Entre o céu e o inferno escrita por Geovanna Machado, Lara A Cavalcante


Capítulo 23
Capítulo 23 - Elas (Charlie Seth Clair)




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Fui para o colégio depois de toda aquela confusão, até mesmo para tentar relaxar minha cabeça. Entrei no colégio e Tyler estava conversando com Briana e Stephany, eu me aproximei deles. Briana me olhou com cara feia.
— E aí cara? 

— Tyler. _ Abracei ele e dei um tapinha nas costas dele.

— E aquela sua amiga gostosa?

— Suzana?

— Tá com ela ainda? _ Briana perguntou se aproximando de mim.

— Não. Não falei com ela mais. _ respirei fundo, o sinal tocou e eu fui para sala para evitar outra troca de palavras com Briana. Miguel não tinha ido a aula e nem Emília e Catherine ou Charlotte. Tyler se sentou comigo para fazer um trabalho.

— Charlie o que anda acontecendo? _ ele sussurrou, enquanto a professora explicava uma matéria. Eu o encarei. _ Você faltou vários dias, sumiu, seus pais morreram entendo. Mas agora seu irmão faltando em dia de trabalho? O que está acontecendo com ele? Com vocês? 

— Ele só não souber lidar com a morte dos meus pais ainda Tyler, ele vai ficar bem. Preciso de uma nova empregada. Sabe de alguém? 

— Vou ver com a minha mãe e te falo. _ Voltamos a prestar atenção no que a professora falava. A aula terminou rápido. No intervalo fiquei conversando e comendo com Tyler e outras garotas.

Quando terminou, passei em uma hamburgueria e comprei uns dez hambúrgueres  já que Bianca decididamente tinha se demitido. Desci do carro e entrei para dentro de casa, quando abri a porta e olhei para a cena. Catherine estava em pé na escada semi nua, Miguel sentado no sofá e Emília sentada no outro sofá.

— Opa... _ Encarei meu irmão sentado no sofá, e ri. _ Não achei que gostava dessas coisas a três Miguel.

— Charlie... _ Interrompi antes que ele começasse a falar.

— Miguel e Emília, trouxe hambúrgueres, a Bianca se demitiu então vocês comam isso mesmo. Amanhã arrumo outra empregada. Tem hambúrguer pra você também Catherine, estava rindo baixo, mas estava rachando de rir interiormente. Entrei deixei a sacola com a comida em cima do balcão e parei perto do sofá encarando as meninos. Meu rosto devia estar até vermelho de tanto segurar para não rir. 

— Estão tão sexy com essa roupa Catherine. _ Me virei encarando o Miguel.Emília estava com uma cara de dar medo. _ Se quiser resolver isso no meu quarto Emília. _ Brinquei, e ri baixo. Eles estavam sérios encarando uns aos outros e eu subi as escadas antes que eu apanhasse.

— Você é um babaca Charlie _ Catherine disse e desceu da escada. Encarei Emília que me olhava. 

— Tão bonitinha e tão bobinha. _ Me virei pra subir pro quarto mas resolvi voltar. _ Emília, só pra não culpar o Miguel o resto da vida. Fui eu que matei seu pai. O Miguel só atirou nele. Ele gemeu de dor, então resolvi polpar ele do sofrimento e quebrei o pescoço dele. Foi uma sensação maravilhosa. _ Pisquei para ela.

Subi as escadas, e entrei no meu quarto.  Miguel chegou logo atrás de mim no quarto e fechou a porta atrás dele. Encarei ele e levantei uma sobrancelha.

— Tem que parar de tratar Emília assim. 

— Cala a boca Miguel _ me virei tirando o relógio do meu pulso e jogando ele em cima da cama.

— A garota nunca fez nada contigo. _ Ele estava falando mais alto do que o normal.

— Eu não gosto dessa garota, nunca gostei. A partir do momento que a trouxe para cá soube que era uma má ideia. _ Me sentei na cama o encarando.

— Eu não to nem aí para o que você quer, a garota não tem nada a ver com esse merda que você está se tornando. _Miguel me encarava.

— Eu não to nem aí para o que você quer, a garota não tem nada a ver com esse merda que você está se tornando. _Miguel me encarava.
 

— Estou me tornando o responsável de nos dois, estou tentando evitar que esse seu amor com o próximo te mate, nos mate.

 - Responsável? Você está se tornando um idiota, que culpa uma garota por nada. Você se preocupa apenas com o seu próprio umbigo.

 _ Veio aqui pra brigar Miguel? Porque se é isso que quer saia do meu quarto. Eu não vou mudar minha opinião sobre ela ou sobre ninguém por que sua ingenuidade te faz achar que você está certo. Faça o favor de sair _ Eu já estava gritando, apontei para a porta. _ Sai. _ Ele me encarou como se não fosse sair dali.

— Eu não vou sair daqui Charlie, sabe o que é isso aí? _Ele apontou para o pote. - São cinzas dos assassinos dos meus pais, você lembra deles? Acho que não porque passa o seu tempo correndo atrás de mulher e brincando de ser fazendeiro, eu só vou te avisar uma vez, fica no teu canto não ouse chegar perto da Emília ou da Catherine.

 Não quero saber de Catherine e eu to pouco me fudendo pra Emília. Quer brincar de matar todos os demônios que achar que são assassinos? Vai lá, faz isso. Não espero que eu vá no seu funeral quando morrer. _ Levantei da cama, peguei o pote com as cinzas, fui até o Miguel e entreguei para ele. Destranquei a porta e abri. _ Vai brincar com suas cadelinhas de estimação.

— Você já brincou com a sua cadelinha hoje? A Charlotte. Ele pegou o pote e sorriu de lado permanecendo parado na minha frente.
Eu ri o encarando.

— Pode ter certeza que sim. _ Apontei para fora da porta.

—Fica com isso, para você voltar a se lembrar dos nossos pais e como eles morreram e para você saber que seria bem melhor se Suzana tivesse te matado ou ter sido você no lugar deles. Eles sim mereciam viver, você pode ir direto para o inferno com aquela vadia loira sua. Miguel jogou o pote em cima da minha cama fazendo as cinzas se espalharem por ela. E a propósito eu não morri quando você me deixou agonizando com três tiros. _ Ele saiu do quarto.

— Jura? Nem tinha percebido. _ Bati a porta do quarto com força.

Sentei no chão encarando a cama.

— Droga Miguel. _ Falei sozinho. _ Como se eu não sentisse falta dos nossos pais todos os dias. _ Me levantei do chão e fui para o banheiro, tomei banho e vesti só uma cueca preta. Olhei para a cama que estava cheia do pó preto. Tirei todos os lenções e joguei tudo no lixo do banheiro. 

Desci as escadas, atravessei a sala vazia e entrei na cozinha, que estava vazia.  Peguei meu sanduíche e coloquei no microondas.

A campainha tocou.

— A que ótimo. _ Fui até a sala e abri a porta. Era Charlotte, ela estava com o cabelo preso em um coque todo bagunçado e a roupa rasgada. Parecendo que tinha passado por uma máquina de triturar.

— Charlotte. _ Abri a porta tudo dando espaço para entrar. _ Ela passou pela porta e parou na minha frente me olhando de cima em baixo e levantou uma sobrancelha.

— Minha irmã está aqui?

— Sim, deve estar transando com meu irmão agora lá no quarto. _ Ela arregalou os olhos me encarando.

— Porque tem que ser tão estúpido assim?

— Você também vai me xingar hoje? _ Encostei minhas costas na parede a encarando.

— Eu só queria saber cadê ela, só estava preocupada, vou embora.

— Charlotte, espera, onde estava? _ Ela respirou fundo como se faltasse ar a ela. 

— Estávamos caçando animais e ela viu algo e foi atrás e ela sumiu desde então. Só estava preocupada. _ Ela se virou rumo a porta.

— Porque não fica mais de 10 minutos comigo pelo menos um dia? _ Encostei meu ombro na porta a fechando para ela não passar.

— Porque Charlie... _ Ela cruzou os braços na frente do corpo. _ Você é incrivelmente sexy e sabe disso. Isso faz com que sei lá... Metade da cidade já tenha transado com você _ Ela cerrou os olhos e eu ri baixo.

— Talvez um pouco mais da metade Charlotte.

— Não serei mais um número seu pequeno. _ Ela se aproximou da porta  quase encostando seu corpo no meu e levou a mão até a maçaneta da porta.

Dei um passo para frente e ela segurou o ar.

— Não sabia que eu tinha esse efeito sobre você. _ Sussurrei. Passei um dos braços em volta da cintura dela e ela suspirou fundo. A puxei contra meu corpo e a beijei intensamente, sentindo o calor da sua língua na minha me virei colocando em encostada na porta, apertei meu corpo no dela, desci minha mão até a bunda dela e a levantei, ela passou as pernas ao redor da minha cintura. Levei uma das mãos até o rosto dela a beijando mais intensamente. Então eu parei de beija-la e a coloquei no chão. Dei um selinho nela e dei um passo para trás. Meu membro já estava ereto e era muito perceptível porque estava apenas de cueca. Ela abaixou o olhar encarando e suspirou e se virou abrindo a porta.

— Tchau Charlotte. _ Ri baixo,  e me virei, escutei a porta batendo atrás de mim.

 

Fui até o microondas e peguei meu sanduíche e me sentei na mesa. Terminei de come-lo e subi as escadas. Entrei pro meu quarto, coloquei um lençol novo na cama e fui fazer algumas compras pra fazenda pela internet.


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