Dimensão 13, 06 horas — Castelo de Quena.

Esmeralda esta sentada em uma das mesas do salão principal, fazia dias que ela não conseguia dormir direto a visita que havia feito a semanas atrás ainda a deixavam instável.
Flex-black três semanas atrás:
A princesa acaba de sair da plataforma de teletransporte a mesma logo dispensa os soldados que estão com ela para ir direto para o escritório de seu pai.
Ela teve certeza que nunca havia andado tão rápido quanto tinha feito agora, a mesma abre a porta com certa rapidez, o rei apenas levanta o olhar para ver quem estava sendo tão atrevido a este ponto.
— Esmeralda querida - fala ele ficando mais calmo ao perceber que é ela.
— Você mentiu para mim - indaga a princesa de maneira ríspida.
— Como? - pergunta confuso.
Esmeralda se vira para o lado de fora onde tem duas empregadas a mesma foca nelas com um olhar fuzilante.
— Chamem a rainha imediatamente- fala ela entre os dentes.
As jovens se apressam para fazer o mandado, e ela adentra o escritório e se senta calmamente mesmo estando zangada, poucos minutos depois Alice entra confusa com o pedido.
— O que esta acontecendo? - pergunta ela.
— Sentesse por favor - pede Esmeralda.
A rainha caminha com passos calmo para ficar ao lado do rei com uma postura serena como deve ser.
— Pode nos contar agora - pede Alice.
— Como poderão mentir para mim? - responde Esmeralda fazendo uma pergunta - Vim aqui atrás de respostas e os dois me asseguraram que estava tudo certo não é?
— Mas esta minha filha o que aconteceu esta nos assustando - fala Alice.
— Isto - diz ela se levando e colocando seu colar rachado na mesa os pais dela se assustam ao ver o objeto deste jeito.
— Pelos céus - fala Luis.
— Não sou a escolhida - comenta a princesa cruzando o braço - Mas sei quem é, a questão é porque é ela.
As majestades se encaram por um momento, e entendiam que estava na hora de contar a verdade.
— Se acalme - pede Alice.
— Não sou filha de vocês? - pergunta Esmeralda preocupada.
— Claro que é! - afirma o rei.
— Porém não é a única - confessa a rainha.
— Não sou a primogenitora? Tenho uma irmã mais velha? - pergunta ela curiosa.
— Não querida, tem uma irmã gêmea - responde Alice.
— Gêmea? - repete ela incrédula, com certeza o chão para ela havia cedido Esmeralda este tempo todo estava com ciúme da própria irmã - Por que não me contaram?
— Ela foi levada de nós, ainda recém-nascida mal pude pega-la no colo - argumenta Alice com os olhos marejados - E ela voltou, onde esta? Onde esta sua irmã Esmeralda - pergunta a rainha se aproximando dela.
— Me desculpem descobri tarde de mais - responde a princesa chorando.
— O que aconteceu? - pergunta a Alice colocando as mãos no ombro dela atrás de respostas.
— É a Rubi, conheci ela quando fiquei em Quena a mesma trabalhava como soldado do rei Afonso, mas tinha um guardião - diz Esmeralda.
— Um guardião - repete Alice - Ela esteve aqui! Luis ela esteve aqui - fala entre lágrimas - Cade ela?
— Lembram que tinha dois soldados para serem condenados um deles era ela - fala Esmeralda.
— Mataram nossa filha! - diz Alice ela coloca as mãos no rosto em quanto as lágrimas pesadas de culpa escorriam pelo seu belo rosto, o rei rapidamente abraça ela com força.
— Ainda não se sabe se ela morreu mesmo mãe, quando iam mata-la teve uma invasão rebelde ai ela sumiu - comenta por fim a princesa tentando consola-la.
Após alguns minutos de choro incessante.
— Levaram ela para o Submundo irão mata-la - sussurra Alice.
— Não vão fazer nada com ela Alice - afirma Luis - Precisam dela para aquele plano doentio.
— Que plano? - pergunta Esmeralda.
— Tirar a maldição de Solaria que nossa ancestral Estrela colocou - responde o rei de maneira seria.
— Mas a Rubi tem poder para isto estamos falando da bruxa mais poderosa do nosso clã - argumenta a princesa.
— Vão se fazer exatos dez séculos, e este ano é da colheita Rubi tem mais poder que a Estrela, ela sim é a bruxa mais poderosa do nosso clã - fala Luis de maneira seria - Todos sabíamos que a escolhida que nascesse teria dons especiais só não esperávamos perde-la, quando a levaram ainda tinha a esperança de que você era a primogênita.
— Era para ser eu - fala Esmeralda.
— Não querida não era para ser ninguém, a culpa é de quem a tirou de nós somos a família dela dependemos da sua irmã temos que encontra-la - diz Alice segurando as mãos geladas de Esmeralda.
— O que devo fazer? - pergunta.
— Voltar fingir normalidade eu e seu pai vamos resolver isto traze-la de volta - responde a rainha.
— Estamos enganado a todos, nosso povo, os aliados - fala ela.
— Se contarmos a verdade vamos parecer fracos, iram querer nosso território vão nos matar e você estaria em perigo - responde o rei.
— É porque a noiva do herdeiro de Quena é a primogênita não é? Rubi é noiva dele - comenta ela, e a rainha concorda.
— Tem que ser forte Esmeralda você é um dos pilares deste reino, sei que vai conseguir - fala Alice consolando a filha.
Horas mais tarde, a princesa retornou para Quena e estava fazendo o que seus pais a aconselharam, mas quando estava sozinha tudo desabava novamente.
Fim do Flex-black.
Ela olha para frente de onde a luz invade o espaço que esta, a mesma coloca a mão adiante do rosto para esconde-lo daquela intensidade, e suspira pesadamente como se carregasse o mundo nas costas.
— Esta tudo bem?
Esmeralda escuta uma voz conhecida e se vira atrás para ver quem é e a mesma vê Branqueleone o elfo esta com o uniforme de treinamento, mas não parece se importar.
— Sim, claro que esta - responde ela de maneira calma.
— Não é o que parece - diz ele se aproximando da mesma que o observa.
— Impressão sua - fala a princesa esboçando um suave sorriso.
— As vezes é mais fácil desabafar com um estranho do que com um conhecido - argumenta Branqueleone de maneira calma.
— Não somos desconhecidos - rebate a princesa.
— A é então me diga algo sobre mim que não seja que sou soldado e elfo - diz ele convencido de suas palavra, ela sorri.
— Esta certo não sei nada sobre você, mas não posso contar tem algo muito importante em jogo - responde ela.
— Não pode ser tão ruim - comenta ele.
— Mas é - fala Esmeralda - A coroa as vezes têm um peso devastador sobre uma cabeça.
— Você não esta sozinha - diz Branqueleone - Tem sua dama de companhia, o príncipe, a princesa Arabella o apoio da sua nação e deste país.
Esmeralda esboça um sorriso gentil embora soubesse que estava com a corda no próprio pescoço se nada acontecesse. A mesma pensou por um segundo e analisou o elfo.
— Posso confiar em você? - pergunta ela.
— Claro que pode - responde ele.
— Então me ajude a escapar deste castelo - diz Esmeralda de maneira seria, fazendo o elfo se surpreender.
— Me matariam por isto - responde ele.
— Você tem minha proteção preciso sair daqui e ir atrás de uma pessoa muito importante - explica ela.
— Quem?
— Não posso contar aqui, mas se me ajudar te falo tudo no caminho - pede.
O elfo cruza os braços e fecha os olhos de maneira pensativa como se avaliasse a proposta dela com cuidado, ele abre os olhos e foca nela que esta encarando ele.
— Suponhamos que eu aceite para onde iremos depois daqui? - pergunta.
— Para o Submundo - responde a princesa.
— Colocariamos sua vida em risco e Allea se arruinaria sem você - argumente ele de maneira sabia, mas é neste momento que ela se coloca de pé e olha de maneira determinada para ele.
— Faço por isto por Allea, meu reino não precisa de mim porque não tenho poder algum mais posso buscar a pessoa que tem e traze-la de volta se me ajudar, por favor - fala ela de maneira firme, mas gentil.
— Certo me convenceu, eles vão ficar loucos - responde Branqueleone sorrindo - Acho que deveríamos conversar com a Cecília.
— Não podemos contar para ninguém - argumenta ela.
— Você quer ir atrás da Rubi não é? - pergunta ele, a mesma abaixa a cabeça, mas confirma - A única pessoa que sobrou que ainda se importa com ela é a almirante vamos negociar se não der certo sei de uma passagem secreta para fugirmos em poucos minutos.
Após uma certa resistência da princesa lá estavam os dois na sala de Cecília que parece curiosa com a presença de ambos.
— O que querem me contar? - pergunta ela.
— Estou indo atrás da Rubi - diz Esmeralda diretamente.
— Como? - fala Cecília surpresa - Não pode ir atrás dela.
— Onde esta o guardião dela aposto que ele vai querer me ajudar - argumenta ela.
— Sei o porque quer ir atrás dela - confessa a almirante - Mas já tem pessoas que vão traze-la de volta apenas se acalme, Rubi vai retornar.
— Não posso ficar sem fazer nada - diz ela zangada.
— Seu papel é extremamente importante Esmeralda você é a princesa de Allea eles acreditam em você, precisa ter paciência e deixar meus soldados resgata-la com certeza dará tudo certo - explica Cecília.
— E se não der, estaremos condenados posso tentar negociar pela vida dela , fui criada para ser um líder! - comenta Esmeralda.
— Não fomos lá para negociar e sim toma-la a força daquelas pessoas - diz a almirante de maneira seria - Se for não tem garantia que voltará, e mais o rei Afonso colocaria inúmeros soldados atrás de você na melhor das hipóteses, mas a que acredito que ele faria é acusa-la de quebrar o contrato e iniciar uma guerra com seu país - argumenta.
— Ele não ousaria - diz ela.
— Assim ele ousaria - afirma o elfo do lado dela.
— Acredito que você deveria saber algo sobre ela - fala Cecília, a princesa assente suas palavras- Rubi antes de ser presa ela estava pegando o veneno no qual as visões mostravam você e seu noivo seriam mortos, todo o tempo que ficou nas celas pensava na segurança de vocês - concluí.
Esmeralda sentiu a garganta fechando, e as lágrimas querem sair novamente, mas ela se recusa a chorar.
— Ela estava me protegendo todo este tempo? - diz Esmeralda olhando para baixo - E eu odiei uma pessoa que zelava pela minha vida - confessa.
Branqueleone coloca a mão no ombro dela de maneira de apoio, as lágrimas escorriam pelo rosto dela pingando no vestido azul elegante.
— Rubi fez muitas coisas boas, princesa - diz o elfo.
— Prometa que vai ficar até ela voltar, se não, não poderei cumprir a missão que ela deixou para mim de te proteger e o príncipe herdeiro - pede a almirante.
A princesa balança a cabeça positivamente, e se levanta o elfo a guia de volta a mesma para na frente da porta do jardim e olha na direção do QG e depois foca no soldado.
— Posso te fazer uma pergunta? - diz Branqueleone.
— Pode - afirma ela.
— Por que disse que odiava a Rubi, sendo que você sempre teve muito mais que ela, pois, vejamos ela era um soldado e bom a senhorita é uma princesa não há nem comparação com ambas - comenta ele.
— Mas ela sempre teve algo que eu nunca conseguiria, e pensando bem tive o que deveria ser dela por direto, eu não deveria nem estar neste castelo- responde Esmeralda.
— Compreendo, e espero que vocês duas se amem um dia - diz o elfo de maneira educada - Te manterei informada sobre o caso dela.
— Obrigada - agradece a princesa sorrindo, o soldado azul faz uma breve reverência a se retira dali.
Esmeralda segue pelos corredores do castelo a mesma vê Arabella ela vem na direção da mesma, a princesa mais nova sorri.
— Onde estava te procurei a manhã inteira - diz ela.
— Desculpe, eu estava precisando esfriar a cabeça - responde.
— Tudo bem, estar tão perto do casamento deve te deixar ansiosa é normal - comenta Arabella - Mas que tal nos divertimos um pouco a filha do Barão esta aqui, ela é muito engraçada venha - diz ela pegando na mão de Esmeralda que se deixa ser conduzida até a convidada que acabara de chegar.
James acaba de entregar alguns documentos na sala do rei que esta no salão conversando com suas visitas, mas o príncipe não tinha ânimo algum para ir lá.
Dias atrás quando ele procurava pela família da Rubi, descobriu que não havia nem sinal deles por qualquer lugar dos quatro reinos e a almirante o aconselhou deixar este assunto de lado em quanto a humana não retornasse.
E o mais estranho o guardião, o capital dos Sentinelas e o anjo amigo dela não estavam no QG a um bom tempo, na realidade todos que eram amigos da Rubi ou sumiram, ou estão próximos a ele o vigiando como se rondassem cada passo que da.
Mas todo este mistério estava o deixando irritado, por que tinham tantos segredos e o mais importante o que estão escondendo. James se aproxima de Ivan que agora foca nele.
— Precisa de algo majestade? - pergunta ele de maneira seria.
— Sim, quero conversar com você me siga - manda o príncipe que vai rumo ao escritório dele.
Ambos adentram, James fecha a porta e fica cara a cara com o soldado na sua frente.
— Pode me explicar o por quê um Sentinela faz dentro do castelo? -pergunta.
— Apenas sigo ordens senhor - responde Ivan de maneira calma.
— Então a Cecília apenas disse que deveria ficar me seguindo? - insiste ele nas perguntas.
— Não, as ordens eram para protege-lo - fala o soldado azul.
— Mas não é o único Sentinela dentro do castelo tem uma garota também, e por quê? O que a almirante acha que pode acontecer comigo? Tem algo haver com a Rubi? - pergunta James ansioso pela resposta.
— Deveria ir com mais calma príncipe - diz Ivan.
— Não vou - descorda ele - Quero saber agora onde a Rubi esta e que me conte todos este segredos que estão escondendo - manda de maneira autoritária.
— Não posso - responde Ivan.
— Como assim não pode? Sou seu futuro rei e estou mandando falar agora - argumenta James bravo.
— Fiz um juramento - explica ele - Apenas deixe-me fazer meu trabalho a única coisa que quero é protege-lo Rubi queria isto estamos fazendo o que ela desejava.
— Pode me dizer pelo menos se ela esta viva? - pergunta James.
— Acreditamos que sim, mas não será fácil traze-la de volta, porém, eu e Melinda fizemos um juramento de proteger o senhor e sua noiva de qualquer coisa - responde ele - Apenas não se estresse iremos resolver tudo.
— Tudo bem, mas quero mais detalhes irei conversar com a almirante - fala ele.
Horas mais tarde durante o jantar eles agem normalmente mesmo James, e Esmeralda querem sair correndo daquela utopia falsa que ambos produziam para todos. Mas uma coisa esta clara os segredos apenas criaram perguntas sobre o porque tudo rondava Rubi e como ela poderia ser a resposta para tudo…