Estranho desconhecido escrita por Jooy Jones


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem ;)



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ESTRANHO DESCONHECIDO

Olhei a vitrine da mesma loja mais de uma vez naquela tarde de sexta feira. Tédio. Nada naquele lugar parecia suprir a imensa vontade de me divertir. Era feriado prolongado, e eu estava ali, sozinha naquele shopping e com todos os meus amigos viajando. Parei em frente ao cinema. Assistir a um filme não era lá minha ideia de diversão, mas seria o melhor que eu conseguiria hoje.

Entrei na fila para comprar os ingressos, procurando nos televisores algo que pudesse assistir, mas a voz estridente de uma garota logo a minha frente atrapalhava a minha concentração.

— Amor, que filme vamos assistir?

— Sara, nós já não escolhemos? - disse um rapaz loiro, que a abraçava.

— Mas eu não quero assistir “Noite sangrenta”! - retrucou a garota, fazendo um segundo rapaz bufar.

— Olha cara, esquece. Eu assisto esse sozinho. - disse ele impaciente. Analisei melhor a figura do homem. Moreno e alto. Vestia uma camisa preta, que aparentava cobrir um abdômen definido e musculoso. A barba rala e mal feita, só me fazia imaginar o quão delicioso deve ser senti-la roçando contra a minha pele. Sorri com aquilo. Talvez tenha encontrado minha diversão.

Encarei o estranho com um sorriso malicioso, até sentir o par de olhos de negros encontrarem os meus. O olhar era intenso. Eu até poderia ficar constrangida, mas ao invés disso, resolvi acenar com a cara mais lavada que eu tinha. Ele sorriu maliciosamente, desviou o olhar e voltou-se para o seu amigo, ignorando-me completamente. Babaca. Gostoso. Pena que eu não sou o tipo de mulher que desiste facilmente.

O trio comprou os ingressos e aparentemente escolheram sessões diferentes, já que o casal rumou para uma sala, enquanto o gostoso misterioso seguiu para outra.

— Qual o filme? - perguntou a atendente, chamando a minha atenção.

— Noite sangrenta - respondi inocentemente.

Peguei os ingressos e caminhei até  a sala de cinema, que ainda estava clara, quando entrei. Percorri a cadeira com os olhos, até encontrá-lo sentado na última fileira, olhando distraidamente o celular. A sessão estava anormalmente vazia, devido ao feriado, então provavelmente não haveria problemas em sentar-me em um lugar diferente do que eu havia comprado.

Sentei ao seu lado. Ele não pareceu notar a minha presença.

— Antes só, do que segurando vela? - perguntei, chamando sua atenção. Ele não parecia nem um pouco surpreso ao me ver, mas sorriu com a minha pergunta.

— Pelo visto não estou mais. - Eu ia retrucar, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa as luzes se apagaram e o filme começou.

Observei atentamente seus traços, enquanto ele assistia ao filme. Ele era muito mais bonito assim, de perto. Seus olhos tinham cor ônix. Sua mandíbula era bem definida. E sua boca de traços finos parecia deliciosa de se beijar. Ele tinha um cheiro gostoso amadeirado, que me fazia ansiar por senti-lo ainda mais de perto.

— Eu devia ficar constrangido por ser encarado assim? - perguntou, tirando-me de meus pensamentos pervertidos. Sorri e peguei um pouco de sua pipoca,  ignorando a pergunta.

— Não acha muita ousadia roubar a pipoca de um desconhecido?

— Se quiser, podemos nos tornar muito mais que meros desconhecidos. - sorri maliciosamente, mas para a minha surpresa, ele gargalhou com a minha tentativa falha de cantada.

—  Esse é o seu melhor? - perguntou convencido.

— O que quer dizer?

— Esperei mais de você. - Ele deu de ombros. - Mas admiro sua atitude.

— Alguém tem que tomar a iniciativa por aqui. - Bufei, fazendo-o rir. Não era exatamente a pessoa que eu esperava. Ele era convencido. Demais. - Você é gay ou algo assim?

O rapaz pareceu surpreso com a minha pergunta, e seu jeito brincalhão, logo foi tomado por um sorriso sedutor. Ele se aproximou devagar. Uma de suas mãos se moveu para a minha nuca, agarrando as raízes do meu cabelo. A outra desceu pelo meu braço, encontrando a minha cintura. Seu olhar penetrante, encarava-me maroto. Fechei meus olhos e  aproximei minha boca da sua esperando ansiosamente por seu beijo, mas ao invés disso, senti seu hálito quente em meu pescoço que foi subindo até encontrar minha orelha:

— Acha mesmo que sou gay? - sussurrou, causando-me um arrepio.

— Talvez. - respondi no mesmo tom.

Ele sorriu, aproximando-se mais. O cheiro de menta de seu hálito invadia minhas narinas. Eu ansiava por sentir seu gosto. Seus lábios roçarem levemente sobre os meus.

— Quer tirar a prova? - Sua língua encostou sobre minha boca, fazendo-me estremecer. Eu sabia que ele estava me provocando, que queria me fazer perder o controle. E quem se importava? Eu queria perder o controle.

— E precisa perguntar? - E o beijei, cortando a pequena distância que nos mantinha afastados. Sua boca quente, tinha o gosto delicioso que eu imaginara. Os lábios macios se moldaram aos meus de maneira excitante. Aquilo não era o suficiente pra mim. Sentia meu corpo inteiro ansiar por mais. Muito mais. Subi em seu colo, sentando sobre suas pernas.

— O que está fazendo? - ele perguntou incrédulo, cortando o beijo.

— O que acha que estou fazendo? - retruquei inocentemente.

— Não sei está lembrada, mas estamos em um cinema.

— E que diferença isso faz? - Sorri maliciosamente. Ele ainda parecia receoso com a minha súbita proposta, mas eu sabia como convencê-lo. Levei meus lábios até sua orelha, deixando uma trilha de beijos pelo seu pescoço.

— Ainda não tenho certeza se você é gay. - sussurrei provocante. - Me prova? - Mordisquei o lóbulo de sua orelha, e percebi os pelos de seu pescoço se eriçarem. - Sei que quer isso tanto quanto eu. - Rebolei sobre seu colo, sentindo o volume de suas calças aumentarem. - Consigo sentir.

Isso foi mais que o suficiente para fazê-lo deixar o medo de lado, e permitir que todo o desejo e a adrenalina tomassem conta do momento. Ele me beijou novamente com mais força que antes, intercalando entre minha boca e pescoço. Desabotoei minha camisa, deixando meus fartos seios cobertos por um sutiã de renda clara a mostra. Ele não desviou o olhar do meu, enquanto retirava a peça.

Sorriu pervertido, para então abocanhar um de meus seios, chupando-o devagar. Senti uma de suas mãos subindo entre minhas coxas, por debaixo de minha saia, até se encontrarem com a minha calcinha já molhada. Ele a afastou e acariciou meu clitóris, esfregando-o com força. Eram como ondas elétricas, que percorriam todo o meu corpo, fazendo minha pele inteira se arrepiar. Eu já estava completamente fora de mim. Não conseguia pensar em qualquer outra coisa além das sensações que ele estava me proporcionando. E ele sabia disso. E ao invés de parar com a tortura de sentir seu toque na minha intimidade, ele penetrou minha vagina com os dedos, o que me fez segurar um gemido alto.

Os movimentos de vai e vem, somados a sua boca quente em contato com a minha pele arrepiada, me fazia ir ao delírio. E quando eu estava prestes a ir ao ápice, ele foi parando com os movimentos. Sorriu da forma mais inocente que pode, deixando-me ali, com cara de abobalhada.

Ele sabia como me provocar, mas eu não era de deixar barato. Eu sabia que por baixo de suas calças, seu membro já devia estar rígido e duro, e aposto que seria uma delícia chupá-lo. Ergui sua cabeça com uma de minhas mãos, fazendo-o parar para me olhar. Queria a atenção total dele naquele momento. Abri o zíper de sua calça, e com sua ajuda a abaixei juntamente com sua cueca boxer, revelando o que eu já esperava. Seu pau era grande e estava quente e pulsante, quando eu o segurei.  Acariciei-o devagar e soltei o sorriso mais safado que tinha, sussurrando em sua orelha:

— Quer experimentar o melhor boquete da sua vida? - Ele parecia atônito a minha pergunta, mas assentiu me chamando de safada.

Sentei ao seu lado. E segurando seu membro, o beijei suavemente. Ele estremeceu com o toque, o que me fez sorrir. Lambi de suas bolas, até o ápice, para então, chupá-lo com força. Ele segurou meus cabelos, enquanto eu enfiava seu pau inteiro em minha boca, em movimentos contínuos e rápidos. Sentia que ele queria gozar na minha boca, mas antes que pudesse fazê-lo, larguei-o, e subi novamente em seu colo, afastando minha calcinha e sentando sobre seu membro ereto.

Senti meu corpo inteiro se arrepiar. Eu estava em outro mundo naquele momento. Ele segurou firmemente minhas coxas e iniciei os movimentos de sobe e desce, sentindo um prazer intenso, que nunca havia sentido antes. Gotas de suor escorriam pelo meu pescoço. Era gostoso, era intenso, era loucura. Mas eu não queria parar, queria continuar ali, sentando naquele pau até me perder naquelas sensações.

Os movimentos de vai e vem continuaram, até que ele chegasse ao ápice, e eu perdi as contas de quantas vezes tinha chegado ao meu. Suspirei satisfeita e sai de cima dele com um sorriso bobo no rosto.

— Isso foi… - Disse ao meu lado, aparentemente no mesmo estado de êxtase que eu.

— Eu sei. - Sorri.

O filme tinha acabado e as luzes se acenderam pouco tempo depois. Ajeitei minha roupas e levantei-me de meu assento, partindo para a saída.

Você nem me disse seu nome! - Falou ele incrédulo, ao me ver saindo daquela forma.

— E isso importa? - Retruquei, soltando-lhe uma piscadela.. Virei-me e saí do cinema convencida. Até que perder o feriadão com as amigas, não era tão ruim assim.

FIM


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