10 Desejos escrita por 4ever Happy


Capítulo 10
2.


Notas iniciais do capítulo

Veh Marano, capitulo dedicado a você ♥



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— O que você está fazendo? – Trish me olhava com certa impaciência.

— Escolhendo a roupa para hoje à noite. – Coloco a saia florida na frente do meu corpo e olho meu reflexo no espelho, analisando o conjunto. Não gostei. Jogo a saia no chão, ali estava a pilha dos sem chance. Na cama estava todas as roupas que tinha trazido para a viagem.

— Hoje à noite? – Ela coçou a cabeça, tentando se lembrar dos planos de hoje. – O que vamos fazer?

— Aqui. – Entrego meu celular para que ela pudesse ler as mensagens.

O que acha de ir ao La Mar by Gaston Acurio hoje à noite? – Austin.

Confesso que revirei os olhos quando ouvi meu celular apitar. Provavelmente seria minha mãe perguntando como eu estava, ou mensagem sobre promoções diárias. Fiquei sem reação ao ler a mensagem pela primeira vez. La Mar era um sonho para mim. Sem hesitação respondi que adoraria, em segundos sua resposta chegou:

Te encontro na entrada do hotel às 7p.m - Austin

— Parece que alguém tem um encontro. – Trish sorriu maliciosamente.  Seus pés balançavam de forma animada no ar. – Ally, La Mar é simplesmente um dos melhores restaurantes de Miami. Você está ansiosa?

— O que você acha? – Coloco um vestido de babado e vejo meu reflexo. Não parecia apropriado para a ocasião. O tiro e coloco no chão. Eu precisava de algo que não mostrasse as manchas que tinha em minhas costas. Ou a magreza causada pela perda de peso.

— Ei! Você gosta dele! – Ela solta um grito animado em comemoração. – Eu sabia.

— Nunca disse isso.

— E nem precisa dizer. – Ela levanta as sobrancelhas. – Ally, esta nítido! Seus olhares, o jeito que você fica tímida perto dele... E aquela dança de ontem? Você acha que eu não reparei? Se não fosse pelas palmas vocês se beijariam ali mesmo.

Fico em silencio. Odiava ser tão transparente sobre tudo o que eu sentia.

— Até quando você vai negar isso?

— É difícil organizar meus pensamentos em relação a ele. – Suspiro desaminada.

— Parece que os pensamentos dele estão bem organizados. – Trish se levanta. – E preto combina com tudo. – Aponta para o vestido em baixo do monte de roupa. – Vem, eu vou te maquiar.

***

— Austin, como você conseguiu? Leva meses para reservar uma mesa nesse restaurante. Principalmente na área externa. – Atravessamos uma ponte para chegar até lá, o lugar ficava sobre a água para dar uma vista de frente para a cidade.

— Dei meu jeito. – Ele pisca enquanto puxa a cadeira para que eu possa me sentar. O garçom nos entrega o cardápio. – E por favor, não se deixe influenciar pelo preço. Hoje é por minha conta.

Olho para as opções no menu, a maioria dos pratos custavam três dígitos. Sem dúvida um dos restaurantes mais caros de Miami.

 Sem que Austin perceba, tomo um comprimido para dor, já era o terceiro hoje e o efeito não estava sendo tão eficaz como o esperado.

Pedimos uma Cebiche Salad como entrada. Ambos não sabíamos o que viria, ou como era o prato, mas achamos o nome divertido. Como a refeição principal escolhemos Churrasco a lo Pobre, novamente achamos o nome divertido.

Eram quase oito horas e o sol estava se pondo. O céu estava laranja, e a água refletia os últimos raios do sol. No horizonte era possível ver algumas estrelas que já brilhavam. Os prédios de Miami estavam a nossa frente, e estavam ficando iluminados com a chegada da noite.

— Vir aqui era o meu sonho. – Sorrio impressionada com a vista de tirar o folego. Meus pais nunca tiveram condições para me trazer aqui. Sempre economizávamos ao máximo para a faculdade.

— Eu me lembro do dia que você estava na aula de informática e abriu o site desse restaurante em vez de fazer a atividade proposta. Quando você viu que eu estava olhando, você sussurrou falando que um dia iria naquele lugar. – Suas bochechas ficam rosadas com a timidez de lembrar de um fato que aconteceu anos atrás.

Tomamos champanhe enquanto esperávamos nossos pratos ficarem prontos. Rimos ao lembrar de coisas que fizemos juntos na infância.

Nossas refeições chegaram e saboreamos cada garfada. Não é à toa que tanta gente queira vir aqui.

— Ally, te chamei aqui porque... – Um alto zumbido em minha orelha impediu que eu ouvisse a fala de Austin. Minha cabeça ardia como nunca antes.

Fecho os olhos, tentando me controlar. Controlar a dor, controlar o coração acelerado, controlar a respiração rápida. Controlar minhas mãos tremulas.

— Eu preciso de ar! – Digo já sem folego.

Me levanto da mesa e me agarro à grade que nos separava da água, o mais longe possível de onde as pessoas estavam. A única coisa que conseguia ouvir eram as batidas do meu coração e minha respiração acelerada.

— Ally? – Austin me chama. – Seu nariz. – Me entrega o pano que carregava com ele para essas situações. Tento dizer que não estava conseguindo respirar, mas nada sai da minha boca.

Me ajude! Me ajude! Engulo em seco, torcendo para que ele lesse meus pensamentos.

— Oh meu Deus Ally. O seu ouvido. – Austin mostra sua mão cheia de sangue. O meu sangue.

— Eu não quero morrer, Austin. – Digo em meio as lágrimas. – Está doendo muito. Eu não consigo, não consigo aguentar isso. Faça isso parar! – Abraço meus joelhos.  

— Eu vou ligar para a ambulância. – Ele enxuga o rosto. Podia ver o desespero em suas lagrimas.

Seguro em sua mão, antes que ele pudesse alcançar seu celular. Suplico para que ele não faça isso.

— Ally, eu... Você precisa ir ao hospital.

— Por favor. Não. Eu não quero voltar lá, não quero morrer lá. – Agarro sua camiseta.

Austin me abraça forte e beija minha testa. Tudo vai ficar bem ele repetia mesmo não acreditando em suas palavras. Eu tremia em seus braços.

Por favor, eu não quero morrer lá. Por favor. Repito diversas vezes entre soluços até tudo ficar escuro.


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Notas finais do capítulo

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