Save the Crown escrita por vanprongs


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi! Tudo bem? Aqui estou eu iniciando mais uma fanfic - sem ter atualizado todas. Espero que vocês gostem e queiram acompanhar essa nova história ♥



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A princesa Lily Evans sentia seu peito subir e descer em uma velocidade anormal que sua consciência jamais conhecera nos últimos dezesseis anos, estava encostada em uma grande árvore e permanecia de olhos fechados enquanto torcia para que toda a velocidade percorrida por seus pés descalços fosse suficiente para escapar do massacre, ordenado por Conde Riddle, que ocorria no palácio dos Evans naquela, nem tão pacata assim, manhã de sexta-feira.

Ao lado da moça de sangue real estava sua dama de companhia que tentava observar alguma coisa além daquela árvore onde ambas estavam escondidas, um pano que havia sido arrancado de uma das grandes cortinas do antigo lar de ambas cobria seus grandes cabelos louros e parte de seu rosto, seus pés também se encontraram descalços e seu vestido sujo com alguns galhos e terra. Era possível que ela não estivesse melhor que aquilo, pensará Lily após abrir seus olhos rapidamente e encarar Marlene McKinnon tentando achar um esconderijo para ambas.

A ruiva olhou ao redor tentando ajudar a outra jovem e semicerrou seus olhos quando pode ver uma pequena cabana a alguns metros de si, deu um pequeno sorriso e levou sua mão até a manga do vestido de McKinnon puxando-a algumas vezes rapidamente e fazendo a menina virar-se de forma brusca e encarar a princesa com uma pequena faísca de raiva em seus olhos.

— Vossa realeza.... – Marlene iniciou rabugenta – Eu estou procurando algum lugar onde possamos tomar banho e descansar. – a loira continuou e a ruiva deu mais uma puxada na manga de seu vestido claro. – Já chega Lils, pelo amor de Deus! – esbravejou para sua amiga e a encarou com os olhos arregalados de raiva. – Eu estou procurando algum lugar para seu traseiro real descansar, agora se me dá licença...

— Se você não estivesse tentando encontrar algo que eu já tivesse encontrado... – a segunda pessoa na linhagem do trono da França murmurou com um forte sotaque francês. – Ali, McKinnon. – fez o sinal com a cabeça e perceber a dama levar seus olhos até a pequena casa que se encontrava em uma curta distância do fim da floresta – Será que eu posso descansar o meu traseiro real naquela simples cabana? – perguntou com um pouco de sarcasmo na voz e viu a outra suspirar.

Marlene puxou seu vestido para cima tornando mais fácil de andar e pode ver Lily copiar seu movimento logo ambas andavam até a cabana, porém antes que elas chegassem até a porta de seu destino um vento forte passou por elas e fez com que o pedaço de pano que cobria o cabelo da dama de companhia fosse levado para o interior da floresta que elas haviam saído. A menina olhou para trás preocupada e balançou a cabeça de um lado para o outro, eles não encontrariam elas somente por um pedaço de cortina, ela pensou e orou.

Evans parou de andar assim que estava em frente a porta, levou sua mão a maçaneta e a girou. Rapidamente a porta fora aberta e logo ambas se encontraram dentro daquele ambiente caloroso. Elas se encararam e começaram a andar e a fazer um pequeno conhecimento do local procurando, especialmente, para algo que elas pudessem comer antes de se limparem e descansarem.

A herdeira do trono encarou a pequena mesa perto do fogão e viu um bule branco e três xícaras, deu alguns passos até aqueles objetos e soltou um suspiro animado ao ver que o bule se encontrava quente e umedeceu os lábios ao ver alguns pedaços de biscoito em um prato que combinava com a louça posta na mesa. Pegou um biscoito e colocou-o na boca, saboreando-o com os olhos fechados e um sorriso singelo nos lábios, ela não conseguia se lembrar de sua última alimentação no entardecer do dia anterior. Logo sua mente pareceu funcionar e ela virou seu corpo para alertar sua fiel amiga quando os viu.

Um casal de cabelos castanhos observava a ruiva atentamente, enquanto uma jovem com o tom de cabelo idêntico ao deles tinha sua espada coloca perto do pescoço da dama McKinnon que tinha suas costas escoradas na parede e um pequeno fio de pânico em seus olhos castanhos.

— Nymphadora... – a voz da mulher saiu de forma calma e segura. – Por favor, guarde essa espada, não é como se essas duas jovens pudessem fazer-nos algum mal. – ela observou e deu três passos até a ruiva. – Eu sou Andromeda Tonks. – apresentou-se. – Esse é Ted, meu marido. – apresentou o homem que estava um pouco atrás dela e logo deixou sua mão ser levada um pouco mais para a direita. – E essa é Nymphadora, nossa filha. – deu um pequeno sorriso e encarou a Tonks mais nova mais uma vez. – Pelo amor de Deus, minha filha, largue essa espada. – seu tom fora mais rude e então a menina abaixou a espada, sem deixar de encarar a loira em sua frente.

— Você não pode confiar em qualquer pessoa que entra em nossa casa, mama. – a menina informou a mãe antes de colocar a espada encostada na parede rústica.

— Sua filha tem razão, milady. – a loira comentou e tentou dar um sorriso para a família Tonks. – Em tempos como esse é sempre bom ter um pouco de desconfiança de todos a sua volta.

— Não é como se vocês duas conseguissem qualquer coisa de nós três, de qualquer jeito. – Ted comentou com um pequeno sorriso nos lábios. – Podemos saber quem nossa família tem a honra de abrigar nessa lua cheia?

— Eu sou Lily Evans. – deu um pequeno sorriso para todos e Nymphadora a encarou com uma sobrancelha arqueada.

— Princesa Lily. – Marlene ralhou com ela e soltou um suspiro pesado. – Você não sabe se pode realmente confiar neles.

— Por favor, Marlene, eles não têm a feição de quem faria qualquer mal a nós duas, se queremos sua ajuda necessitaremos ser o mais honestas que pudermos.

Andromeda deu um sorriso e uniu suas mãos em frente ao seu corpo ao passar seu olhar da loira para a ruiva algumas vezes.

— Vocês podem passar um tempo conosco para manterem-se a salvo por algum tempo, caso seja vossa vontade, milady. – a morena comentou dando um pequeno sorriso e fazendo um pequena reverência.

— Se não for lhe ser algum incômodo eu adoraria ficar até saber o que fazer. – a princesa comentou. – Tomaram nosso castelo e eu dei uma sorte imensa em conseguir escapar, mas ainda tenho o medo do que farão caso me encontrem.

— A senhorita está segura conosco. – o homem garantiu e deu um sorriso para as mais novas. – Nymphadora mostre a elas o seu quarto e ajeite duas camas, por favor.

— Claro, papa. – a morena mais nova respondeu o pai e encarou Lily e Marlene. – Venham comigo, por favor.

As duas jovens a seguiram até um pequeno alçapão e logo a morena abriu-o descendo, McKinnon desceu logo em seguida e por último a princesa. Assim que colocou seus pés no chão a ruiva observou o cômodo, havia três camas e algumas roupas jogadas ao chão.

— Eu geralmente durmo naquela cama. – Tonks disse apontando para a cama ao lado esquerdo. – Mas podem escolher qual quiserem, de verdade. E não tenham medo, como a cabana é pequena meu pai e meu avô construíram essa parte embaixo para mim e para princesas indefesas que tem seus castelos atacados ao meio da noite. – completou com um pouco de humor e Marlene soltou uma risada.

— Você não aparenta estar muito contente com nossa estadia, Nymphadora. – Lily disse com pesar.

— Me chame de Dora ou Tonks, por favor milady. – pediu e suspirou. – Eu somente me pergunto se a senhorita sabe o risco que nos colocou, sabe como é, todos aqueles que atacaram o seu reino estão lhe procurando. Mas a senhorita é minha princesa, e eu irei lhe ajudar e lhe proteger, assim como meus pais.

— Acredite, Dora, eu não gostaria de colocar a vida de mais ninguém em perigo.

— Mas se ela não fugisse, Tom Riddle teria tudo o que precisa para dominar a França. – a loira murmurou e soltou um leve suspiro sentando-se na cama ao centro do quarto. – Você sabe lutar? – perguntou após alguns minutos.

— Temos que aprender a nos defender. – falou orgulhosa com um sorriso nos lábios. – Até quando vamos depender dos homens? São eles que iniciam as guerras e injustiças do mundo, eu não vejo necessidade de deixar minha proteção em suas mãos.

Um estrondo se fez no andar de cima e logo a espada de Tonks fora jogada para o quarto e a porta do alçapão fechada.

— Não saiam, por nada. – um murmúrio pôde ser ouvido pela voz de Andromeda.

As três ouviram outro barulho e algumas vozes desconhecidas no andar de cima. Nymphadora puxou o braço de Lily e fez um sinal com a cabeça para que Marlene as seguisse, abriu levemente uma pequena porta que dava para um armário e as três entraram ali. Os olhos da Tonks mais nova estavam fechados e absorvendo cada barulho feito no andar a cima, as vozes de seus pais e os passos pesados de outras cinco pessoas.

Duas longas horas se passaram até que elas pudessem ouvir a porta se fechar e então a respiração de Nymphadora se tornou pesada, sua mão foi até a maçaneta e McKinnon segurou-a, não a deixando abrir a porta, elas se encararam e a morena abaixou a cabeça.

— Eu acho que podemos... – Lily iniciou a falar e sua dama encarou-a como se pedisse silêncio.

Em menos de três minutos elas ouviram o alçapão se abrir e a voz de Andromeda chamando-as, a loira abriu a porta deixando a mais nova passar por ela rapidamente. Quando a princesa e Marlene saíram do esconderijo observaram Andromeda, Ted e Nymphadora em um abraço desajeitado.

— Era Bellatrix Black. – a senhora iniciou-se a falar. – Elas já estão lhe procurando princesa, você deve tomar cuidado.

— Tomarei. – a ruiva comentou com um pequeno sorriso nos lábios. – Agradeço por vocês nos protegerem.

[...]

Três meses haviam se passado desde que Lily e Marlene fugiram do castelo, há três meses elas viviam com a família Tonks e ajudavam Nymphadora a buscar água e qualquer outra coisa. A mais nova sempre tentava convencê-las a começar a treinar e com isso aprenderem a se defender, porém nem mesmo a princesa ou sua dama de companhia tinham interesse naquilo.

As três riam de algum comentário de Marlene sobre um príncipe da Holanda no último baile real que as duas francesas haviam participado, Lily a ajudava carregar um tambor de água e a morena carregava um balde com roupas. A risada de Dora cessou quando ela observou a cabana que elas vivam em chamas que estavam em seu fim, não enxergava nada por conta da grossa fumaça que ainda estava no ar. Deixou o balde com roupas cair e correu até o que restou de seu lar, queimado.

— Mama. – ela gritou e chamou a atenção das outras duas que soltaram o balde de água e a acompanharam. – Papa.

— Eu... Eu sinto muito, Dora. – Lily murmurou com pesar e abaixou a cabeça.

— A culpa não é sua, Lily. – ela murmurou. – É deles e eles irão pagar. Pelo que fizeram com o seu lar e com o meu. – completou com suas mão fechadas enquanto segurava sua espada. – Eles irão pagar. – falou novamente ao que encontrou com os olhos os corpos de seus pais.

As três jovens puxaram os dois corpos adultos e os enterraram antes de escurecer, desde o momento em que encontraram os corpos até o momento de se esconderem por conta de um barulho que ouviram nenhuma delas havia derramado uma lágrima ou conversado sobre o que fariam a seguir.

— Nós devemos fugir, tentar entrar em algum navio e escapar. – Marlene comentou.

— Devemos ir agora, para nos salvar. – Lily concordou.

— Calem a boca. – Nymphadora falou observando o pequeno grupo que se aproximava de sua casa. – Vocês vão chamar a atenção dos saqueadores e eu não acho que alguma de nós esteja pronta para lutar.

Observaram os saqueadores pegarem o máximo de coisas que conseguiram dos restos da cabana e a atenção da morena foi chamada para o que parecia ser o mais novo deles, com algumas cicatrizes no pescoço e no rosto. Soltou um pequeno suspiro ao ver que eles estavam ocupados com alguma coisa nos destroços e olhos para as garotas ao seu lado.

— Venham, vamos para o reino dos Potter. Lá cortaremos os cabelos e nos manteremos a salvo até conseguirmos criar algum plano para você ter seu reino de volta. E eu a vingança. – murmurou e começou a andar abaixada sendo seguida pelas francesas.

A princesa Lily comentava como as coisas deveriam ser nesse novo esconderijo e que elas não deveriam confiar em ninguém enquanto Tonks levava sua mão até sua espada e a outra ao seu Livro das Sombras, ela protegeria a princesa, havia prometido aos seus pais e a si mesma. Nem ela e nem Marlene deixariam Riddle ou qualquer um de seus seguidores vencer.

Elas caminhavam com cuidado e um peso em suas costas. O destino dos reinos dependia delas e elas sequer sabiam onde dormiriam aquela noite.


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