Cupido escrita por Ayumi


Capítulo 1
Dia Dos Namorados




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A cidade de São Paulo prepara-se para tão esperada data chamada: “O dia dos namorados”. Esperada por todos, menos Esmeralda que está desanimada por ser a única do seu grupo de escola que não tem namorado. Enquanto suas amigas debatem sobre o tema animadamente ela fica com a cara fechada.
— Eu estou tão ansiosa para essa data tão importante! — diz animadamente uma de suas amigas, chamada Diana.
— Eu também... Mas estou mais calma que todas vocês, pois já preparei tudo... Aquele restaurante famoso por ter jantares à luz de velas, após isso eu e meu namorado vamos até a varanda que dá para ver o mar e as estrelas. — Carla olha para Esmeralda arqueando uma sobrancelha. — E você Esmeraldinha o que vai fazer? Espera... Espera... Lembrei você não tem namorado. — provoca deixando Esmeralda totalmente triste.
— É... — ela levanta da cadeira e sai correndo da sala enquanto as amigas riem.
Esmeralda sabe que vai perder a aula, mas não se importa. As pessoas só a zombam por não ter namorado. Sua única fuga de cartazes espalhados pela escola é o banheiro.
— Dias dos namorados? Que baboseira... Deveria existe o dia dos solteiros. — ela enxuga suas lágrimas e estufa o peito, pensando: “Eu algum dia vou encontrar a pessoa certa para mim, sem pressa”.
Quando pega sua mochila na sala, na saída do corredor, vê o selador com um olhar preocupado que corre até a sua direção.
— Ainda bem que te encontrei... Suas amigas estavam preocupadas com você. Eu tenho que fechar a escola, pois está quase de madrugada. — ele direciona Esmeralda a saída enquanto vai falando. 
— Amigas? Elas não são, pois ficaram me zombando por não ter namorado. — ela abaixa a cabeça.
— Esmeralda, não se preocupe com os comentários delas. Elas apenas estão brincando com você. Um dia encontrará alguém, não procure, ele virá até você, quando menos esperar. — seu sorriso é estranho o suficiente para saber que ele está tramando algo.
— Selador você é sempre tão... Esquisito de um jeito bom. — sorri.
Esmeralda não quer ir para casa ouvi o sermão de sua mãe, então ela simplesmente vai até o parque chamado: “Parque dos namorados”. Na verdade o que ela quer mesmo é contemplar as estrelas.
De vez a garota assistir as estrelas cintilantes, ela acabou pegando no sono, se encostou ao banco e dormiu um sono profundo com doces sonhos.
O selador está seguindo Esmeralda. Ele a esteve observador esse tempo todo... Espera.. Selador? Ele não é não, ele é um cupido disfarçado de selador. Ele coloca um lenço no chão e atira a flecha em um garoto que passava por ali e na Esmeralda.
O menino vê o lencinho no chão e apanha, depois olha atentamente a garota, admirado. Com um dedo ele aperta a bochecha de Esmeralda e ela acorda.
— Olá? É perigoso dormir em um banco de praça.
— Hã? Quem é você? — indaga assustada, se encolhendo no banco.
— Eu sou Caio. Desculpe por te acordar, mas foi pelo seu bem. Já é muito tarde, se quiser eu te levo em casa. E ainda mais que é perigoso as pessoas dormirem em um banco nessa hora. — sorri ele.
Esmeralda fica desconfiada olhando detalhadamente o menino em silêncio. Pensando se aceitaria ou não. Algo na sua cabeça diz que sim, ou melhor, “aceita, aceita”.
— Eu me chamo Esmeralda. Pode me levar então... — ela se levanta, os dois andam junto ao calar da noite. Ambos se sentem tão bem um do lado do outro.
— Eu sei que é muito pessoal, mas antes de te acordar, eu vi que seus olhos estavam marejados. Porque está tão triste? 
— É complicado... Parece ser algo bobo, mas já estou cansada de todo dias dos namorados, minhas amigas ficarem humilhando por não ter namorado. 
— Está de brincadeira? Aconteceu a mesma coisa comigo. Não precisa se preocupar com isso. — ele passa as mãos no cabelo.
— Certo...
— Vou te dar meu número de telefone. Vamos ser amigos? — sorri docemente, tão doce que o coração da garota acelera.
— É... Sim... — ela sente suas bochechas vermelhas. — Olha ali minha casa. Tchau! — Esmeralda sobe as escadas correndo, depois de abrir a porta de sua casa, desliza até o chão, verificando seu coração.
Sua mãe deixou de castigo por quatro dias, a garota não se importou, só concordou e subiu no seu quarto. Ela já desconfiava do que sentia, pois suas amigas comentam tanto sobre o “amor”, mas resolve pesquisar para confirmar porque para ela achava é muita ironia se apaixona dois dias antes dos dias dos namorados. Parece algo planejado.
Ela pesquisa muito. No fim descobre que realmente está apaixonada.
— Como? O que ele fez? — Esmeralda dança pelo quarto. — Estou apaixonada. É um milagre!
A menina nenhum pingo pouca de vergonha na cara pensa em ligar para Caio e quer combinar para se encontrarem para tomar um café. Detalhe que foi no mesmo dia que se conheceram. Além disso, ela stalkeou ele nas redes sociais e descobriu muita coisa sobre Caio antes de ligar, pois viu que ele ama café.
— Ele vai me achar que sou atirada? Ou... Não? Ou vai achar que eu quero desabafar? — ela se descabela, antes que desligasse Caio atende a ligação.
— Alô? — ao ouvir sua voz, o celular quase cai.
— A-alô! Vamos sair amanhã para tomar um café. E conversar. 
— Opa! Claro, estou livre mesmo. Então nós encontramos lá às 4 horas em ponto?
— Eu iria dizer esse horário. — ela ri.
— Sou vidente. Agora boa noite. — brinca e ambos rirem.
A garota se produziu como nunca tinha se produzido antes. Passou pelo menos umas 2 horas se arrumando. Ela olhou a hora e se apressou. Sua mãe até desconfiou por estar tão arrumada, mas Esmeralda falou que iria ir a uma entrevista de emprego e sua mãe acreditou. 
— Minha mãe é tão boba. Ir a uma entrevista assim? Com um vestidinho, sapatilha? Fala sério! — sorriu enquanto andava apressada. — Depois eu falo a verdade, mas sei que vai pirar: “Esmeralda com 17 anos de idade nunca tinha se apaixonado nem por um ator de Hollywood, mas agora...”.
Ela ficou esperando Caio até ás 6 horas. A garota ficou pensando em mil motivos para ele não atender suas ligações e para deixá-la plantada ali. Esmeralda cansou e pegou a bolsa muito irritada e foi até o parque dos namorados.
— Amor realmente é uma droga! — ela chora sentada no mesmo banco de ontem.
Depois de se esbaldam em lágrimas, ela sente seus ombros sendo segurados e assim eleva seu rosto.
— Não... Caio eu não quero papo. Para de me olhar assim, estou horrível. — ela se levanta imediatamente cobrindo o rosto. 
— Está linda! — ele passa uma mecha atrás da sua orelha.
— Calado! Já são 23h55min e eu aqui chorando por sua causa. Pessoas costumam me decepcionar muito, querendo ou não eu sou uma idiota sensível.
— Me perdoa... Eu não sabia que hoje eu iria ter um trabalho com meu pai. Ele me avisou bem na hora que eu estava saindo. Nem consegui fala com você, pois meu pai pegou meu celular dizendo: “Primeiro as responsabilidades, depois as mulheres”.
— Eu perdoo, mas... — antes de completar Caio seguras suas bochechas e os dois percebem que estão com os olhares muitos próximos.
— Sim?
— É... Eu sou uma garota estranha... Sei que te conheci ontem, mas parece que te conheço há muito tempo. E eu... —
— Eu estou gostando de você. — diz os dois em uníssono. Os dois começam a rir, mas Caio fica sério e fita seus lábios. Ambos acabam se beijando no mesmo momento que deu meia-noite. 
— Felizes dias dos namorados! — grita o cupido disfarçado de vendedor de acessórios que está logo ao lado deles, sorrindo de orelha a orelha. — Mais um casal feliz! Meu trabalho aqui está terminado.
E assim o cupido voa para longe com ar de missão cumprida junto com um sorriso estampado no rosto enquanto sentados ao banco o novo casal se abraça.

 


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