The Hero escrita por Dark Lieutnight


Capítulo 1
O que é e sempre será


Notas iniciais do capítulo

Olá de novo amigos! Como prometido, fiz outra fanfic pro aniversário do Sonic caso não se agradem com a minha outra. Er... Essa é de Universo Alternativo e contém elementos da religião espírita. "Dark, mas como assim?" Er... Não é sobre religião, Só menciona sobre sessões espirituais; vidas passada. Não tenho absolutamente nenhum preconceito (aliás em qualquer coisa) tanto que resolvi criar este enredo justamente por me interessar em religiões diversas. Ah! Ehnic é um OC criado por mim e não existe no universo Sonic.

Novamente, interpretem como quiser :)
Título: O herói

Enjoy!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/735847/chapter/1

O amanhã o acordou com seus raios de sol causando dor à suas retinas. Não importa. Isso não o impediu de se espreguiçar e levantar empolgado, seu clássico sorriso Nike destacando sua expressão costumeira, afinal era mais um dia. E por que não ficar feliz? Seus olhos estavam abertos, sua respiração continua no ritmo de sempre, o coração bombeava sangue para dar e vender com toda a sua força e saúde. Estava com um pouco de sono, mas a vida o acordou.

— Ehnic, já está pronto? — A mãe chama e o garoto rapidamente se arruma para enfrentar o horário de estudos. Mal a mãe o chamou, ele se põe à mesa, esperando o café da manhã. Sempre foi assim. Instintivamente fazendo tudo com uma pressa exagerada.

Ele desbrava as ruas de sua pacata cidade com toda a expectativa do mundo; sem desanimar. Provavelmente iria acontecer alguma coisa, isso por si só já é motivo de andar em frente. É assim que ele pensa. No meio do percurso, encontrou um cachorro magérrimo, sedento, que implorava por comida. Sem dar uma chance para seu cérebro raciocinar duas vezes, foi até uma torneira pública e comprou alguns pedaços de um frango suculento. Deu para o pobre animal. Este, rosnou e o ameaçou morder. Algo completamente natural, visto que não era domesticado. Mas Ehnic somente colocou a água e a comida perto dele. Foi belo o ver comer com tanta fome e prazer como fosse morrer no dia seguinte.

Continuando o trajeto, deu de cara com uma senhora querendo atravessar a movimentada avenida e nem um carro parar. Parecia muito mal-humorada por isso. Soltava blasfêmias e xingamentos pois esperava à muito tempo. Também reclamava das pessoas que não ajudavam. O garoto decidiu fazer essa gentileza e conseguiu fazer os automóveis cessarem. A velha aceitou o favor e saiu sem nem agradecer.

Um mendigo moribundo pedia esmola e era ignorado como se sua existência fosse inútil até para o espaço-tempo. Ehnic deu-lhe cinquenta reais sem saber o que ia comprar com o dinheiro depois e recebeu um obrigado com muita vergonha por parte do morador de rua. Passou perto de um parque que tinha uma espécie de estufa cheia de plantas simples. Ninguém gostava delas e diziam que eram muito feias. Ele pegou o regador que todos podiam usar para aguar as plantas e as refrescou sem demora.

— Opa, parece que chegarei atrasado. — Isso sempre fazia parte de sua rotina. Chegar na escola com o portão quase batendo em sua face.

— De novo? Quantas vezes tenho que avisar que o portão fecha nesse horário em ponto? — O zelador não simpatizava com o garoto desde que se conheceram. O motivo? Nenhum. Mesmo assim, o garoto sempre o cumprimentava, especialmente porque os alunos o detestavam por manter a ordem no colégio.

Chegando na sala. Ele senta em seu lugar e se põe a escutar sua música para espairecer a mente; se distrair. Um colega chega. Sempre fazia piadas com Ehnic por causa de sua estranha aparência. Cabelos azuis meio longos com as mechas despontando para os lados; olhos verde-esmeralda. Lá veio ele, zombou do azulado e sua piada fez a sala toda gargalhar. Com toda certeza, o bully se sentiu o máximo e chamou a atenção que queria.

— Hehe. — Ehnic sentiu-se constrangido obviamente e esfregou as madeixas esquisitas para disfarçar. Mas não ficou bravo.

Aquele garoto vivia isolado e ninguém ousava falar com ele por causa de seu status social e problemas em casa e sua personalidade arrogante. O único jeito dele conquistar os outros e não se sentir solitário, era caçoando do azulado. Ehnic não se importa. Se assim o outro ficava feliz sendo que todos lhe davam a merecida atenção, Ehnic ficava feliz por ele, pois quando isso não acontece, todos o tratavam com indiferença. Na hora do intervalo, ele se deparou com a colega que esqueceu a lancheira em casa e estava morrendo de fome. A comida dela era especial por ter alergia e não podia se alimentar com a merenda escolar. O azulado deu-lhe o seu próprio lanche o qual ela pôde comer. E ele se saciou com a merenda. De certo que não possui um gosto excepcional, mas era comestível. No fim da aula quando retornava para o lar, uma mulher estava aos prantos desesperada. Ele foi averiguar e ela rapidamente desabafou seu problema: descobriu que tinha câncer. O azulado ficou horas a consolar e ouvir suas lamúrias, mesmo não sendo de grande utilidade.

E no outro dia, a mesma rotina se repetiu. Alimentou o cão raivoso; atravessou a senhora mal-humorada; deu dinheiro para o mendigo; aguou as plantas; entre outras coisas que surgiam em seu caminho. Ehnic só queria ajudar, só queria ser um herói. Não por ser reconhecido, mas pela felicidade incrível que dominava seu espírito ao trazer alegria ao próximo, independentemente de ser humano, animal ou vegetal. Uma vez que passou pelo caminho de sempre, um homem, dono de um restaurante que é localizado na região, o abordou e questionou intrigado.

— Por que você faz isso garoto? Outros pensam em aproveitar a vida; curtir.

— Eu quero ser um herói. — Ehnic respondeu fazendo questão de exibir seu sorriso que virou sua marca registrada.

— Ah entendi. —  A expressão do homem logo se transformou de confusa à desprezo. Ele tinha se enganado. O garoto era só um daqueles em busca de coisas fúteis e motivos sem graça. — Por causa de fama, atenção? Reconhecimento?

— Não. Quando ajudo um semelhante, me sinto incrível; a melhor pessoa do mundo porque fiz o dia de alguém melhor de alguma forma. Não é como se quisesse ficar aliviado por ter realizado o meu dever nessa vida. Eu só... Quero ajudar porque me sinto feliz por isso. Hehe.

— A troco de quê?! — Bradou o homem indignado. Pessoas assim não apareciam tão naturalmente. Os humanos estavam se tornando tão distantes... — Aquele mendigo que você dá dinheiro por exemplo, ele usa para comprar drogas e pagar suas dívidas com os traficantes!

— Eu sei. — A resposta do azulado o chocou. — Sei que é errado. Mas ele está sendo ameaçado de morte por culpa de míseros reais. Eu não quero que ele morra. Não é justo. Ele quer ser ajudado, quer reconstruir a vida, mas é difícil para um viciado sozinho. Sabe... Eu conversei com ele, por isso sei das coisas. — O homem, ficou sem palavras. — Opa, melhor eu ir. Tenha um bom dia. Provavelmente o restaurante vai encher! See Ya!

Ehnic ama as pessoas; ama a vida. E continuou a ajudá-las. Não ganhava nada em troca, às vezes era agradecido, outras não; também era xingado e incompreendido por seus atos incomuns. Apesar disso, não desistiu do mundo. Orgulho? Humilhação? Vergonha? Não faz a menor diferença para ele. Sentimentos ruins que passam em pouco tempo e não ficam marcados em sua vida. Seu pai tinha o orgulho positivo dele e o chamava de pequeno herói; a mãe chorava de emoção quando o via fazer uma boa ação; os irmãos o viam como um verdadeiro exemplo, até o mais velho.

Pessoas assim deixam seu legado. Infelizmente a duras penas...

O garoto foi atingido pela meningite. Mas não se desanimou. No hospital, sua maior surpresa e felicidade foi ver aqueles que sempre via em sua jornada todos os dias. Alguns até desconhecidos que ele ajudara apenas uma vez. Até soubera que o cachorro que sempre alimentava, começou a ficar na porta do hospital o dia todo.

— E aí carinha? — Cumprimentou o mendigo que queria se redimir com o destino.

— E aí? — Ehnic saudou de volta dando um aperto de mão e parando para o analisar. Incrivelmente estava bem vestido e limpo; cabelos arrumados.

— Eu nem tive tempo de agradecer. Sabe... Encontrei minha família que eu não via há tempos.

— Cool! E depois? — Ehnic sentiu aquela sensação maravilhosa dos heróis.

— Não estou mais fumando drogas. Bem... De vez em quando sinto abstinência, mas tento me controlar.

— Não se preocupe! A maior parte você superou. — Encorajou o azulado com seu sorriso caloroso. — E não precisa me agradecer.

— Irei agradecer sempre. — O ex-mendigo disse. Seu olhar de pura gratidão. — Eu vim aqui também porque soube da sua doença. Sei que não sou de utilidade, mas conte comigo, você vai sair dessa.

— Todas as pessoas têm seu valor. E eu vou lutar sim até meu último suspiro.

Todos vieram até ele. A senhora mal-humorada que agradeceu com um bolo feito por mãos de avó; a mulher com câncer que lhe deu um buquê gigante de flores; o seu colega bully, que esfregou seus cabelos e admitiu estar sentindo sua falta na escola e confessou que via Ehnic como seu amigo. O azulado não tinha palavras para tudo isso. Chorou. Era assim que heróis se sentem? Não é um fardo. Jamais foi. Nem mesmo uma obrigação para com a sociedade.

Ehnic resistiu e tentou combater a doença, mas ela foi mais forte. E ele faleceu.

Em seu enterro, várias, mas várias pessoas mesmo vieram lhe jogar flores. E numa homenagem, na lápide foi gravado a frase:

“Para o nosso azulado que é e sempre será um herói.”

 

♦ ☓ ♦

— Hum. — Sonic murmura, despertando do sono ou seja, lá o que fora. Estava numa sessão espiritual e viu uma de suas vidas passadas. Quem o convenceu a isso foi Amy, para saber se eles se casaram e ficaram juntos em alguma outra vida. O ouriço não acreditava em coisas do tipo, mas a história de Ehnic o comoveu e o surpreendeu. Agradeceu à ouriça e ambos saíram do lugar, visto que ela não se satisfez muito.

Sonic refletiu. Se ele era uma reencarnação daquele garoto, não sabia. Porém descobriu que como ele, queria ser um herói desde que nasceu. Esse é seu propósito e sua maior felicidade. Contudo o que Sonic não sabia, é que ele já é. Salvava o mundo de muitos perigos e ameaças, sendo o que mais ama fazer é ver a gratificação; os sorrisos maravilhosos de agradecimento. Não há confirmação alguma de que indivíduos reencarnavam. Mesmo assim, Sonic se sentiu agradecido. Não sabia o porquê.

— Obrigado Ehnic.

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Qualquer erro, me avisem. Ah! (de novo) Me inspirei num filme, acho que se chama O Herói Anônimo e parece ser bem incrível *-* Só o trailer foi o bastante pra me inspirar.

Beijos e Abraços da Dark - See Ya!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Hero" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.