Sweater Weather escrita por Skriven


Capítulo 1
Apresentação


Notas iniciais do capítulo

É a primeira vez que posto uma história minha aqui. Ela é muito importante para mim, por isso gostaria muito que vocês se manifestassem ( se houver leitores)
Obrigada desde já ♥



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Noite anterior ao primeiro dia de aula :

POV KAYA

Estávamos em casa num domingo a noite. Eu, Naruto, Sasuke, Itachi e Shisui. Eu e Naruto éramos irmãos de consideração, meus pais adotaram-no quando ele ainda era um bebê, depois que, Minato e Kushina, pais de Naruto morreram em um atentado. Os pais dele eram chefe na ANBU, divisão do FBI onde meus pais trabalhavam. Pela amizade e consideração que meus pais tinham com Minato e Kushina eles adotaram Naruto. Nós dois crescemos juntos e apesar das brigas e desavenças nós éramos muito unidos.

Nós tínhamos um vizinho chamado Obito, ele era melhor amigo do meu pai e da minha mãe desde que eles eram crianças e  também trabalhava na ANBU. Ele tinha um filho chamado Shisui, a quem criava sozinho pois sua mulher tinha ido embora para outro país viver com um hippie. Shisui não tinha irmãos, mas tinha Itachi e Sasuke, os dois eram irmãos um do outro e primos de Shisui. Tio Obito os adotaram depois que seu irmão mais novo e sua cunhada, os pais de Sasuke e Itachi , morreram em um acidente.

Itachi e Sasuke chegaram na casa ao lado quando eu e Naruto tínhamos cinco anos, e Sasuke virou nosso amigo instantaneamente, Naruto e ele sempre brigavam por tudo, mas mesmo assim os dois eram muito amigos. Shisui e Itachi, apesar de serem um ano mais velhos que a gente, eram nossos amigos de infância também.

No momento eu e Itachi, que sempre fomos melhores amigos, estávamos um pouco distantes por coisas que haviam acontecido no ano anterior, quando eu ainda estava no segundo ano do ensino médio. Para ser mais exata, nós nem sequer conversávamos mais um com outro por cinco minutos sem brigar.

Mas hoje era o nosso ultimo dia de férias, e estávamos em casa depois do jantar jogando vídeo game. Apesar de não me dar bem com Itachi, nós nos tolerávamos por termos quase todos os amigos em comum, principalmente os mais próximos, que eram Naruto, Sasuke e Shisui.

— Ei, vocês vão ficar essa noite aqui com a gente ? – perguntou meu pai para Itachi, Sasuke e Shisui – Obito mandou uma mensagem dizendo que só vai voltar amanhã depois das duas da tarde.

— Ah, tudo bem – disse Shisui a meu pai – nós vamos para casa, temos que arrumar as coisas para irmos para a aula amanha. Mas muito obrigado Kakashi.

— Tudo bem então – disse meu pai indo em direção as escadas – vou levar vocês amanha, já que Obito  não vai chegar a tempo, portanto não se atrasem.

E dizendo isso subiu as escadas. Nós continuamos jogando vídeo game. Apesar de Naruto estar um pouco irritado por estar perdendo para mim, a noite estava bem engraçada.

— Kaya – disse ele se levantando – você está roubando!

— Claro que não estou – eu disse, enquanto os outros meninos riam – não tem como roubar no futebol.

— Para de chorar porque está perdendo – disse Sasuke pegando o controle da mão de Naruto – é minha vez.

— Ah, não é, não – disse Naruto – eu quero melhor de três com a Kaya.

— Para de ser maricas – disse Sasuke

— Você que é – disse Naruto pegando o controle de volta.

— Eles vão começar de novo – comentou Shisui para Itachi

Nesse momento meu celular tocou. Era uma mensagem de Sakura, uma de minhas melhores amigas.

— Gente – eu disse, interrompendo a briga dos dois – podem ficar com meu controle,  não vou jogar mais.

Passei o controle e me sentei em outro sofá. Peguei meu celular e havia uma mensagem de Sakura.

“você está com Sasuke na sua casa ?”

“Estou.” Respondi

“Ele falou algo sobre mim?”

“Deve ter dito alguma coisa, mas não me lembro o que era.” Essa minha ultima resposta era mentira, Sasuke nem se lembrava da existência de Sakura, infelizmente, mas eu não queria magoá-la por isso dizia sempre coisas que a alegrava.

— Quem é ? – perguntou Naruto

— É a Sakura – respondi

— O que ela quer ? – perguntou Sasuke – ela me mandou uma mensagem faz uns dez minutos, mas esqueci de olhar.

— Nada demais – respondi

Eu não queria contar que ela sofria por gostar dele, já que ele não ligava pra isso. Sasuke era um dos meus melhores amigos, no momento ele era a pessoa mais próxima de mim depois de Naruto, mas eu não concordava com algumas atitudes dele.

Tentei esquecer esse assunto e segui jogando vídeo game com os meninos. Em determinado momento estavam jogando eu e Itachi, um contra o outro, e nem sequer trocávamos uma  palavra. Eu até me incomodava com isso, mas não queria estragar a noite brigando com ele como sempre fazíamos. Afinal, foi minha decisão que nos trouxe até aqui.

...

POV SAKURA

Eu fiz minhas malas para voltar para KONOHA. KONOHA era a melhor escola da Califórnia , mas era um colégio interno, por isso amanha começaria a longa jornada que era estudar em um lugar e morar no mesmo. O domingo estava bem bonito, tinha uma lua grande no céu e o vento estava fraco, da onde eu morava dava para ouvir o mar, ele estava calmo hoje.

Eu, minha mãe e meu pai jantamos, minha mãe ajudou a fazer minhas malas e então logo me senti entediada. Mandei uma mensagem para Sasuke, ele não me respondeu. Certamente ele estava com Kaya, então mandei mensagem para ela, me respondeu alguns minutos depois dizendo que estavam na casa dela e que ele mencionara meu nome mas ela não se lembrava o que ele dissera.

Apesar de não saber porquê, eu ficara muito feliz que ele falara sobre mim. Eu conhecia Sasuke desde que estava na pré-escola, tínhamos sete ou oito anos. Eu me apaixonei por ele a medida que o tempo foi passando, mas ele nunca me notara. Ele pensava que eu era só mais uma, que eu era igual todas as garotas da sala que eram apaixonadinhas por ele, mas eu sabia que eu era diferente, eu era próxima dele e o amava por ele ser quem era e mesmo assim ele tornava as coisas difíceis.

Kaya sempre dizia que Sasuke agia assim porque queria ser igual Itachi, seu irmão mais velho. Ele queria que as pessoas o reconhecesse pelo mesmo motivo que conhecem Itachi, por isso me fazia sofrer, não só a mim como Ino também. Ino era amiga minha e de Kaya desde o ano passado, ela também se apaixonara por Sasuke assim que o conhecera e ele também não dava a mínima para ela.

Esse era o único problema da minha vida. Eu tinha tudo, eu era inteligente, meus pais me davam tudo que eu queria, eu tinha dinheiro e minha vida não tinha nenhuma dificuldade, mas eu não era correspondida pela pessoa que amava. Na maioria dos dias isso me deixava cabisbaixa, eu não agüentava mais a indiferença com que Sasuke me tratava.

E naquele domingo eu estava me sentindo triste. Enviei outra mensagem para Kaya :

“Eu mandei mensagem para ele, mas ele não me respondeu.”

“Nós estamos jogando vídeo game e está na vez dele, deve ser por isso.” Respondeu ela depois de alguns segundos.

“Ele continua me ignorando, quando vou aprender a parar de ser idiota, Kaya ?”

“Você não está sendo idiota, ele que está por não ligar para você.”

“Tem razão. Amanhã é nosso primeiro dia de aula do terceiro ano do ensino médio, e eu vou mudar muita coisa Kaya. Não vou mais ser essa garotinha boba.”

“É assim que se fala.”

Bloqueei o celular, estava farta disso. Precisava me focar, tinha que estudar mais, eu queria ser médica, tinha apenas dois anos para me preparar para isso e não ia deixar um garoto que não liga para mim me atrapalhar. Me inspiraria em Ino, e deixaria tudo isso de lado como ela fez assim que foi rejeitada. Não ia mais ser bobinha. Estava preparada para o começo das aulas amanha, eu iria mostrar que posso ser forte.

...

POV HINATA

Eu estava em meu quarto, mexendo em meu computador quando Hanabi entrou para conversar. Hanabi era minha irmã caçula, amanhã seria o primeiro dia dela em KONOHA, o primeiro dia no ensino médio. Ela estava tão animada, ficava me perguntando como era morar no mesmo local que você estuda e se ela poderia andar comigo e com minhas amigas.

Eu ria do entusiasmo dela, adorava esse pensamento de que o ensino médio era igual ao dos filmes, quando ela descobrisse que é muito mais difícil do que isso ela ficaria desapontada, mas eu não queria ser a pessoa que destruiria as expectativas dela.

Enquanto conversávamos Neji entrou no quarto, ele era nosso primo, porém desde a morte de seu pai ele e a mãe moravam conosco. Neji era um pouco sério e não gostava muito de conversar, apesar de se abrir comigo quando precisava.

— Ei vocês duas, venham jantar – ele disse, enfiando a cabeça dentro do quarto

—Já estamos indo – respondi

— Ei Neji – disse Hanabi – estávamos falando sobre o primeiro dia de aula amanhã. Vai ser muito legal você não acha ? E Hinata disse que vou poder ficar com ela e suas amigas, por isso vou me arrumar pra ficar bonita assim como Kaya, Ino e Tenten...

— Tudo bem – disse Neji, interrompendo Hanabi – venham logo jantar.

E dizendo isso ele saiu. Hanabi olhou para mim sem entender, e eu apenas dei de ombros e nós duas fomos para a sala de jantar. Eu entendia porque Neji ficara assim quando Hanabi mencionara o nome “Tenten”, eles tinham terminado à um mês mais ou menos, e desde então Neji tornara proibido mencionar qualquer coisa que tivesse a ver com ela.

Ele e Tenten tiveram um relacionamento complicado, nós éramos todos amigos desde pequenos e em um determinado momento eles se apaixonaram e resolveram namorar, porém, meu pai é dono de uma empresa multinacional muito grande e vê Neji como um sucessor em potencial, já que não acredita que eu possa tomar conta da empresa por ser sensível. E desde que meu pai anunciara que Neji seria seu sucessor se mostrasse ser capaz ele passou a se dedicar o dobro em notas da escola e trabalhos extra-acadêmicos, isso fez com que ele parasse de dar atenção a Tenten e o relacionamento deles ficar extremamente conturbado.

E eles terminaram quando ela pediu para ele escolher entre ela e a empresa. Porém Neji tinha se arrependido e era muito orgulhoso para admitir, mas eu o conhecia o suficiente para saber que ele estava abalado com o término e que a queria de volta...

Mas eu estava ocupada com meu próprio drama para dar atenção ao drama de Neji. O meu drama tinha cabelos loiros bagunçados e um lindo olho azul, e seu nome era Naruto Uzumaki. Eu era apaixonada por ele desde que estávamos na sexta serie e ele nunca nem percebera.

Kaya me dizia o tempo todo que eu precisava ser paciente que em algum momento ele perceberia e então faria alguma coisa, mas estava demorando demais, e enquanto isso eu não conseguia nem começar uma conversa com ele. Essa maldita timidez era meu maior problema, eu era tão tímida que até falar em publico era difícil para mim, e isso me atrapalhava não só com Naruto mas com meu pai também, que não me considerava uma sucessora boa o bastante por não saber ser forte, assim dizia ele.

Esse era o meu grande problema, eu nunca era reconhecida. Eu era obrigada a me sentar na mesa com meus pais, minha tia e Neji e ouvir meu pai dizer o quanto ele era inteligente e esforçado e o quanto estava orgulhoso por ter um sucessor tão forte, e eu não podia fazer nada. As vezes ter uma família tão tradicional era revoltante, eu odiava ter que deixar meu pai ter a ultima palavra em tudo, mas eu nunca deixaria de obedecer e nunca deixaria de ser uma filha boa.

Minha mãe sempre me dizia que eu tinha que ser exemplar, não só para Hanabi, mas para os outros também, pois não poderia ser a herdeira de uma grande fortuna se fosse rebelde. As vezes eu desejava ser um pouco mais como Kaya, e me rebelar contra as coisas que me deixavam chateada.

Mas comparando meus pais com os pais de Kaya, eu com certeza ficaria de castigo por muito tempo. A verdade era que meus pais tinham pensamentos antiquados e não iriam mudar, por isso eu apenas tinha que abaixar minha cabeça. Temari dizia que se eu ficasse sempre obedecendo eles iam sempre querer ditar o que eu tenho que fazer, e que se eu tentasse me impor eles entenderiam e me respeitariam, mas como faria isso ? Eu não era assim...

...

POV TEMARI

Eu estava jantando com meus irmãos, Kankuro e Gaara. Gaara era nosso irmão caçula e ele acabara de voltar de um reformatório na Russia, onde passara sete anos de sua vida.

— Então Gaara – começou Kankuro – você está animado para o primeiro dia ?

— Para o primeiro dia na prisão ? Não estou pronto, aliás, eu passei os últimos sete anos preso, quando vocês me ofereceram para voltar para Califórnia vocês não mencionaram que eu teria que estudar em uma prisão.

— Nós queríamos muito que você voltasse – eu disse, tentando amenizar a situação. Gaara era bastante revoltado com a situação que meu pai o fizera viver.

— Queriam mesmo ? – disse ele, enquanto a empregada servia o jantar – então cadê ele?

— Ele... – eu sabia que ele estava se referindo ao meu pai – deve estar cheio de trabalhos para fazer.

— Senhora – começou Guren, nossa empregada – O senhor Sabaku me pediu para informar à vocês que está muito ocupado e que jantará no escritório.

—Claro que sim... – comentou Gaara e se levantou, saindo da mesa.

Eu e Kankuro nos entreolhamos, seria uma tarefa difícil fazer com que ele se acostumasse novamente conosco. Meu pai havia se casado três vezes, e em cada casamento tivera um filho. Seu segundo casamento foi com minha mãe, mas quando eu tinha apenas nove meses, ela descobrira que ele tinha uma amante que estava grávida.

Ela foi embora e nunca mais deu noticias. Meu pai se casou novamente e logo Gaara nasceu, mas infelizmente houve complicações no parto e a mãe dele veio a falecer.  Meu pai caiu em depressão, ele não conseguia olhar para Gaara, pois o mesmo tinha os cabelos vermelhos e os olhos verdes da mãe. Gaara foi maltratado pelo nosso pai a infância inteira e quando ainda nem tinha completado dez anos foi mandado para o reformatório na Russia.

Desde então eu e Kankuro tentamos fazer com que meu pai permita que Gaara volte para a California, e não foi um trabalho fácil, até agora. Esse ano finalmente me pai o deixara voltar, e nós tratamos de ir buscá-lo no aeroporto e de fazê-lo se sentir em casa. Mas infelizmente, meu pai ainda não conseguia sequer encará-lo nos olhos.

Gaara chegara no sábado a noite, e desde então meu pai ainda não tinha saído de seu escritório. Eu sabia que seria difícil, só não imaginava que tanto. Eu e Kankuro fazíamos o máximo possível para ele se sentir em casa, mas nós sabíamos que ele se sentia rejeitado pelo nosso pai.

Eu tinha esperanças de que quando nós fossemos para Konoha e ele se enturmasse com meus amigos, tudo iria melhorar. Mas enquanto isso preferimos dar espaço a ele. Ele morara na Russia por muitos anos, ninguém sabia o que ele tinha passado por lá, ele estava muito diferente do que eu recordava. Tinha uma tatuagem no pescoço, era “amor “ em japonês e seus olhos agora eram fundos e marcados,  tinham grandes olheiras em volta. Seu cabelo mal cortado vermelho e espetado, ele tinha um ar de bad boy. Eu sorri ao pensar em sua aparência, era o tipo de garoto que Kaya gostava, talvez eles pudessem se dar bem e ela ajudaria ele a ser uma pessoa melhor...

...

POV TENTEN

Eu e Lee estávamos tomando sorvete e conversando. Rock Lee era melhor amigo meu e de Neji. Nós três sempre fomos inseparáveis, fazíamos tudo juntos, e agora, parece que Neji nos abandonara. Depois que terminou comigo há um mês atrás nós três não saímos mais juntos. Nós costumávamos ir fazer coisas juntos, como ir ao cinema,tomar sorvete, ir a praia, festas e outras coisas, mas agora ele estava sempre ocupado demais.

— Você falou com Neji ? – perguntei a Lee quando nos sentamos em um banco em frente à praia.

— Eu falo com ele todos os dias, ele é meu melhor amigo – respondeu Lee

— É eu sei, perguntei se falou sobre mim... – continuei

— Eu tentei – respondeu ele, um pouco sério demais, ele nunca era sério. – Ele não quer falar sobre você Tenten, ele simplesmente evita qualquer indícios do seu nome.

—Acho que ele não quer mais mesmo não é ? – perguntei

— Dê tempo à ele – respondeu Lee – ele está confuso, quando perceber o que perdeu vai voltar.

— Nós conhecemos ele tempo o suficiente para sabermos que ele não costuma voltar atrás. – disse, olhando tristemente para Lee

— Nós o conhecemos, mas nunca o vimos apaixonado. Não sabemos como é  Neji apaixonado. Vamos aguardar Tenten, ele vai voltar. – disse ele

Eu continuei tomando meu milk shake, pensar sobre isso me dava um desconforto na barriga. Eu odiava ter que esperar e nunca ter resposta. Isso estava acabando comigo, eu não conseguia mais pensar direito, nem comer, nem dormir. Gostar de Neji poderia ser comparado facilmente com estar doente.

— Ei, – disse Lee, percebendo que eu estava absorta em pensamentos – enquanto ele não decide o que quer, vamos continuar nos divertindo ta bom ? Nós vamos continuar praticando esportes para nos distrair.

Eu sorri com o que ele disse. Eu e Lee tínhamos uma paixão em comum, esportes. Nós fazíamos todos os tipos de esportes possíveis. Nós praticávamos juntos, apesar de participarmos na escola separadamente.

— Então, a partir de amanhã começam as aulas, já sabe quais clubes vai participar ? – perguntei

—Claro – disse ele – vôlei, futebol, luta, baseball, corrida, basquete e vou continuar no clube de estudos.

— Vai precisar de ânimo para tudo isso.

—Ahh, eu duvido que você também não vai participar de pelos três desses.

— Vou continuar no vôlei, baseball, corrida e esse ano quero entrar pro teatro.

— Teatro ? – perguntou ele – achei que isso não fosse muito sua praia.

—É, quero tentar algumas coisas novas. A Kaya e a Ino falam muito bem do clube de teatro, quem sabe eu não consigo umas experiências novas.

— Ah, eu espero que você goste.

— Eu te convidaria para ir comigo, porém você já tem clubes demais. – disse e ele riu

— É, vou tentar não me sobrecarregar e dar motivos para Tsunade me tirar de algum deles – ele disse rindo

Tsunade era nossa diretora. Ela vivia pegando no pé de Lee pois ele participava de mais clubes do que poderia. Ela só permitia porque Lee era filho de Guy, nosso professor de educação física, e por saber que os dois eram idênticos e gostavam muito de esportes ela corria o risco de deixar Lee participar de todas as atividades da escola.

Nós continuamos conversando e quando começara a ficar tarde Lee me deixou em casa e foi embora. Eu amava ficar com ele, ele me fazia rir e conseguia tirar Neji da minha cabeça. E o mais importante, Lee não tinha nenhum interesse amoroso em mim, o que era maravilhoso pois podíamos conversar sobre qualquer coisa e sairmos juntos e não ficava um clima estranho.

Eu estava muito grata a ele por estar me dando tanto apoio desde que Neji terminara comigo. Ele conseguia me deixar feliz de um jeito que eu não ficava quando estava sozinha. Era bom poder passar um tempo longe de tudo.

...

POV INO

Eu, meu pai e minha madrasta jantávamos. Eu comia rápido para poder sair dali logo, não agüentava ficar nem um segundo sequer perto de Fuka. Ela era namorada de vinte e cinco anos de meu pai, e poderia ser facilmente minha irmã, mas infelizmente era a ex-secretária com quem meu pai dormia.

Minha mãe fora embora no ano passado e Fuka convencera meu pai de que seria bom para mim estudar em um colégio interno. Ela também redecorara a casa, e tirara todas as nossas fotos em família. Meu pai era tão cego e burro, que nem percebia que tudo que ela queria era seu dinheiro.

— Ino – começou meu pai – queríamos dizer uma coisa importante, que eu e Fuka resolvemos.

— Vocês resolveram que um colégio interno não é suficiente, vão me mandar para um colégio interno na Inglaterra ? – perguntei irônica

— Já conversamos sobre isso, Ino – disse Fuka – colocamos você nesse colégio porque ele é o melhor do estado.

— Você é inacreditável. – eu disse rindo, mas estava com muita raiva – Você me colocou lá para não ter que lidar com um empecilho na sua vida.

—Eu não vou admitir que você fale assim com minha namorada! – gritou meu pai, batendo com a mão na mesa.

— Eu não me importo com isso – disse

— Eu sei que está sendo difícil para você se acostumar com as mudanças que andamos fazendo – disse ele, agora em tom mais calmo – Mas agora estamos nos reinventando, e precisamos de mudanças. Vai ser difícil só no começo, mas depois tudo vai ficar bem. Você sempre disse que você queria ter um irmão, e eu e Fuka estamos pensando em ter um filho...

— O QUE ? – eu gritei me levantando, eu não conseguia acreditar, meu peito queimava de raiva – Você está brincando comigo não está ? Só pode ser isso... Primeiro ela fez você se livrar da minha mãe, depois de mim, agora ela quer ter um herdeiro para nunca mais se desvincular de você. Eu sabia que ela tentaria fazer isso mais cedo ou mais tarde, eu só não achei que você fosse burro o bastante para cair na dela.

Eu sai da mesa e deixei os dois lá. Meu pai olhava para mim surpreso, e ela fingia que estava ofendida. Todo mundo sabia que ela estava se aproveitando de meu pai, minha avó sempre dizia para ele tomar cuidado e ele todo apaixonado acreditava nas mentiras daquela mulher aproveitadora.

Meu pai era muito rico, e desde que Fuka se mudou para cá ela não parou de comprar roupas e jóias caras, ela trazia as amigas para a nossa piscina e ficava mostrando a aliança de diamante que meu pai dera a ela. Nós sabíamos que ela não o amava. Era possível uma garota de vinte e cinco anos amar um homem de cinqüenta e dois que tinha uma filha de dezessete e já fora casado por vinte anos, apenas pelo que ele era e não pelo que ele tinha ?

Isso não se encaixava em minha cabeça, eu não conseguia entender o que estava acontecendo com meu pai que ele mudara tanto. Eu deitei em minha cama e chorei, chorei como uma criança que caiu do escorregador do parquinho. Tinha momentos em que não conseguia nem sequer respirar.

Amanha eu teria de voltar àquele inferno chamado KONOHA, onde todos me conheciam e me julgavam puta. Eu ficara tão chateada quando minha mãe fora embora que transara com alguns garotos, mas não foram tantos quanto diziam, a maioria inventou para parecer mais homem e eu acabei como a puta da escola.

As únicas pessoas que não me julgavam eram minhas amigas, Kaya, Hinata, Temari, Tenten e Sakura. Só quando ficasse com elas em Konoha é que tudo que eu sentia de ruim passaria. Elas me faziam rir, e me aceitavam mesmo quando a escola inteira me chamava de vadia. Até meus amigos me aceitavam, apenas Sasuke, que no começo era difícil. Eu e ele tínhamos ficado no ano passado e depois disso nunca mais fomos tão amigos. Quem sabe esse ano as coisas não melhorassem.

...


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