Our Forbidden Love escrita por Ally Rocket


Capítulo 2
Algo inesperado aconteceu.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem do capítulo.
Beijos,
#AR.



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POV Ally

O meu dia começou da melhor maneira, o que é muito raro de acontecer. Normalmente a minha manhã é apenas me levantar, acordar a Trish e tomar o café da manhã, mas hoje foi diferente.

Totalmente diferente em todos os aspetos. Nós vivemos juntas e, normalmente, sou eu quem a tem de acordar, mas hoje quando me levantei ela já estava até arranjada. Algo inesperado estava para acontecer.

Depois de arranjada, com uns shorts pretos, uma blusa folgada vermelha, saltos pretos e o cabelo solto, fui até a cozinha cantarolando a primeira coisa que me veio à cabeça. Adoro música e até escrevo algumas letras, mas nada sério, apenas por diversão e porque gosto. Só canto na frente dos meus amigos.

A Trish, por outro lado prefere não fazer nada. Ficar no sofá assistindo séries é o que melhor faz. Sempre que começa alguma coisa nunca a consegue acabar. Acho que já é mesmo dela ser assim. Não que me esteja a queixar. Apesar de tudo ela é minha melhor amiga e está do meu lado sempre que preciso do seu apoio.

—Bom dia! - Cantarolei sorridente ao ver a Trish já sentada, servindo o suco de laranja.

—Bom dia Ally. Pensei que tinha de te ir acordar!

—Porque se levantou tão cedo?

—Porque hoje chegam os meus sapatos e você disse que iríamos fazer compras juntas!

—Já devia estar à espera!

Senti algo fofo nas minhas pernas e percebi que era o Prince, meu cachorro. Ele é um Husky, o seu pelo preto, menos nas patas e focinho. Passava quase todo o dia passando a mão no seu pelo suave, ele adora. Já o tenho faz quase dois anos.

No princípio a Trish não gostou muito porque pensava que ele ia roer e estragar tudo, mas ele obedece e felizmente nunca fez nada. Dorme sempre comigo no meu quarto. Já estou tão habituada de o ter comigo que não sei se seria capaz de o colocar a dormir na sala ou outro lugar.

Acariciei o seu pelo perto das orelhas, onde ele mais gosta, e me sentei começando a comer. Torradas e suco de laranja. Comemos com calma e conversámos sobre o que iríamos fazer este ano no verão. Normalmente passamos duas semanas com os nossos amigos na praia e a acampar, mas este ano queríamos fazer algo diferente.

Arrumámos tudo depois de comermos e não perdemos tempo indo logo para o shopping. Felizmente o shopping não era longe e como a Trish tinha o carro para arranjar tínhamos de caminhar. O pior era o calor. Haviam momentos em que era insuportável.

Hoje era o meu dia de folga, por isso disse à Trish que vinha com ela ao shopping. Trabalhava na Sonic Boom, uma loja de música. Era muito bom sendo que adoro música e o gerente me deixa tocar piano nas minhas pausas. A loja era sempre bastante movimentada o que rendia muito.

—Onde vamos primeiro?

—É melhor irmos buscar os seus sapatos. Assim podemos fazer as nossas compras à vontade.

—Muito bem. - Fomos até a loja e a Trish comprou os sapatos. Andámos pela loja procurando algo novo. Eu acabei por comprar uma blusa e um vestido. A blusa era preta, de alças e justa; o vestido era azul, até o joelho, justo até a cintura com um cinto e todo rendado.

A Trish não levou nada então fomos até outra loja. E assim passámos a manhã. De loja em loja, comprando algo de cada uma. Sapatos, vestidos, biquínis, shorts e blusas. Trazíamos um pouco de tudo. A única vez que parámos foi para almoçar.

A Trish já tinhas as mãos cheias de tantos sacos que carregava. Eu tinha poucos, pequenos e leves. Acho que ela não estava mentalizada que iríamos a pé para casa.

Parámos um pouco para beber algo, mas antes que pudéssemos entrar no Starbucks alguém vai contra a Trish, derramando todo o suco sobre ela. Se não fosse por ser minha melhor amiga e saber que estava irritada, eu teria rido muito ali, mas tive de me conter.

—Seu idiota! Veja só o que fez!

—Peço imensa desculpa!

—Não tem olhos na cara? Não sabe ver para onde vai?

—Não precisa ser mal educada. Não foi de propósito. - O garoto era ruivo e tentava, inutilmente, limpar a blusa de Trish, agora com uma enorme mancha roxa no meio.

Um loiro estava do seu lado. A mão sobre a boca tentando conter o riso. Ele usava jeans rasgados no joelho e uma t-shirt azul. Uma câmara fotográfica estava pendurada no seu pescoço e um suco na outra mão.

Foi então que os nossos olhares se cruzaram e o mundo parou. Tudo à nossa volta desapareceu. Parecia que éramos apenas nós dois. Ele sorri e o meu coração acelerou. Ele era lindo.

—Vamos embora Ally! - Ouvi Trish dizer, puxando o meu braço, me levando embora dali. Não deixei de olhar o loiro até que Trish se colocou na minha frente. - Para o que é que está olhando?

—Para nada!

—De certeza? Não parece... Você está olhando para o loirinho ali!

—Claro que não!

—Você não consegue mentir para mim!

—Mas eu não estava olhando para ninguém!

—Vou fingir que acredito. Agora vamos no banheiro para eu trocar a minha roupa. Aquele idiota estragou a minha blusa.

—Ele pediu desculpa e disse que não foi de propósito. Acontece Trish.

—Não a mim Ally. Ele devia prestar mais atenção para onde vai. - Ela trocou a blusa e nos preparámos para voltar às compras. - Parece que acabou por hoje. O Ethan mandou mensagem a dizer que tínhamos de ir ter com ele. É importante.

—Então vamos lá.

Caminhávamos calmamente pela rua. Tema de conversa não faltava e ainda nem decidimos o que fazer nas férias. As hipóteses são muitas, mas nada concreto. Já pensei em ir visitar os meus pais. Eles estão em África, o minha mãe já lá morava faz alguns anos e o meu pai foi no ano passado.

Às vezes sinto a falta deles. Mas tenho a Trish e ela fica comigo quando a saudade é muita. Os pais dela estão sempre fora por causa do trabalho então juntámos o útil ao agradável e vivemos juntas.

Chegámos em casa do Ethan e esperámos que o avisassem que estávamos aqui. Não demorou muito até nos levarem até a grande sala onde ele se encontrava com todos os outros. Cassidy, Dallas, Ryder e Anthony. Nossos amigos.

—Se sentem. Mais pessoas estão para chegar, mas podemos começar. - Nos sentámos nas cadeiras em volta da enorme mesa redonda, situada no centro da sala. A mesa era preta, de vidro, com vários papéis sobre a mesma.

—O que nos trás aqui? - Pergunto indo direta ao assunto.

—Mais uma carta! - A sala ficou em silêncio total. Apenas as nossas respirações eram ouvidas.

—Como assim mais uma carta? Pensei que tinham acabado!

—Também eu Ryder, mas parece que não. Está aí, podem ler. - O Ethan aponta para um papel sobre a mesa e o Dallas pega, começando a ler.

Ethan era o nosso "líder". Existem dois grupos aqui em Miami. O meu e outro, que pertence ao outro lado da cidade. Não sei bem a história ou o porquê, mas os grupos não se dão. Somos diferentes e somos rivais. Não nos podemos dar uns com os outros. É estúpido eu sei.

Sempre que há um problema ou algo grave acontece, os grupos estão presentes e acabam por, na maior parte das vezes, se culpar um ao outro. Os líderes nunca se deram bem e discutem sempre. O pior é que também recebemos as mesmas cartas e ameaças.

A carta chegou às minhas mãos, enquanto mais pessoas chegavam e se sentavam. Endireitei o papel e li o que continha.

Queridos amigos,

Sei que pensavam que tinha desaparecido, mas não, estava apenas a ver como lidavam sem a minha presença e é entediante. Ser notável para vocês é um prazer. O vosso medo de mim é perfeito e receio por vos atacar é ainda melhor.

Esperei muito tempo por esta oportunidade. Não irei perder tempo. Vocês têm de pagar. A vingança é um prato que se serve frio ...e o vosso estará gelado.

Aproveitem o vosso tempo enquanto podem, porque qualquer dia ele vai chegar ao fim.

Nunca entendi o que, seja quem for a pessoa que manda estas cartas, tem contra nós. Porque não faz sentido ter algo contra uma pessoa e atacar as outras e de dois grupos diferentes que se odeiam. Bem são mais os líderes que se odeiam, mas isso nem interessa.

Entreguei a carta à pessoa do meu lado e olhei para o Ethan à espera que ele dissesse o que fazer.

—Continuem a vossa vida na mesma.

—Achas que essa pessoa pode mesmo nos fazer alguma coisa?

—Não sei Ally. Mas temos de prevenir. Não quero que vivam com medo, apenas com precaução. Não pensem muito nisto. Só vos chamei para mostrar e saberem o que está a acontecer.

—Você vai falar com a Victória?

—Não sei. Talvez.

Victória era a líder do outro grupo. Não a conheço pessoalmente nem as pessoas do outro grupo, algumas apenas de vista. As pessoas dos grupos podem estar no lado da cidade do outro, mas nunca arranjar problemas.

—Podem ir se quiserem. Qualquer informação nova entrarei em contacto com vocês.

E a sala em segundos ficou quase vazia. Me levantei e segui Trish até sairmos da casa. Era enorme, quase como uma mansão. Toda branca, um jardim lindo, decorado com várias flores, e uma varanda grande no andar de cima.

—Estou tão cansada!

—Já cansada? Você não fez nada hoje Trish!

—Fiz sim. Andei uma manhã inteira no shopping, carreguei os sacos para todo o lado e ainda tive de aturar aquele idiota perto do Starbucks. Acha pouco?

—Sim acho! - Ri e ela revirou os olhos ajeitando os sacos que tinha nas mãos.

—O que vamos fazer?

—Eu vou dar uma volta com o Prince.

—Tudo bem.

Chegámos rapidamente a casa e arrumámos as compras. Trish foi logo para a sala, se sentando no sofá, ligando a televisão, enquanto eu arrumava as coisas para passear com o Prince.

—Não demore.

—Não se preocupe! - Digo e saí de casa. Felizmente o Prince ainda não era muito grande, então não é difícil passear com ele.

Fomos para a praia, como vamos sempre, e onde é permitido animais. Me sentei na areia e o deixei correr e brincar à vontade. Hoje o tempo estava agradável, o que dava para aproveitar estar aqui.

O Prince se aproxima e salta para cima de mim, o que deu ficar coberta de areia. Ele largou a bolinha, que lhe havia dado mais cedo, do meu lado e eu peguei a atirando para longe, o que o fez se virar e correr atrás dela. Aproveitei para sacudir a areia que tinhas nas pernas e ele rapidamente voltou, deixando a bolinha do meu lado novamente. A atirei de novo e ele logo foi atrás.

—Ele é muito fofo. - Ouvi e levantei o olhar vendo a pessoa se sentar do meu lado. - Eu adoro os Husky. - Sorri ao perceber que era o loiro do shopping e ainda tinha a câmara com ele. Provavelmente estava fotografando a paisagem.

—Você não tem um?

—Não. Acho que não sou responsável o suficiente para ter um. - O Prince se aproximou, mas desta vez foi para perto do loiro. - Prince? - Olhou para mim, com as sobrancelhas arqueadas, após ler o nome na coleira.

—O que tem? É um bom nome! - O Prince cheirou a mão do loiro e logo se deitou sobre as suas pernas. - Que folgado. Prince levanta!

—Não, tudo bem. - Ele passava as mãos no seu pelo, perto das orelhas.

—Você encontrou o ponto fraco dele! - Rimos.

—A sua amiga ficou bem chateada mais cedo!

—É. Ela é muito fácil de irritar e o seu amigo teve sorte que ela estava de bom humor!

—Se aquilo era bom humor não quero nem pensar quando não estiver!

—Não queira! - Sorri e olhei o relógio no meu pulso, já estava tarde. - Eu tenho de ir. - Me levantei e o loiro fez o mesmo.

—Sendo assim. Austin Moon! - Estendeu a mão para mim.

—Muito prazer Austin Moon! - Toquei a sua mão e ele sorri segurando a minha e a beijando. - Ally Dawson!

—Prazer em conhecer você!

Coloquei a trela no Prince e estava a atravessar a rua quando, vindo não sei de onde, um carro aparece. Sinto o meu corpo ser empurrado e caio no chão. Estava meio atordoada, não tendo muita noção do que havia acontecido.

—Você está bem?

—Estou. - Respondo voltando à realidade.

—Peço imensa desculpa!

—Você é louco? Se não tivesse empurrado ela a tempo você a atropelava! De certeza que passou o limite de velocidade.

—Deixa Austin! - Seguro o seu braço, após me levantar, o puxando para longe do homem. - Está tudo bem. Não precisa se preocupar. Para a próxima tenha mais cuidado!

—Tem a certeza? Não precisa ir a um hospital?

—Não. Não é preciso! - Ele assente e depois de se assegurar que eu estava mesmo bem vai embora. Não havia acontecido nada mesmo.

—O seu braço. - Olho para o braço e vejo que tem um arranhão.

—Está tudo bem. Não dói.

—Ok.

—A sua câmara! - Me espanto ao ver a câmara, no chão, partida.

—Não tem mal. Eu tenho outra. Esta também estava um pouco velha.

—Peço desculpa.

—Não precisa.

—E agradeço por me ter salvado.

—Também não precisa!

—Preciso sim. Não é qualquer pessoa que fazia o que você fez.

—Me sinto lisonjeado por isso. - Sorri revirando os olhos e ele olhou no celular. - Eu preciso ir, fica bem?

—Fico sim. Não se preocupe!

—Espero voltar a ver você em breve! - Apenas acenei com a mão, me afastando.

Ele se voltou e foi embora, na outra direção. Felizmente o Prince ia na minha frente e não lhe aconteceu nada. Não demorei a chegar a casa. Esperava encontrar a Trish na sala, mas ela não estava. Provavelmente está no quarto.

Me joguei sobre a cama e sorri me lembrando do loiro, agora com nome. Austin Moon. Espero me voltar a encontrar com ele. Me descalcei, atirando os sapatos para o chão, no fundo da cama, e sorri.

É, hoje sem dúvida algo inesperado aconteceu!





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Notas finais do capítulo

Austin e Ally já se conheceram yay! Trish e Dez não se dão lá muito bem kkk. O que acham do Prince?
O que acharam do capítulo? Gostaram? Não gostaram?
Beijos doces.



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