Reverse Falls - Um Inverno de Desventuras escrita por Triz Carstairs


Capítulo 3
Capítulo 2 - Diário Perdido e Cartaz


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente. Faz tempo que não posto nada por aqui, bem, eu não tive tempo...mas vou continuar agora!

Pretendia fazer tudo de um jeito mas acabei esquecendo depois desse tempo, de qualquer jeito não tem problema, não vou mudar muita coisa do que eu pretendia fazer.

Ah, sim; também posso ter mudado um pouco o meu jeito de escrever, talvez. Espero que não liguem >.>

Espero que ainda estejam ai lendo~



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Pode-se se dizer que aquele dia começou da forma normal, sem gritarias ou brigas o envolvendo como costumava acontecer na casa de Gideon quase todos os dias, pelo contrário; foi alegre. A família de Pacífica eram os tipos de pessoas que estão de bom humor assim que acordam, e Gideon tinha que admitir que contagiava de certa forma, ele sorria enquanto comia o café da manhã observando as brincadeiras que faziam entre si enquanto isso.

Depois disso Pacífica subiu com ele até o quarto, jogando outras roupas nele com certa empolgação exagerada, tagarelando sobre não querer deixa-lo naquela casa de jeito nenhum e que ele iria amar certas coisas lá fora - e sinceramente essa foi a coisa que mais o incentivou a se apressar, a loira sempre estava certa quando se tratava de coisas que deixavam o amigo animado, e amava isso. - e quando já percebeu, já tinha descido as escadas sendo puxado pela amiga, mais foi parado pelos pais da mesma antes de saírem pela porta.

—Esperem, esperem. Só um minuto, okay? - Perguntou o Sr. Southeast enquanto segurava os ombros de mabos, e ambas as crianças assentiram. - Muito bem; seria falta de educação nossa se não déssemos um presente de boas vindas para Gideon, não?

Aquilo bastou para o garoto corar, gesticulando com as mãos.

—Ah, n-não, não precisa disso...

—Eu insisto. - Interrompeu.

Gideon acabou concordando sem nem se dar conta, ainda sem graça. Droga. Por que os Southeast tem que ter olhos tão convincentes? É impossível dizer não para eles sem se sentir incrivelmente culpado. 

—Ótimo! Que tal escolher qualquer coisa da loja? 

Antes que Gideon pudesse contestar novamente, Pacífica bateu nele com o ombro, o fazendo soltar um ''Ouch'' ao mesmo tempo que aceitava escolher algo de uma vez. 
Por algum motivo a única coisa que lhe chamou atenção foi um boné azul e branco com um pinheiro desenhado, talvez estivesse pensando no sol inconscientemente, mesmo que fosse inverno.

Então o pegou.

—Pronto. Pode ser isso? - Perguntou enquanto colocava o boné sobre os cabelos claros, testando.

—Claro que pode, acho que até combina com você. - Disse a mãe da loira, batendo palminhas ao lado do marido.

—Ótimo! - Disse pacífica com um sorriso enorme, acenando pros pais enquanto voltava a puxar Gideon para fora, gritando por sobre o ombro; - Voltamos mais tarde!

.

.

1 hora depois.

Como o esperado, a loira acertou em cheio no que disse que iria interessar o amigo, pois ele quase babava. Ela o mostrou montanhas quebradas no exato formado de uma nave entre elas, partes da floresta com cogumelos brilhantes, tantas coisas que Gideon queria desesperadamente fotografar e estudar sobre depois.
No momento eles estavam numa parte qualquer da floresta agora para descansar. Pacífica rolava no chão entre as folhas caídas das árvores rindo completamente distraída com si mesma enquanto Gideon analisava o formato tenebroso das mesmas, mesmo que fosse inverno e as florestas ficassem com o aspecto mais sinistro, essas eram...diferentes de certa forma. 

Foi em uma dessas árvores que Gideon sentiu a textura diferente, parecia metal. E claro que isso despertou sua curiosidade. Ele deu algumas batidas na árvore, ouvindo ecos.
Era oca.
Depois de algum tempo analisando tudo naquele tronco artificial com impaciência, finalmente achou um jeito de faze-la se abrir, o que o fez recuar e cair no chão por um momento, com medo e surpresa, mas logo se aproximou novamente e olhou lá dentro, achando algo interessante.

Era um livro, bem grosso e com aparência antiga, Gideon teve que soprar e limpar um pouco com a camisa para ver o que era. Havia uma mão com seis dedos na capa, e nas folhas haviam anotações sobre criaturas fictícias - ao seu ver - mas mesmo assim não deixava de ser interessante, algumas páginas estavam amassadas e outras arrancadas ou arranhadas pela metade, os olhos de Gideon praticamente brilhavam.

 -Gideon? Gideooonn?? Não me deixou sozinha nesse lugar, né? - a voz cantada e talvez com um leve toque de irritação o fez despertar para a realidade.

Ele se virou em direção a voz da amiga com o livro em mãos, aparecendo para a amiga em meio às árvores, com um sorriso de orelha à orelha, quase saltitante.

—Paci, eu achei isso. Estava dentro de uma árvore de metal, parece...parece ser o diário de anotações de alguém, mas não vi o nome do autor, tem páginas faltando e arranhadas pelo que parece ser garras enormes! É bem detalhado também, mesmo que eu nunca tenha visto nada parecido com isso antes ou... - No meio da sua euforia, a loira pegou o diário, o que deu a ele a chance de se interromper e respirar, sorrindo e coçando a nuca bem sem graça pelo papo ''nerd''. 

A loira foleou o livro por algum tempo, fazendo uma careta enquanto segurava no queixo - talvez tentando parecer mais a sua versão de alguém intelectual e crítico - finalmente dando de ombros com um sorriso e entregando o objeto de volta para o outro, sorrindo.

—Não entendi nada daí mas tem desenhos legais. Quer dizer...monstruosos, mas legais!

Gideon riu com o comentário, não esperava muito que ela fosse levar aquilo á sério mesmo, e a amiga jogou folhas nele como se a risada tivesse sido um insulto, o que resultou em uma guerra de folhas secas até resolverem voltar, já estava de tarde e precisavam comer.

No meio do caminho pela cidade encontraram cartazes - Na verdade Pacífica encontrou e segurou Gideon pelo pulso para que visse também - sobre uma tal Tent of Telepathy. Não que Gideon tivesse interesse em truques de mágica, mas tinha que admitir que os dois na foto do cartaz - que de cara viu serem gêmeos - tinham uma aura diferente em volta de si.

Os dois tinham uma pose natural de elegância, pareciam vir de uma família rica. Ambos tinham rostos delicados e olhos de um azul esverdeado que Gideon nunca viu antes, provavelmente Pacífica havia se apaixonado pelo garoto da foto - ela e sua facilidade para se apaixonar.. - mas tinha que admitir que era com motivo; o garoto tinha um sorriso extremamente galanteador, mas ao mesmo tempo não parecia ser um playboy metido, incrivelmente parecia até mesmo gentil, como se não fosse afetado pela riqueza. Já a garota era completamente o oposto; usava um batom extremamente vermelho nos lábios que a fazia parecer mais velha, seu corpo era perfeito, seus cabelos - castanho como chocolate amargo iguais o do irmão - caiam pelos ombros em ondas, e seu olhar hipnotizava junto com seu sorriso.

Pacífica olhou para o amigo com olhos suplicantes, e ele já sabia o que ela queria, pois a mesma estava praticamente com corações nos olhos enquanto olhava do cartaz para o amigo.

—Tá, tá. Vamos vir ver o show deles de noite, pare de me olhar assim.

Pacífica soltou um gritinho que fez todos os rostos daquela rua se virarem para eles e o abraçou, e ele não pode fazer muito além de cobrir os olhos com o boné morrendo de vergonha da reação exagerada da outra, dessa vez sendo a sua vez de puxa-la pelo braço enquanto andava de volta para a Mystery Shack.

.

.

Gleefuls pov.

Tão fofo... - murmurava Mabel sentada de pernas cruzadas em uma mesa de um café do outro lado da rua, observando enquanto aqueles dois ''turistas'' iam embora, aparentemente aquele garotinho tinha chamado sua atenção por algum motivo. Queria ele.

Já Mason olhava para a mesma pessoa com outros olhos e por outro motivo; ele viu o diário. Aquele fato conseguiu fazer um raro sorriso se formar no rosto estoico do garoto, enquanto soltava uma risadinha baixa e rouca enquanto bebia o café.

—Mabel, acho que vamos ter plateia especial hoje. 

—Vamos brincar com eles? Não quero que aquela pequena criaturinha de cabelos platinados morra, Dip.

—Não. - Ele fechou os olhos por um momento, antes de foca-los nos olhos azuis idênticos aos seus da gêmea - Tenho o pressentimento de que aquele garoto não vai aceitar participar. Vamos enrola-los com conversa depois do show, tente usar seu charme naquele baixinho para conseguir o diário, eu cuido da garota.

—E o demôniozinho azul? - Cantarolou, levando uma xícara de café até os lábios, sorrindo com divertimento.

—Se isso não der certo nós usaremos ele. Will vai ser útil de qualquer jeito depois disso. - e com aquele comentário lançou um olhar para a irmã, que talvez só ela entendesse, eles conseguiam se entender muito bem, talvez fosse uma coisa de gêmeos.

E pelo sorriso sádico que ela deu, pareceu ter entendido completamente.

—Bem pensado, querido irmão.


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