Chinese Legend escrita por Vintage Girl


Capítulo 1
Medite Comigo. Ladybug


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi gentinha!
Ninguém nesse mundo faz noção do quanto demorou fazer o primeiro capitulo, porque eu exijo é só aceito a perfeição!
Eu realmente espero que você, que está lendo, goste, pois a história, na minha opinião, é muito boa!

Boa leitura!



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Era a primeira vez que eu via a Rua Principal sem movimento algum, e pela primeira vez pude fazer minhas compras em paz. Mas aquela também era a primeira vez com que a primavera faltava, as cerejeiras não haviam rosado e o céu ameaçava se acizentar. 

Entrei no mercado com a lista de compras que minha mãe havia feito - Um quilo de farinha, um pacote de macarrão e pouco mais de dez gramas de erva do dragão. Cumprimentei a dona Lin que fofocada ferozmente com uma garota morena e de cabelos castanhos amarrados num rabo-de-cavalo tão alto, que fazia ela parecer com uma bananeira. Era Alya, filha de um criador de cavalos dum povoado. 

—Alya! Achei que não te veria mais depois de ontem. - disse quando ela pulou por cima do balcão e veio até mim.

—Acha mesmo que meu pai me deixaria de castigo por ter “pego emprestado” dois de seus cavalos? - ela perguntou como se fosse algo óbvio - Claro, que não! Além do mais, eu queria te animar depois do mercado de noivas!

—Já disse, fui na casamenteira e não num mercado! - repeti pela quinta vez - Agora me diz, e aquele garoto Nino que fica te seguindo a todo vapor? - sorri maliciosa.

—Ah, meu pai manda ele atrás de mim quando eu venho pra cá! Ele acha que eu não sei me cuidar, mas a madame músculos sabe onde se mete. - ela disse e mostrou seus músculos inexistentes.

Ri e peguei o último ingrediente da lista, Erva do Dragão. Dizem que é tão picante que só pode ser digerida em miligramas e que o exagero é fatal!

Saímos do mercado e me virei pra morena pra me despedir e voltar para casa, mas antes deu conseguir dizer qualquer coisa…

—Marinette, oi! - a voz de garoto cruzou meus ouvidos e me deixou em transe - Queria te pedir algo.

Era Adrien, o Adrien Agreste. O garoto com quem eu sonhava ter dois, não, três filhos e vivermos felizes para sempre, junto dos nossos dois hamsters é claro!

—Ah, oi garoto Agreste! Não liga não pra Mari que parece que o gato comeu a língua dela, mas é só nervosismo da casamenteira e coisa assim. - Alya disse e me deu uma cotovelada.

Não! Arregalei os olhos e com eles implorei que ela não desse mais nenhuma palavra, que só cavasse uma cova e me enterrasse dentro! Adrien não podia saber da casamenteira, ele me trataria como uma dona de casa, nunca se apaixonaria por mim para vivermos um amor proibido e fugirmos para nos casar!

—Mas me diz, você já foi na casamenteira Adrien? - ela perguntou como se estivesse muito interessada. 

—Hum, os garotos não vão em casamenteiras, mas quando chega a hora de se casar uma delas vai na nossa casa e avisa do matrimônio.

—Ata, mas o que queria pedir pra Mari? - sua expressão mudou de um segundo pro outro e continuou nervosa, pronta pra correr - Mas acho que eu só vou descobri depois, o meu segurança particular, o Nino, acabou de chegar! Fui. 

Ela saiu correndo, só deixando um rastro de poeira e Adrien e eu sozinhos.

—Sabe, Marinette, queria saber se você pudesse reservar uma mesa para mim! Eu tenho um encontro político muito importante!

—Ah, claro, um encontro! Não comigo, com um político, mas eu adoraria um encontro! Não com você, quer dizer, não há nada de errado com você é só que… Olha a hora - apontei pro Sol - Tá reservado a mesa!

Sai tensa de lá e sem coragem de olhar pra trás. 

Cheguei em casa e joguei todas as compras na mesa. Eu só queria ir pro quarto me arrumar para o Adrien, nem que seja só pra entregar o cardápio.

—Marinette, filha, achei que tínhamos combinado de ajudar seu pai no atendimento lá em baixo. - ela indicou com a cabeça o andar de baixo, que na realidade era um restaurante.

—Eu sei mãe, eu tô indo só tenho que me arrumar pro Adr… quer dizer, o Adrien reservou uma mesa!

—Querida, - ela se aproximou de mim e colocou suas duas mãos no meu rosto com piedade - ele é uma gracinha, mas ele é da Classe Alta, e você já foi na casamenteira! 

—Eu sei mãe, - disse com desanimo - mesmo assim eu quero amarrar o cabelo.

Menti e entrei no quarto. A verdade é que eu nem queria ir lá embaixo servir de garçonete, já que não tinha interesse nenhum nos negócios da família, queria mesmo ser costureira. Sentei na penteadeira e fiquei encarando meu próprio reflexo, uma garota cansada, até meus próprios olhos vacilarem e serem atraídos por uma caixinha preta, que eu nunca havia visto antes.

—Mãe! Que caixinha é essa? - gritei a pergunta.

—Ah, são brincos que aquela madame te deu quando você salvou ela do assalto! Aí minha filha, foi tão perigoso!

Aos poucos fui me lembrando da vez que eu havia jogado uma pedra na cabeça de um ladrão e salvado uma mulher de cabelos vermelhos e pretos. Abri a caixa e pus os brincos vermelhos, uma sensação estranha invadiu meu corpo. Sai do quarto e perguntei para minha mãe se sabia onde a mulher morava, numa academia perto daqui, ela respondeu e fui sem pensar duas vezes.

Não havia me passado pela cabeça que eu não veria Adrien, mas quando me dei conta disso já estava dentro da academia sendo cumprimentada pela mulher de voz incrivelmente fina:

—Sou Sensei Tikki, como ajudá-la?

—Bem, eu… eu não sei. Esses brincos me fazem eu me sentir estranha, foi você que me deu, lembra?

—Ah, sim! Venha comigo, talvez eu consiga te explicar, aceita um chá? - ela ofereceu quando entramos em seu escritório, um lugar coberto de carpetes, incenso e pinturas de deusas vermelhas como joaninhas. Nos sentamos no tapete - Você acredita na deusa Ladybug? 

—Ladybug? A heroína da China? Claro!

—Sabe que seus poderes vinham de seus brincos… e se eu te falasse que você é Ladybug?

—Diria que está errada e que no máximo sou uma super-desastrada! - disse tentando esconder minha dúvida de ter entrado num hospício em vez da academia.

—Medite comigo! - ela disse e obedeci temendo algo se não fizesse o que ela queria. 

Aos poucos fui sentindo um peso descer sob minha coluna, como se tudo que eu me preocupasse se fosse, abri um pouco os olhos e vi que toda sala estava coberta de uma névoa vermelha.

—Sabe o que dizer, Marinette? - estranhei ela saber meu nome, mas imediatamente respondi:

—Transformar… 

Eu não havia pensado, eu simplesmente tinha dito. Senti uma brisa levantar meus cabelos e quando olhei para baixo, minhas roupas havia sido substituídas por um kimono estampa de joaninha, usava uma meia-calça preta com fitas vermelhas e um sapato da mesma cor. No rosto usava uma máscara vermelha.

—Sensei Tikki, para onde foram minhas roupas? O que está acontecendo?

—Você, Marinette Dupain-Cheng, é Ladybug! A deusa da Sorte e da. Radical te escolheu e você lutará contra as forças do mal!

—Não, só pode ser um engano. Não! 

—Não há enganos. - ela afirmou enquanto segurava firmemente meus ombros - Você aceita, Marinette? Aceita Salazar a China? 

Eu tinha uma escolha. Aquela era a primeira vez que eu escolhia algo para a vida toda. Era perigoso, talvez mortal, mas tão tentador. Eu queria dizer não, mas algo gritava sim…

—Eu aceito! 

—Assim, seja Ladybug! - ela sorriu satisfeita e me entregou dois leques vermelhos - Essas serão suas armas! Agora, venha.

Saímos de seu escritório para o salão principal, um quarto cheio de katames e decorado com o Yin Yang. Um rapaz de preto e orelhas de gato fazia movimentos com um bastão de madeira. 

—Ladybug, este é Chat Noir, seu parceiro! - ela se virou para mim - Os treinos começam amanhã as quatro da tarde, ninguém pode saber sua identidade, por isso vá ao meu escritório e destransforme. Da próxima vez que for se transformar não precisa meditar, sua alma já está ligada à de Ladybug! 

Concordei com a cabeça e voltei ao escritório dela destransformei. Estava preste a sair pela porta dos fundos da mesma sala quando ouvi:

—Ela não vai durar um dia com o Shifu Plagg! - disse Chat Noir, ouvi Sensei Tikki dar uma risadinha

Senti meu coração apertar, o que eu tinha feito?, pensei e sai.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim!
Comentem o que acharam, claro, se quiserem!
Não sei quando vai ter o proximo capitulo, depende da reação de vocês, leitores, mas não deve demorar muito, já que estou sem nada pra fazer esses dias!

Beijinhos :3

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