Still Here escrita por BeatrizPFT25


Capítulo 1
Still Here


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Mais uma vez não sei que classificação devia ter a fic e estou com algumas dúvidas em relação ao género...
Espero que gostem na mesma
Boa Leitura



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A cidade estava um absoluto caos. O chão estava completamente cheio de buracos, pelas lutas que tinham ocorrido há momentos, a maioria dos carros que se encontravam ali, ou estavam destruídos ou a arder, alguns tinham o alarme a apitar freneticamente, os prédios estavam também destruídos, alguns tinham chegado a cair e alguns destroços encontravam-se espalhados pela rua, algumas partes da cidade ardiam, devido às explosões que tinham ocorrido há minutos atrás, e no céu o fumo escuro confundiam-se com as nuvens negras que denunciavam a chuva que estava para vir.

Mas que ideia era a do grupo de vilões? Atacar uma cidade sabendo que alguns alunos e professores da U.A. estavam presentes não era, de todo, um plano muito inteligente. As turmas da U.A estavam reunidas perto da academia, num treino na cidade, mas assim que os vilões atacaram, e graças às nossas licenças provisórias pudemos ajudar os heróis profissionais que iam aparecendo no local. A única parte inteligente no plano dos vilões foi a de nos terem separado.

Eu corria pela rua, tinha a respiração acelerada, tinha acabado de lutar contra dois vilões, não é que eles tivessem alguma hipótese de me vencerem, mas como estava em desvantagem numérica tinha ficado mais cansado do que estava à espera, para além do mais, antes de me ter encontrado com eles tinha lutado contra outro grupo de vilões, muito mais fracos, mas que também me tinha deixado cansado. A minha perna ardia, tinha alguns cortes da luta anterior, sangrava mas isso não me impedia de continuar a lutar, quanto mais vilões derrotasse melhor.

Parei um pouco e tentei controlar a minha respiração, para onde é que deveria ir? Antes que tivesse uma resposta ouvi um som vindo de cima, olhei e vi que algo estava a cair, tentei afastar-me mas assim que aquilo caiu fez um impacto que me fez voar alguns metros.

Levantei-me irritado e olhei para o destroço, em cima dele estava uma pessoa com uma mascara e algum sangue na roupa, percebi logo que era um vilão e não pensei duas vezes antes de ir lutar contra ele.

Ele era forte, mas não o suficiente para me derrotar. Com um plano rapidamente formado na minha cabeça consegui atacá-lo quando ele estava de costas, fazendo uma explosão com uma das granadas que tinha no meu braço, era para este tipo de situação que tinha desenvolvido o meu fato. A expulsão fez o vilão voar alguns metros, ficou claro que se encontrava incapacitado de lutar, tinha desmaiado.

Sentei-me no chão e olhei para o céu, tentando controlar a minha respiração e a dor na minha perna.

— Kacchan! – Ouvi a voz irritante do maldito do Deku me chamar, olhei na sua direção e ele vinha a correr ao meu encontro. – Estás bem? – Aquela pergunta só me irritou, quem é que ele pensa que sou?

— Não venhas seu maldito! – Gritei irritado.

Mas ele ignorou o que eu disse e chegou até mim, viu que tinha a perna com sangue e ficou logo com uma cara preocupada.

— Kacchan a tua perna! Consegues levantar-te? Queres ajuda para andar? Que eu te leve? – Perguntou estendendo-me a sua mão. A imagem de quando eramos pequenos e ele me estendeu a mão no rio e a de quando ele disse que eu parecia estar a pedir ajuda no incidente do vilão de esgoto do ano anterior vieram a minha mente, deixando-me ainda mais irritado do que já estava.

— Cala-te Deku! Eu não sou fraco, consigo andar com um ferimento destes. – Gritei furioso levantando-me. Ao me levantar percebi que o meu ferimento tinha piorado devido à última luta, mas nunca iria demonstrar isso em frente a este nerd.                                                                                                                                                      

Dei apenas alguns passos antes de ouvir uma explosão atrás de mim. Não era tão forte como a anterior mas levantou muito pó e vinha acompanhada de muito fumo, meti o braço à frente da cara para proteger os meus olhos e assim que a poeira baixou pude ver um homem com uma máscara que vinha a voar na minha direção, ele tinha uma espada, eu ia desviar facilmente mas devido ao ferimento na minha perna desequilibrei-me.

Tudo o que aconteceu a seguir foi muito rápido, num momento desequilibrei-me e estava sentado no chão, e no outro o Deku estava de frente para mim a cuspir sangue com a espada a atravessar o seu corpo. Ele tinha-me protegido.

Ouvi o homem a fazer um som de protesto e retirar a espada de dentro do Deku que caiu há minha frente com um grave ferimento no seu peito. Tudo pareceu parar, um sentimento de fúria e ódio cresceu dentro de mim ao ver Deku estendido no chão cheio de sangue. Levantei-me lentamente e encarei mortalmente o homem que pareceu paralisar com o meu olhar. Numa velocidade sobre-humana avancei sobre ele e com uma única explosão potente no rosto, deixei-o inconsciente.

Olhei na direção que o Deku estava, ele não se mexia, aproximei-me lentamente dele, e cai de joelhos ao seu lado, com cuidado virei-o para mim, com um dos meus braços atrás da sua cabeça e o outro no peito, sobre o ferimento.

— D-De…ku… – A minha voz estava pressa na garganta, eu estava em choque, não conseguia pensar em nada, o único que conseguia ver era o Deku coberto de sangue há minha frente, não ouvia o som dos carros, das pessoas, dos animais, das expulsões, de mais nada só da respiração pesada dele, que foi o que me voltou fazer pensar, ele ainda não estava morto. – Deku! – Chamei com medo de não receber uma resposta.

Ele ao ouvir a minha voz abriu ligeiramente os olhos, que estavam sem brilho algum, arregalei os olhos paralisado.

— Ka…cchan… – Ele disse o meu nome com uma voz fina e baixa, relembrando-me da voz que ele tinha quando eramos mais novos. – Estás a… chorar…? – Perguntou num fio mínimo de voz, foi ai que percebi que às lágrimas corriam intensamente pelo meu rosto, saber que o Deku podia morrer, e a proteger-me, tinha-me deixado assim?

— Não fales… – Ordenei num murmúrio, estava difícil de falar.

O Deku começou a chorar silenciosamente e sorriu fracamente na minha direção, tinha algum sangue a escorrer-lhe pela boca.

— Estás bem… Kacchan? – Que raio de pergunta era aquela? Ele estava a morrer nos meus braços e ainda estava preocupado comigo?

— É com isso que te preocupas nesta situação?! Preocupa-te contigo! – Falei frustrado com a sua atitude.

— Mas… Kacchan… Preocuparmo-nos… Com os outros… É o trabalho… De um… Herói. – Ele dizia cada palavra lentamente, como se estivesse a usar todas as suas forças para as pronunciar de maneira que eu conseguisse ouvir.

Não percebi quando aconteceu, mas tinha começado a chover, a chuva misturava-se com as minhas lágrimas e com o sangue do Deku que olhava para o céu como se procurasse algo.

Tentei levantar-me com o corpo dele nos meus braços, ele ainda poderia ser salvo, eu repetia essas palavras incontavelmente na minha mente, tentando convencer-me que tudo ia ficar bem.

Mas assim que fiz força na perna ela não aguentou e eu voltei a ficar de joelhos, o maldito ferimento na minha perna impedia de me levantar, maldição!

— Kacchan… – Chamou-me Deku num sussurro.

— Já disse para não falares porra! – Tentei levantar-me novamente, sem sucesso, mas que merda! Porque é que o meu corpo não me obedece?!

O Deku olhou na minha direção, com os olhos com cada vez menos sinal de vida.

— NÃO MORRAS! OUVISTE BEM?! NÃO MORRAS DEKU! – Gritei com todas as minhas forças ao perceber a respiração e os batimentos dele a abrandarem.

— Kacchan… – Ele chamou-me esticando lentamente a mão em direção há minha cara, numa tentativa de limpar as lágrimas. – Obrigado... – Ele falou olhando nos meus olhos fechando os dele em seguida. A mão que ele tinha levado há minha cara caiu sobre o corpo cada vez mais frio do Deku.

O Deku soltou uma lágrima ao mesmo tempo que deu um pequeno sorriso e fechou os olhos e ao proferir essas palavras, a sua respiração parou, assim como o bater do seu coração.

— DEKUUUU!!!! – Gritei sentando-me na cama. Tinha a respiração descontrolada, suava e misturado com o suor do meu rosto estavam lágrimas que eu não consegui controlar.

Um sonho...? Levei a mão a cara, não era um sonho, era um pesadelo, um pesadelo que tinha tido nos últimos meses, todas as noites, todas as vezes que conseguia adormecer aquela memória voltava para me assombrar...

Porquê é que ele me protegeu? Porquê é que ele me agradeceu? Porquê é que eu não consegui salvá-lo? Porquê é que eu não fui forte o suficiente?

Apertei as mãos no peito e gritei em meio ao choro. Porquê? Porquê é que aquilo tinha acontecido? Maldição! Nós ainda tínhamos tanto para viver… Eu ainda tinha tanta coisa para te dizer…

— Deku... Deku... – Murmurava repetidamente tentando aliviar o peso destas memórias no meu coração.

Eu repetia o nome dele até me conseguir acalmar, as lágrimas secaram e a minha respiração voltou ao normal.

Às vezes os sonhos que eu tinha eram memórias do Deku a sorrir, mas acabavam sempre por escurecer e a imagem do Deku sem vida nos meus braços acordava-me sempre.

— Deku… Queria que ainda aqui estivesses… – Murmurei deixando uma lágrima solitária cair.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ter lido até aqui!
Se gostares de TodoDeku podes ler a minha one-shot desse casal! https://fanfiction.com.br/historia/735553/Sob_o_Luar/
Até uma próxima
Kissus



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