O Sol, A lua e A verdade escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 4
A verdade




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P.O.V. Elijah.

Quando eu cheguei á enorme casa ela estava na soleira da porta rindo.

—Eu ganhei! Ficou cansadinho velhote?

Ela perguntou rindo.

—Nem um pouco.

Eu tentei passar pela porta, mas bati no lacre.

—Tem um humano vivendo aqui?

—A casa tá no nome da Dafne. Se ela permitir... você entra, se não você vai ficar plantado ai.

Ela apareceu de moletom e calça jeans.

—Me dá um bom motivo pra eu te convidar?

—Sou seu pai.

—Não me convenceu.

—Não convenci?

—Quem me teve, me criou e me ensinou tudo o que eu sei foi minha mãe. E a minha vó e a minha família. Família é igual a mamãe, vovó, vovô, Tia Alice, Tia Rose, Tio Emmett, Tio Jasper, vó Esme e vô Carslile. Você é igual á... nada.

—Sou seu pai.

—Correção, você é o otário com quem a minha mãe dormiu pra poder ficar grávida.

—Você tem mesmo uma língua afiada.

—É o fogo das Petrova. Se eu te convidar pra entrar e depois te desconvidar, você ainda vai poder entrar?

—Não. Só podemos ficar se o dono nos quiser.

—Ou estiver morto. Mas, acho que já é um começo. Entra.

Eu estava olhando para aqueles estranhos vampiros de olhos amarelos, eles não pareciam humanos, não havia a menor semelhança entre eu e eles.

—Ta olhando o que?

—Rose!

—Ele fica me encarando parece um doido.

—Imagino que seja difícil pra você conhecer vampiros da nossa raça.

—Querida, temos que conversar.

—Sobre o que? Sobre o Original sentado na nossa sala de estar?

—Também, mas temos que conversar sobre você.

—O vovô Carslile descobriu o porque dos meus apagões?

—Não. Mas, eu sim.

—Como? O que é?

—É um efeito colateral de um feitiço que eu pedi pro Marcos fazer.

—Marcos? O seu amigo Marcos? Ele é um bruxo?

—Marcos Baker é o feiticeiro Mor do Brooklyn. Ele fez uma série de barreiras mágicas na sua mente.

—Porque?

—Porque parte dos seus dons está localizada na parte inconsciente da sua mente e o feitiço de Marcos impede que essa parte controle você.

—Como assim me controle?

—Querida, você tem dupla personalidade. Quando você tem esses apagões como você chama, lapsos de memória é porque a sua parte inconsciente tomou conta de você.

—Tipo, possessão?

—Por ai. Você é você e a Fênix é a Fênix.

—Fênix? A coisa tem até um nome? Botaram um nome nela?

—Ela colocou esse nome nela mesma.

—Desde quando?

—Desde que você era criança, seis, sete anos. Eu teria feito antes, mas o Marcos disse que não era saudável fazer esse feitiço num bebê.

—E o que acontece quando essa Fênix toma conta de mim?

—Nada que você precise saber.

—É do mal não é? Essa Fênix é do mal.

—Eu fiz o melhor que eu pude. Não é fácil ser a mãe de uma criança extraordinária. Talvez tenha sido um erro separar vocês, mas eu não sabia o que seria se eu não separasse, temia que ela te... te levasse. E eu não podia perder a minha filhinha.

—Então você fez isso pra me proteger?

—Fiz. Ninguém mais sabia, só eu e o Marcos.

—Ela é do mal?

—Ela não tem humanidade, controle inibitório, moral. Mas, não acho que seja do mal. Vem comigo.

Ela levou a menina para um cômodo secreto subterrâneo.

—O que é isso?

—Chame de quarto do pânico. As paredes são de ferro puro, sal grosso junto com o reboque, pregos de prata. Cercado por vários feitiços de proteção.

—Porque um quarto do pânico?

—Para o caso de Fênix. Tem um na nossa casa também.

—A casa. Eu fiz aquilo não fiz?

—A Fênix fez. Você não.

—O que mais ela fez?

—Destruiu várias coisas, mas fora isso nada de grave.

—Ainda bem. Não tem como controlar essa coisa?

—Podíamos tentar intervenção medicamentosa. Existe tratamento pra dupla personalidade.

—E quando é que a gente começa?

—Segunda eu vou pegar os medicamentos com um psiquiatra amigo meu.

—E você o que você quer?

—Porque continuam me perguntando isso?

—Porque a sua família não dá ponto sem nó. Se você ta aqui, alguma coisa você quer.

—Jasper!

—Não mãe, não vem me dar bronca não. Essa gente ai é pior que recém criado. Eles sempre tem um plano diabólico a ser posto em prática.

Um homem de cabelos cor de cobre veio descendo as escadas e ele disse:

—Ele veio pela Dafne. Ele sempre quis ter filhos, tem até inveja do irmão apesar de lhe ter roubado a namorada. Ele quer uma família. Engraçado, a mulher ainda estava grávida do filho do irmão e já tava se jogando pra cima dele, prontinha pra dar. Mas, a minha filhinha não é desse tipo ai. Ela é auto-suficiente e tem muito mais cérebro do que as outras.

—Na verdade, é capacidade cerebral e auto confiança. Eu não sou lesa de me envolver, me prender nessa teia de aranha, me enfiar nesse ninho de cobra. Deus me livre.

Ela me deu um sorriso sacana.

—Você é mesmo uma provocadora.

—Se não fosse verdade, não te afetava. Mas, você sabe no fundo no fundo que é.

A vampira que mais parecia uma fada estava transportando um vaso e este caiu.

—Bella pega o vaso!

A mulher que estava do meu lado logo estava no chão pegando o vaso chinês pouco antes dele atingir o chão.

—Peguei. Cara, nunca vou deixar de gostar disso.

Ela colocou o vaso sob a mesa com tampo de vidro enquanto o loiro Jasper acudia a baixinha Alice.

—Alice, amor o que você está vendo?

—Estão vindo. 

Disse ela com o olhar perdido e a voz apavorada.

—Quem?

—Os outros, os outros que são como ele e os Volturi.

—Porque? Porque vir aqui?

—Os Volturi vem pela Dafne e os outros por causa dele. Assim que o ser com olhos de lobo vê Dafne e Renesmee seus olhos brilham. De cobiça e maldade. Igual aos de Aro. Quando Aro vir o ser com olhos de lobo vai ser uma guerra. O início do fim.

Então ela piscou algumas vezes e pareceu retornar.

—O que foi que aconteceu?

—Tia Alice pode prever o futuro, assim como eu e a mamãe. Nós copiamos os dons deles e os deixamos mais fortes. A gente tem botão de liga e desliga, eles não.

—Deixe que venham. Eu aposto que eles vão se matar uns aos outros.

—Nós vamos lutar?

—Não.

—Sim.

—Sim? Você quer lutar com ele?

—Quero. Vovô, eles não vão parar, nunca vão parar não se alguém não der um basta neles. Aro sabe que não pode nos derrotar. 

—Quando eles chegarão tia Alice?

—Dentro de um mês.

—É tempo mais que suficiente. 

Ela digitou no celular uma mensagem e em segundos a casa já estava cercada. E o interior cheio.

—E ai? Todo mundo pronto pra brigar?

—Sim. Eles pagarão.

—Tomem. Presente.

Ela começou a distribuir estacas.

—Estacas?

—Não querida, estacas de carvalho branco. 

—Você planejou?

—É.

—Genevieve...

—Ela me ajudou. Eu sabia que o Elijah tudo pela família não resistiria a tentação de conhecer sua filha e que os outros otários viriam atrás dele quando ele parasse de atender o telefone.

A duplicata balançou o celular.

—O que você fez Dafne?! Quem é você?

—Quem você acha?

—Fênix. A Dafne ainda tá ai?

—Ela ta aqui em algum lugar. Além do mais, eu quero ter o prazer de fazer a primeira família e os Volturi engolirem os egos deles. Eles mentem, eles blefam, eles não são confiáveis. Eles são idiotas com um ego muito inflado. Eles são assassinos só por diversão, eles não tem consciência. E eu sei que o meu papai não mataria sua própria preciosa, primeira e única filha. Ou mataria?

—Você não é a minha filha.

—Mas, se eu morrer... ela morre também. Isso não é feitiço de ligação! É muito mais complexo! E não pode ser desfeito.

—Na verdade, eu acho que pode.

—O que?!

Renesmee colocou um disco na vitrola e colocou a agulha. O disco começou a tocar.

—Chicago? O musical?

—Concentre sua mente nisso querida. Fênix, presta atenção. Ta prestando?

—Sim.

Ela fez o disco girar ao contrário e saiu uma voz macabra dizendo:

—Eu ordeno que você saia deste corpo e pare de derramar o sangue dos inocentes!

Então a minha filha teve um ataque e eu vi aquela fumaça negra horrível sair da garganta dela.

—É isso ai.

—O que?!

—Um exorcismo ultra rápido. O Sam que me ensinou.

—Ai. A minha cabeça.

—Como se sente?

—Não ouviu o ai minha cabeça?

—Eu to dizendo por dentro!

—Diferente.

—O meu ódio diminuiu. Muito.

—Então...

—Ainda odeio você. Só estou pensando que matar uma pessoa ainda mais sendo ela o meu pai biológico seria pecaminoso.

—Então me considera seu pai?

—Eu disse pai biológico. É o jeito cientifico de dizer o idiota que doou o esperma.

—Eu não acho que o meu escudo se estenda pra toda essa gente em volta.

—Nenhum tipo de manipulação mental funciona nas bruxas.

—Escudo?

—Dons puramente defensivos são chamados de escudos.

—Eu tenho que perguntar. Acham mesmo que ele vai se dispor a matar os próprios irmãos?

—Não. Mas, podemos trazer eles pro nosso lado. O Tio Klaus já tem meio caminho andado e eu tenho uma arma secreta.

—Uma arma secreta? Que seria?

—Se eu contasse não seria mais secreta. Dã!

—O que fez o Elijah passar mal ontem?

—Eu. Eu quebrei o elo de ligação entre todos os outros vampiros que ele criou.

—Porque? Planeja me matar?

—Não. Ainda, mas eu gosto de ter um plano B. Vantagem é tudo.

—E Niklaus e Rebekah?

—A Davina já quebrou a linhagem do tio Klaus. Só sobraram você e a Tia Rebekah e foi mais fácil do que eu pensei que seria, eu canalizei uma tonelada de magia pra quebrar os dois elos ao mesmo tempo e eu não morri.

—Fato importante sobre mim, eu roubei a magia da Qetsyiah estando grávida da Dafne então uma parte de todo aquele poder Bennett passou pra você.

—Maneiro. A Tessa é super poderosa.

—Quem é a Tessa?

—Eu.

A mulher olhou pra mim com fúria.

—Eu sou a Tessa Bennett essa mulher centrada, sã, racional e com uma tendência horrível pra guardar rancor.

—Bennett? Como Bonnie Bennett?

—Minha mãe. Enzo é meu pai.

—Ele está aqui agora?

—Talvez. Não sei dizer.

—Como não?

—Porque ele tá morto. A sua adorável irmã bruxa Freya matou ele e a minha mãe... foi obra da outra. A amável Rebekah. Eu tinha seis anos, elas só não me mataram porque não me viram. Então, as duas vadias Mikaelson tiraram a minha família de mim, eu tive que assistir elas matarem os meus pais! Aos seis anos! Então, me chame de mulher ferida, vadia vingativa ou o que quer que caiba na sua história, mas eu confiei nelas e elas assassinaram minha família. Se aproveitaram da minha inocência de criança pra matar quem eu amava. E você não pode me culpar por querer as cabeças delas. 

—Eu lamento.

—Duvido disso. Mikaelsons não sentem remorso. Vocês não tem alma. Merecem apodrecer.


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