Where is he? escrita por RomanticGirl


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Essa fic foi escrita com todo o carinho, como um presente de aniversário para Liids River! Espero que você goste, xuxu ♥
Espero que todos gostem ♥



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POV ANNABETH
Seis meses. Ele desapareceu tem seis meses...


Era um dia normal, nós comemorávamos um ano de namoro. Quem diria que Perseu Lerdo Jackson e Annabeth Cabeça-Dura Chase ficariam juntos por tanto tempo. A maioria das pessoas disseram que não duraríamos um mês, outros foram mais radicais e disseram que não passaríamos de cinco dias. Todos estavam errados, afinal duramos um ano.


E então, ele desapareceu.


oOo


— Você gostou de hoje?- Ele perguntou enquanto caminhavamos de volta para minha casa.


Nós tinhamos saído, fomos ao cinema e tudo parecia perfeito. Não era todos os dias que se comemorava um ano de namoro com o amor da sua vida.


— Se eu gostei? Eu amei, Cabeça de Algas- Eu respondi. Podia jurar que sentia meu sorriso rasgar o meu rosto, mas simplesmente não conseguia parar de sorrir.


— Que bom, Sabidinha.- Ele sorriu satisfeito e eu retribui o sorriso. Não precisavamos dizer mais nada, afinal tudo era dito apenas com o olhar. Sendo assim, apenas caminhamos abraçados até chegar na porta da minha casa.


Ele parou e me olhou de uma forma intensa, como se estivesse me olhando pela última vez.


— O que foi?- Perguntei, já sentindo as bochechas vermelhas.


— Eu amo quando você fica vermelha, é tão fofo.- Nem preciso dizer que fiquei mais vermelha, enquanto ele dava risada de mim.


— Para, Percy.- Era impossível não sorrir quando ele sorria. Sei que é meloso, mas a risada dele era muito contagiante... E aqui entre nós, eu amava isso.


— Tudo bem, eu paro. Eu tenho que ir agora, já está ficando tarde e se eu chegar em casa depois do horário dona Sally me mata.


— Quem diria que Percy Jackson obedece as regras.- Disse ironicamente


— Só obedeço as da minha mãe, ela é mais perigosa do que qualquer coisa.


— Até que os alienígenas?


— Principalmente os alienígenas, ela acaba com eles só com o olhar.


Nos olhamos por um momento absorvendo o que tinhamos dito, caindo na risada logo em seguida. Pra mim, a mãe dele era a pessoa mais amável e gentil do Universo. Bom... Menos quando eu sismava em ir pra casa sem jantar, depois de passar a tarde vendo filmes com Percy.


— Bom, eu vou indo. Amo você.- Ele disse, me beijando logo em seguida.


— Eu também amo você. Quando chegar em casa me liga.- Eu disse sorrindo, enquanto ele se afastava, fazendo o sinal de "jóinha" com os polegares pra cima.


E então eu entrei. Tomei um banho, coloquei meu pijama de gatinho e acabei dormindo, esperando sua ligação. Mal sabia que no dia seguinte acordaria no meu pior pesadelo.


oOo


Acordei de meus devaneios com uma batida na porta. Estava deitada na cama, apenas pensando. Eu fazia muito isso ultimamente, fazia muito isso tem uns seis meses, aproximadamente.


— Pode entrar.- Disse sem animo. Logo em seguida, a porta foi aberta revelando Thalia e Nico. Desde que o Percy desaparecera, eles viviam me visitando. Vinham aqui em casa todos os dias depois da escola, conversavamos, desabafavamos...


O dia mais triste que tivemos foi quando deu uma semana e nada do Percy. Eu chorei, Thalia chorou e eu nunca tinha visto o Nico chorar, mas naquele dia ele não se aguentou e nós três choramos abraçados.


— E aí, loirinha?- Disse Nico.


— Chegaram atrasados.- Eu disse olhando pro meu despertador ao lado da cama.


— Nico quis parar no Mc Donalds. O resto você já sabe.- Falou Thalia, revirando seus olhos azuis enquanto Nico fechava a cara. Eu não pude não rir.


— Nunca mais te pago um sorvete, Cara de Pinheiro.- Disse Nico.- Trouxe uma batata pra você, Annie.


Assim que ele abriu a mão eu vi que era literalmente uma batata, e ela estava mordida. Olhei pra ele com os olhos cerrados.


— Nico! É literalmente uma batata! Por que a Thalia ganha um sorvete e eu ganho só uma batata?


— Por acaso eu falei no plural? Desculpa, mas a Thalia comeu o resto e ela só ganhou um sorvete porque me ameaçou.


— Eu? Te ameaçando? Que blasfêmia.- Thalia disse, colocando a mão direita no coração dramaticamente.


Nico e eu rimos, revirando os olhos. Tivemos uma tarde agradável, apesar de tudo. No final da tarde eu perguntei:


— Alguma novidade?- Eles se entreolharam apreensivos, mas eu fingi não ver e fiquei esperando a resposta.


— Ainda não, Annie.- Disse Thalia.- Sabe, Poseidon continua procurando. Ele fez muitos inimigos na carreira de policia, está revirando New York de cabeça para baixo à meses. Os cartazes que colamos não adiantaram, só nos resta esperar.


— Esperar, esperar e esperar... Tudo o que eu faço é esperar, espero tem seis meses e não to conseguindo mais!- Explodi.- Todos me falam pra aguentar firme, mas eu não sei como! Sally esta cada vez mais depressiva, Tyson que só tem sete anos não entende nada do que está acontecendo e vai dormir toda noite chamando pelo irmão mais velho! Eu não falo com Poseidon tem meses! Eu simplesmente não consigo mais, não da!- No final eu já estava chorando. O choro se tornou algo comum na minha vida.


— Calma, Annie.- Nico me abraçou. Thalia me olhava com lágrimas nos olhos.


— Eu não sei nem se ele está vivo ou não, Nico... Se ele estiver... Eu não sei...- Eu já estava soluçando, não conseguia parar.


— Annabeth, para.- Thalia disse firme.- Ele não esta morto! É do Percy que estamos falando. Não foi ele que pulou na piscina pra te salvar quando tinhamos dez anos? Não foi ele que prometeu que o "vocês" era pra sempre? Não foi ele que nunca quebrou uma promessa? Ele vai aparecer, nem que nós tenhamos que procura-lo e trazer ele pra casa pelas orelhas!- Eu sabia que ela estava tentando convencer mais a si mesma do que a mim, mas agradeci mentalmente por ela tentar. Ela aparenteva estar melhor que eu no quesito preocupação, mas ela sempre foi fechada demais, então eu nunca tinha certeza.


Um pouco depois eles foram embora, e eu estava cada vez mais grata por ter esses dois sinistros como amigos.


OoO


No dia seguinte eu levantei e me agasalhei, fui na casa dele. Fazia três semanas que não falava com Sally. Quando cheguei, logo toquei a campainha e esperei.


— Olá, querida.- Disse ela quando abriu a porta e me viu. Seu sorriso não chegou aos olhos, que estavam fundos e com olheiras cada vez mais maiores embaixo.


— Oi, tia Sally.- Falei, enquanto ela dava espaço pra eu entrar. Dei um abraço bem apertado nela, sabia que nós duas precisavamos disso.


— Annie, Annie!- Ouvi uma voz infantil me chamar e logo em seguida eu já segurava Tyson nos braços.


— E aí, baixinho.- Disse bagunçando seus cabelos castanhos como os da mãe. Era só isso que ele havia puxado dela, enquanto Percy tinha o sorriso, por mais que sua feição fosse mais brincalhona como a de Poseidon. Tanto Percy, quanto Tyson tinham os mesmos olhos verdes do pai.


Passei o dia inteiro com eles. Tyson dormiu de tarde, me dando espaço pra conversar com Sally. Ela me disse o mesmo que Thalia havia dito no dia anterior, a única diferença foi que Sally desabou nos meus braços e só me restou tentar consola-la. Passamos o resto da tarde contando histórias constrangedoras sobre o Percy e olhando suas fotos de bebê. Pode parecer estranho, mas isso fazia diminuir um pouco mais a saudade.


Quando eu fui embora, pude perceber que ela estava mais leve do que quando cheguei. Sai de lá, prometendo voltar na próxima semana e levando uma foto dele sorrindo, enquanto se lambuzava com sorvete azul.


OoO


Era segunda. Eu estava na escola tendo aula de matemática, nada interessante. Nico dormia ao meu lado, enquanto Thalia tentava equilibrar o lápis no nariz. Algumas pessoas me olhavam enquanto sussurravam baixinho, mas eu sabia que falavam de Percy e eu, só pelo modo penoso que me olhavam.


Aguém bateu na porta da sala, fazendo o professor parar a explicação e ir atender. Quando ele voltou, apenas parou na porta, nos olhando.


— Srta. Chase, Grace e Sr. Di Angelo, por favor.- Todos nos olharam. Thalia deixou o lápis cair no chão, enquanto Nico levantava a cabeça como se alguém tivesse apertado uma buzina contra seu ouvido. Nós levantamos e fomos pra fora da sala. Lá estava o diretor, que nos levou até sua sala.


— Então crianças, seus pais estão vindo buscar vocês. Não me deram permissão pra falar o porquê.


— O senhor sabe se tem algo haver com o meu primo?- Perguntou Thalia. A cara do diretor estava ilegível, mas ele se recusou a responder. Sendo assim, voltamos pra sala e guardamos nosso material com trinta e cinco olhares curiosos sobre nós.


Enquanto esperávamos nossos pais com o diretor na frente da escola, eu sentia meu coração dar pulos em meu peito. Minha boca estava seca e minhas mãos estavam parecendo puro gelo. Meu corpo estava pesado e minha cabeça dava reviravoltas.


Nós vimos dois carros se aproximando, um eu reconheci sendo o carro dos meus pais e o outro era o carro de Hades, pai de Nico. Quando eles estacionaram, pude ver que Zeus estava no carro com Hades e que meu pai estava com a minha mãe. Os quatro desceram dos carros e vieram em nossa direção, senti Thalia segurar a minha mão e vi que ela também segurou a de Nico. Quando eles chegaram perto, vi os olhos vermelhos da minha mãe e o olhar apreensivo dos três homens que a acompanhavam.


— O que houve?- Nico perguntou. Eu pude perceber em sua voz que ele oscilava entre querer saber a resposta ou não.


— É o Percy...- Começou Hades, mas sua frase morreu no meio.


— Encontraram o corpo num carro dentro de um lago... Ele está morto.- Depois disso eu não ouvi mais nada, meus ouvidos pareciam entupidos e eu só senti meus joelhos cederem e os braços do meu pai me segurando e me impedindo de cair no chão.


Tudo o que eu ouvia era choro. Tudo o que eu via eram lágrimas. Nico xingava Deus e o mundo, enquanto se debrulhava em lágrimas. Thalia estava paralisada com cachoeiras saindo de seus olhos, enquanto era embalada por Zeus. E eu? Eu estava num tupor. Não me movia, não falava, não piscava e mal respirava.


Não via nada e quando percebi já estava no carro dos meus pais sendo levada pra casa, meu pai dirigia enquanto minha mãe me abraçava no banco de trás. E eu? Morri junto com ele.


OoO


Se passaram dias que eu não saia do quarto. A porta estava trancada e eu deitada na cama embalada pelas cobertas. Não comia nada. Minha mãe deixava uma bandeja com comida na porta do quarto, mas eu nem abria. Nico e Thalia batiam na porta diversas vezes por dia, mas eu me recusava a levantar. Não falava com ninguém desde aquele dia


Lembrava poucas coisas sobre o funeral. Lembrava de Poseidon se culpando por não ter chego a tempo de salva-lo, lembrava de Sally num tupor sem fim, de Tyson chorando agarrado com Thalia e do caixão. O caixão do meu namorado, do meu melhor amigo. Estava fechado, seu corpo havia ficado na água durante dias, a decomposição avançada.


Não consegui falar com os pais dele, não consegui falar com Tyson. Tudo o que eu fazia era chorar e mais nada.


OoO


Dois meses depois e eu já aceitava ter que continuar a minha vida sem o Percy. Já ia pra escola, já falava e até já comia um pouco. Minha prima veio me ver, quando o desespero dos meus pais já era mais do que palpável. Ela havia perdido o marido a quase um ano e meus pais acharam bom que ela conversasse comigo.


Ela me disse que a dor não passava, mas que nós tinhamos que aprender a conviver com ela, uma dia estaríamos tão acostumados com o buraco no peito que nem sentiríamos mais nada. E então, era só viver e tentar aguentar ao máximo. Ela disse que quando nós perdemos alguém, cada vela, cada oração, não muda o fato de que só o que restou foi um buraco na nossa vida, onde a pessoa que amavamos costumava estar. E completou dizendo que ele não gostaria de me ver daquele jeito.


Ainda me lembro de um sonho que tive com ele, uma semana depois de tudo.


oOo


Eu estava em um jardim repleto de flores lindas e coloridas. Eu vestia um vestido branco, estava com os cabelos soltos e como os pés descalços. Foi quando eu levantei a cabeça para olhar o lugar melhor que eu o vi. Ele me olhava sorrindo, como da última vez. Estava de camisa e calça da mesma cor que meu vestido, realçando seus cabelos negros; os pés também descalços.


Eu corri em sua direção, sentia o coração apertado, as lágrimas escorrendo sem controle. Senti seus braços ao meu redor, o seu cheiro característico de maresia... Era direitinho como eu me lembrava. Não sei por quanto tempo ficamos assim, quando ele começou a falar.


— Meu amor...- Sua voz... Ah, meu Deus!- Por favor, não fique assim... Não acredite em tudo o que te falam. Aguente mais um pouco, ajude os outros a aguentarem mais um pouco. Thalia e Nico precisam de você, da mesma forma que você precisa deles. Não afaste as pessoas, isso não te leva a nada.


— Você... Meu Deus...- Eu não conseguia falar.- O que quer dizer com aguentar mais um pouco? Você não vai voltar mais e eu vou ter que viver com isso! Eu quero você aqui comigo!


Assim que terminei o abracei com força, implorando pra que voltasse pra mim.


— Vai ficar tudo bem, você vai ver. Só que eu preciso de você bem, Sabidinha.- Ele disse acariciando meus cabelos. Quando ele se afastou, pude focar nos olhos verdes que pensei que nunca mais veria.


— Como assim "vai ficar tudo bem"?- Perguntei.


— Nunca pensei que teria que te explicar alguma coisa.- Ele riu.- Mas não posso falar agora. Você verá. Eu tenho que ir.


— Percy, não! Da última vez que você disse isso, eu nunca mais te vi. Por favor, me diz que isso não é um adeus.


— Isso não é um adeus, Annie.- Ele disse passando o plegar na minha bochecha.- Eu vou agora, mas volto logo.- Ele completou se afastando.


— Percy.- eu chamei.- Isso é real?


— Só porque acontece na sua mente, não quer dizer que não é real.- Ele terminou.


E então eu acordei. E ele? Não apareceu mais.


oOo


Hoje era aniversário da minha vó, ela completava oitenta e cinco anos, mas tinha energia de uma adolescente.


Minha família combinou de comemorar, porque todos sabíamos que mesmo com essa energia que a vovó tinha, ela não viveria pra sempre, então lá fomos nós. Compramos bolo, salgados, docinhos, refrigerantes e chapeuzinhos de festa. Ela não parava de sorrir e isso fez tudo valer a pena. Só de fazer ela se sentir amada, fazia os caquinhos do meu coração se juntarem aos pouquinhos.


Depois do parabéns e de comer um pouco de bolo, eu fui me deitar no sofá da sala dela. Eu amava o cheirinho que tinha ali. Era uma mistura do cheirinho de biscoito que ela tinha com o cheirinho do perfume masculino do vovô. Se com a morte de Percy eu já estava acabada, não gostava nem de imaginar como seria quando os meus avós se fossem. Só de pensar, já sentia um arrepio na espinha e os olhos lacrimejarem.


Assim que encostei a cabeça na almofada do sofá, meus olhos se fecharam e eu caí no sono, com a esperança de ver o Percy novamente. Pareceram poucos minutos, mas acordei com o meu primo me sacudindo, falando que eu precisava ver algo. Levantei ainda cambaleando, com os olhos pesados e no caminho do banheiro vi que não tinha mais ninguém na sala ou na cozinha.


— Cadê todo mundo, Ed?- Perguntei enquanto lavava o rosto e arrumava o cabelo.


— Estão lá fora, no quintal.- Ele respondeu agitado. Não parava de pular, parecia um canguru.


— Tenho que falar pro tio John parar de te dar açúcar, Ed.- Falei achando graça dos seus pulos. Ele revirou os olhinhos azuis e me puxou pra fora de casa.


— Anda logo, Annabeth!- Ele dizia. Eu corria tentando acompanhar seus passinhos rápidos demais pra uma criança de nove anos.


Quando cheguei lá, todos me esperavam. Alguns sorriam, outros tinham os olhos lacrimejados. Ninguém tirava os olhos de mim. Por algum motivo, meu coração acelerou e eu não sabia o que fazer.


— O que foi, gente?- Perguntei. E como resposta, eles abriram caminho pra mim. O que eu vi em seguida, me fez abrir a boca num "O" perfeito.


Meu namorado estava lá. Meu namorado que eu e mais um monte de gente julgava estar morto. Percy Jackson estava na minha frente! Vivo e bem! Bom, não tão bem. Possuia um hematoma no olho direito, com um corte no lábio inferior e o pulso esquerdo enfaixado. Mas seu sorriso estava lá. O sorriso que eu tanto odiava, e que aprendi a amar. Seus olhos que já estavam um pouco vermelhos, se encheram de lágrimas.


Caminhamos lentamente, até ficarmos com um pouco menos de cinco centímetros nos separando.


— Eu não acredito... Você... Como?- Sentia minhas bochechas molhadas, meus lábios tremendo e minha voz falhando.


— É uma longa história... Mas nós vamos ter todo o tempo do mundo agora, e eu vou poder te contar quando quiser.- Sua voz... Era tão bom ouvir sua voz novamente... Sentir o calor que emanava de seu corpo, tão perto de mim... Não me aguentei. Me joguei em cima dele, sentindo seus braços ao meu redor. Pude sentir que ele estava um pouco magro desde a última vez que nos vimos, mas não me importei. Me concentrei em sentir o seu cheiro, sentir seu coração bater freneticamente, assim como o meu... Seu coração batia!


Quando nos separamos, eu pensei que nunca ia cansar de ficar encarando aqueles olhos. Foi quando a ficha caiu, fazendo eu descolar meu corpo do dele e colocar uma expressão zangada no rosto.


— Se você fizer isso comigo de novo, eu juro por Deus...- Sua risada me fez parar. Ele teve a ousadia de rir!


— Considere-me avisado.- Ele disse, me puxando novamente pra si.- Eu também senti sua falta, Sabidinha.


Quando ele me beijou, eu senti que um meteoro poderia colidir com a Terra, mas tudo o que me importava era que ele estava comigo. E vivo.


— Eu amo você.- Disse assim que nos separamos. Um sorriso dançava no meu rosto.


— Eu também amo você.- Ele respondeu, com um sorriso bobo na cara. Nós estavamos numa bolha, era só nós dois ali. Só que essa bolha não era contra amigos góticos sem graça, que só percebi estarem ali com a família de Percy, no momento em que abriram a boca.


— Eu disse que ela ia ameaçar ele!- Disse Nico, com um ar vitorioso.


— Negativo.- Thalia respondeu.- Você disse que ela ia ameaçar primeiro e depois se jogar em cima dele, e ela abraçou primeiro e depois ameaçou. Ta me devendo vinte dólares, Caveirinha.


— Aff, não acredito!- Nico disse, fazendo todos rirem.


— Quem não acredita sou eu. Vocês realmente apostaram?- Tentei parecer brava, mas meu sorriso me denunciava.


— Ela diz como se não conhecesse a gente.- Diz Nico, e Thalia concorda com a cabeça.


— Isso não foi nada.- Disse Percy, fazendo meu coração dar um pulo só de ouvir sua voz.- Imagina você andar com esses dois no mesmo carro com eles falando as mais diversas besteiras.


— Não comecem, nós sabemos que vocês nos amam.- Disse Thalia, convencida, nos fazendo rir mais uma vez. E então nós quatro nos encaramos por alguns segundos e quando eu vi, estavamos compartilhando um abraço em grupo, com direito a lágrimas minhas, Percy, Thalia e alguns funga-funga de Nico.


— Obrigado por tomarem conta dela.- Disse Percy me indicando com a cabeça, enquanto nos separavamos do abraço.


— Não precisa agradecer, irmão.- Disse Nico, fingindo uma coceira nos olhos.- Nós teríamos feito muito mais, se necessário.


— Mas eu espero que não seja.- Disse Thalia, enquanto limpava as lágrimas.- Ou eu acabo com você agora mesmo, Cabeça de Algas.


Percy riu e passou o braço pelos meus ombros, beijando meus cabelos.


— Pode ter certeza que não será necessário.- Ele respondeu, sorrindo.


Hoje de manhã eu era alguém que tentava desesperadamente não se afogar na tristeza e agora eu era alguém que estava afogada na felicidade. Tinha minha família comigo, meus amigos e Percy. Ele tinha uma mão entrelaçada à minha, estava rindo de algo que Nico havia dito, depois de cumprimentar e abraçar todos da minha família.


E eu? Eu estava viva novamente.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Principalmente você, Liids!
Comentários? Comentem qualquer coisa, críticas boas e ruins, dicas, conselhos... To aceitando tudo!
Desculpe qualquer erro, to morrendo de fome e não revisei direito!

Bjs de Néctar!



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