Jinx ainda permanecia com uma postura entretida e com aquele maldito sorriso vitorioso em seus lábios rubros. A ruiva olhava para a desnorteada parceira atentamente, quase que gravando seus movimentos e reações.

Mentiria se disse que aquilo não lhe agradava.

Deixar a boa samaritana em apuros era um dos seus passatempos prediletos e isso ela tinha que admitir internamente, era de certa forma, excitante.

— Então, vai me contar a verdade ou terei que arrancar de você? — começou, quebrando aquele silêncio de vergonha da outra.

Assim que sua voz fez presente o corpo de Lux estremeceu, aquela voz era tão brincalhona, mas ao mesmo tempo era tão determinada e feroz. Parecia que Jinx era uma predadora nata e estava caçando Lux para transforma-la em um brinquedo de estimação pessoal.

— Ainda calada? Vamos fazer o seguinte: mantenha-me entretida por um dia que eu esqueço essa história — propôs chegando perto da companheira em passos cautelosos, ferinos, pronto para abater a presa.

A ruiva estava lhe convidando para um encontro indiretamente!

Lux a encarou descrente, mas no fundo uma felicidade crescia em seu peito. Sentiu suas pernas amolecerem, porém não se entregaria fácil porque precisava mostrar para Jinx a quão ousada ela poderia ser.