Niná-lo em meus braços enquanto Nina cantava alguma musiquinha. E por mais que parecesse que o pequeno não entendia,funcionava bem. Em poucos minutos,ele estava dormindo tranquilamente.

Não era muito fã de acordar de madrugada com seu chorinho baixinho por conta das cólicas,mas não é só de flores e unicórnios que o mundo é feito não é?

As vezes,tinha que leva-lo para Annabeth de madrugada e deixar que ela o amamentasse de novo. E depois,por conta da cólica,deixávamos ele ali no meio de nós dois,quentinho até que adormecesse de novo.

Annabeth puxou minha mão,até que eu olhasse para ela.

— Eu acho que você está se saindo um pai sensacional,sabia? – ela murmurou baixinho.

Revirei os olhos sentindo meu rosto esquentar.

Assim como eu,Annabeth fazia questão de enaltecer minha presença e quem eu era na sua vida.

Eu admirava isso nela. Poderia fazer uma lista de coisas admiráveis em Annabeth Chase.

— Vem cá – ela me puxou,fazendo-me deitar com a cabeça no vãozinho entre seu ombro e cabeça. Ela deixou uma das mãos em meus cabelos e a outra em minhas cotas,mantendo-me ali. E era tão quentinho que por mais que eu estivesse apertando-a e machucando-a,não me movi nem um centímetro para sair dali.

Passei uma das minhas mãos ao redor da sua cintura e sorri contente. Levantei a cabeça,dando-lhe um beijinho no pescoço,fazendo-a sorrir. Ela virou a cabeça e beijou-me na testa agradecida.

Eu estava quase pegando no sono,porém ela sussurrou :

— Ei

— Precisa de alguma coisa? – sussurrei. Eu deveria ter vergonha,estava quase roncando no pescoço dela,porém fiz-me de atento e acordado.

Ela riu. Há muito eu não conseguia mais enganar Annabeth.

—Preciso de você.

— Também preciso de você – sussurrei sorridente,voltando a me deixar relaxar em seu pescoço.

—...

—...

— Ei

— Sim?

—Eu amo você – ela sussurrou,passando a mão em meus cabelos.

Eu não queria me render ao sono. Talvez Anthony acordasse de novo e precisasse que eu lhe fizesse uma massagem. Ou talvez Nina acordasse com fome e eu lhe faria um sanduiche. Ou talvez ela estivesse com insônia e talvez...eu lhe contasse uma historinha.

A verdade é que Nian estava me ajudando tanto com as coisas,que quando chegava a hora de dormri ela só se jogava em sua cama e dormia.

Era um garotinha de ouro.

— Eu amo maior – sussurrei,jogando-me de cabeça em meu sono.

Ainda assim,ouvi seu risinho baixo.

Que belo mar de rosas,você deve pensar.

Mas como eu disse,nem só de flores e unicórnios o mundo é feito...

Era tarde de domingo enquanto eu arrumava Nina para um passeio no parque. Colocava duas blusas em seu corpinho para que não sentisse frio por conta do começo de inverno. Ela abaixou a touca sobre a cabeça e coçou o narizinho irritado.

—Você sabe.. – murmurei baixinho,arrumando a minha touca na cabeça. – Se quiser ficar em casa....vai ficar um pouquinho frio mais tarde.

—Não papai –ela revirou os olhos cinzentos – Eu não vou deixar você ir sozinho com o Tony.

— Eu posso cuidar dele – murmurei.

—E quem cuida de você ? – ela franziu a testa, arrumando sua cama. – A não ser que você queira ir só com o Tony e ter uma conversa de garotos...

— Ele não fala ainda – murmurei,sentando-me na cadeira do seu lado do quarto. O corpinho ia de um lado promoutro,arrumando a cama. Ela fungava baixinho,talvez fosse o inicio de uma gripe. – Ei...

Ela continuou arrumando a cama.

— Ei,Nina.

— Hun? – ela tossiu,claramente fingindo desinteresse.

—Ei,vem cá – estiquei-me para ela,pegando seu braço. Ela se virou com os olhinhos irritados. – O que foi,hein?

Ela se aconchegou em meu colo,a cabeça apoiada em meu peito. Ela fungou um pouco mais e suspirou ,enquanto eu acariciava suas costas protegidas pela jaqueta.

— O que está havendo? – sussurrei,puxando seu rosto para cima.

Os olhinhos dela estavam marejados.

Aquilo nunca ia parar de partir o meu coração?

Todas as vezes em que eu via Nina Jackson chorando,repensava em tudo que eu havia feito desde que ela havia nascido. Tentava encontrar onde eu estava errando e o que eu poderia fazer para que ela sorrisse o mais rápido possível.

— Não é nada papai – ela murmurou fungando.

—Desde quando você mantém segredos de mim? – sussurrei,passando a mão pelos seus cachinhos e pegando sua mão – Você está com problemas para dormir de novo?

—Não – ela murmurou entrelaçando os dedos nos meus,nervosa. – Não é nada.

—Então por que não acredito em você? – surrei de novo. Ela sorriu um pouquinho de lado e olhou-me nos olhos.

—Porque você é muito incrédulo. – ela se gabou – Eu aprendi essa palavra essa semana.

—Meus parabéns,baby bird – sorri para ela. Porém,teve o efeito contrário...ela sorriu triste e voltou a deixar algumas lágrimas caírem pelo seu rosto. – Ei,não...Nina, o que está havendo?

Ela suspirou,passando o punho fechado pelo nariz. Ela pulou do meu colo,e se ajoelhou na minha frente,com a cabeça baixa. Um tanto irritada,ela puxou a touca da cabeça e jogou-a longe,na cama.

— Eu vou deixar de ser a baby bird agora,papi? – sussurrou.

Algumas pessoas me avisaram sobre. Por quatro anos,Nina fora a única com quem eu partilhei Annabeth e a casa. E o cachorro. A única a qual nós nos preocupávamos e a única que tinha nossa total atenção assim que soltasse um : Papai!

— Nina.. – neguei com a cabeça. Talvez estivesse tão ocupando tentando ser um bom pai que havia esquecido de ser um bom pai. Ajoelhei-me em sua frente,puxando sua cabeça para cima. Os olhinhos cinzentos marejados e o rastro de lágrima nas bochechas rosadas. – Não pense assim. Eu alguma vez já disse que você não será?

—Não,mas-

—Então não – interrompi ,puxando sua mão. – Eu pensei que você estivesse gostando de ter um irmãozinho...

— E eu tô! – ela exclamou. – Mas... – ela negou com a cabeça e suspirou – Deixa pra lá papai.

—Não – puxei seu rosto de novo – Olha,você ter um irmãozinho não quer dizer que você é menos especial que ele,ok? Veja o lado bom disso!

—Qual?

—Você nos conhece a mais tempo – sussurrei como se fosse um segredo – Ou você se esqueceu de que tá com a gente há 4 anos?

Ela riu tímida,as bochechinhas ais coradas.

— E você não se lembra que só você,por enquanto conhece o  castelo do vovô? – lembrei-a. – Quando levarmos o Tony pra lá,você que vai fazer o tour com ele!

Por mais que eu tivesse a impressão de que demoraria um bom tempo até Anthony conhecer...

—Eu gosto disso –ela riu de lado – Você acha que o Tony já sabe nadar?

Eu revirei os olhos para ela.

—Você acha que não?

Nina suspirou,secando as lágrimas que insistiam em cair. Ajudei-a com a delicadeza que havia desenvolvido no passar do anos.

— Eu amo você – toquei a pontinha de seu nariz arrebitado,fazendo-a olhar para mim curiosa. – Você é o começo disso. O começo da mamãe e do papai como família – queria dizer que ela era o começo da conta que postava nossas histórias,mas não queria assutá-la também... – Você,eu e a mamãe.

—E o Jimmy! – ela sorriu de lado.

— Exato – sorri para ela,puxando a manga de sua blusa para baixo. – Eu amo você,Nina. E eu amo o seu irmão,agora. São amores iguais e que não dá pra medir,sabe

—Igual o meu amor por você e pela mamãe? – ela perguntou,coçando a nuca.

—Exatamente,minha garotinha esperta! – beijei seu narizinho gelado e sorri.

Ela considerou por alguns minutos. Inclinou a cabeça de lado e assentiu algumas vezes como se concordasse com o que eu dizia. Por fim,ela se jogou em cima de mim,abraçando-me apertado.

— Tudo bem,acho que entendi.

— Isso é muito bom –acariciei seus cabelos e sorri.

Ela se afastou por alguns minutos e deu-me um beijo na bochecha,sorridente.

— Vamos papai – ela sorriu,correndo e pegando sua touca de volta,puxando-a sobre a cabeça – Vamos levar o Anthony pra ver algumas árvores.

Depois de quase levarmos uma surr-

Quer saber,acho que vale a pena o flashback.

Quando voltamos para casa,o frio já estava em seu ápice. Quando saímos, levamos Tony para curtir o solzinho das seis da tarde na pele e ver algum movimento. Sabia que não faria bem para ele só ver o teto de seu quarto,as cores da sala e o peito de Annabeth para se alimentar.

Apesar de bebê,eu sabia que ele tinha que conhecer e ver novas cores. E fora o que aconteceu.

Levamos ele em seu carrinho para sentir o sol na pele. Ele ficou um tanto surpreso vendo as arvores e até mostrou as gengivas em um mini sorrisinho quando Nina passou a mãozinha gordinha por uma folha caída.

Porém,as sete e meia,o sol já não ardia tanto. O vento mais frio tomava conta do parque e eu tive que enrolá-lo em mais um de seus lençóis de bebê,apesar dele não parecer incomodado com nada.

Quando entramos em casa,senti minha espinha gelar no mesmo instante.

Como quando saímos e deixamos Annabeth dormindo,eu imaginei que quando voltássemos...ela ainda estaria dormindo.

Touché, meus amigos. Ela não estava.

Muito pelo contrário,ela estava sentada em um dos bancos do balcão da cozinha com o bilhete que eu havia deixado ao lado da cabeceira da cama,em mãos.

“ Ei,Sabidinha,

Eu sei que disse que não iria aprontar enquanto você ainda está enferma, mas está um sol bem quentinho e eu acho que fará bem a ele. Então, caso você acorde e não nos ache...não me odeie. Sim, eu coloquei a touca na Nina. E sim, estou usando um casaco. E claro que estou levando um lençol para Anthony. Tente não surtar,afinal é só do outro lado da rua.

E não me odeie.”

Quando nos viu,ela levantou a cabeça,usando seu robe cinza felpudo. Ela cerrou os olhos e amaçou o bilheta no mesmo instante em que eu pegava Anthony no colo.

—Sobre aquela coisa de surtar...- comecei.

— Não comece! – ela apontou o indicador,silenciando-me. – Você deveria ter me acordado.

—Bem.. – ajeitei Anthony no colo. Ao ouvir a voz de Annabeth ele começou a se esticar a procura dela. – Você não deveria nem estar de pé.

—Ora seu-

—Mamãe! – Nina repreendeu,tirando seus sapatos e deixando ao lado da porta – Olha o pote das palavras feias.! – ela apontou para o pote vazio ao lado de três potes já cheio de notas e moedas.

É...algumas coisas não mudam.

Annabeth revirou os olhos levantando-se e vindo até mim.

Ela pegou Anthony no colo e sorriu para ele,voltando a me encarar com raiva e irritada para Nina.

—Pensei que tínhamos um trato! – ela reclamou com a garotinha.

—Mamãe–ela grunhiu olhando-me. – Você disse que não mencionaria isso na frente do papai.

—E você disse que ia me manter a par das ideias do papai! – ela respondeu brava.

—Que traição! – Nina reclamou cruzando os braços.

—Eu que o diga – Annabeth  cerrou os olhos para ela.

—Ei! – reclamei – EU que o diga para as duas!

Annabeth bufou,beijando a bochechinha de Anthony. Como ele estava quentinho,ela só me olhou de novo e se dirigiu para o sofá,sentando-se e ninando-o nos braços. Enquanto eu guardava algumas das frutas que Nina havia levado e o carrinho de Anthony,ouvi as duas conversando sobre o trato delas e por fim,fizeram as pazes.

Nina prometendo mantê-la a par das coisas,claro.

Fingi não ouvir só para não estragar o momento.

Depois do jantar,deixei Nina em sua cama – na qual ela caiu exausta,cinco minutos depois. E fui ajudar Annabeth a colocar Anthony em seu berço,do outro lado do quarto.

— Ele está mais rosado –ela sussurrou,preocupada. – Você acha que ele está doente?

—Eu acho que ele está esbanjando saúde – murmurei abraçando-a e ninando o bebê com ela – Isso é sol. Vitamina D.

—Fica quieto. – ela reclamou,olhando-me de lado – Ainda estou brava com você.

— Bem... –murmurei em seu ouvido- Se ele pudesse falar,diria que está esbanjando saúde. Isso foi o sol,mamãe. Viatmina D.

Ela me deu um cotovelada,fazendo-me afastar e sorrir para ela.

Annabeth tinha um insistindo superprotetor com Anthony. Eu arrisco dizer que o instinto protetor com Anthony era maior do que o com a Nina,quando ela era pequena. Isso se dava pelo fato de quase não tê-lo visto quando estava no hospital. Quando tudo se acalmou,Annabeth teve de ficar por lá enquanto Anthony era alimentado pelo próprio hospital,já que ela estava sob efeito de muitos remédios em seu sistema que não poderiam ser passados para Anthony,por ele ser tão novo e não ter estabilidade física para o impacto dos remédios.

Por isso digo que se tudo fosse feito por Apolo,ela estaria bem e confiante desde o inicio.

No mesmo dia,mais tarde quando fui me deitar depois de checar as portas,Annabeth estava de braços cruzados e com os remédios na mesinha de cabeceira ainda. O copo de suco de laranja estava ali também,intocado.

— Alguma coisa errada? – murmurei,sentando-me aos seus pés. Tomei um deles em minhas mãos e comecei a massageá-lo.

Ela fechou a cara e virou o rosto.

— Estou cansada de perder a diversão e ficar trancafiada dentro de casa – ela murmurou aflita. – Daqui a pouco ele vai estar na escolinha e depois vai aparecer aqui com uma namorada bem bonita e eu não vou ter feito nada de legal com ele.

—Ele tem só alguns dias,meu amor – sorri para ela.

Ela puxou o pé e fez beicinho.

—Deixa eu ficar aflita em paz!

Eu sorri,sentando-me ao seu lado. Puxei os remédios e o suco e lhe ofereci. Ela olhou-me de esgueira e fez “não” com a cabeça.

— Se não tomar logo, não melhorar e não vai poder brincar lá fora! – ironizei.

Ela suspirou,puxando os remédios e o suco.

Eu entendia sua aflição. Parece que em um piscar de olhos,as crianças crescem. Ontem mesmo eu estava contando historinha de dormir para Nina e hoje...bem,hoje teria contado também se ela não estivesse tão exausta. Mas vocês entenderam o que eu quis dizer.

Em dia você está trocando a frauda,no outro está ajudando ele a trocar a frauda do próprio bebê.

Eu nunca pensei que seria o tiozão que diz isso mas...eles crescem tão rápido!

Depois de tomar os remédios,ela deixou o copo na mesinha de cabeceira e suspirou. Os hormônios de Annabeth estavam desorganizados ainda e eu sabia disso. Na verdade,eu tinha lido o livro que Afrodite havia deixado...só por precaução, vocês sabem...

Tirei minha camiseta,jogando-a no cesto de roupas e bocejei cansado. Annabeth me observava corada,mas ainda fazia beicinho e sua cara de brava.  Ela mordeu o lado de dentro da boca e mexeu nos cabelos. Subi na cama,por cima dela beijando suas pernas e a curva de sua cintura por cima da camisona que ela usava.

— Você tá com cara de quem quer me pedir alguma coisa? – sussurrei,beijando seu ombro.

Ela riu um pouco,negando.

— Você vai dizer que não – ela murmurou,passando um dos braços pelo meu pescoço.

— Eu quase nunca consigo dizer não pra você – reclamei olhando-a. Ela tinha as bochechas e o pescoço vermelho. Os olhos brilhantes denunciavam que ela queria pedir alguma coisa – Peça.

— Não.

—Você está me deixando curioso.

— A curiosidade matou o gato.

—Então parece que eu vou morrer – sorri convencido. Ela revirou os olhos,jogando-me  com as costas no colchão e sentando-se em minha cintura. Ela fez careta,talvez tonta por causa dos remédios mas ainda assim,sorriu.

— Eu quero fazer outro bebê – ela murmurou.

— Você acabou de ter um – eu sorri,puxando seu rosto para mim.

— Eu sei – ela suspirou – Mas eles crescem tão rápido.

Eu me sentei com as costas na cabeceira, puxando-a para cima e encaixando-a em meu colo. Ela sorriu e fez um carinho gostoso na aminha cabeça.

Eu me senti um cachorrinho. Quase podia sentir minha perna fazendo aquele pra-lá-e-pra-cá que os cachorros fazem quando você acaricia algum ponto em especial.

— Que tal.. – pigarreei – Vamos esperar um pouquinho mais,ok? Talvez quando o Anthony estiver andando e dando bastante trabalho?

Ela bufou irritada e puxou meus cabelos.

Ouch.

— Você tem razão – ela murmurou. – E ele vai dar bastante trabalho.

— Com certeza que vai – sorri para ela,puxando sua cintura. – Você parece melhor,Sabidinha.

Ela sorriu travessa.

—Isso é porque estou,Cabeça de Algas – ela sorriu,mordendo o polegar.

Maldita.

Puxei seu rosto para perto,beijando-lhe com delicadeza. Ela suspirou,as mãos puxando a própria camisola para cima. Pigarreei,pegando sua camisola e jogando-a pela quarto.

— Não teremos outro bebê por enquanto. – ela murmurou timidamente,as mãos passeando pelo meu abdômen. – Certo?

—Certo. – concordei,sorrindo com a sua cara sarcástica.

— Mas o processo de fazer um bebe....teremos?

Eu empurrei-a contra a cama,fazendo-a gargalhar.

— Com certeza,Sabidinha.

Até então não tínhamos nenhum trabalho com as crianças. Estavamos tendo momentos mais quentinhos e em família. Eu nunca imaginei ter uma família. Como eu já disse diversas vezes,eu nunca imaginei que viveria o suficiente para ter uma família. Quanto mais,dois filhos.

Eu era agradecido a muitas dessas coisas. Era agradecido por poder ver o sorriso de satisfação de Annabeth depois de um café da manhã animado. E era grato por ver Nina se dando bem com o irmãozinho,mesmo sorrindo cúmplice para mim de vez em quando.

Desci os três degraus de casa,vendo pela janela Annabeth com um vestido de verão,Nina com uma roupinha de banho e Anthony – agora,com seus completos oito meses – de shortinho e o bumbum gordinho por conta da frauda. Eles enchiam a pequena piscina – presente de Atena – no quintal. No gramado tinha uma toalha grande estendida com pedaços de frutas e biscoitinhos.

Jimmy era repreendido por Annabeth quando ele tentava comer as frutas.

Sai com algumas toalhas para secar as crianças.

—...e aí o Noah disse que vem mais tarde,mamãe –Nina falava.

—Eu gosto dele. – Annabeth segurava a mangueira molhando Nina de vez em quando.

— Ele é menino – Nina fez careta – Não gosto.

—Eu acho isso maravilhoso – murmurei. Annabeth revirou os olhos,mirando a mangueira em mim,mas eu desviei a tempo. Ela sorri contente.

O sol estava queimando quando colocamos Anthony na piscina. Ele sorri alegre e batia as mãozinhas na água chamando por Nina. Annabeth estava com a câmera – mais um presente de Atena – filmando e tirando fotos.  Nina fazia graça para Anthony e de vez em quando fugia para comer alguma fruta e dar alguns biscoitos para Jimmy.

Em algum momento,ela pegou a mangueira e começou a me molhar.

— Ei,sua danadinha! – reclamei sorrindo – Vem aqui!

Enquanto corria atrás dela,Anthony exibia aquelas gengivas no seu sorrisinho besta. Os olhinhos verdes brilhantes e as bochechas coradas. Nina também tinha os olhinhos brilhantes,como os de Annabeth.

Anthony batia as mãos na água. Nina corria atrás de mim com a mangueira aberta espirrando água em mim.

E eu corria.

Até que....

Puff.

Era água para todos os lados. As paredes estavam encharcadas. O gramado inteiro estava molhado. Eu teria que trocar o balanço de Nina estava encharcado.

Mas o que....

Ela soltou a mangueira e Anthony parou de bater as mãozinhas ainda sorrindo.

—Percy? – Annabeth me chamou.

A câmera repleta de gotículas na lente.

Seu vestido?

Encharcado.

—O que você fez? – ela perguntou irritada.

Ei.

Espera lá.

—Eu não fiz nada – respondi surpreso.

Então desviamos os olhos para Nina e Anthony.

E era só o que me faltava.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E AIIIII
qual dos dois vocês acham que também tem o poderzin da água?
??”------
Vou atualizar It's time logo menos. Stay turned.
Vou explicar pra vocês o que tá acontecendo,semana retrasada (?) quando eu postei,eu estava aos prantos e de cabeça quente. Sério,eu me levantei depois do baque e fui no meu irmão mais novo tipo "LEVANTA E ME DÁ UM ABRAÇO!"
depois de explicar pra ele o que houve,eu consegui respirar direito. E depois de ter lido os comentários de vocês,eu consegui ver direito.
Então obrigada. Obrigada mil vezes por vocês serem quem são.
Lí,Temperana,Kakau,Gaby,Yasmim,Mariana,Jess, meu xuxu LeggendGirl,Danny,Camila,Érica,enfim... todo mundo. Muito obrigada de coração!
E Ivo ( meu braço direito)
eu sei que você vem até aqui o fimzinho
eu te amo demais