Segredos Profundos. Romanogers History escrita por Lisa Rogers


Capítulo 3
Natural Cure


Notas iniciais do capítulo

Ai gente, Como eu to AMANDO escrever essa historia! To amando mais ainda que ela esta crescendo aos pouquinhos. Obrigada pelas visualizações e pelos comentários ♥



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— Clint... – minha voz falhou

— Respire Natasha, preciso que você respire. Ande – Suas mãos deslizavam pelo meu ombro, friccionando minha pele.

Apertei os olhos, eu queria respirar, mas simplesmente não conseguia. Balancei meu corpo tentando me livrar dos braços dele.

—Natasha, pare, olhe para mim, agora Natasha! – Ele apertou os braços em volta da minha cintura, me fazendo ficar imóvel. – OLHE PARA MIM, AGORA!

Curvei meu rosto um pouco para cima, podendo ver o desespero em seu rosto. Travei meus olhos com o dele.

—Agora preciso que você respire, junto comigo.

— Não cons – minha voz falhou, e novamente uma facada atingiu minhas costelas – AH........ –Um grito brotou da minha garganta.

—Mas que droga, Romanoff!

Barton passou um dos meus braços em volta de seu pescoço me carregando em disparado para a ala médica que se encontrava a frente da sala de treino.

— Jarvis!

— Senhor Barton?

— Quero um relatório completo do estado atual da agente romanoff, agora! – Ele ordenou, me colocando sob a maca no centro da sala.

Agora, alem de não conseguiu respirar, eu tinha um par de olhos raivosos revezando olhares para mim e para a tela de computador ao meu lado.

— Quando você sair daí, eu mesmo vou te dar uma surra. – Sua voz era baixa e autoritária –JARVIS! – Clint grunhiu.

— Esta na tela, Senhor.

Barton olhou para tela do computador e seus olhos caíram sobre mim novamente. Não mais raivosos, mas olhos preocupados e pesados. Sem dizer nada ele caminhou ate um dos armários e apanhou um pequeno balão manual de oxigênio, voltando para mim e apoiando a mascara na altura do meu nariz. Com movimentos rápidos, ele começou a apertar o balão.

Em imediato pude sentir meu diafragma relaxar. O ar, ao poucos voltava para o meus pulmões. Depois de alguns minutos, pousei minha mão em cima da dele, fazendo-o parar.

— Tudo bem, eu já estou bem. – Minha voz ainda era baixa e fraca por trás da mascara.

Ele tirou a mascara colocando-a do lado. Suspirando, ele voltou seu olhar para mim.

—Não, você não esta bem. – disse apontando para a tela de computador ao lado da maca.

Virei devagar para olhar a tela e um frio percorreu minha espinha. Droga fazia tempo que eu não me machucava assim.

— Três costelas quebradas, Natasha, três – Ele apontou para a tela – E Deus sabe o que pode ter acontecido se eu não tivesse chegado... você poderia... você... se eu não. –Ele abaixou o olhar, soltando um suspiro e encarou o chão. – Que droga, Nat.

—Clint...

— O que você tinha na cabeça? – Ele voltou a olhar pra mim.

 Oh, os olhos raivosos estavam de volta.

— Eu só... – minha voz falhou – Só queria... – Um turbilhão de coisas se passavam em minha mente. O que eu poderia dizer? Que eu era um pedaço de lixo e queria acabar com toda minha força física? Que eu era uma assassina e que não tinha motivos para ele ficar desse jeito, pois eu merecia tudo aquilo? O que? O que mais eu poderia dizer? – Me desculpe...

Ele balançou a cabeça e se dirigiu a um dos armários de vidro repleto de pequenos frascos. Pegando um deles na mão junto com uma seringa, Clint se colocou ao meu lado puxando levemente meu braço para a frente.

— Eu vou aplicar um medicamento para dor, mas isso não é o suficiente. – Com uma habilidade inimaginável, ele preparou o medicamento na pequena seringa – Quando Bruce retornar, vou ver o que poderemos fazer.

— Eu vou ficar bem – Suspirei – E a propósito, você esta se saindo um excelente enfermeiro. Um pouco metódico, mas ainda sim, um bom enfermeiro – Levantei um pequeno sorriso em direção a ele, sentindo minha bochecha se repuxar pelo soco.

Uma pequena picada atingiu meu braço, seguida por uma leve dormência na região. Clint retribuiu meu sorriso se afastando da maca para verificar os dados na tela do computador.

Apoiando as duas mãos ao lado da cintura, sentei e abaixei o olhar fitando meus dedos ainda com as faixas manchadas por pequenas rodas de sangue..

— Você vai me contar o porquê estava fazendo isso? – Clint entrou na minha frente, cruzando os braços em frente ao peito.

— Eu estava treinando, apenas isso. Me distrai e acabei nessa pequena confusão – apertei meus dedos e olhei para baixo, evitando o contato visual.

— É? Você quer enganar a mim ou a você mesma? Você é Natasha Romanoff, você não se distrai – Ele tocou minha cabeça com um dos dedos. – Mas tudo bem, sei que você vai me contar quando estiver pronta.

Não precisava dizer nada. Ele sabia que eu iria, eu também sabia. Clint me conhecia melhor do que qualquer pessoa no mundo. Ele era quem havia me salvado. A única pessoa que decidiu que eu merecia ser salva. Ele era sem duvidas meu melhor amigo.

— Natasha – Ele deslizou os dedos pelo meu queixo levantando minha cabeça para olhar para ele – O quer que seja que esteja acontecendo, eu estou aqui para conversar. Você sabe disso, certo?

— Eu sei – Soltei um suspiro pesado

— Bom.

— Nat... – Uma voz ecoou pela sala.

Eu e Clint tombamos nossas cabeças para entrada. Na porta, havia um Steve perplexo e imóvel.

—O que aconteceu? Você esta ferida. – Ele adentrou na sala, parando ao lado de Barton.

Olhei diretamente para Barton, implorando mentalmente para que ele não dissesse nada.

— Nós estávamos treinando e sem querer Nat se descuidou e acabou se machucando – Clint se dirigiu para Steve, Dando de ombros em seguida – Ela é dura na queda, capitão. Vai ficar bem.

— Se descuidando?  - Steve arqueou uma sobrancelha e me encarou.

— Sim, nada demais. Estava distraída e acabei me... descuidando... Relaxe. Esta tudo bem, Rogers - Peguei impulso e me levantei da maca.

 Assim que meus pés tocaram o chão, um choque percorreu todo meu corpo, me fazendo tombar para o lado sendo amparada pelos braços de Steve.

— Eu vejo como esta tudo bem, Natasha. – Ele me ajudou a sentar novamente na maca. -  Barton, o que realmente aconteceu? – Steve cruzou os braços em frente ao peito e encarou Clint.

Clint olhou diretamente para mim e depois para Steve. Ele sabia que não era meu desejo que ninguém soubesse o que tinha acontecido realmente.

— Olha, Capitão... Se a Nat desejar contar, ela vai... Mas eu posso te contar quais foram os danos – Ele apontou para a tela do computador

Fuzilei Barton com os olhos. Ele desviou o olhar do meu e  chacoalhou os ombros olhando para o computador seguido de Steve. O Capitão observou atentamente os dados do diagnostico. Ele e Clint começaram a travar uma conversa afinada sobre qual era o melhor tratamento para minhas fraturas. Ambos estavam  tão concentrados e imersos nos dados e teorias, que eu acabei me tronando invisível ao lado.

Aproveitei a deixa e me pus de pé novamente. Eu precisava sair daquela sala. Comecei a caminhar lentamente para a porta, passando por trás deles com o silencio de uma Sombra. A cada passo minhas costelas travavam como correntes queimando em volta do meu corpo. Ao chegar na porta, me apoiei no batente e controlei a respiração. Lenta. Fraca. Lenta. Fraca. Precisava encontrar um meio termo para conseguir chegar ao meu quarto. Calculei mentalmente a distancia até o cômodo e gemi em desaprovação.

— Você não sossega mesmo , né?! – A voz de Barton me fez revirar os olhos.

— Estou cansada, quero ir para meu quarto. Além disso, vocês dois estão muito ocupados decidindo o futuro do meu belo corpinho. – Olhei para Barton e um sorriso sarcástico se firmou nos meus lábios.

— Ok, aposto 10 pratas que você não chega no Elevador  - ele estendeu a mão para mim em sinal de acordo.

— Oh, você nunca cansa de perder? – Apertei a mão dele.

— Chega, vocês dois! – Steve se colocou ao meu lado – Eu levo você até La, Natasha.

—Não precisa, capitão, eu esto...

— Não foi uma pergunta, Romanoff – Ele se aproximou de mim e colocou uma das mãos em volta da minha cintura.

Ao se abaixar para me pegar no colo, Clint interviu.

— Capitão, ela fraturou três costelas, se você carrega-la desse modo a fratura pode piorar. Apliquei o medicamento, mas ele vai demorar alguns minutos para fazer efeito.

Steve olhou para clint, que prontamente continuou

— Você vai ter que carrega-la como um coala em uma arvore – Barton parou por um segundo e limpou a garganta. – Sabe, com um filhote de macaco, um bebe, como quando um cara carrega sua nam...

— Ok, Barton, eu entendi a Referencia – Steve cortou e me olhou em seguida. O rubor em seu rosto era completamente visível, ele parecia que ia explodir.

— Quando você quiser, Natasha – ele me virou levemente para ele, evitando olhar para mim.

— Vocês dois são insuportáveis – Dei um pequeno passo para frente, deixando meu corpo encostar no dele – Eu estou pronta, vamos logo com isso, por favor.

Apoiei meus braços nos ombros de Steve, que se abaixou um pouco e murmurou um “me desculpe” antes de deslizar as mãos um pouco a baixo do meu quadril me puxando para cima. Um leve arrepio percorreu todo meu corpo em reação ao toque dos seus longos dedos em contato com a minha pele. Engoli e implorei mentalmente para que ele não tivesse notado. Envolvi minhas pernas ao redor de sua cintura, e joguei meu peso sobre seu peito. Descansei meu rosto na curva do seu pescoço, apoiando meu queixo nos meus braços.

Ele Girou o corpo e olhou para Clint

— Volto já, Barton. Por favor, chame Bruce aqui para ele avaliar o quadro.

— Claro, vou ficar aqui... Resolvendo as... coisas – Clint segurou o riso e se desviou para o computador novamente.

Antes de perder contato com ele, eu o Matei com os olhos. Ele sabia que mais cedo ou mais tarde eu iria me vingar daquele momento constrangedor que ele estava me fazendo passar. Não sei bem o porque, mas algo bem La no fundo me dizia que ele tinha feito de propósito.

Steve estava tenso, seu corpo todo se mantinha rígido e ele quase não respirava. Chegando na porta do elevador ele sussurrou outra desculpa e envolveu um dos braços em torno da minha cintura gentilmente, mantendo meu corpo completamente junto ao dele. Entramos no elevador e o ar estava ainda mais pesado. Tentei não pensar em como o corpo quente e forte dele em volto do meu era um calmante natural para meus músculos e seu cheiro inebriante tinha o mesmo efeito para minha mente. Estava segura e completamente protegida em seus braços. Limpei a garganta e murmurei

— Um dia em trajes íntimos e no outro você já esta comigo nos braços. Você é mais rápido do que eu pensava, Capitão.

Ele travou mais ainda seu corpo e girou a cabeça para o lado oposto. Não podia ver seu rosto, mas sabia que ele estava a ponto de cavar um buraco no chão e se esconder La dentro.

— Relaxar, soldado – Soltei um leve riso e apertei seu ombro com a mão – Eu estou brincando.

— Eu sei ... – Steve relaxou seu corpo e suspirou. – Nat...

— Sim?

Ele virou o rosto e encostou sua cabeça com a minha.

— O que aconteceu? – Ele sussurrou.

— Por favor, Steve, eu não quero falar sobre isso...

— Tudo bem – Ele deslizou a ponta dos dedos pelas minhas costas em sinal de apoio me causando mais arrepios.

A porta do elevador se abriu. O corpo até agora relaxado se firmou novamente e saiu em direção ao meu quarto, passando rapidamente pela sala e atravessando os logos corredores da torre. Ele parou em frente a porta fechada evitando em abri-la.

—Tudo bem, eu não escondo um cachorro raivoso ai dentro – Afastei minha cabeça e olhei para ele – Afinal, o cachorro esta comigo nos braços, e bem, ele não é raivoso. – Pisquei.

Steve Riu e abriu a porta do quarto. Caminhando até a ponta da cama ele abaixou seu tronco e me colocou sentada, rompendo rapidamente nosso contato. Ele se abaixou, ajoelhando no meio das minhas pernas. Seu olhar rapidamente fez uma varredura completa por cada centímetro do meu rosto, passando pelos meus braços e parando em minhas mãos. Ele tomou uma delas e deslizou o dedo suavemente pela mancha de sangue, voltando a olhar para mim.

— Você esta ferida, Nat – Ele apertou levemente minha mão.

— Tudo bem, não é tão ruim quanto parece – Tentei meu melhor sorriso que foi rapidamente apagado pelo repuxão em minha bochecha. Não tinha visto, mas sabia que as coisas ali estavam ruins.

— Por favor, deixe-me ajuda-la com isso. – Os olhos dele pararam sobre os meus. Grandes olhos azuis, apreensivos e preocupados – Você não precisa me contar o que aconteceu, mas acredite  em mim, eu entendo sobre isso, sei como ajudar.

Balancei a cabeça em afirmação. Eu já havia passado por isso mais do que esse homem poderia imaginar, já havia tratado de lesões mais do que todas as da vida dele. Mas Steve estava tão disposto que eu não tive a coragem de apenas manda-lo embora.

Ele se levantou, caminhou em direção ao banheiro voltando em alguns segundos com uma toalha e uma pequena caixinha branca em mãos. Se ajoelhou em minha frente apoiando o peso do corpo em seus pés.

— Tony me disse que havia colocado uma caixa de primeiros socorros em cada um dos banheiros da torre – Ele sorriu balançando a pequena caixa em sua mão - Difícil de acreditar, mas o cérebro da ameba funciona de vez em quando.

Pegando uma das minhas mãos com cuidado, Steve começou a desenrolar a faixa branca dos meus dedos. Assim que a pele estava livre do pano, pude ver grandes marcas roxas avermelhadas e pequenos cortes nas juntas. Em silencio ele deu um longa pausa e abriu a caixa ao seu lado, tomou alguns chumaços de algodão e os umedeceu com um pouco de anticéptico. Ele pegou novamente minha mão.

— Steve, espere um pouco – puxei minha mão da sua – Acho melhor tomar um banho antes. O curativos serão perdidos se eu tiver que tomar banho depois

— Você tem razão – Ele concordou e se levantou

— Ei, você não precisa sair, pode esperar por aqui. Vai ser rápido – disse me levantando devagar. A dor ainda era existente, mas pelo remédio que Clint havia aplicado, ela estava sob controle até então.

— Você esta bem? – Steve deu um passo para frente, ficando próximo a mim

—Sim, tudo bem. Não vou demorar.

Ele assentiu. Passei pela porta do banheiro a fechando. Meu corpo estava implorando por um banho quente. Tomei a vez e desenrolei faixa branca da minha outra mão. As marcas estavam ainda mais arroxeadas nesta região. Levantei o olhar e vi meu rosto no espelho. Tremi. Minha bochecha esquerda tinha um grande hematoma roxo azulado se destacando completamente em minha pele branca. Um corte fundo se instalava no começo dos meus lábios. Balancei a cabeça em negação e virei de costa indo em direção ao Box. Passei a mão pelos cabelos tomando uma longa respiração.

Despi-me o mais devagar que pude, tomando o cuidado para não irritar ainda mais minhas costelas e as contusões pelo meu corpo. Abri o chuveiro e me coloquei de baixo da água quente que fez meu corpo se estremecer ao entrar em contato com a minha pele. Cada músculo do meu corpo relaxou, agradecendo pelo jato forte e macio acima deles.

“Muito bem Natasha, Sua meta foi cumprida com sucesso. Você esta acabada” pensei.


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Notas finais do capítulo

QUEM ACHOU QUE FOSSE O STEVE, ERROU!
Mas vai, ficou ainda melhor ele entrando em cena desse modo, não é?
O próximo capitulo já esta quase pronto e vamos começar a conhecer uma Natasha e um Steve mais profundos.
Até mais ♥



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