Está tão frio lá fora, e ela está a pensar. Sua vida fora tão sem sentido, e hoje não poderia mais mudar. Sentada à beira de vitrines iluminadas, a garota sem nome estava. Seus olhos inchados se perdem numa multidão de desconhecidos, que fingiam não notar, e ela cansada de lutar, se entrega à solidão aterradora. Solidão que a cada minuto consumia uma parte de seu corpo ferido. Sua visão embaçada pelas constantes lágrimas, impedem que seus olhos verdes brilhem sobre as luzes da noite passageira, e o soprar inútil da brisa fraca não às pode secar. É mesmo uma pena saber, que esse anjo morre aos poucos e ninguém pode notar, ela gostaria muito que seu grito fosse ouvido, mas ele é expressado em forma de tristeza e lágrimas involuntárias. Ela chora hoje, porque amanhã talvez, não possa mais chorar.