As duas saíram da casa caladas, do outro lado da rua Tom saia também porem nenhum deles se olharam mesmo percebendo a presença.  Lena e Lolla andavam rápido por causa do frio tomando conta da vizinhança. Após algumas horas Lena já estava entregue na amiga, Lolla pegou o telefone da menina e se despediu, na volta lembrou de passar no mercadinho perto de sua casa para comprar algumas coisas para a janta, tudo o que tinha comprado com as amigas era doce e isso não a alimentaria de noite, e preguiçosa do jeito que era resolveu comprar .

Entrou no mercado indo para a seção de massas procurou seu miojo favorito, cup noodles. Olhou a prateleira toda e não achou, olhou mais uma vez e sorrindo pegou um de frango que estava no alto de todos. Foi ao caixa e pagou, saindo do lugar parou na calçada olhando a multidão de meninas que se aglomerou em volta de nada menos que Tom Kaulitz, revirou os olhos passando perto da estrela, continuou andando se matando por dentro. Lolla queria estar no meio daquelas meninas gritando que Tom era o homem de sua vida tentando fazer possível o amor de fã se tornar mais que platônico.

Isso seria possível ? Ela se questionava enquanto andava perdida nos pensamentos procurando uma resposta.

Quando estava no Brasil era diferente ela rezava para um dia encontrá-lo e esquecer o que acontecera quando eram menores. O que ela sentia por ele também era diferente, agora ela se encontrava confusa e nervosa por estar quase com a certeza de que gosta dele. Ela preferia que isso fosse mentira e que fosse fruto do reencontro depois de todos esses anos.  Voltar á Alemanha e falar com Tom, vê-lo, escutá-lo poderia ser azar ou sorte, porem algo na garota se alterou e isso mexia com seus sentimentos quando o via ou mesmo pensava nele.

Tom á vira passar feito um foguete por ele e as fãs, ignorando todas por um instante acompanhou os passos de sua vizinha, ele dava as mãos para que as meninas o deixassem em paz. Observando Lolla indo em direção ao farol aberto para os carros, notou que a garota não percebera que se não parasse iria se machucar muito, mas muito feio. Calculou o tempo dela chegar ao meio fio da calçada e por os pés na rua enquanto um carro se aproximava da tal

O mesmo afastou as fãs andando apressado até Lolla , a garota não estava perto e nem muito longe de ser atingida pelo carro, Tom apertou mais as passadas olhando Lolla e o carro nervoso.

Ele tentou chamar Lolla que por estar em mergulhada em seus pensamentos confusos não o ouviu, no mesmo segundo que ela ia colocar o pé  fora da calçada Tom á alcançou puxando seu braço. A garota o olhou sem entender o porquê que ele tinha parado ela.Nesse mesmo instante o carro passou em alta velocidade e Tom suspirou aliviado de que Lolla não estivesse atravessando agora.

Mesmo não se entendendo muito bem com ela por seus orgulhos ele se preocupava com ela, porém isso era novo para ele. Afinal nunca esteve tão perto de salvar a vida de uma garota.

-Prestar atenção por onde anda seria bom.- suas voz grossa e suave, mais aliviada vez Lolla sir do transe que estava a segundos atrás.

-Hã ? Oh, sim...- ela disse olhando para o meio fio e se recordando que estava na rua e não em casa.- Acho que me desliguei por um tempo.- sorriu amarelo.

-Não me ouviu te chamar ?- Tom pergunta ignorando o que Lolla acabara de dizer. Ela nega com a cabeça  e logo fala.

-Suas fãs estão te esperando.- ela aponta para o grupinho que ainda esperava uma volta ou uma simples olhada de Tom. As meninas fuzilavam Lolla com o olhar e ela admitia para si mesma que se não saísse logo da vista delas, era capaz de parar debaixo do próximo carro que passar. Tom riu debochado.

-Você também é uma delas, agora chegou a hora da sua atenção.- Lolla revirou os olhos.

-Metido. Eu sou, só que tenho coisas melhores e mais importantes do que ficar correndo atrás de VOCÊ - ela deu ênfase e apontou para ele.- Para pedir autógrafos, e você mora na frente da minha casa não é difícil de atravessar a rua.- ela riu como ele havia feito antes. Tom se sentiu um pouco magoado com isso, afinal todas as mulheres corriam atrás dele de várias formas.

Lolla se controlava para não agarrá-lo como sempre sonhou em fazer no dia em que o encontrasse andando por ai.

-Isso magoa sabia ?- ele levou as mãos á cintura olhando todos que estavam na rua. Vendo que o sinal para pedestres agora estava aberto- Você não vai atravessar ?

Lolla lembrou que tinha que voltar para casa já estava escuro e não queria ser assaltada, se despediu de Tom, atravessou a rua e voltou embernar em seus pensamentos.

Tom a viu indo embora decidindo-se voltar para casa com ela, deu mais uma olhada para as garotas que AINDA o olhavam, deu de ombros e antes que o farol abrisse atravessou, alcançou Lolla recebendo de volta um olhar surpreso.

-Posso te fazer companhia ? - ela deu de ombros. Ele tomou como um sim e os dois foram andando até suas casas em silencio, no caminho Tom pensava sobre o que seria bom para o inicio de uma conversa, com as mãos nos bolsos observava a movimentação pequena nas ruas sob a pouca luz da lua.- Então...

-Então o que ? - Lolla trocou de mão sua compra.

-Huum... Me desculpe.- ela parou e o encarou.- Por ter te derrubado naquele dia.- coçou a cabeça. Lolla se surpreendeu e voltou a andar.

-Você se desculpando ? Acho que hoje deveria chover.- ela olhou para cima vendo as estrelas que apareciam com as luzes da cidade.- Hãm, me desculpe também por ter te xingado.- Lolla o olhou e se sentiu flutuando ao ver Tom receber a meia luz em uma parte do rosto e a outra coberta pela sombra, ele estava lindo e isso daria uma boa foto para ela ficar olhando e sonhando com ele para sempre. Voltou á terra mais uma vez com ele falando.

-Passado ? - Tom estendeu a mão para um aperto de "paz". Lolla cogitou estender sua mão, mas antes falava uma coisa pequenina só.

-Não, ainda estou precisando de mais uma desculpa sua. É algo beeeeeem antigo, lá de quando éramos mais novos.- Tom juntou as sobrancelhas estranhando.

-O que ?- sem perceberem eles já tinham chego á casa de Lolla e como a morena adorava deixar as pessoas na curiosidade apenas sorriu vitoriosa e entrou em casa. Tom ficou na frente da porta dela como um tonto esperando que ela falasse o que era. A morena já dentro de casa deitou no sofá e sorriu satisfeita, logo mais ela se entenderia com ele e eles nunca mais precisariam ser ignorantes um com o outro.

Fechou os olhos e esquecendo de tudo, mas de tudo mesmo até da festa que era para acontecer e por causa de All isso não iria se tornar possível e que tinha de avisar Ligia. Deixou seu miojo cair no chão e relaxou sorrindo.

Tom voltou para sua casa perturbado, entrou em casa e não respondeu sua mãe assim subindo para seu quarto, Bill que acabara de sair do banheiro também o chamou e também ficando no vácuo.

-Hey, que bicho te mordeu ? - Bill entrou no quarto só com a toalha enrolada em sua cintura chamando seu irmão mais velho.

-Falou comigo ?- Tom o respondeu com cara de quem levou um susto e nunca mais se recuperaria.

-Não, eu falei com o Papa...- Tom jogou seu travesseiro no irmão, se jogou na cama e pensando na conversa com Lolla dormiu. Bill não deu importância logo se trocando e indo dormir também, amanha iria com  seu irmão ao médico ver sua garganta torcendo para poder falar normal e cantar, e não sussurrar para os outros.

Lolla acordou assustada com a rapidez que tinha adormecido, assim que abriu os olhos lembrou de Ligia e que tinha que avisá-la da festa que foi adiada. Dobrou o corpo e pegou o telefone na base logo discando o numero da amiga. Disse que não teria festa por que All foi viajar com os pais, e pediu que avisasse Andy,  por estar exausta e com fome.

Depois de desligar com a amiga, se levantou e foi para a cozinha preparar sua janta nada saudável no ponto de vista de sua mãe. Comeu sua rápida janta, correu para seu quarto e sorrindo de novo por deixar Tom na curiosidade adormeceu o resto que tinha para ganhar energia.