No passado:

Pov’ Victória Mikaelson

Anos se passaram  e o incidente com Rick se tornou  apenas algo bem distante.   Rick  se transformou  em apenas uma memória  bem distante  e sua morte  passou   a não ter mais  nenhum  efeito sobre mim.    E  eu  já tinha uma relação melhor com Elijah.   Nesses anos estávamos em outro reino.

Éramos convidados de um rei e  estávamos hospedados em seu castelo. Tudo  isso  graças  a arte de compelir.  Hoje   haveria um grande  baile, em homenagem  aos hóspedes  do  Rei.  Eu estava vestindo  um lindo  vestido  vinho com detalhes de ouro.  Eu estava adornada com as melhores  joias que eu tinha. 

Tudo foi me  dado  por   homem ricos que  achavam que poderiam me comprar  com  um colar de ouro.     Se  eles  soubesse  que  eu posso ter o que eu quiser,  por causa da minha habilidade de vampira, eles  iriam  ficar  decepcionados.

  Depois  de  fazer tranças em meu cabelo, eu sai dos meus aposentos e   quando vejo  Elijah  me esperando   no corredor.      

—  Irmão.  -  Eu digo como  um cumprimento.  Mesmo que seja estranho se referir  a Elijah assim  depois de tudo.   -   Veio  me  acompanhar   até  o  salão  de Baile? -  Perguntei sorrindo.

Elijah voltou  sua atenção  parar mim e   olhou  dos  pés a cabeça.   Eu senti  minhas  bochechas  esquentarem e  abaixei a cabeça  para   evitar que  nota-se  meu rubor.     -   Sim, irmã.    Não posso deixar     você muito  tempo  sozinha,   ainda mais  em um reino  onde tem tantos  admiradores.   -  Elijah diz  e me oferece seu  braço.     E  eu aceito.

Eu havia notado  o ciúme  contido em  Elijah  e tinha plena  consciência  que  tanto   Elijah quanto eu ainda   sentíamos  sentimentos  um pelo outro.       Nós dos caminhamos  até o  salão do   Baile em silêncio.  Mas era  um silêncio  confortável para nós dois.     Paramos em frente  a  grande porta para o  salão e podíamos  ouvir   o  som    suave  da  música.

—    Espero que  reserve   uma  dança para mim,  Victória.  -   Elijah  diz  em meu  ouvido,  e eu me  viro  para  o  mesmo.

— Sempre  tão educado e  galante,  não  é mesmo.   -   Eu digo  sorrindo.    -   Eu vou   guardar  uma dança para  você  Elijah,  não se  preocupe.   -    Falo e  depois sinalizo  para os  guardas  abrirem  as portas e   o  som da  música se tornou   mais forte.

No presente:

Pov’ Victória  Mikaelson

—  Eu pedi hortênsias e  não   jasmins!   -     Dalila   gritou no  telefone.    -  Pelo  amor de   deus,  como   vocês   confundiram  hortênsias  com  jasmins?!    -   Ela  berrou mais  uma  vez.   -  Eu vou  ficar com as  jasmins,  mas eu quero  ainda as hortênsias!  -  Dalila  desliga  o celular.

—   Dalila  é bom  que esse  Baile se  saia  perfeito!   -   Grito do  provador.

— Pode  ficar  tranquila  chefinha,  foi apenas  um   imprevisto que   já  foi  resolvido.   -     Dalila  disse  me tranquilizando.   – Você  já decidiu  que vestido  levar?   -     Dalila   me  perguntou  olhando  para o  belíssimo  vestido preto que  eu vestia.  

— Eu estou  em  dúvida  com  esse  três  vestido,  portanto  vou  levar  todos e  decidir na  hora.    -     Respondo  dando  de ombros.  

— E  senhora, você  já recebeu  alguma  noticia  de   Frederick?  -    Ela me questiona e  eu  assinto retirando o vestido.    

— Ele  está  chegando  hoje a noite  ou de madrugada  e  minha  amada  família  está seguindo  seus rastros  direitinho.    -   Digo e dou um sorriso maldoso.  

  Pego os  vestidos  e dou para  uma  funcionário embalar para  mim poder  levar para casa.    Na hora de pagar  eu  apenas compeli  a mulher  que  resolveu me vender por conta da casa.        Depois de  sairmos da botique, voltamos para  mansão    Salvatore. 

   Na sala de  estar  estava  Damon,  Elena  e   Stefan.      Dalila  se sentou   já voltando  dar  telefonemas   e  a  gritar  ordens  histericamente.        E  eu me  viro  para  Damon e  Stefan. 

— Preciso falar com vocês  dois,  a sós.    -   Falo séria e vejo  Elena me olhar  desconfiada.

Stefan e  Damon  apenas concordam já sabendo do que se tratava.  Fomos  então  para  o quarto de  Damon,  já que  a casa estava uma loucura de pessoas  arrumando tudo para o  grande   baile  de amanhã.

—   Eu preciso  ver onde está  minha relíquia.     -   Falo    e  Damon  assente  e some por alguns minutos.

— Tem certeza  que  quer mesmo trazer seu pai de volta?   - Stefan me  pergunta  e  eu assinto.  

— Papai  nunca quis me machucar  e   muito menos me matar.     Eu   não sei por que,  mas  não reclamo.   Eu apenas posso me sentir  feliz por ele  me  amar.    -       Eu   respondo.   – Se  existe alguém que poder ser um poderoso aliado  é ele.   

Damon retorna  com  uma caixa  em  mãos.       Meu  coração    começa a disparar  de tamanha a ansiedade.    Eu pego  a caixa  das mãos de  Damon e  a examino  com  cuidado.    Olho  para  Damon  e  Stefan com gratidão. 

— Obrigada por  guardarem essa caixa.    -  Agradeci.   – Mas, agora preciso que me deixem sozinha.    -  Peço  e ambos trocam um olhar, antes de  saírem  fechando  a porta. 

Finalmente sozinha!   Agora  vou  poder  conferir   o conteúdo.   Minha  relíquia.      Uma das  magias mais poderosas criadas  por  mim.  Abri  a  caixa com cuidado  e sorri ao  ver  o   bracelete  de ouro encrustado de predas e runas  mágicas  antigas.    Aquele  bracelete me  permitiria  trazer quem eu quisesse  de volta  a vida,    não importa  quais circunstâncias  foram  sua morte ou onde  está  sua alma, eu posso   trazer   a pessoa  de  volta.   

Entretanto, toda  grande magia  vinha com  um  grande  preço.    Se o  bracelete  fosse  destruído  mataria  quem foi   trazido de  volta  e  o poder  liberado  pelo   bracelete  seria de magia puramente  negra que uma  vez em contato com qualquer  bruxa ou  bruxo,  escureceria  seu coração por  completo.  

Por isso, tenho que usar  com cuidado  e  sabedoria.   Quando eu  criei  isso, eu criei  com  o intuito de trazer  pessoas  que eu ama-se  de volta,  mas  mexer  com  o  outro lado e com o  equilíbrio natural  é  algo que  pode  resultar em  uma  grande  quantidade de magia negra.

Grande parte  da minha  bondade  e magia pura havia  ido em bora quando eu criei o  bracelete. Eu  precisei  fazer o que era necessário.    E  de  fato eu fiz e  agora  eu preciso proteger isso com minha própria  vida.