Proibida Pra Mim escrita por TessaH


Capítulo 16
14.1


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoal! Eu adoro ler os comentários de vocês e volto muito cedo por causa deles! Se vcs ficam ansiosos, imagine eu! Daí não aguento e posto!
Dividi o 14 em duas partes porque estava muito grande e porque tem momentos diferentes, então achei mais prudente. Boa leitura!



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14| 

— Desliga essa porra que tá tocando, Scorpius, caralho! Que merda! - Thomas gritou e remexeu-se em sua cama, tentando abafar o barulho de meu despertador com o travesseiro no ouvido.

— Achei que tinha desligado - corri para desligar a pequena coisa gritante que ficava perto de minha cama. Naquele dia, ela não teria precisado nos acordar porque eu já estava aceso há pouco. De banho tomado e bem agasalhado para encarar o frio do inverno que estava para chegar, sai de meu dormitório e fiz questão de bater a porta só para Thomas reclamar do barulho.

É uma dádiva dividir quarto com um amigo, senhoras e senhores.

— Bom dia, ser estranho, está indo pra alguma caminhada? - Kellen Brice, minha estranha amiga de cabelos azuis, me abordou quando passei pelo salão comunal da Sonserina.

— Ora, anda me espionando? Hoje não vai dar pra caminhar. O treinador que me perdoe - respondi e aproveitei para me sentar ao lado de Kellen porque, quando bati os olhos no relógio, vi que era muito cedo pra sair à procura da Weasley.

— Certamente não iria caminhar parecendo um bad boy com essa roupa. Você finalmente vai sair em um final de semana?! Estou chocada!

— Haha, comediante. - dei um chute na poltrona da garota que riu. - Vou dar uma volta em Hogsmeade.

— Ah, é? - os olhos da galesa se estreitaram ao me olhar. Por alguma razão, eu não queria me prolongar para explicar que sairia com Rose Weasley, quando tudo que Kellen iria fazer era me importunar. - Estranho... Em anos de amizade dificilmente você saiu.

— É, mas eu estou saindo uma vez, uma única e você já tá enchendo o meu saco, né? Imagine se fosse mais, isso não importa. O que está desenhando?

— Olhos, como sempre. - Kellen me respondeu e consegui desviar sua curiosidade para minha saída. - Aquele babaca do Uckerman ainda anda falando de mim?

Eu sabia que não tinha sido boa ideia ter falado que Thomas ainda a chamava de Avatar, mas havia escapado em alguma conversa nossa e, embora ela se fizesse de forte, eu sabia que odiava os comentários que corriam de si mesma.

— Não. Foi só uma vez, Kellen, e eu o repreendi. Ele sabe que eu sei que você  sabe que não gosta.

— Uau, falou muito confuso pra eu entender uma hora dessa da manhã.

— Por estar muito cedo, tô até estranhando você por aqui. O que houve? Pesadelos de novo?

— Sim. - ela se remexeu na poltrona e voltou a rabiscar seu papel. Eu sabia que ela não gostava muito de falar sobre seu passado.

Eu acreditava muito que minha aproximação e ligação com Kellen tinha a ver com nossas obscuridades se reconhecendo. Cada um tinha algo que mexia muito dentro de si e que não sabíamos como expor à alguém de fora, então nos reconhecíamos.

— Você podia procurar uma ajuda, sabe? Eu iria com você, se quisesse.

— Ah, muito obrigada pela disposição, esquisito - Kellen estalou os lábios e fechou os olhos. - Eu estou indo há um tempo para tentar lidar, então... Me desculpa por não ter dito a você antes, mas eu precisei de um tempo pra aceitar.

— Poxa, Kellen, já está indo? - me senti um pouco de fora da vida de minha amiga por saber daquela novidade tão tarde. - Há quanto tempo está indo? Está ajudando mesmo?

— Desde as férias de verão. Sim, ela disse que no começo seria pior para lidar com as lembranças, mas que ia dar certo. Estou apostando tudo nisso, você entende?

Quando eu via minha amiga durona quase se quebrando em minha frente, em raros momentos, a sensação de ser privilegiado por desfrutar de um momento importante dela me acertava. 

— Entendo, e pode contar comigo, sua malucona. - apertei levemente seus joelhos. - Sabe quem mandou uma carta estranha pra mim?

— Não. Quem?

— Adivinha!

— Ah, Scorpius, sou impaciente pra essas brincadeiras, conta logo!

— Chuta! Uma pessoa improvável! - eu ri da careta de Kellen.

— Ahn.. Seus avôs? - neguei com a cabeça. - Seu pai? - neguei de novo. - Scorpius, estou ficando sem opções, você não tem mais ninguém!

Embora eu risse da situação, aquela afirmação sempre pesava de algum jeito dentro de mim.

— Uma moça me escreveu, disse ser a nova namorada do meu pai, dá pra acreditar? Óbvio que eu não dei crédito, nem respondi. Você sabe que tem algumas loucas que se aproximam de mim pra tentar ganhar meu pai quando isso nem dá resultado, né?

— Eu sei, mas se passar por namorada ninguém fez ainda, por quê não respondeu?

— Porque não me interessa, Kellen. Eu também não acredito, então não faz diferença.

— E se for verdade? - as sobrancelhas de Kellen se arquearam em desafio. - Você sabe que pra superar todos os seus remendos da alma a gente tem que lidar com os problemas, né?

— Aprendeu isso na psicóloga? Gênio - respondi, mal humorado, mas ela já estava acostumada. - Eu sei que alguma hora tenho que encarar meu pai, mas se ele levar desse jeito, eu também vou, então não sei se haverá sequer essa chance. Se for verdade isso de namoro? Ah, que ótimo, ele tem alguém pra fod...

— Para de dizer isso, nojento! - Kellen me interpelou e gargalhei. - Insensível. Eu sei que se esconde debaixo dessa casca pra tentar não sofrer mais por tudo isso, Scorpius, mas não leva a gente a nada, sabe? Tentar pôr as coisas debaixo do tapete não as faz desaparecer. Eu que o diga.

— Ah, tá certo, que sacooo. Que tal se eu prometer a você que, se houver essa tal momento de resolver as coisas com meu pai, eu vou tentar também você me deixa em paz?

— Oh, mas é claro. - ela sorriu diabólica. - Vamos lidar com nossas cicatrizes, né?

— Eu fiquei entediado com esse papo. Já vou vazando daqui, belê?

— Como você gosta de fugir, né? Vai-te embora!

Kellen me empurrou e aproveitei para, finalmente, ir.

(...)

O frio da manhã já estava me incomodando. O sobretudo preto que, por sorte, eu tinha vestido, estava me ajudando muito, porque seus bolsos serviam de agasalho para meus dedos. Batendo meus pés ritmicamente em uma sintonia inaudível, eu esperava uma certa figura ruiva surgir.

Não sabia se era pela aparência nada convidativa do dia, mas naquele sábado não aparentava ter tanto aluno que fosse sair para a cidade, por isso eu estava sozinho perto da cabana de Hadrid, o gigante zelador, porque ele quem ordenava   como funcionava a saída dos alunos.

— Muito frio, Scorpius? Essa manhã está congelante! - ele apareceu na minha frente.

— Ah, não precisa se preocupar, Hagrid, hoje está mesmo estranhamente frio, mas eu consigo lidar com isso.

Hagrid riu de minha fala porque no mesmo tempo bati os dentes.

— Pode entrar, meu rapaz, se quiser. Está esperando a Rose?

— Como o senhor sabe? - indaguei. - Vou ficar aqui mesmo, provavelmente ela já está chegando.

— Uma dedução, meu rapaz. - ele sorriu estranhamente. - Então quando ela chegar, me chamem que eu os levo até o trem para Hogsmeade.

— Pode deixar.

Fiquei novamente sozinho até alguns minutos e a pequena Weasley aparecer. Usava suas botas pretas que a faziam parecer um pouquinho mais alta. E em seu pescoço aquele cachecol amarelo vibrante descansava.

— Bom dia! Me desculpa a demora, sou um pouco preguiçosa pra acordar.

— Não tem importância, Hurricane, não estou há muito tempo também. - menti antes que me desse conta. - Está preparada para mudar, hum?

— Empolgada sim. - ela sorriu, com seus pequenos lábios tão vermelhos quanto a ponta de seu nariz. Assombrosamente... Bonita.

Balancei a cabeça com força.

— Vamos então chamar o Hagrid!

(...)

Era um pouco estranho andar com uma companhia pela cidade, livres dos portões do colégio, ainda mais essa pessoa sendo uma garota. Rose Weasley, tampouco.

Hagrid havia nos poupado de tomar o trem para a cidade, porque disse que não incomodaria de jeito nenhum e seria uma honra nos levar. Eu suspeito veementemente de que ele tenha sido só bastante curioso a fim de saber onde ficaríamos na cidade.

— Bom, eu acho que o shopping, não é? - Rose me fitou quando respondeu a Hagrid no carro. - Já vi que tem salão por lá.

— Opa, um salão?! - Hagrid deu uma risada. Fuzilei Rose com o olhar porque certamente Hagrid se perguntava o que eu queria em um salão de beleza. - Interessante, Scorpius!

Ele riu e eu revirei meus olhos.

— Desculpa - Rose murmurou pra mim, mas seus lábios se abriam para uma gargalhada.

Então o cara-gigante nos deixou na porta do shopping, mas não antes de soltar um aviso:

— Voltem antes das sete, crianças!

Enquanto eu bufava em minha pose indiferente com as mãos dentro do bolso do casaco, Rose sorriu alegremente para Hagrid, quase dando pulinhos ao se despedir.

— Pode deixar, Hagrid! - ela se virou pra mim, me encarando em toda sua altura. Que era pouca, obviamente. - E aí, Malfoy, vamos? Tá começando a bater a insegurança, ai meu Deus, eu acho que não devia mexer no que tá quieto!

— Ei, relaxa, Rose! - coloquei as mãos nos ombros dela para que pudesse me olhar parada. - Estamos aqui e vamos fazer isso, ok? Bem que você disse que era maluca. Malucona.

Obviamente eu pirracei a Weasley somente para que o foco dela se desviasse da insegurança para raiva. E funcionou.

— Seu imbecil, malucão é o senhor seu pai! - ela se rebelou e saiu batendo nos meus braços me fazendo rir. - Para de rir agora! Vamos logo fazer essa joça porque eu não te suporto!

Eu não conseguia parar de rir então Rose se cansou de me impedir, e soltou suas próprias risadas.

— Agora para com isso, idiota, e vamos logo.

Tratei de apressar meus passos para acompanhar a pequena figura ruiva e entramos.

— Por que em qualquer época do ano isso fica abarrotado de gente? - indaguei quando meus passos acompanharam os de Rose ao meu lado.

— Porque sim. Consumismo. A gente tem que subir porque é lá em cima - Rose me informou quando passamos por um grupo que fazia uma performance com fogo.

— Olha que impressionante, Scorpius! - Rose ficou com os olhos vidrados nas manobras com o fogo e sua alegria contida parecia de uma criança, assim, logo fiquei rindo.

— É da cor do seu cabelo, Weasley, por que não tenta um trabalho com eles?

— Você é um idiota. - ela estreitou os olhos.

— Não contive a piada. Vamos logo.

Ainda rindo do bico que Rose Weasley ostentava, eu a segui até estarmos na porta de salão.

— Bom, é aqui. Você quer que eu te ajude a entrar? - provoquei a ruiva por saber que o medo estava dando indícios em seu corpo, na forma como ela mexia as mãos e mordia o lábio, inquieta, era evidente. Como sempre, minhas piadas tinham o dom de fazê-la se esquecer de todo o resto.

— Eu tenho minhas próprias pernas, seu ogro. - ela bateu o pé no chão. - Só estou pensando no que fazer e...

— Tá, tá, tá bom, furacão. Vamos - eu a empurrei com a mão e entramos.

O ambiente tinha tudo aquilo de mulher, alguns bancos, muitos espelhos (eu percebi que eu estava lindo com o sobretudo preto) e uma única moça na bancada, mexendo no telefone, que não notou nossa presença.

— Ei! Não me empurra, Malfoy!

— Boa tarde, meus queridos! O que desejam? Ora, vocês têm cores incríveis!

— Nós viemos para que ela pudesse fazer sei lá o quê no cabelo - me interpus a Rose para responder e me afastei dela um pouco ao ser beliscado.

— Oh, minha querida, o que quer? Amei seu cabelo! Você é ruiva mesmo ou pintou? Já quero saber o número do salão ou parabenizar seus progenitores por essa cor! - a moça adiantou-se em Rose e ficou cercando-a para observa-la.

Me diverti ao ver Rose acuada entre as perguntas e as mãos da moça.

— Er... É natural. - ela confessou.

— É lindo! Vamos cortar? Tô achando muito grande pra você também, minha querida.

— Sim, podemos sim - Rose me fitou. Os olhos azuis reluzindo estranhamente. - Não sei mais o quê poderia mudar.

— Aquele lance de hidratação, não? - respondi no intuito de fazer Rose se sentir mais solta para que conversasse com a moça, afinal aquele era objetivo. De nada adiantaria irmos e não mudarmos.

— Seu namorado é antenado, né? Faremos uma hidratação sim! Venha, sente aqui!

— O quê?! Meu namorado?! - Rose engasgou e me olhou com um olhar repreensivo por minhas risadas. - Para de rir, Scorpius! Não somos namorados, não somos nada e...

— Somos amigos. - respondi a moça que sorria. Abri um sorriso que a fez arquejar. - Rose quer uma mudança, moça.

— Então vamos, né? Vai ficar linda!

Sentindo que o tédio ia me dominar quando as duas começaram a andar pelo salão buscando cada vez mais produtos e falando de coisas estranhas, me restavam duas opções: ou morria no sofá ou passeava pelo resto do shopping.

É claro que você sacou qual a minha escolha, não?

— Rose, vou procurar uma coisa enquanto você faz aí o que tem que fazer, ok? Daqui a pouco eu volto. - anunciei quando sua cara me olhou desconfiada.

— Okay, Malfoy...

Tentei dar de ombros para a desconfiança da Weasley e me impôr a ideia de que eu era livre, podia fazer o que quisesse quando achasse conveniente, portanto não precisava me sentir estranho por ser alvo de seus duros olhos azuis.

Enquanto caminhava pelo shopping, vendo tantas famílias se entretendo, não conseguir evitar pousar o olhar em uma garotinha loira que corria, rindo, e era seguida pela mãe, tão loira quanto a filha.

Por que me aflingia tanto cenas como aquela? Era algo comum, no país o que não faltavam eram loiros, quiçá mãe e filha, então porque eu me sentia pequeno e tão descontente por vivenciar mais uma família daquela?

Talvez Kellen estivesse certa sobre eu buscar uma ajuda para tentar me consertar. Ou seja lá o que isso significasse, porque não era normal se sentir daquela forma por comparar qualquer pessoa na rua com sua mãe e irmã mortas.

O instante de tempo entre uma infância amorosa e depois a situação de orfandade era um abismo dentro de mim mesmo, em que eu não sabia o que havia ocorrido e o quanto tinha me transformado.

Divagando, não percebi quando esbarrei em uma garota.

— Ah, me desculpa! Estava distraído - sorri ao notar como ela era bonita. - Está tudo bem com você?

— Sim, não se preocupa, não foi nada. - ela corou, ficando de um tom avermelhado que contrastava com seu cabelo castanho-avermelhado.

— Eu sou um caso perdido.

— Que isso, já disse que não precisa se preocupar... Qual o seu nome? Tenho a impressão de que já te vi em algum lugar - a menina, mesmo envergonhada,  conseguiu me olhar e fazer a pergunta. E eu não evitei um sorriso maroto ao identificar sua cantada.

— Scorpius, mas acho que se eu te visse alguma vez, me lembraria, certo?

— Er, não sei, mas você é familiar, me desculpa.

Eu ri do quão envergonhada ela ficou. E então a garota mordeu o lábio inferior, contendo um riso, e aquele gesto, aquele tão despretensioso gesto de vergonha, falta de jeito, nervoso, confundiu minha mente.

Era assombrosamente parecido com o jeito que a Weasley reagia nas situações em que não detinha o controle.

bug cerebral me rendeu uma balançada de cabeça para esquecer o rumo que minha mente estava me levando e a sensação de que estava fazendo algo errado que se alastrou.

— Então... Você estuda por aqui, Scorpius? - a menina se arriscou em mais uma pergunta, mas eu já havia posto a mão em seu ombro para afasta-la de mim.

— Desculpa, preciso ir, gata. Quem sabe não nos vemos em outra oportunidade?

Embora eu tivesse percebido que não ficava com uma garota há bastante tempo - uma verdadeira seca -, eu já não agia racionalmente. Antes que me desse conta, eu já tinha deixado a garota sozinha e me afastado bastante rápido.

Ok. Scorpius, por que você está perdendo o controle? Você sempre falou com uma garota bonita e, no mínimo, conseguia um reencontro, então como havia recusado uma tão potencialmente pronta quanto?

Em vez de lidar com meus pensamentos conflituosos, decidi tomar um sorvete e sair andando. O choque da frieza do sorvete me deixava em alerta e acalmava a mente, de forma que pude contemplar o grupo pirotécnico na área de apresentação ali em cima, em uma estrutura decorativa imensa. Era engraçado ver como eles não erravam o lance do fogo e, ainda assim, era assustador.

Quando decidi que já havia passado tempo suficiente andando, resolvi voltar para o salão nem que tivesse que esperar o resto lá no sofá mesmo.

Para minha sorte, ao dar de cara com salão, me dou de cara uma nova Rose.

Uma Rose nova mesclada com os toques da antiga.

— Uau, Rose...!

— Ai meu Deus, ficou escroto?!

— Desde quando você fala escroto? - franzi o cenho. - E não, não ficou! Ficou... Incrível. Está com uma cara diferente, mas ainda sim é você. Não sei explicar.

— Eu deixo escapar quando tô nervosa. - ela mordeu o lábio e balançou o cabelo.

O que antes era volumoso, estava domado em forma de ondas, tão sedosas que dava vontade de tocá-las. Também tinha cortado o comprimento, deixando nos ombros. Estava com um rosto tão jovial, parecia arteira, cheia de segredos...

— Que bom que ficou legal! - ela deu um pulinho. - Eu gostei, finalmente me senti legal em mudar.

Pigarreiei quando recolhi meus dedos de suas ondas depois que ela me olhou estranho.

— Ficou ótimo, e olha que não entendo absolutamente nada de cabelo. Exceto em como deixar o meu incrível sempre.

Os lábios rosados se contraíram em uma risada.

— Você é um imbecil... Mas então nós já vamos?

— Ué, não vem me dizer que quer bater perna, né? Olha que eu sou péssimo em opinião de peças, mas se você quiser provar pra eu dar uma olhadinha...

Para pirraçá-la, sorri maliciosamente. Os olhos azuis se arregalaram e ela me deu um tapa no braço.

— Cala a boca, Scorpius! Não, não quero comprar roupa! Queria tomar sorvete. - ela murmurou baixinho a última frase e eu, como sempre, ri. - Não ria de mim, eu só tenho um fraco por sorvete. É normal, perfeitamente normal, se quer saber, ok?

— Cuidado pra não ficar viciada em sorvete e se ver imensa com eles - provoquei enquanto andávamos, mas tendo a leve consciência de que dificilmente algo deixaria o corpo dela feio de algum jeito. Quando eu disse que era UAU, nota 10 nos requisitos comissão traseira e dianteira, eu não estava brincando, senhoras e senhores. E o meu catálogo já tinha visto muitas.

— Isso foi grosseiro. Você devia se sentir péssimo em falar coisas desse tipo.

Fiz questão de empurrá-la com o ombro só para que desfizesse as linhas de expressão que se formavam em sua testa quando ficava raivosa comigo.

— Deixa de neura, furacão. Estou pirraçando você, coisa chata. - pus meus dedos naquelas linhas para apagá-las e Rose se assustou, ficando parada. E calada, o que era impressionante.

— Para com isso, o que tá fazendo? Scorpius, para!

Passei os dedos com mais força só para vê-la tentar me bater.

— Para com isso! Meu Deus você parece uma criança, vamos logo comprar o sorvete para eu me ver livre de você!

Rose andou mais depressa e a deixei ir na minha frente, ainda hipnotizado pelo balançado de seu cabelo. Eu havia percebido que algo a tinha mudado além daquele e sei lá mais o quê que tinha feito; então deixei que aproveitasse daquele tempo da forma que queria e dei um espaço, porém algo começou a parecer estranho quando um barulho como apito ficou ensurdecedor. Ao mesmo tempo, as pessoas começaram a se olhar com indagação e, de repente, várias outras surgiram gritando e correndo na direção oposta a qual eu andava.

continua

(...) 

 


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Notas finais do capítulo

E aí??? Minha gente, falem comigo e se estiverem ansiosos, me digam que volto com a parte dois!!!!
P.S.: Como me pediram a minha opinião sobre o corte de Rose, eu pus essa imagem que retrata um pouco como eu penso! Um long Bob que retirou o cabelo dela que era muito grande e muito volumoso, cacheado, bonito, mas muito volumoso, difícil de domar! Então é a primeira que ela tem ele mais liso, mais curto, mais versátil! Como o Scorpius quem narrou, eu não podia descrever mais pela visão de homem dele né kkkkkkkkk mas o próximo, depois da segunda parte desse, é uma interação entre ela e as meninas, a prima, a amiga etc! E vai ter uma surpresinha no visual Rose Weasley!

O que estão achando da história da Kellen?? Alguém sabe quem é o possível crushhh dela? KKKKKKKKK



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