POV 3° Pessoa

Mal Edward saiu e todos se colocaram a procurar o casal. A festa, tão falada, foi adiada e todos queriam saber o motivo de um Cullen sair à procura de uma Swan, e os que imaginavam não queriam acreditar.

Não importou, para ambas as famílias, de eles estarem ao lado do seu maior inimigo, o que eles realmente queriam agora era encontrar os filhos. Isso os colocou a cavalgarem pela floresta num acordo de paz provisória, em sua proximidade pouco perigosa. Os cães de guarda treinados por noites a fio finalmente puderam ser usados em uma causa justa. Os vestidos de plumas e a quantidade de tecidos não importaram em nada as senhoras das casas e suas filhas a saírem a procura do ente que faltava. As lágrimas eram derramadas de ambos os lados, algo parecia avisar as mães que eles não estavam nada bem.

Alice parou seu cavalo tão bruscamente, quando um dos cachorros latiu, que não importava quem estava atrás dela. Rosalie por sua vez teve que segurar mais forte a rédea do cavalo para não cair depois da parada brusca da cunhada. Os meninos reduziram a velocidade até parar, eles estavam um pouco à frente.

O cachorro voltou a latir, mas dessa vez ele não estava só. Os outros seis ou sete cachorros também pareciam pegar algo pelo olfato. Talvez, finalmente, eles tenham pegado a trilha do cheiro de um dos dois. Todos se colocaram atrás dos cachorros e quando a clareira se viu presente as feições mudaram bruscamente.

Todos desceram, mais que apressados, de seus cavalos e se colocaram ao lado do verdadeiro amor. Tanto Rose quando Allie choravam nos braços dos meninos. Renée e Esme se apressaram a colocar a cabeça dos filhos sobre as coxas enquanto Carlisle tentava olhar se existia mais alguma forma de vida a eles.

- Carlisle_ Esme chamou entre suas lágrimas, sua voz demonstrou exatamente o que ela queria: saber se o filho sobreviveria.

- Se eu soubesse o que eles tomaram, eu preciso saber a composição..._ Carlisle disse de forma medica, afinal ele era o melhor medico da região.

- A culpa é sua_ esbravejou Charlie.

- Minha?_ Carlisle perguntou incrédulo.

Antes mesmo de outra palavra eles caíram ao chão em uma luta física mais que mortal.

- Parem_ ordenou Esme.

- Agora_ concordou Renée.

Talvez aquelas duas mulheres tivessem uma grande influencia na vida daqueles dois homens, ou talvez eles tivessem muito a perder se desobedecem elas. Antes da voz de Renée terminar de soar pelo local os dois estavam de pé frente às esposas.

- Para mim já chega._ Esme falou colocando a mão em sua testa_ Jasper e Emmett levem seus irmãos para o hospital mais próximo, falem que logo Carlisle chegará, mas que é para fazer o máximo para salvar os meninos. Meninas vão com eles._ ninguém esperou uma segunda ordem, eles apenas fizeram o que foram designados a fazerem.

- Vocês são dois irresponsáveis, seus filhos estão inconscientes, quase mortos, ou mortos, ao chão próximo a vocês e tudo que sabem fazer é discutir ou brigar?_ Xingava Renée.

- Já não basta tudo o que vocês fizeram no passado... Todas as amizades que separaram?_ Esme tampou os olhos com as mãos tentando recuperar o sentido de seus pensamentos_ Vocês tiraram minha melhor amiga..._ ela sussurrou.

- Vocês tiraram uma irmã_ murmurou Renée olhando para Esme que permanecia cabisbaixa._ Oh, Esme, não deveríamos ter deixado nossos maridos atrapalharem nossa amizade, você sabe ela sempre foi verdadeira e...

- Única_ Esme a interrompeu com um sorriso fofo. Ambas sorriram em um abraço invisível_ cadê a nossa história de que nossos filhos seriam namorados, que eles iriam casar e ser felizes?...

- E cadê o amigas para sempre que nem nas histórias?_ perguntou Renée com um sorriso satisfeito.

- Ele sempre esteve aqui, nos apenas o ignoramos por nossos maridos_ Esme suspirou_ e mentimos para nos mesmas enquanto tentávamos acreditar que tudo havia se acabado.

Por nenhum momento os meninos ousaram a abrir a boca e falar algo sobre essa antiga amizade, eles sabiam da existência dela, sabiam que eles haviam acabado com ela... Mas não queriam acreditar nisso, não queriam ver o que o coração avisava: a amizade verdadeira não morre. O sentimento de culpa os tomou, eles faziam as esposas infelizes. Seus pensamentos se uniram e foram quebrados ao mesmo tempo por esposas carinhosas e amigas os beijando amorosamente e com um pedido na boca.

- Podemos ir ao hospital ver os nossos filhos?_ elas perguntaram em coro.

Não havia o que negar, não havia o que fingir. Eles logo se colocaram a cavalgar apressadamente para o tal hospital e talvez o que tenham visto não foi agradável para os pais, mas as mães só faltaram pular de alegria.

A imagem dos seus filhos consolando as filhas do outro casal inundou a vista delas, e, ali, elas descobriram o verdadeiro motivo de Edward e Bella estar na cama de um hospital e eles não saberem o estado dos filhos. O amor. E tudo estava mais claro do que nunca. Ambas seguiram para onde suas filhas se encontravam e com um beijo na testa dos meninos elas abençoaram aquela cena.

- Há antídoto_ o médico que estava de plantão naquela noite avisou e o sorriso iluminou cada face da sala de espera daquele hospital.

Agora o que restava era esperar. E era isso que eles fariam sentados naquelas cadeiras desconfortáveis pelo resto da noite e pelos dias que estavam por vir.

O tempo passou até rápido, todos estavam em perfeito estado de calma e alegria. Edward e Bella estavam vivos e logo teriam alta. Carlisle e Charlie decidiram que era a vez dos sentimentos das suas mulheres governarem, eles deram uma chance a amizade. E mesmo com as confusões e desentendimentos eles se entendiam, e se mostraram amigos, quase irmãos, assim como um nunca teve.

A única coisa que faltava para se resolver, de fato, era o casamento arranjado de Rose com Royce e de Emmett com Irina, mas para isso um passarinho azul, animado e bem pequenininho poderia abrir o bico e cantarolar uma solução para esse problema. O que Alice viu na Espanha ajudava, e muito, nessa situação.