La Doña escrita por Débora Silva


Capítulo 9
#LaDoña - Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Nesse capitulo quero agradecer a cada uma de vocês que me acompanham e que me leem sempre com frequência, quero dizer que essa história é um tanto complexa porque relata muito como o mundo é e que nem sempre podemos confiar nas pessoas. Esse capitulo esta um pouco pesado e quero retratar o que de fato Diego é! Me desculpem se não aprovarem mais é o rumo de minha história.

Beijos e ate o próximo...



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As duas se olharam nos olhos e Acácia mostrou seu descontentamento ao tê-la em sua frente e Cristina sentiu desespero e num ímpeto de ser uma mãe que ela nunca foi, ela quis tocar a menina e deu dois passos na direção dela com a mão estendida e ao chegar perto de Acácia, ela a olhou e Cristina levou a mão ate seu rosto e a tocou mais rapidamente Acácia a repeliu e se afastou, não gostava daquela mulher e não a queria perto de si.

‒ Não toca em mim! – Cristina recuou a mão e prendeu uma na outra para não tremer.

‒ Me desculpe! Eu... eu não queria ser inconveniente. – a voz saiu quase que tremida.

‒ Mais foi e eu não quero que me toque mais! – Acácia olhou para o pai. – Eu vou falar com umas amigas e depois nós vamos para casa! – não era um pedido era quase que uma ordem sobre seu pai.

Diego a olhou ir e quis arrancar pelo menos um tufo de cabelo dela para que ela aprendesse a não ser aquela mimada que era. Ele olhou Cristina e sorriu sem graça.

‒ Me desculpe pela minha filha, ela não é assim e quando chegar em casa ela vai ter o dela! – bebeu de seu copo. – Aceita dança comigo? – Cristina sentiu o sangue gelar e respirou fundo.

‒ Eu tenho que atender alguns convidados deixa para outra hora! – ela se esquivou e saiu.

Diego a olhou de cima a baixo e salivou queria provar do que aquela mulher tinha de melhor escondido dentro daquela roupa e ao ver a filha vindo, ele largou o copo e a pegou pelo braço e a arrastou para o carro. Acácia sabia qual seria seu castigo por ter feito ele passar vergonha e ainda pior por ter feito ele passar vergonha na frente de uma mulher que ele estava interessado, ele a jogou dentro do carro e entrou do lado do motorista e saiu cantando pneu.

Ao parar o carro na frente de sua casa ele desceu batendo a porta e foi para o lado dela já a pegando pelos cabelos e a arrastando para dentro de casa a ouvindo gritar por socorro porque sabia que no outro dia teria que usar blusa de manga para esconder os roxos das cintadas...

‒ Me solta pai! – ele a jogou no sofá já tirando o cinto. – Vai me bater de novo por uma puta qualquer? – ela disse em desespero.

Diego se enfureceu ainda mais e deu duas cintadas de uma vez Sá pegando nas pernas e no braço, Acácia arfou de dor e chorou alto sentindo as três próximas que acertaram somente em seu braço, ele estava cego de ódio e via a jovem Cristina na sua frente e bateu mais nela ate perder a força do braço e cair de joelho na frente dela que chorava baixinho encolhida no braço do sofá sem conseguir fugir.

‒ Porque você não aprende? Porque não aprende a me obedecer e me faz fazer essas coisas com você Acácia? Por quê?

‒ Você é um monstro! Monstro! – gritou e levantou com dificuldade e saiu correndo para as escadas gritando o quanto o odiava.

Diego passou as mãos no rosto e sentiu as mãos tremerem e levantou indo ate a prateleira e pegando a garrafa de conhaque e tomando no bico mesmo uma dose exagerada e ao fazer cara feia ele tomou outra e olhou para as escadas da casa e suspirou a garota era tudo para ele mais não deixaria que estragasse seus planos, tomou mais um gole e voltou a se sentar no chão da sala.

[...]

DE VOLTA A FESTA...

Cristina nunca tinha abaixado a guarda mais sabendo que estava sendo cuidada naquele momento ela sentou no bar da festa e começou a beber, ver aquela menina despertou um sentimento nela que nem ela mesma conseguia entender, olhou para o lado tomando uma dose e viu Flor com a filha nos braços e sorriu já tinha por ela um grande carinho e queria que aquela jovem mulher tivesse chance de ser feliz já que tinha passado por tanta coisa, agora estava na hora de ser feliz. Cristina voltou a tomar outra dose e se lembrou do rosto de Acácia e sabia que a menina sentia ódio por ela, mas por quê? Porque se ela nem ao menos a conhecia.

Eram algumas perguntas mais nenhuma resposta e ela continuou ali vendo que as pessoas comiam, bebiam e algumas já tinham ate ido embora assim como Frederico. Bom assim era o que ela pensava, Frederico tinha apenas ido fumar um cigarro do outro lado da casa e estava a observar a noite e acabou por se perder em seus pensamentos e quando se deu conta, ele voltou para a festa e a viu beber no bar e sorriu indo ate ela e quando chegou em suas costas falou quase que em seu ouvido.

‒ Você deveria me pagar àquela bebida! – ela sentiu o corpo tremer e tirou o copo de seus lábios lentamente engolindo o liquido de sua boca.

‒ E você deveria deixar de ser inconveniente! – ele riu alto e ficou frente a ela sentando no banco vazio.

‒ Você trata sempre seus convidados assim? Ou só a quem você beija na boca? – ela levantou a sobrancelha pra ele.

‒ Eu deveria te dar um tiro pra você aprender a não ser abusado! – ele gargalhou e pediu uma bebida.

‒ Você nunca que iria atirar num tipo como eu! – agradeceu pela bebida.

‒ E que tipo é você? – ele bebeu de seu copo.

‒ Charmoso, elegante e ainda por cima lindo! – foi à vez dela gargalhar e ele ficou fascinado com a risada dela.

‒ Você não deve ter espelho em sua casa! – ela bebeu.

‒ Eu tenho sim e eles me dizem todos os dias: Frederico você deveria fazer novela de tão lindo que é! – ela quase se engasgou com a bebida sem conseguir não rir. – Você não deveria rir de mim "sereia".

‒ Você é patético Frederico! – ele abriu a boca impressionado. – O que foi?

‒ Repete!

‒ Que você é patético Frederico? Quer que eu grite? – levantou novamente a sobrancelha.

‒ Meu Deus como meu nome soa gostoso em seus lábios! – ele falou sem poupar as palavras e ela se levantou vendo que aquele papo iria para outro rumo.

‒ Que desfrute da festa senhor... – ela saiu sem deixar que ele falasse e ele riu mais ele sabia bem que a deixava nervosa e usaria isso a seu favor.

[...]

Duas horas haviam se passado quando Cristina olhou para um de seus capangas e apenas assentiu que estava na hora, ele prontamente saiu e foi ate os outros homens e montaram em seus cavalos e saíram galopando. Na casa de Diego, ele ainda bebia na sala e já estava um tanto "alto" quando se levantou e deixou a garrafa quase vazia sobre a mesa e se direcionou as escadas e subiu com calma, quando chegou ao andar de cima ele suspirou e caminhou em direção ao seu quarto mais ao passar pela porta de sua filha ele parou e olhou a porta entreaberta.

Ele deu dois passos a frente e empurrou a porta, estava quase todo escuro o quarto tendo apenas um abajur ao lado da cama ligado e ele pode ver a sua linda filha adormecida e ele entrou, caminhou ate a cama e ajoelhou olhando como ela era linda e parecia tanto com a mãe e ele tirou o lençol que cobria o corpo dela da cintura para baixo e olhou os roxos que tinha feito e passou a mão de leve na perna dela que era branca e macia e ele sentiu o corpo tremer. Acácia se moveu e acordou com o toque dele e o olhou e ele olhou para ela.

‒ Papai só esta pedindo desculpas! – ele beijou a perna dela e alisou subindo a mão e apertando de leve.

Acácia sentiu medo mais não se mexeu queria que ele saísse dali mais não podia se mexer ou ele bateria nela de novo ou ate poderia fazer coisa pior. Diego subiu os beijos ate o braço dela marcado e a cheirou no pescoço, os olhos dela se encheram de lágrimas e ela sussurrou.

‒ Papai... – ele a olhou.

‒ shill... – ele foi para beijá-la na boca e ouviu gritos vindos do andar de baixo e levantou rapidamente.

Ele saiu do quarto um tanto cambaleando e Acácia puxou o lençol apertando contra seu corpo e não conseguia formular nada em sua cabeça e ela apenas chorou. Diego chegou as escadas e ouviu o que o peão tinha a dizer e ele amaldiçoou e como se a cachaça tivesse sumido de seu corpo ele desceu correndo e correu para o lado de fora e montou em um de seus cavalos e ao chegar em sua plantação ele a viu tomada pelo fogo e gritou aos quatros ventos.

‒ Maldição...


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